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O amor é lindo

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Ah! O amor é lindo, não é mesmo? Vocês ainda se emocionam com uma história bonita e genuína em que almas se encontram? Eu sigo achando uma maravilha. Aquece o coração, dá cor às coisas, enche a vida de esperança. Por trás da aparente simplicidade das sutilezas do amor, há uma das maiores verdades que podemos experimentar: ele é lindo, mesmo! Não porque seja perfeito, até é justamente na imperfeição que ele floresce.

Ah! O amor é lindo, não é mesmo? Vocês ainda se emocionam com uma história bonita e genuína em que almas se encontram? Eu sigo achando uma maravilha. Aquece o coração, dá cor às coisas, enche a vida de esperança. Por trás da aparente simplicidade das sutilezas do amor, há uma das maiores verdades que podemos experimentar: ele é lindo, mesmo! Não porque seja perfeito, até é justamente na imperfeição que ele floresce. Não está na cena de cinema em que tudo se encaixa, mas no gesto pequeno de quem se lembra do seu café preferido, na mensagem que chega, em meio a um dia cansativo, no abraço que não cobra nada em troca, na demonstração de se estar junto para o que der e vier. Está no sorriso frouxo, no toque que aquece, na presença que preenche, na admiração recíproca, na partilha emocionada, na torcida diária e no desejo de se estar perto. O amor se faz no detalhe, no cuidado quase imperceptível, no olhar que enxerga além da superfície.

É lindo porque nos humaniza. Em um tempo em que tanto se fala em produtividade, em metas, em números, o amor nos devolve ao que é essencial: sentir. Ele nos lembra que a real conquista passa pelo afeto, que não somos máquinas, que não viemos ao mundo apenas para cumprir agendas, mas para construir encontros. O amor, em todas as suas formas, é um exercício de presença — um “estou aqui” silencioso, mas transformador.

O amor também é lindo porque não se limita a romances. Está na amizade que atravessa décadas, na família que segura as pontas quando o chão parece sumir, na comunidade que se organiza para apoiar quem precisa. Está também no amor-próprio, quando finalmente reconhecemos o nosso valor e nos tratamos com a delicadeza que sempre oferecemos aos outros.

É lindo porque resiste. Mesmo depois das perdas, das decepções e das despedidas, o amor insiste em reaparecer. Ele tem uma força de renascimento que desafia a lógica: ainda que o coração esteja ferido, um novo afeto sempre encontra espaço para brotar. Talvez seja esse o maior milagre — a capacidade de, apesar das cicatrizes, acreditar de novo.

O amor é lindo porque nos coloca em movimento. Nos empurra para fora do egoísmo, amplia nossos horizontes, nos convida a ver o outro não como ameaça, mas como espelho e companhia. É nele que aprendemos generosidade, paciência, compaixão. Não é fácil — exige escolhas, renúncias, disposição para ouvir e recomeçar. Mas é justamente esse esforço que o torna tão valioso.

E, se é verdade que tudo na vida é transitório, o amor talvez seja a forma mais bonita de eternidade. Porque ele se prolonga na memória, na marca que deixa em quem passa por nós. Um gesto de amor pode atravessar o tempo e continuar sustentando alguém muito depois da nossa ausência.

O amor é lindo porque nos lembra de que, no fundo, ninguém quer apenas vencer ou acumular. Todos buscamos, de maneiras diferentes, um lugar seguro para ser quem somos — e isso só se encontra no afeto verdadeiro. O amor é a raiz que nos prende ao chão e a asa que nos leva além. Então, sim, o amor é lindo. Não como slogan, mas como certeza vivida. Ele não precisa de aplausos, de palco, nem de poesia rebuscada. O amor é lindo porque é real, porque está nas frestas da vida, porque insiste em nos salvar todos os dias.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Show dos pequenos

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Atletas do Projeto Vencedor Cristão brilham na Copa Thokio-Nim de Taekwondo

Jovens e talentosos, os atletas do Projeto Vencedor Cristão, de Nova Friburgo, conseguiram um desempenho de destaque na Copa Thokio-Nim de Taekwondo. O evento foi realizado neste último domingo, 17, no município de Cachoeiras de Macacu. Essa foi a 25ª edição do evento regional, que já se tornou tradição entre os praticantes e admiradores da arte marcial coreana. As disputas acontecem nas modalidades luta e poom sae (apresentação técnica semelhante aos katas do Karatê).

Atletas do Projeto Vencedor Cristão brilham na Copa Thokio-Nim de Taekwondo

Jovens e talentosos, os atletas do Projeto Vencedor Cristão, de Nova Friburgo, conseguiram um desempenho de destaque na Copa Thokio-Nim de Taekwondo. O evento foi realizado neste último domingo, 17, no município de Cachoeiras de Macacu. Essa foi a 25ª edição do evento regional, que já se tornou tradição entre os praticantes e admiradores da arte marcial coreana. As disputas acontecem nas modalidades luta e poom sae (apresentação técnica semelhante aos katas do Karatê).

Os atletas do Projeto Vencedor Cristão estiveram representando o município na modalidade luta e conseguiram um surpreendente terceiro lugar, dentre as 21 equipes participantes da competição, ficando atrás somente das equipes Diego TKD Team (do técnico da seleção brasileira da modalidade, Diego Ribeiro), de Itaboraí, e da equipe do Projeto Legado TKD, do Complexo do Alemão. Os 12 atletas do Projeto, que tem sede no bairro Rui Sanglard, conquistaram nove medalhas de ouro e três de prata.

O projeto foi idealizado pelo professor Caíque Huguenin, e começou as atividades no ano de 2018. Desde então, tem oferecido gratuitamente aulas da modalidade a crianças e jovens da comunidade do Rui Sanglard, contando com a colaboração sociedade para continuar atendendo os alunos e poder ampliar o número de vagas — uma das grandes dificuldades para tal é a aquisição de equipamentos para treinos e de proteção.

Os interessados em conhecer um pouco mais e apoiar o projeto podem entrar em contato pelas redes sociais do Projeto Taekwondo Vencedor Cristão, ou pelo whatsapp do professor Caíque Huguenin, através do número (22) 98166-2250.

 

Medalhistas do Projeto Vencedor Cristão

Denisson Poletti - 1° lugar categoria 7° gub, infantil até 39kg

Kauan Figueira - 1° lugar categoria 6° gub, infantil até 48kg

David Chaboudt - 1° lugar categoria 10°, cadete até 37kg

Emerson Gabriel Poletti - 1° lugar categoria 7° gub, cadete até 65kg

João Pedro Braga - 1° lugar categoria 4° gub, cadete até 57kg

Samuel Xavier - 1° lugar categoria 6° gub, juvenil até 59kg

Kaylan Brito - 1° lugar categoria 6° gub, juvenil até 55kg

Gabrielly Melo - 1° lugar categoria 5° gub, juvenil até 55kg

Kauan Martins - 1° lugar categoria 7° gub, adulto até 59 kg 

Bruna Santos - 2° lugar categoria 2° gub, adulto até 67kg

Isaque Souza - 2° lugar 10° gub, infantil até 30kg

Gabriel Macedo - 2° lugar categoria 7° gub, cadete até 33kg

 

4 fotos – legendas:

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  • Foto da galeria

    Emerson Gabriel Poletti foi um dos destaques, ao vencer na categoria cadete até 65kg (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    David Chaboudt, ao lado do professor Caíque Huguenin, foi o grande campeão na cadete, até 37kg (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    Gabrielly Melo brilhou e faturou a medalha de ouro na categoria Juvenil até 55kg (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    Equipe reunida com os pais e as medalhas conquistadas: momento de celebrar o desempenho (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Nova Friburgo é passado, presente ou futuro?

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Um dia percebemos que, passado, presente e futuro, fazem parte de toda a história da humanidade e consequentemente, da nossa singela vida. Vivendo no presente, sempre tive a percepção de morar agarrado no passado, e em pensamento, viver ansiosamente, planejando cada passo do meu futuro.

E quando me dei conta, percebi que passado, presente e futuro não são mais tempos tão distintos assim. Na verdade, somos o que somos porque vivemos todos os tempos simultaneamente, sem mesmo que possamos ser plenamente capazes de perceber essa ligação tão sublime.

Um dia percebemos que, passado, presente e futuro, fazem parte de toda a história da humanidade e consequentemente, da nossa singela vida. Vivendo no presente, sempre tive a percepção de morar agarrado no passado, e em pensamento, viver ansiosamente, planejando cada passo do meu futuro.

E quando me dei conta, percebi que passado, presente e futuro não são mais tempos tão distintos assim. Na verdade, somos o que somos porque vivemos todos os tempos simultaneamente, sem mesmo que possamos ser plenamente capazes de perceber essa ligação tão sublime.

“Freud explica? ”. É bem provável que Sigmund Freud, pai da psicanálise, fosse o mais capaz de nos explicar de que nada do que somos e fazemos é por um simples acaso do universo. Para tudo, há uma explicação a ser explorada num divã na sala de terapia.

Na vida humana, devemos nos lembrar que as lutas, as dores, sofrimentos, vitórias, angústias e alegrias compõem a beleza e a imperfeição de ser quem somos. Na vida de uma cidade, como Nova Friburgo, o caminho percorrido é idêntico, dividido em três tempos, em que a lógica não deve ser entendida de modo diferente.

Nosso passado é marcado por momentos históricos únicos e que trazem a identidade do povo friburguense, aguerrido e persistente. Em meio à muitas dificuldades, crescemos e edificamos forças a essa cidade mesmo diante de todas as adversidades geográficas, naturais e políticas.

Somos orgulhosos de sermos detentores do título de única cidade criada por um decreto real. Não somos modestos, dos anos de ouro vividos nas décadas de 70 e 80, em que o Sul do país aprendeu conosco a fazer uma festa da cerveja. E somos extremamente resilientes, de mesmo diante da maior tragédia natural do país, reconstruirmos.

Entretanto, a partir dos anos 90, em meio às muitas disputas políticas, Nova Friburgo ficou esquecida em meio ao caos, e aos poucos foi perdendo em tudo aquilo que lhe tornava única: o seu brilho, a sua prosperidade e o mais importante, a sua identidade.

No presente, uma revolução fazia-se necessária em Nova Friburgo: e nela, surgiu o desejo de rememorar o saudosismo e querer trazer ao presente, todas as boas memórias construídas, do que havia de melhor nos anos de ouro, muito bem vividos pelos mais antigos habitantes dessa cidade - a boêmia!

Há uma digna e justa tentativa em resgatarmos o nosso brilho através da nossa identidade. Contudo, ainda que o passado seja recheado das boas lembranças dos anos de ouro na serra carioca - que infelizmente ficaram para trás – é muito importante percebermos que o mundo não é mais como era antigamente. E a nós, cabe a pergunta do que seremos no dia de amanhã.

Paralisar as nossas ações em lembranças de um passado de realização, na esperança de um futuro melhor, tem mostrado não nos ajudar a provocar a mudança ou o desenvolvimento como um todo. A evasão da realidade, apesar de ser bastante confortável, pode gerar muitos problemas futuros.

Não estamos investindo em inovação e muito menos nos adequando ao novo mundo, que é bem diferente, dos vividos nos anos de ouro. A vastidão dos empregos se foi com as fábricas, que carregaram consigo, toda a prosperidade da juventude friburguense, que prefere sonhar, em locais com mais oportunidades e possibilidades.

Cada dia mais somos uma cidade mais pobre, na busca de projetos, que não mudaram efetivamente a nossa vida. O mundo, por sua vez, cresceu, inovou, dinamizou e inovou e nós, ficamos para trás. Não nos dedicamos a mudar, somente repetir, o que um dia já deu certo e quem sabe, dará certo de novo.

Ainda que a luta seja extremamente justa pelo saudosismo da boemia e do turismo, vivido nos anos 70 e 80, com todo o nosso potencial, seguimos fora do ranking das cidades visitadas por turistas no Estado. E agora? Não podemos, nem como ser humano e nem como cidade, apostar todas as fichas em uma única tentativa e em uma única solução.

Para qualquer mudança e evolução é necessário um esforço constante e acima de tudo, consciente – e é bem provável que Freud diria isso também. Mudança é o resultado de esforço e de foco.

Vivemos no presente com um imenso potencial. O passado já não mais o teremos. E o futuro, ainda que incerto e desconhecido, é totalmente mutável. Daquilo que passou, cabe agradecer, incluir e integrar em sua história. E daquilo que virá, inovar para não se perder novamente no tempo.

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Transtornos de Personalidade

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Transtorno de Personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. Existem vários tipos. Nossa personalidade nos torna quem somos, influenciando como nos expressamos, como vemos o mundo e como interagimos com os outros. Uma pessoa com uma personalidade saudável consegue lidar com o estresse da vida, cultiva relacionamentos íntimos e desenvolve boas amizades. Mas, há pessoas com padrões de pensamento, sentimento e comportamento que diferem muito das expectativas de uma população. Esses casos são diagnosticados com o que chamamos transtorno de personalidade.

Transtorno de Personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. Existem vários tipos. Nossa personalidade nos torna quem somos, influenciando como nos expressamos, como vemos o mundo e como interagimos com os outros. Uma pessoa com uma personalidade saudável consegue lidar com o estresse da vida, cultiva relacionamentos íntimos e desenvolve boas amizades. Mas, há pessoas com padrões de pensamento, sentimento e comportamento que diferem muito das expectativas de uma população. Esses casos são diagnosticados com o que chamamos transtorno de personalidade.

O Manual DSM-5-TR classifica estes transtornos em 3 Grupos ou Clusters. No Grupo A estão: 1)Transtorno de personalidade paranoica: desconfiança crônica e generalizada de outras pessoas; suspeita de ser enganado ou explorado por amigos, familiares e parceiros. 2)Transtorno de personalidade esquizoide: há isolamento social e indiferença em relação aos outros, atinge um pouco mais homens do que mulheres, são pessoas frias ou retraídas, sem contatos próximos, preocupadas com introspecção e fantasia. 3)Transtorno de personalidade esquizotípica: comportamento, fala, aparência, crenças estranhas e dificuldade em formar relacionamentos.

No Grupo B estão: 1)Transtorno de personalidade antissocial: surge mais na infância, ao contrário da maioria dos outros transtornos de personalidade que iniciam na adolescência ou idade adulta. Sintomas incluem desconsiderar regras e normas sociais e falta de remorso pelos outros. 2)Transtorno de personalidade limítrofe: instabilidade nas relações interpessoais, emoções, autoimagem e comportamentos impulsivos. 3)Transtorno de personalidade histriônica: com emocionalidade excessiva e busca de atenção levando à comportamentos socialmente inadequados para chamar atenção. 4)Transtorno de personalidade narcisista: ligado ao egocentrismo, autoimagem exagerada, falta de empatia pelos outros, muitas vezes impulsionado por fragilidade de si mesmo. Esses tipos de transtorno têm taxa de suicídio 50 vezes maior do que a da população em geral.

No Grupo C estão: Transtorno de personalidade evasiva: inibição social e evitação alimentado por medos de inadequação e críticas. 2)Transtorno de personalidade dependente: medo de ficar só fazendo que leva a tentar fazer com que outras pessoas cuidem deles. 3)Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo: preocupação com a ordem, perfeição e controle dos relacionamentos.

Quem tem transtorno de personalidade em geral não reconhecem esse sofrimento, e perturbam as pessoas ao redor. Fatores genéticos e ambientais, traumas infantis, incluindo abuso verbal contra a criança, favorecem o surgimento desse problema de saúde mental. Estudos sugerem que crianças que sofrem abuso verbal têm três vezes mais chances de ter transtorno de personalidade limítrofe, narcisista, obsessivo-compulsivo ou paranoico na adolescência e na idade adulta.

Estes transtornos são difíceis de tratar por serem padrões de personalidade de longa data. O tratamento visa reduzir sintomas como ansiedade e depressão; ajudar a pessoa a entender os problemas dentro dela; mudar comportamentos socialmente indesejados como a imprudência, isolamento social, falta de assertividade, explosões de temperamento e modificar traços de personalidade problemáticos como dependência, desconfiança, arrogância e manipulação.

A medicação pode ser útil para tratar a depressão ou ansiedade associada ao transtorno. Dependendo dos sintomas a pessoa pode precisar de medicamentos para ansiedade, antidepressivo, antipsicótico ou estabilizador do humor.

Quem sofre de um transtorno desses, quanto mais souber sobre a doença, melhor entenderá e lidará com os sintomas. A prática de exercícios físicos, alimentação natural e bom sono auxilia na melhora da ansiedade e depressão, assim como evitar álcool e outras drogas ilícitas favorece alguma melhora.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

www.youtube.com/claramentent

Tik-Tok  @claramentent

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Duplo revés

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Contra primeiro grande do Estado, base do Frizão não consegue vencer na Copa Rio

O desafio não era dos mais simples. Contra uma das principais divisões de base do país, os meninos do Friburguense tiveram a oportunidade de mostrar o seu talento e, ao mesmo tempo, recolocar o Tricolor da Serra em evidência contra um dos clubes grandes do Rio de Janeiro. O Frizão jogou em casa nas categorias Sub-17 e Sub-15, recebendo o Fluminense no último sábado, 16, no estádio Eduardo Guinle.

Contra primeiro grande do Estado, base do Frizão não consegue vencer na Copa Rio

O desafio não era dos mais simples. Contra uma das principais divisões de base do país, os meninos do Friburguense tiveram a oportunidade de mostrar o seu talento e, ao mesmo tempo, recolocar o Tricolor da Serra em evidência contra um dos clubes grandes do Rio de Janeiro. O Frizão jogou em casa nas categorias Sub-17 e Sub-15, recebendo o Fluminense no último sábado, 16, no estádio Eduardo Guinle.

No primeiro confronto, pela categoria juvenil, o time do Rio de Janeiro venceu pelo placar de 3 a 0. Já no jogo seguinte, válido pelo infantil, o Tricolor das Laranjeiras aplicou 4 a 0. O duelo com o Fluminense foi o primeiro da sequência de embates consecutivos contra Vasco, Botafogo (também em casa) e Flamengo. Os duelos com o cruzmaltino são os próximos nesta fila, e estão marcados para o próximo sábado, 23, no Nivaldo Pereira.

Este ano, competição conta com a participação dos oito times melhores classificados no Campeonato Estadual da Série A e os quatro melhores classificados nos Campeonatos Estaduais das Séries A2, B1 e B2 Sub-17 de 2024. O torneiro reúne, além do Friburguense, as equipes do América, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Madureira, Maricá, Nova Iguaçu, Portuguesa, Resende, Vasco da Gama e Volta Redonda.

O regulamento prevê um único turno, onde todos se enfrentam. Ao final de 11 rodadas, os quatro primeiros colocados irão avançar para as semifinais.

 

Sequência do Friburguense Sub-17 e Sub-15

23/Ago, Sáb - Vasco da Gama x Friburguense, Nivaldo Pereira

30/Ago, Sáb - Friburguense x Botafogo, Eduardo Guinle

06/Set, Sáb - Flamengo x Friburguense, Gávea

13/Set, Sáb - Friburguense x Maricá, Eduardo Guinle

20/Set, Sáb - Resende x Friburguense, Trabalhador

27/Set, Sáb - Friburguense x Volta Redonda, Eduardo Guinle

04/Out, Sáb - Madureira x Friburguense, Aniceto Moscoso

11/Out, Sáb - Friburguense x Portuguesa, Eduardo Guinle

18/Out, Sáb - América x Friburguense, Giulite Coutinho

  • Foto da galeria

    Duelo com o Fluminense foi o primeiro da sequência contra os grandes do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    O Visconde conquistou, no domingo, 17, o título da edição 2025 da Copa do Calcário, ao vencer o Bom Jardim, por 2 a 0, no Henrique Celso de Moraes, em Viscode de Imbé, no jogo de volta da grande final. Na primeira partida, o Bom Jardim havia vencido por 2 a 1. Além dos campeões, foram premiados também os jogadores Renato, do Monerá, como melhor goleiro, e Vitinho, do Visconde, artilheiro da competição com 10 gols marcados. A entrega dos troféus e medalhas contou com a presença de Diogo Latini, presidente da Liga de Macuco e coordenador da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, na região, e dos diretores da Liga, Carlos Alberto Oliveira e Jairo da Conceição, além de autoridades de Trajano de Moraes e Bom Jardim. “Só podemos agradecer também ao presidente da Ferj, Rubens Lopes, pelo apoio, e também aos presidentes de todos os clubes participantes, que engrandeceram esta competição”, ressaltou Diogo Latini. (Foto: Divulgação)

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A gordura abdominal pode matar

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Mais conhecida como barrriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. É o que mostraremos a seguir, com o intuito de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos friburguenses.

Muito associada ao estar bem de vida, já que muitos acreditam ser sua presença um sinônimo de riqueza, a barriga é fonte de preocupação para os Endocrinologistas, Cardiologistas, Oncologistas e outras especialidades, mas também para muitos alfaiates e modistas.

Mais conhecida como barrriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. É o que mostraremos a seguir, com o intuito de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos friburguenses.

Muito associada ao estar bem de vida, já que muitos acreditam ser sua presença um sinônimo de riqueza, a barriga é fonte de preocupação para os Endocrinologistas, Cardiologistas, Oncologistas e outras especialidades, mas também para muitos alfaiates e modistas.

Além da deposição, em grande quantidade, de gordura na parede abdominal, que é a parte visível da barriga, acontece, também, um aumento da quantidade de gordura nas vísceras (órgãos). Chamada de visceral ou intra-abdominal, ela é invisível, porém muito mais perigosa. Poderíamos fazer uma comparação com um iceberg: a parte submersa, invisível, é pior, para a navegação, do que aquela que fica acima do mar. Além do mais, a esteatose hepática, deposição de gordura no fígado, é um dos fatores importantes que levam à cirrose hepática e/ou a incidência aumentada de câncer de fígado.

Sabemos hoje, que a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças cardiovasculares e o próprio câncer podem ter, entre suas causas, o aumento da gordura visceral. Muitos trabalhos feitos em vários centros de estudo, no mundo inteiro, mostram que o infarto agudo do coração é de três a quatro vezes mais frequente nos obesos do que nos magros. Daí, que uma campanha do “Abaixo a Barriga”, não seria piada.

A circunferência abdominal é considerada normal nos valores de 80 a 85 centímetros, para as mulheres e 90 a 95 centímetros, para os homens, sendo medida com uma fita métrica comum, numa linha que passa pela cicatriz umbilical e pelas cristas ilíacas superiores (aquela ponta de osso que temos do lado do abdome), de preferência com a pessoa deitada.

Quando esses valores são ultrapassados, o especialista sabe que seu paciente entrou na faixa de risco, não importando a idade. A diferença está no fator tempo, pois o jovem, em princípio, demorará mais para desenvolver suas lesões, ao passo que o idoso pode ter problemas muito mais cedo. Aliás, essa premissa começa a mudar, uma vez que a idade para o infarto vem baixando, a ponto de não ser incomum conhecermos pessoas que infartaram com 35 anos de idade ou menos.

Se por um lado a vida moderna trouxe uma melhora no dia a dia das pessoas, por outro, fez surgir uma série de problemas, que em última análise, levam a um comprometimento da saúde. Seja nos fast-foods, com suas altas taxas de gordura; seja na diminuição da atividade física, não somente pela “falta de tempo”, mas, principalmente, na modernização dos serviços, fazendo o homem se deslocar menos; seja no stress a que estamos submetidos, é preciso que alguma coisa seja feita para que o homem possa usufruir a modernidade, sem comprometer sua saúde. Além do mais, como a estimativa de vida aumentou muito, sendo hoje em torno de 73,1 anos, para os homens e entre as mulheres para 79,7 anos, de acordo com o censo de 2022 do IBGE, quanto mais zelarmos pela nossa saúde, maiores serão as chances de uma boa qualidade de vida na terceira idade.

Uma programação que inclua atividade física diária, alimentação saudável e uma atenuação do stress, certamente levará a uma perda de peso, a uma diminuição da cintura abdominal e uma melhora na expectativa do tempo de vida, com diminuição dos riscos cardiovasculares e prevenção do diabetes, assim como uma estabilização da pressão arterial. Além do mais, com o avanço da medicina e da farmacologia com o lançamento de medicamentos como o Ozempic, o Vegovy e, mais recentemente, o Mounjaro, o combate à obesidade ganhou novas armas para o seu tratamento. Aliás, o Mounjaro é mais completo, pois ao antagonista do GLPI, se associa o antagonista do GIP; esses dois antagonistas têm entre outras funções no estômago, de retardar o esvaziamento gástrico (GLP-1) e diminuir a secreção de ácido gástrico (GPI), promovendo uma sensação de plenitude. No sistema nervoso central ambos controlam a saciedade.

São medidas cuja execução pode significar um aumento brutal na nossa qualidade de vida, e tudo isso é possível, desde que se tenha conhecimento do problema e vontade de equacioná-lo. Portanto, se você está acima do peso, procure o endocrinologista, o especialista mais capacitado para cuidar dos obesos e mexa-se.

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O medo e o fantasma que assombra

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

O medo é uma sombra silenciosa que se insinua entre as frestas da alma, que chega como um vento gélido em um dia ensolarado.

É como um visitante inconveniente. Não bate à porta, invade casa adentro e se instala, preenchendo os cômodos internos com incertezas e temores, onde, muitas vezes, se disfarça e se guarda em silêncio.

Sentir medo é como carregar um espelho arranhado, sujo e mal cuidado. Olhamos para a nossa vida, mas a visão se torna turva, como se a realidade não estivesse ao nosso alcance.

O medo é uma sombra silenciosa que se insinua entre as frestas da alma, que chega como um vento gélido em um dia ensolarado.

É como um visitante inconveniente. Não bate à porta, invade casa adentro e se instala, preenchendo os cômodos internos com incertezas e temores, onde, muitas vezes, se disfarça e se guarda em silêncio.

Sentir medo é como carregar um espelho arranhado, sujo e mal cuidado. Olhamos para a nossa vida, mas a visão se torna turva, como se a realidade não estivesse ao nosso alcance.

O coração sofre, então, se encolhe como um pássaro receoso, que não consegue voar com a asa quebrada. Assim, a emoção deixa de ser livre, fluida e passa a ser como água represada, em que a correnteza se perde e não consegue achar o caminho para seguir.

Dentro das nossas relações sociais, o medo se transforma em um muro invisível, às vezes, imperceptível. Uma distância cristalina e frágil permanece. Como vidro que permite ver, mas não tocar. Palavras ficam presas, um nó na garganta se forma, como se cada sílaba pudesse começar uma tempestade ou um grande tornado.

Nos faz medir gestos, rever passos, recalcular falas e ensaiar sorrisos que não geram flores nem na terra mais fértil. No fundo, o desejo de ser aceito luta contra o medo de ser julgado, e essa batalha silenciosa desgasta mais do que qualquer conflito declarado.

Com isso, em alguns momentos, mostramos ao mundo um lado que não é o nosso, tentando esconder fragilidades que poderiam nos aproximar uns dos outros. Assim, o medo cria isolamento em meio à multidão, fazendo com que os corações se mantenham distantes. É como a famosa fala que cada um de nós já ouviu inúmeras vezes sobre estar cercado de pessoas e, ainda assim, se sentir só.

Mas, além desse ponto, o medo também esconde um segredo que nem sempre é revelado. Em sua essência, ele aponta para o que mais valorizamos.

Temos medo de perder o que e quem amamos, medo de não sermos vistos por inteiro, medo de revelar a nossa alma nua e crua. E enfrentá-lo não significa apagá-lo, mas reconhecê-lo como parte das nossas emoções, que sentimos dia após dia.

Quando ousamos atravessar os muros que o medo ergue, descobrimos que a vulnerabilidade é apenas uma ponte. Que ao nos expormos e nos despirmos com sinceridade, o que parecia ameaça pode se transformar em encontro.

Percebemos, então, que o medo faz parte da nossa vida, da nossa história, de quem nós somos e que ele possui seu lado positivo e negativo. Isso nos convida a ter percepções mais atentas, a caminhar com mais delicadeza e a encontrar coragem dentro do caos que ele forma e paralisa, para que possamos seguir firmes e confiantes, mesmo diante de tudo que ele transborda.


Até a próxima quarta!

……..

Contato

Site: www.camillafiorito.com.br

Instagram: @camilla.fioritoeduc

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Momento histórico

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Grupo Silvana Gym/Inec fará coreografia de abertura do Mundial de Ginástica Rítmica

Pela primeira vez o Mundial de Ginástica Rítmica será realizado na América do Sul, e o Rio de Janeiro será sede do evento, que acontece a partir de hoje, 20, e vai até 24 de agosto. E Nova Friburgo fará parte deste momento histórico: o grupo Silvana Gym/Inec fará a coreografia de abertura do evento. A delegação friburguense estará presente com 40 integrantes, sob a direção dos professores e técnicos Eder da Silva Vieira e Silvana Schwartz Noel.

Grupo Silvana Gym/Inec fará coreografia de abertura do Mundial de Ginástica Rítmica

Pela primeira vez o Mundial de Ginástica Rítmica será realizado na América do Sul, e o Rio de Janeiro será sede do evento, que acontece a partir de hoje, 20, e vai até 24 de agosto. E Nova Friburgo fará parte deste momento histórico: o grupo Silvana Gym/Inec fará a coreografia de abertura do evento. A delegação friburguense estará presente com 40 integrantes, sob a direção dos professores e técnicos Eder da Silva Vieira e Silvana Schwartz Noel.

O Mundial terá a participação de mais de 650 pessoas (maior número da história), representando 78 países, e será realizado na Arena Carioca, com transmissão da Cazé TV e do Grupo Globo. A abertura acontece nesta quarta-feira, 20, às 12h. O sinal gerado no Brasil será distribuído para mais de 70 países.

"Mantivemos aqui todos os grandes eventos. Trouxemos o pré-olímpico de vôlei, o mundial de surf, a Stock Car e a Copa Davis voltaram. Mas esse evento é muito significativo porque é a primeira vez na América do Sul. E o Rio de Janeiro precisava de um evento desse porte ser muito assertivo. Porque mais uma vez é a imagem do Rio pro mundo inteiro", destaca o governador Claudio Castro.

Uma prévia do que o Brasil mostrará no Mundial pôde ser vista no domingo, quando a seleção olímpica de ginástica rítmica se apresentou aos pés do Cristo Redentor. Entre os principais nomes da nossa Ginástica Rítmica, o público poderá assistir às performances das capixabas Geovanna Santos, que defenderá o Brasil na disputa individual, e Sofia Madeira, que integra a equipe brasileira de conjunto.

Um time de vencedoras

O Campeonato Mundial de 2025 terá formato inédito. Os dois primeiros dias serão dedicados às classificatórias individuais, que definirão as 18 finalistas do individual geral e as oito melhores por aparelho. O terceiro dia terá a decisão do individual geral, e o último será reservado às finais por aparelhos e às disputas de conjuntos.

Disputada apenas por mulheres, a modalidade utiliza cinco aparelhos durante suas apresentações: arco, bola, fita, maças e corda. Nas provas por equipe, há rotinas com apenas um objeto e outras com dois deles misturados. Já no individual, as atletas competem com apenas um aparelho por apresentação. Os ingressos para a competição no Parque Olímpico custam de R$78 a R$300 e podem ser adquiridos pela internet no site: ingresse.com/mundial-de-ginastica-ritmica-2025.

Antes de viver o momento histórico, recentemente a equipe do Inec/Silvana Gym esteve presente no Torneio Estadual de Aeróbica, realizado na Arena Carioca, no Rio de Janeiro, e voltou para Nova Friburgo com diversas conquistas e bons resultados. O time de atletas de Nova Friburgo venceu praticamente todas as categorias em disputa, com destaque não só para o aspecto coletivo, como também o individual.

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    Treinamentos foram realizados com dedicação, para mais um momento histórico para o grupo (Foto: Divulgação)

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    Delegação friburguense contará com 40 integrantes para o evento de abertura do Mundial (Foto: Divulgação)

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    Silvana Noel, Eder Vieira e Marisol Antonelli são professores responsáveis pela coreografia (Foto: Divulgação)

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Megaeventos e o impacto ambiental: entre a festa e a pegada ecológica

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma prosa sustentável!

Grandes eventos culturais, esportivos e de inovação são motores da economia e da cultura contemporânea. Eles atraem multidões, movimentam cadeias produtivas, promovem cidades no cenário internacional e geram oportunidades de negócios. Mas, por trás da grandiosidade do espetáculo, está uma questão urgente: o impacto ambiental deixado após o fechamento de um novo negócio, o último aplauso ou o encerramento das luzes do palco.

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma prosa sustentável!

Grandes eventos culturais, esportivos e de inovação são motores da economia e da cultura contemporânea. Eles atraem multidões, movimentam cadeias produtivas, promovem cidades no cenário internacional e geram oportunidades de negócios. Mas, por trás da grandiosidade do espetáculo, está uma questão urgente: o impacto ambiental deixado após o fechamento de um novo negócio, o último aplauso ou o encerramento das luzes do palco.

O Carnaval do Rio de Janeiro de 2024, por exemplo, ilustra bem esse contexto. Foram mais de sete milhões de foliões e cerca de R$ 5,3 bilhões injetados na economia da cidade, segundo a prefeitura. Porém, a festa também resultou em toneladas de resíduos nas ruas, exigindo mutirões de limpeza e gerando questionamentos sobre a sustentabilidade de uma celebração dessa magnitude.

O Rock in Rio 2022, outro ícone do entretenimento brasileiro, recebeu 700 mil pessoas em sete dias e gerou aproximadamente 300 toneladas de resíduos sólidos, de acordo com a Comlurb. Já a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, foi um marco histórico tanto em público quanto em impacto ambiental: a Fifa estimou uma pegada de 2,7 milhões de toneladas de CO equivalente, principalmente devido ao transporte aéreo.

Mais recentemente, o Rio Innovation Week 2025, considerado o maior evento de inovação e tecnologia da América Latina, mostrou que mesmo em ambientes voltados para o futuro, os desafios ambientais persistem. O evento demandou alto consumo de energia para alimentar palcos, ativações tecnológicas e exposições, além de gerar grande volume de resíduos pela circulação de milhares de visitantes, startups e expositores. O deslocamento internacional e nacional de participantes também contribuiu para o aumento das emissões de gases de efeito estufa.

 

Onde estão os impactos

Os efeitos ambientais de eventos dessa escala podem ser resumidos em quatro frentes principais:

  • Resíduos sólidos: copos plásticos, embalagens de alimentos, garrafas PET, cenários descartados e materiais promocionais representam uma parte significativa do impacto.
  • Emissões de gases de efeito estufa: ligadas principalmente ao transporte aéreo e terrestre de público, artistas, equipes e equipamentos.
  • Demanda energética: palcos, iluminação, sonorização e climatização dependem, em grande parte, de fontes fósseis.
  • Uso da água: banheiros químicos, alimentação, limpeza e manutenção elevam o consumo hídrico.

 

Caminhos para a mudança

Apesar dos desafios, os grandes eventos estão se transformando em laboratórios de inovação sustentável. O Rock in Rio é um exemplo emblemático, com a implementação de copos reutilizáveis, logística reversa e programas de compensação de carbono. O Lollapalooza Brasil adota medidas de incentivo ao transporte coletivo e parcerias para a coleta seletiva.

Nesse movimento, empresas especializadas em soluções ambientais vêm se destacando. Adriana Santos, diretora da EcoModas, ressalta a importância de unir forças com produtores de eventos para dar nova vida aos materiais: “A EcoModas busca atuar em parcerias com organizadores para dar uma destinação ambientalmente correta às lonas de comunicação utilizadas nos eventos. Ao invés de virarem lixo de alta resistência e impacto, elas podem se transformar em bolsas, estojos e outros produtos sustentáveis, gerando valor social, econômico e ambiental”, afirma Adriana complementando que a empresa já ajudou a ressignificar mais de sete toneladas de lonas em novos produtos e brindes corporativos ecológicos.

Além desse tipo de prática, soluções como geradores a biodiesel, painéis solares temporários, programas de compostagem, reuso de água e digitalização de ingressos vêm sendo adotadas por produtores de eventos mais conscientes para reduzir a pegada ambiental.

 

O papel educativos dos megaeventos

Segundo especialistas, a força dos megaeventos não está apenas na sua capacidade de gerar entretenimento ou negócios, mas também em sua influência sobre a sociedade. Quando milhares ou milhões de pessoas presenciam práticas sustentáveis em um festival ou feira, a mensagem se torna pedagógica.

O debate é claro: os megaeventos não podem ser vistos apenas como celebrações passageiras. Eles representam grandes operações logísticas com impactos duradouros, mas também oportunidades únicas de disseminar novas práticas ambientais.

Seja no sambódromo, nos estádios, nas arenas de shows ou nos centros de convenções, o desafio do futuro é transformar cada espetáculo em uma experiência não apenas grandiosa e tecnológica, mas também responsável, inclusiva e ambientalmente sustentável.

Até a próxima!

Saudações sustentáveis e tudo verde sempre!

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A escrita criativa e a voz narrativa

terça-feira, 19 de agosto de 2025

O encontro com a nossa criatividade acontece quando ainda somos bebês e brincamos com as nossas mãos e pés. Sem nada para fazer no berço e ainda com os movimentos limitados, a criança começa a inventar modos de brincar com o corpo e a própria voz ao balbuciar, gritar, chorar e rir. A cada momento, um movimento e um som vão sendo descobertos. E, por aí vai, dias a fio, o bebê começa a fazer coisas que nunca fez, deixando a criatividade despontar.

O encontro com a nossa criatividade acontece quando ainda somos bebês e brincamos com as nossas mãos e pés. Sem nada para fazer no berço e ainda com os movimentos limitados, a criança começa a inventar modos de brincar com o corpo e a própria voz ao balbuciar, gritar, chorar e rir. A cada momento, um movimento e um som vão sendo descobertos. E, por aí vai, dias a fio, o bebê começa a fazer coisas que nunca fez, deixando a criatividade despontar.

A criatividade é o mais profundo e autêntico elo com o mundo. Segundo Piaget, a infância é um tempo dourado para descobrir novas formas de ser e fazer, quando a criança enfrenta o desconhecido. São experiências difíceis que alimentam o potencial criativo existente em cada um de nós. O escritor americano Lyman Frank Baum, em “O Mágico de Oz”, nos diz que a verdadeira coragem está em enfrentar o perigo quando estamos com medo.

Superar o medo para mergulhar no desconhecido é um aprendizado. Para Donald W. Winnicot, pediatra e psicanalista inglês, a estrutura emocional é de fundamental importância para o desenvolvimento da criatividade, o ponto de partida para o viver de modo criativo e o fazer artístico.

Os pontos de encontro entre o indivíduo e o mundo são os seis sentidos: visão, audição, olfato, paladar, tato e intuição. São exatamente nessas interseções que nasce a escrita criativa: produção de textos de modo original e imaginativo. É decorrente do processo de construção da identidade individual o momento em que o escritor supera suas barreiras limitantes, liberta-se de suas restrições (como o medo de expor suas ideias através de palavras) e quebra as garras confinantes adquiridas ao longo da vida. Ele, então, devagar, de palavra em palavra, frase em frase, texto em texto, põe-se a aprender a ouvir a própria voz narrativa. É um longo e magistral aprendizado. Haja coragem e paciência para imaginar e pensar, construir ideias, escrever e reescrever.

O escritor pode experimentar vários estilos criativos, da poesia ao conto, do romance ao microconto, da crônica ao texto jornalístico, do texto dramatúrgico ao roteiro. Mas o primeiro passo é aprender a adentrar o próprio imaginário, permitindo-se escutar ideias oriundas do mundo da fantasia. É um modo de comunicação que o escritor estabelece consigo ao dialogar com suas ideias, carregadas de afetos significantes, com seus conhecimentos adquiridos e suas experiências. É o direito que ele se dá para pensar com liberdade, lidar com os próprios preconceitos, conhecer seus monstros e fadas, experimentar o uso da linguagem convencional e não convencional.

Sim, é um longo primeiro momento cheio de expectativas e espantos. É o mesmo que colocar a cara para fora das cortinas antes do espetáculo começar. Pode ser, simultaneamente, prazeroso e assustador. São momentos em que a vida ao redor se silencia para dar vazão à voz interior. Inclusive para conhecê-la. Primeiramente com cerimônia até conseguir desnudá-la. A seguir conhecê-la e aceitá-la não como nem boa ou ruim, bela ou feia, inteira ou repartida, mas como a própria voz! 

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