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A grande crise de 2020: como minimizar impactos negativos

sexta-feira, 03 de abril de 2020

É difícil trocar o tema quando se vive um momento histórico, não vai ser fácil voltar a falar de outros temas. Hoje, todavia, vou abordar possíveis medidas capazes de reduzir os impactos decorrentes da conjuntura atual; o coronavírus tem sido um agente devastador da saúde e economia global, mas quando associado, ainda, a guerra do petróleo que também estamos vivendo e pouco se fala, as consequências têm tomado proporções ainda maiores.

É difícil trocar o tema quando se vive um momento histórico, não vai ser fácil voltar a falar de outros temas. Hoje, todavia, vou abordar possíveis medidas capazes de reduzir os impactos decorrentes da conjuntura atual; o coronavírus tem sido um agente devastador da saúde e economia global, mas quando associado, ainda, a guerra do petróleo que também estamos vivendo e pouco se fala, as consequências têm tomado proporções ainda maiores.

Afinal, diante de tantas circunstâncias prejudiciais à qualidade de vida, como minimizar os impactos negativos? Esta é uma pergunta amplamente autoquestionável da população e também venho recebendo com certa frequência de meus clientes. Vamos às medidas amenizadoras.

O primeiro passo é refletir sobre o cotidiano, temos passado muito mais tempo dentro de nossas casas, isso aumenta o consumo de determinados serviços básicos – como água, luz e gás, por exemplo – e pode causar grandes alterações no valor a ser cobrado pelas concessionárias pela distribuição do serviço. Atente-se para consumos desmedidos e aproveite o momento para revisar se há possíveis desperdícios ao longo de sua infraestrutura residencial.

Contudo, vale a pena reforçar, o corte da distribuição de serviços básicos por inadimplência estão, por hora, cancelados. Em Nova Friburgo foi criado um Comitê Setorial de Crise para coordenar e supervisionar tais medidas referentes a concessão de serviços públicos. A nível estadual (Rio de Janeiro) e nacional, os respectivos parlamentos adotaram medidas para determinar a suspensão das interrupções dos serviços por, pelo menos, 60 dias. Mas é claro – e vale ressaltar –, caso você tenha recursos para arcar com os pagamentos, a boa fé do consumidor entra em vigor.

Partindo para outros aspectos de atos governamentais mediante a crise, algumas medidas também têm sido tomadas. O 13º salário da Previdência Social e abono salarial do PIS/Pasep serão adiantados e todos os pagamentos serão feitos até junho. Contudo, caro leitor, atente-se para um ponto extremamente – e faço questão de frisar – importante: até aqui, nenhuma medida apontada nesta coluna representa, de fato, injeção de capital na economia nacional. Então leve em consideração que muitos dos recursos responsáveis por basear os planejamentos de final/início de ano podem se desmantelar por chegarmos lá sem poder contar com esse dinheiro; então comece a estudar suas finanças e se planeje, pois o final de 2020 será completamente atípico para o seu bolso.

Agora vamos abordar a injeção de capital para conter a desaceleração econômica e manter a dignidade de cidadãos feitos reféns de tamanha crise. O Bolsa Família iniciará o processo de novos cadastramentos e alcançará mais um milhão de beneficiários dependentes do programa. Em complemento, haverá, também, o suporte do programa apelidado de “Coronavoucher”; medida responsável pela distribuição de um auxílio que pode variar de R$ 600 a R$ 1.200 para quem cumprir uma série de pré-requisitos.

Decidi escrever a coluna de hoje com um toque jornalístico, trazendo algumas informações indispensáveis para o momento e reunidas em um pequeno texto de leitura prática. Na próxima semana, penso em trazer algumas reflexões acerca do tema – não vai ser possível falarmos de outra coisa – a fim de trabalharmos nosso senso crítico e entender o que está havendo.

Não obstante, por hora, planeje-se

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Dia lindo, ativos valorizando! Ou: como suportar perdas

quinta-feira, 26 de março de 2020

 

Intitulei esta coluna logo antes de começar o texto; enquanto olho minha tela com a listagem de ações que compõem o Índice Bovespa, meu rosto está esverdeado pelo reflexo de tantas altas no dia.

 

Intitulei esta coluna logo antes de começar o texto; enquanto olho minha tela com a listagem de ações que compõem o Índice Bovespa, meu rosto está esverdeado pelo reflexo de tantas altas no dia.

 Agora, 25 de março – enquanto vos escrevo esta coluna – com o mercado já fechado, apenas três ações do Ibovespa finalizaram o dia em queda. Ao todo, são 73 ações de diferentes empresas que formam a carteira teórica do Ibovespa no quadrimestre de janeiro a abril deste ano. Ou seja, 70 ações valorizaram no dia de hoje. A propósito, o índice fechou o dia em alta de 7,50%; com destaque para GolL4 com a maior valorização (+37,65%) e CRFB3 com a maior desvalorização (-4,22%).

Identificou o grande problema do parágrafo anterior? Não lhe dei nenhum parâmetro comparativo extraordinário para saber se tal cenário é bom ou ruim. O Ibovespa está agora (claro, não estará no mesmo patamar enquanto estiver fazendo sua leitura) em 74.955,57 pontos, valor muito abaixo de seu topo histórico. No dia 23 de janeiro o Brasil comemorava mais um recorde de máxima, aos 119.527,63; exatos dois meses depois, no dia 23 de março, o Brasil se assustava com grandes quedas consecutivas e o gráfico do índice alcançava seu fundo com 62.502,43 pontos, somando uma queda total de - 47,71%. Vê agora como um cenário a parte não reflete o panorama geral? É necessário, sempre, afastar-se do que vê para analisar o contexto.

Voltando a comentar o título, poderia ser completo oposto se eu escrevesse sobre este tema durante a semana passada (e talvez não faça sentido se esta edição fosse publicada no jornal impresso desta sexta-feira, 27). Isso é reflexo da volatilidade do mercado financeiro. 

Mas, então, o que fazer diante de tanta oscilação?

Antes de mais nada, vamos aos termos: essa oscilação é determinada pela volatilidade de que tanto falo: é a medida estatística calculada entre frequência e a intensidade das oscilações de preço de um ativo. Logo, quanto maior a volatilidade, maiores são as variações de preço de uma determinada ação.

Entendido o que é a volatilidade, precisamos saber se você está disposto a ela. Para isso, existe um protocolo a ser estudado em cada investidor para identificar seu perfil e evidenciar sua disponibilidade e vontade de exposição à volatilidade.

Existem, basicamente, três tipos de investidor, e é sobre o arrojado – o com maior apetite à volatilidade e, com isso, à rentabilidade – que vamos falar hoje. Se você se considera deste perfil, precisa entender: num surto pandêmico de coronavírus, seus R$ 119.527,63 investidos em Bova11 (fundo replicador do Ibovespa) virariam R$ 62.502,43 em dois meses e seu estômago precisaria aguentar passar por isso. Costumo dizer aos meus clientes: o prejuízo só existe quando você finaliza suas posições; enquanto não o faz, são números que precisam ser recuperados. E, de fato, crises passam, economias voltam a se recuperar e, mais cedo ou mais tarde, voltará aos três dígitos e passará a ter R$ 150 mil.

Contudo, o investidor disposto ao investimento em ações precisa ter algum conhecimento ou, se não for um apaixonado pelo conhecimento financeiro, suporte profissional para minimizar as perdas e potencializar os ganhos. Existem proteções para fugir de tanta volatilidade e, ainda assim, ser um investidor arrojado.

Por fim, como reagir ao mercado em baixa?

Saiba que é uma ótima oportunidade de aumentar suas posições em participações acionárias. As empresas precisam de você (quando adquire ações de uma determinada empresa, você se torna sócio desta), as ações vão estar com o preço abaixo do valor de mercado e com grande potencial de valorização.

Atente-se para uma dica importante: não é por estar barata que a ação é uma oportunidade. Em tempos como os de agora, analise os dados da empresa. Estude se é um setor pouco impactado pela crise, confira os valores de suas dívidas e o caixa líquido; estes, entre alguns outros, são indicadores fundamentalistas essenciais para identificar boas oportunidades.

A renda variável é assim, confira os gráficos: “sobe caindo”. Por isso, respeite seu perfil de investidor e planeje sua carteira com auxílio profissional.

Gabriel Alves é consultor financeiro.        

 

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A luta continua – e ninguém sabe quando vai acabar

sexta-feira, 20 de março de 2020

Não vai ter jeito, precisamos falar de crise. Precisamos falar sobre os impactos do novo coronavírus e a guerra de preços do petróleo em ano de eleições estadunidenses. O mundo está passando por um momento delicado, nunca vivido desde a 2ª Guerra Mundial. O clima já estava tenso com a economia global em grande ciclo de expansão global e agora sente os primeiros sintomas de uma possível recessão.

Não vai ter jeito, precisamos falar de crise. Precisamos falar sobre os impactos do novo coronavírus e a guerra de preços do petróleo em ano de eleições estadunidenses. O mundo está passando por um momento delicado, nunca vivido desde a 2ª Guerra Mundial. O clima já estava tenso com a economia global em grande ciclo de expansão global e agora sente os primeiros sintomas de uma possível recessão.

Mas como tudo isso vai interferir diretamente nas suas finanças pessoais? O objetivo de hoje é conseguir te informar sobre como a crise tem influência direta na sua vida financeira e como um bom planejamento poderia minimizar os impactos.

Planejamento de orçamento - Você tinha sua reserva de emergência bem consolidada? Esse era o momento de ter recursos para suprir seus custos básicos e minimizar os impactos sobre sua qualidade de vida. Basicamente, essa reserva é composta pelo custo de vida – seu ou de sua família – e o tempo que você pretende arcar com este custo independente da geração de novas receitas. O tempo vai variar de acordo com as incertezas de seu emprego ou negócio, mas a recomendação fica entre três a seis meses.

Logo, se você e sua família arcam com um custo de vida mensal médio de R$ 3 mil (este valor precisa ser muito bem estudado e conhecido pela família), o fundo de emergências precisa estar entre R$ 9 mil a R$ 18 mil. Eu sei que pode parecer difícil montar uma reserva de emergência, mas pense comigo: se em situações de emergência é possível recorrer ao crédito – como empréstimos pessoais, por exemplo – e pagar suas parcelas adicionadas de juros, por que você não consegue economizar esse mesmo valor antes de precisar pagar mais caro pela falta de planejamento?

Se você é micro ou pequeno empresário, precisa considerar essa mesma reserva para a criação de caixa do seu negócio. Afinal, em tempos como o que estamos passando agora, negócios mal planejados correm grandes riscos de falência. Use a mesma lógica da reserva familiar para compor o caixa de seu empreendimento, mas procure adaptá-la para as singularidades da sua área. Vale ressaltar, também, que após tanto tempo juntos nessa coluna, as finanças de sua empresa já deveriam estar desvinculadas da sua vida pessoal.

Planejamento de investimentos - Você investe em renda variável? Se precisar resgatar seu capital é bem provável que perderá dinheiro. O planejamento de uma carteira de investimentos bem estudada é essencial para manter a saúde dos seus investimentos.Alocações com alta liquidez e rentabilidade constante acima da inflação real: reserva de emergência: já conversamos sobre sua necessidade; caixa: capital disponível para aproveitar boas oportunidades de investimento. O atual momento na Bolsa de Valores, por exemplo, traz boas oportunidades para montar novas posições.

Alocações com liquidez e rentabilidade constante acima da inflação real: investimento, de fato: aqui é para esquecer o capital alocado e o risco de volatilidade compensará a rentabilidade. Nesse ponto, entram as ações da Bolsa de Valores. O investimento mal planejado pode fazer com que você precise resgatar o capital em tempos de baixa no mercado, o que fará com que haja perda de dinheiro.

Na última quarta-feira, 18, o Copom aprovou mais uma redução na taxa Selic (que agora passa a ser de 3,75% ao ano) como medida de incentivo econômico 

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Bolsas sangrentas

sexta-feira, 13 de março de 2020

Se você é investidor e tem acompanhado sua carteira nas últimas semanas, provavelmente está vendo seus ativos “derreterem”. O mercado de renda variável é assim, não tem jeito, é preciso ter estômago para aguentar tanta volatilidade – ainda mais em tempos de crise global.

E não é só o Brasil que está passando por isso, as bolsas mundo a fora têm sofrido demais os impactos de grandes acontecimentos que 2020 reservou para a economia global. Mas antes de analisá-los e entender o porquê de tata volatilidade, vamos a alguns dados:                            

Se você é investidor e tem acompanhado sua carteira nas últimas semanas, provavelmente está vendo seus ativos “derreterem”. O mercado de renda variável é assim, não tem jeito, é preciso ter estômago para aguentar tanta volatilidade – ainda mais em tempos de crise global.

E não é só o Brasil que está passando por isso, as bolsas mundo a fora têm sofrido demais os impactos de grandes acontecimentos que 2020 reservou para a economia global. Mas antes de analisá-los e entender o porquê de tata volatilidade, vamos a alguns dados:                            

Reino Unido: Índice de referência – FTSE 100 (UKX): atingiu a máxima de 2020 em 17 de janeiro com 7.674,56 pontos, caindo para 5.490,25. Resultado: - 28,46%.

Rússia: Índice de referência – RTS (RTSI): atingiu a máxima de 2020 em 20 de janeiro com 1.646,60 pontos, caindo para 973,80. Resultado: - 40,86%.

Brasil: Índice de referência – Bovespa (Ibov): atingiu a máxima de 2020 em 23 de janeiro com 119.527,63 pontos, caindo para 75.247,25. Resultado: - 37,05%.

Estados Unidos: Índice de referência - Dow 30 (DJI): atingiu a máxima de 2020 em 12 de fevereiro com 29.551,42 pontos, caindo para 23.553,22. Resultado: - 20,30%.

Itália: Índice de referência – FTSE MIB (FTSEMIB): atingiu a máxima de 2020 em 19 de fevereiro com 25.477,55 pontos, caindo para 16.698,50. Resultado: - 34,46%.

Alemanha: Índice de referência – DAX 30 (DAX): atingiu a máxima de 2020 em 19 de fevereiro com 13.789,00 pontos, caindo para 9.634,70. Resultado: - 30,13%.

Todos esses valores foram consultados na manhã desta quinta-feira, 12. A propósito, esperei a bolsa de São Paulo abrir e acionar o terceiro Circuit Breaker da semana antes de analisar os dados brasileiros. Vamos entender esses números?

Antes de mais nada, dentre todos os destaques, Brasil e Rússia foram os países que mais sofreram, o que é esperado por sermos – ainda – países emergentes; os reflexos de uma crise global são ainda mais influentes sobre nós.

A economia global entra em 2020 já em clima de muita tensão; é ano de eleição nos Estados Unidos, e eleições estadunidenses geram impactos, mundiais, diretos. Já sabia-se que seria um ano de volatilidade acima da média devido às incertezas político-econômicas.

Contudo, as grandes surpresas começam com o surto de uma nova doença (até então, desconhecida pelos cientistas) na China, o Covid-19 – Coronavírus. Classificado pela ONU como pandemia, os impactos econômicos são diretos: com um surto global, portos e aeroportos passam a ter funcionamento restrito, produtos deixam de ser importados/exportados e, até mesmo, produzidos – já que grandes indústrias passam a ser fechadas temporariamente diante da eminência de contaminação.

Ademais, passadas algumas semanas do reconhecimento desta nova doença, Rússia e Arábia Saudita entram em guerra de preços para a exportação de petróleo. Os grandes produtores da commodity tem noção do momento econômico e ambiental da sociedade global: os próximos 20, talvez 30 anos são a chance de ainda gerar renda a partir do petróleo. As fontes de energia e matéria-prima já estão sendo revolucionadas. Lembra-se da influência do carvão mineral na Primeira Revolução Industrial? Era a maior fonte de energia da época, mas os tempos mudam.

A crise vai passar! Já passaram outras. Ainda não há previsão para a criação de vacinas para o coronavírus dentro de um ano, mas alguns tratamentos já se mostram eficazes e a luta agora é contra a proliferação; Rússia e Arábia Saudita já estão buscando novos acordos para a comercialização do petróleo; e pouco se fala das eleições nos Estados Unidos.

Agora, vamos voltar para a sua carteira de ações caindo? Talvez seja o momento de encontrar boas empresas com um preço por ação abaixo do valor de mercado. Pode ser uma ótima oportunidade de fazer bons lucros, mas lembre-se: analise com cautela e fundamento. Outro ponto importante, é ter bem organizados os investimentos em ações para, justamente em tempos de baixa, não precisar se desfazer das posições e acabar saindo com prejuízo.

O tema é importante e já até excedi meu espaço para esta coluna, mas, para finalizarmos mais um encontro semanal, sabe o que mais me chama a atenção nesse contexto?

China: Índice de referência – Shanghai Composite (SSE Composite): atingiu a máxima de 2020 em 13 de janeiro com 3.115,57 pontos, caindo para 2.923,49. Resultado: - 6,16%.

O governo chinês estava mais preparado para o Covid-19 do que o mundo imagina?

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Minimalismo. Você sabe o que é?

sexta-feira, 06 de março de 2020

Hoje vamos falar sobre algo muito importante e que pode ser o grande vilão das suas finanças: o consumo desmedido! O enriquecimento, mesmo que com pouco dinheiro, é algo possível. E quando falo em enriquecimento, não me refiro a acúmulo de bens ou ostentação... Falo de qualidade de vida. É difícil ver alguém por aí cujo sonho seja ter um plano de saúde, mas encontra a cada esquina pessoas sonhando com o carro zero.

Hoje vamos falar sobre algo muito importante e que pode ser o grande vilão das suas finanças: o consumo desmedido! O enriquecimento, mesmo que com pouco dinheiro, é algo possível. E quando falo em enriquecimento, não me refiro a acúmulo de bens ou ostentação... Falo de qualidade de vida. É difícil ver alguém por aí cujo sonho seja ter um plano de saúde, mas encontra a cada esquina pessoas sonhando com o carro zero.

Eu gosto de orientar – e inclusive pratico – o minimalismo: a redução do custo em prol da qualidade de vida. Considerar os pequenos gastos do dia a dia, evitar gastos supérfluos, criar metas reais e alcançáveis com um planejamento adequado. Tudo isso vai ajudar a conquistar seus grandes objetivos.

O minimalismo é um estilo de vida; e como tudo, basta achar o seu ponto de equilíbrio. Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia ou barzinho no fim de semana, pode acabar te trazendo outras oportunidades e você passará a viver com mais investimento em educação, viagens, saúde, bem estar e o que mais você considere parte da sua essência. É claro que cada pessoa tem suas prioridades e isso é natural. O importante é entender a ideia de que menos, pode ser mais. Será que você realmente precisa de tudo o que tem?

O consumismo não é natural, é algo inserido na nossa sociedade e, em contrapartida ao minimalismo, o American Way of Life (o estilo de vida americano) que surgiu no século passado como uma alternativa para os Estados Unidos superarem suas crises financeiras, foi difundido no mundo todo, principalmente nos países emergentes. Isso nos trouxe o consumismo desenfreado que, aliado à precária educação financeira, fez do trabalhador e consumidor um refém de suas próprias dívidas. No Brasil, em 2019, o número de inadimplentes passava dos 63 milhões de pessoas.

O interessante disso tudo, é perceber que já há uma ligeira mudança no cenário nacional. Uma pesquisa feita no Brasil, em 2017, pela PwC, mostra que o consumidor está dividido entre a aquisição de bens de consumo e a busca por experiências (viagens, cultura e conhecimento, por exemplo): 50% para cada lado.

Contudo, outra pesquisa realizada no mesmo ano, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que criaram juntos o Indicador de Consumo Consciente (ICC), aponta um percentual de apenas 28% de consumidores conscientes. Um cenário ainda preocupante. Ainda precisamos estudar bastante sobre nossas finanças e parar de correr para nos salvar de nós mesmos.

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Economês x Português

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade. Adquirido um ativo, futuramente você terá ainda mais capital do que quando o comprou (investiu); passivos, por outro lado, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

Bolsa de Valores: é o mercado responsável pela organização das negociações em sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários.

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade pré definida.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Título emitido por instituições financeiras para a realização de operações de empréstimos interbancários.

Cofins: A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma tributação federal incidente sobre a receita bruta das empresas e pessoas jurídicas (exceto quando enquadradas no Simples Nacional) destinada ao financiamento da seguridade social.

FGC: Fundo Garantidor de Crédito é uma “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". É o FGC, o garantidor investimentos de renda fixa.

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é indicador de inflação e incide sobre a correção de valores contratuais (como aluguel).

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medição das metas inflacionarias. É usado para medir a inflação real refletida ao consumidor.

Liquidez: o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

PIB: o Produto Interno Bruto é um indicador de valor para soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma região em determinado período de tempo.

O PIB per capta é este valor dividido pelo número de habitantes da região

PIS/Pasep: o Programa de Integração Social é a contribuição social recolhida por empresas cujos recursos são transformados em benefícios ao trabalhador; como abono salarial, seguro desemprego e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) funciona de forma semelhante, porém, destinados a servidores públicos.

Rentabilidade: é a capacidade de multiplicar o capital investido.

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo desta taxa, a principal ferramenta de controle inflacionário.

Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional – órgão responsável, também, pela gestão da dívida pública. Ao comprar o título, o investidor está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de recebimento de juros.

 

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Planeje seus investimentos. Caderneta de poupança e Selic não valem a pena

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Investir é fundamental se você deseja prosperidade e independência. Afinal, tornar-se refém das próprias finanças é um caminho inevitável se não houver planejamento ativo de geração de renda.

Educação Financeira é o meio – muitas vezes de conhecimento empírico para aqueles com maior facilidade – para um planejamento, adequado ao seu estilo de vida, que viabilize suas conquistas ao longo da vida. Vamos, então, para alguns conceitos que vão te auxiliar a compreender como deve ser baseado o planejamento de uma carteira de investimentos.

Investir é fundamental se você deseja prosperidade e independência. Afinal, tornar-se refém das próprias finanças é um caminho inevitável se não houver planejamento ativo de geração de renda.

Educação Financeira é o meio – muitas vezes de conhecimento empírico para aqueles com maior facilidade – para um planejamento, adequado ao seu estilo de vida, que viabilize suas conquistas ao longo da vida. Vamos, então, para alguns conceitos que vão te auxiliar a compreender como deve ser baseado o planejamento de uma carteira de investimentos.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois  trata-se do período de tempo entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Antes de explicar a organização que deve haver por trás da liquidez, vamos analisar alguns termos comuns ao estudar um investimento. D+0; D+1; D+15; D+30: essas notações representam o tempo de resgate de capital em determinados produtos do mercado financeiro. Traduzindo, a letra “D” representa o dia da sua operação e o número posterior representa o tempo de resgate – a partir do dia da operação. Vamos exemplificar: imagine-se escolhendo um fundo de investimentos e em suas especificações conste a notação D+15; se precisar resgatar o capital (integral ou parcial) investido, você emite a ordem de resgate e, a contar do dia seguinte, seu dinheiro estará disponível após 15 dias. Planeje bem os produtos que estarão em sua carteira para não “ficar na mão”.

Rentabilidade: essa é a parte que enche os olhos – e qualquer desavisado pode acabar considerando este único ponto e tomar uma decisão ruim. Se eu puder me considerar como, leve essa dica de amigo para sempre: quanto maior a rentabilidade, maior o risco. Tema da última coluna, os investimentos fraudulentos fazem parte do dia a dia de um consultor financeiro que vê muitas pessoas, por falta de informação, caírem em golpes. Fique atento. E se não leu meu último texto, aconselho.

Voltando às rentabilidades, há outras duas opções ruins (dessa vez produtos financeiros legais) ao escolher um investimento: Caderneta de poupança e Tesouro Selic, com a taxa Selic a 4,25% ao ano e a inflação real (IPCA) alcançando 4,31% em 2019, têm rentabilidade real negativa. Seu dinheiro, em qualquer uma dessas opções, está sendo corroído pela inflação. Mas então, como ter uma boa rentabilidade? Vamos falar em segurança primeiro.

Segurança: tudo começa com conhecimento e bom senso, saiba distinguir o que é real do inatingível. Os riscos no mercado financeiro se restringem a administração de bancos e empresas onde estão seus investimentos e a falta de planejamento.      Se buscar uma rentabilidade baixa e/ou mediana, há muitos produtos de risco zero. Sim, risco zero. O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 250mil para cada investimento do mesmo CPF em determinados produtos de renda fixa, como CDBs por exemplo.

Agora se busca investimentos mais arrojados com boa rentabilidade, vai precisar se aventurar no mercado de renda variável da Bolsa de Valores. Aqui, o maior risco é a volatilidade! Já viu os gráficos de alguma ação da Bolsa? Caso sim, é provável que tenha reparado nas grandes variações de preço; isso é volatilidade. Por mais que tenha optado por uma boa empresa e esteja alinhado com os parâmetros de administração da instituição, a variação de preço vai existir. E se você não tiver feito a base do seu planejamento, corre o risco de resgatar o capital investido em algum momento de baixa. A renda variável concentra alguns riscos, mas o principal erro de um investidor comum é a falta de planejamento.

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Atenção!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Sabe aquele “investimento” – entre muitas aspas – de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Sabe aquele “investimento” – entre muitas aspas – de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Vê como essas promessas absurdas são inviáveis? Pois infelizmente, algumas pessoas – por falta de educação financeira e um pouco de ganância – acabam caindo em golpes de investimentos fraudulentos.

É o que aponta uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com o estudo, 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos; destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco.

Isso também é educação financeira: conhecer os produtos financeiros, seus parâmetros e limitações. Um investimento (não considere os produtos fraudulentos) de curto prazo e alta rentabilidade envolve riscos que devem ser considerados. Dependendo do seu conhecimento acerca do investimento em questão, é possível, sim, alocar parte do seu capital. Porém, deve ser uma alocação devidamente calculada; afinal, não é inteligente arriscar todo o seu capital de investimento em algo que pode condená-lo.

De fato, não é de hoje o desejo do ser humano pelo enriquecimento rápido; sem desmerecer as boas ideias de alto retorno. Isso pode se tornar um grande inimigo: a ganância. Diferente de ambição, a ganância é um sentimento excessivo de possuir, geralmente, bens materiais – provindos da riqueza obtida – e um atrativo para golpes.

Um bom investidor, por outro lado, tem um grande aliado: o tempo. Aproveite-o para aprender o que puder, o conhecimento será sua principal blindagem antifraude e o garantirá as melhores escolhas.

Você não precisa ser especialista em investimentos para desenvolver senso crítico.

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Ibovespa, ações, fundos: conheça a renda variável

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano.

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano. Ainda era pouco... mas, vamos voltar para hoje.

 A cada 45 dias, o Copom realiza uma reunião com seus membros para decidir o futuro da taxa de juros do Brasil. A primeira reunião de 2020 foi esta semana, na última quarta-feira, 5, quando a taxa Selic passou a ser de 4,25%. Agora pense comigo, vale a pena ter um investimento que lhe renda, anualmente, 70% da Selic? Isso representa uma rentabilidade abaixo de 3% ao ano: essa é a base de cálculo para a poupança (70% da Selic + Taxa Referencial [nula]). Partindo do princípio de que a inflação real do país, o IPCA, ultrapassou 4% em 2019, se você ainda aplica na poupança está deixando seu dinheiro ser corroído pela inflação.

Contudo, há outras diversas formas de proteger seu dinheiro da inflação e, ainda melhor, investi-lo para que se multiplique. Um exemplo disse são as carteiras de investimentos em mercado financeiro. Na coluna da semana passada, o assunto foi renda fixa, uma das duas grandes áreas de distinção entre investimentos do mercado financeiro; a outra, tema de hoje, é a renda variável.

Ao pensar em montar uma carteira de investimentos, é fundamental buscar por diversificação, e isso inclui a escolha de diversos produtos entre as rendas variáveis e fixas: quanto mais conservador, maior a porcentagem alocada em renda fixa; quanto mais arrojados os investimentos, maior a porcentagem alocada em renda variável. O problema, é que ao buscar rentabilidade com a Selic baixa, até o investidor mais conservador precisa se arriscar mais na renda variável. Há riscos, mas podem ser controlados de acordo com a estratégia correta.

Ações, contratos futuros, opções, Fundos Imobiliários, ETFs, commodities e câmbio são exemplos de alguns dos produtos oferecidos na renda variável. Uma carteira diversificada não precisa, necessariamente, ter todos esses ativos mas é ideal saber como podem potencializar suas rentabilidades e proteger os riscos; uma assessoria especializada em investimentos pode ajudar nisso.

Entretanto, uma forma simples de iniciar os investimentos em renda variável é buscar fundos de ações ou imobiliários que se alinham ao seu perfil. Eles trazem a segurança de boas gestões (cabe a você escolher uma boa gestão) e operam suas próprias estratégias de segurança. O ponto negativo é que, apesar das possíveis boas rentabilidades, as taxas a serem pagas serão maiores.

 Agora, se você já faz parte da pequena parcela da população que está na renda variável, busque diversificar, além de papéis, os setores de sua carteira. Varie! Invista em saúde, infraestrutura, energia, enfim, no que se sentir mais à vontade. Como proteção de carteira, operar o hedge em contratos futuros ou opções de compra e venda podem ser uma boa estratégia.

Mas lembre-se dos riscos. Invista no que você conhece e com quem confia. A propósito, dos riscos, o que considero mais expressivo é a falta de planejamento; decorrente de outro grande risco, a falta de conhecimento.

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CDB, LCI, LCA: sabe o que significam essas siglas?

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Investir, na verdade, nada mais é do que multiplicar o dinheiro; seja alocando recursos em ideias, negócios, sonhos ou mercado financeiro. Contudo, este, por sua vez, permite uma vasta diversidade de produtos de investimentos e possibilita, ao investidor, a caracterização de seus investimentos de acordo com os seus princípios e necessidades. Um bom investidor busca conhecer e aprender sobre todos os produtos de mercado financeiro e é essa a minha missão de hoje: te ensinar – ou talvez apenas esclarecer – o que é a renda fixa. Já ouviu falar?

Investir, na verdade, nada mais é do que multiplicar o dinheiro; seja alocando recursos em ideias, negócios, sonhos ou mercado financeiro. Contudo, este, por sua vez, permite uma vasta diversidade de produtos de investimentos e possibilita, ao investidor, a caracterização de seus investimentos de acordo com os seus princípios e necessidades. Um bom investidor busca conhecer e aprender sobre todos os produtos de mercado financeiro e é essa a minha missão de hoje: te ensinar – ou talvez apenas esclarecer – o que é a renda fixa. Já ouviu falar?

Antes de mais nada, o mercado financeiro pode ser categorizado em apenas duas grandes áreas de distinção, a renda fixa e a renda variável. Na renda fixa, não há o investimento, de fato, no setor produtivo, não haverá uma empresa desenvolvendo ideias e soluções sociais, por exemplo. Nesta categoria de investimentos, ao adquirir um produto você está, literalmente, emprestando dinheiro para o emissor em troca de uma rentabilidade e liquidez definida logo no momento da compra – é uma forma de captação de recursos para instituições financeiras.

Rentabilidade - Contudo, ao mencionarmos a rentabilidade da renda fixa, precisamos falar de Selic – a taxa básica de juros no Brasil. Os produtos de renda fixa são sempre indexados a alguma taxa de comparação para rentabilidade e a mais comum é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que acompanha de perto a taxa Selic, que está em constante queda desde 2016. Portanto, caso queira investir nessa modalidade, não aceite rentabilidade abaixo de 100% do CDI, pois o investimento em Tesouro Selic, por exemplo, já vai possibilitar uma rentabilidade próxima.

Liquidez - Na renda fixa, é o tempo de vencimento de um produto. Numa análise simples, quanto maior o tempo de liquidez, maior será a rentabilidade. Lembre-se, um produto com liquidez de dois anos só terá sua rentabilidade efetuada após passado esse tempo.

Produtos e segurança - Apesar da baixa rentabilidade atual (com a Selic em 4,5% ao ano), a maior vantagem da renda fixa é a segurança dos seus recursos e por isso é importante conhecer os produtos desta categoria que, entre muitos outros, são poupança, CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI e LCA (Letra de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), Letra de Câmbio e Tesouro Direto. Ao escolher um produto que mais se adeque às suas necessidades, saiba que o FGC (Fundo Garantidor de Crédito, “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras") garante até R$ 250 mil por CPF em cada produto de renda fixa; exceto o Tesouro Direto, que tem como garantidor o próprio Tesouro Nacional. Para exemplificar, se você adquire um CDB de R$ 200mil e a instituição financeira falir, é o FGC quem vai garantir seu capital investido e você não perderá o dinheiro.

Gostou? É investimento. O dinheiro se multiplica acompanhado de muita segurança. Agora, se o seu foco é alta rentabilidade, o que você busca é a renda variável; tema da coluna da próxima semana.

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