A grande crise de 2020: como minimizar impactos negativos

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 03 de abril de 2020

É difícil trocar o tema quando se vive um momento histórico, não vai ser fácil voltar a falar de outros temas. Hoje, todavia, vou abordar possíveis medidas capazes de reduzir os impactos decorrentes da conjuntura atual; o coronavírus tem sido um agente devastador da saúde e economia global, mas quando associado, ainda, a guerra do petróleo que também estamos vivendo e pouco se fala, as consequências têm tomado proporções ainda maiores.

Afinal, diante de tantas circunstâncias prejudiciais à qualidade de vida, como minimizar os impactos negativos? Esta é uma pergunta amplamente autoquestionável da população e também venho recebendo com certa frequência de meus clientes. Vamos às medidas amenizadoras.

O primeiro passo é refletir sobre o cotidiano, temos passado muito mais tempo dentro de nossas casas, isso aumenta o consumo de determinados serviços básicos – como água, luz e gás, por exemplo – e pode causar grandes alterações no valor a ser cobrado pelas concessionárias pela distribuição do serviço. Atente-se para consumos desmedidos e aproveite o momento para revisar se há possíveis desperdícios ao longo de sua infraestrutura residencial.

Contudo, vale a pena reforçar, o corte da distribuição de serviços básicos por inadimplência estão, por hora, cancelados. Em Nova Friburgo foi criado um Comitê Setorial de Crise para coordenar e supervisionar tais medidas referentes a concessão de serviços públicos. A nível estadual (Rio de Janeiro) e nacional, os respectivos parlamentos adotaram medidas para determinar a suspensão das interrupções dos serviços por, pelo menos, 60 dias. Mas é claro – e vale ressaltar –, caso você tenha recursos para arcar com os pagamentos, a boa fé do consumidor entra em vigor.

Partindo para outros aspectos de atos governamentais mediante a crise, algumas medidas também têm sido tomadas. O 13º salário da Previdência Social e abono salarial do PIS/Pasep serão adiantados e todos os pagamentos serão feitos até junho. Contudo, caro leitor, atente-se para um ponto extremamente – e faço questão de frisar – importante: até aqui, nenhuma medida apontada nesta coluna representa, de fato, injeção de capital na economia nacional. Então leve em consideração que muitos dos recursos responsáveis por basear os planejamentos de final/início de ano podem se desmantelar por chegarmos lá sem poder contar com esse dinheiro; então comece a estudar suas finanças e se planeje, pois o final de 2020 será completamente atípico para o seu bolso.

Agora vamos abordar a injeção de capital para conter a desaceleração econômica e manter a dignidade de cidadãos feitos reféns de tamanha crise. O Bolsa Família iniciará o processo de novos cadastramentos e alcançará mais um milhão de beneficiários dependentes do programa. Em complemento, haverá, também, o suporte do programa apelidado de “Coronavoucher”; medida responsável pela distribuição de um auxílio que pode variar de R$ 600 a R$ 1.200 para quem cumprir uma série de pré-requisitos.

Decidi escrever a coluna de hoje com um toque jornalístico, trazendo algumas informações indispensáveis para o momento e reunidas em um pequeno texto de leitura prática. Na próxima semana, penso em trazer algumas reflexões acerca do tema – não vai ser possível falarmos de outra coisa – a fim de trabalharmos nosso senso crítico e entender o que está havendo.

Não obstante, por hora, planeje-se

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