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Francisco Wanderley Luiz, o homem bomba tupiniquim

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

      O catarinense de Rio do Sul transformou-se no homem bomba tupiniquim ao explodir um carro próximo ao Congresso Nacional e ao imolar-se em frente ao prédio do STF, na quarta-feira passada, 13 de novembro. Segundo informações divulgadas pela imprensa, seu objetivo era matar Alexandre de Moraes, mas não conseguindo adentrar no STF, acionou os explosivos preso ao seu corpo, em frente ao prédio. Com esse ato, conseguiu chamar a atenção sobre si e a lançar mais confusão no já conturbado cenário político nacional.

      O catarinense de Rio do Sul transformou-se no homem bomba tupiniquim ao explodir um carro próximo ao Congresso Nacional e ao imolar-se em frente ao prédio do STF, na quarta-feira passada, 13 de novembro. Segundo informações divulgadas pela imprensa, seu objetivo era matar Alexandre de Moraes, mas não conseguindo adentrar no STF, acionou os explosivos preso ao seu corpo, em frente ao prédio. Com esse ato, conseguiu chamar a atenção sobre si e a lançar mais confusão no já conturbado cenário político nacional. Já existem uns mais malucos do que ele, querendo ligar esse ato desvairado ao fatídico 8 de janeiro. Talvez, o único elo de ligação entre esses dois episódios seja a insatisfação com o atual governo. O primeiro um ato coletivo, o segundo um ato isolado. Agora atentado com fogos de artifício para mim é pirotecnia.

      Nada mais do que isso, apesar de que não vai demorar muito, vão tentar incriminar Jair Bolsonaro como apoiador de tamanha insensatez. Esquecem que os homens bomba islâmicos, cometem esse tipo de atentado em nome de uma causa, ao menos para eles, que é o de afastar o “perigo sionista” e, como causam estragos, atraem a atenção da comunidade internacional. No caso de Francisco era o de externar sua insatisfação com a conduta de Alexandre de Moraes como membro do STF. Tudo bem que esse sentimento é um lugar comum a muitos brasileiros, mas a morte do homem bomba é um ato isolado que logo cairá no esquecimento. O comentário que mais se ouvirá é o de que, felizmente não feriu ou matou ninguém.

      O Brasil não tem esse hábito do protesto violento causando tragédias com muitos mortos ou feridos. Aqui, felizmente, não se mata em nome de Alá, e, na maioria das vezes os movimentos são pacíficos exceto quando invadidos por pessoas com segundas intenções. Tanto é assim que a segurança das instituições nacionais é pequena em relação à importância delas. Restringe-se à presença de no máximo dois policiais ou militares dependendo de ser um órgão civil ou militar e nada mais. Mesmo no palácio do planalto, temos sempre dois soldados da guarda de honra, postados a sua entrada e nada mais. Apesar do ocorrido em 8 de janeiro, uma baderna generalizada, a situação não mudou, pois acredita-se muito na passividade do brasileiro.

      Claro está, que no mundo de hoje, com o aumento da violência, essa proteção deveria ser mais efetiva, mesmo em se tratando de terras brasileiras. O clima de insegurança que se instalou no Rio de Janeiro, com tiroteios diários entre milicianos e traficantes são a prova disso. E a população se sente refém dessa situação.

      No caso específico de Francisco Wanderley seu ato é isolado, fruto talvez de ficar transtornado pelo bombardeio incessante da mídia sobre a conduta de Alexandre de Moraes, levando-o a odiá-lo e querer resolver essa situação, no seu modo de pensar, por conta própria. Mas, nada mais do que isso. Querer ligar esse episódio ao 8 de janeiro, alegar a existência de um complô antidemocrático e outras sandices mais é querer duvidar da capacidade do povo brasileiro. Fora a mídia folclórica desse país, comenta-se muito pouco sobre o homem bomba tupiniquim.

      Creio que um estudo mais aprofundado sobre a sua personalidade e sua conduta, num passado recente, pode trazer maiores informações sobre o porquê desse ato isolado e desvairado. O resto é pura perda de tempo. 

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Pela paz

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Ministério do Esporte lança campanha para combater a violência nos estádios

Durante a partida entre Bahia e São Paulo, no dia 05 deste mês, o setor Sudoeste da Arena Fonte Nova apresentou uma cena marcante: 384 cadeiras vazias cobertas com camisas de diversos times brasileiros. As 'cadeiras vazias' fizeram alusão às consequências muitas vezes irreparáveis da violência: pessoas deixam de ir aos estádios por medo, times precisam jogar de portões fechados como punição e há a ausência permanente das vítimas fatais.

Ministério do Esporte lança campanha para combater a violência nos estádios

Durante a partida entre Bahia e São Paulo, no dia 05 deste mês, o setor Sudoeste da Arena Fonte Nova apresentou uma cena marcante: 384 cadeiras vazias cobertas com camisas de diversos times brasileiros. As 'cadeiras vazias' fizeram alusão às consequências muitas vezes irreparáveis da violência: pessoas deixam de ir aos estádios por medo, times precisam jogar de portões fechados como punição e há a ausência permanente das vítimas fatais.

A campanha ainda reflete não somente sobre as violências extremas, que ceifam vidas e arruínam famílias, mas também sobre outras formas graves, como racismo, homofobia, xenofobia, agressões contra a mulher e intolerância religiosa. Todos esses atos levam as pessoas a se afastarem dos estádios e até mesmo a se desencantarem para sempre com o futebol, que é um dos maiores pilares da identidade cultural do país.

A ação faz parte do lançamento da campanha Cadeiras Vazias e do Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol, iniciativas do Governo Federal por meio do Ministério do Esporte, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) e os principais clubes do futebol brasileiro, que têm como objetivo promover a paz nos estádios, e criar um ambiente seguro na adoção de comportamentos positivos e na denúncia de atos de violência.

O número de cadeiras simbolizou o total de vítimas fatais de violência no futebol entre 1993 e 2023, conforme levantamento do jornalista esportivo Rodrigo Vessoni.    “Essa campanha é um marco importante no combate à violência nos estádios. Nosso trabalho é para que o futebol, e o esporte no geral, seja um espaço de união, não de violência. Queremos que a paz ocupe os estádios e que crianças, jovens, adultos, idosos, famílias, todos possam torcer juntos, com segurança. A mudança de cultura é construída no dia a dia, com diálogo e ações que mostrem o impacto real da violência. Nosso objetivo é que o futebol seja um ambiente seguro para todos e que o amor pelo esporte sempre supere qualquer rivalidade”, afirma o ministro do Esporte, André Fufuca.

Durante o evento, jogadores dos dois clubes e torcedores foram engajados em atividades de conscientização, promovendo uma mensagem clara de que todos – sociedade civil, autoridades e instituições esportivas – têm um papel fundamental na construção de um ambiente pacífico no futebol.

“É com muita satisfação que a Anatorg recebe o convite para participar da campanha Cadeiras Vazias, do Ministério do Esporte. Desde 2014, quando foi fundada, nossa entidade vem trabalhando para estreitar o diálogo entre as torcidas organizadas de todo o Brasil, autoridades e representantes governamentais. A campanha Cadeiras Vazias traz uma reflexão sobre a violência inserida na sociedade e no esporte. O trabalho em conjunto é fundamental para somarmos esforços e começarmos a reverter essa triste realidade. Dessa forma, políticas públicas têm que ser implementadas para conseguirmos alcançar esses torcedores e a sociedade em geral”, opina Luiz Cláudio do Carmo do Espírito Santo, presidente do Conselho Administrativo da Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil (Anatorg).

“A expectativa é que todos os envolvidos – clubes, federações, torcedores e autoridades – assumam uma postura ativa e comprometida na prevenção da violência. O combate à violência nos estádios é uma prioridade do Ministério do Esporte e do Governo Federal, mas é também responsabilidade compartilhada, e cada um deve fazer a sua parte para proteger o verdadeiro espírito do futebol. Além de medidas para conscientização e promoção da paz, acredito que punições justas e rigorosas para atos de violência vão ajudar a criar ambientes cada vez mais acolhedores”, completa André Fufuca.

Parentes de algumas das vítimas fatais estiveram presentes no estádio da Fonte Nova para participar do ato simbólico pela paz. Desde o dia 07 de novembro, a sustentação da campanha Cadeiras Vazias é impulsionada nas redes sociais com diversos conteúdos a serem compartilhados por atletas, ex-atletas, clubes, torcidas organizadas, influenciadores e outras personalidades.      Usando as hashtags #OcupaçãoPelaPaz e #PazNoFutebol, as publicações exibirão peças da campanha, minidocumentários com depoimentos carregados de emoção e saudade de familiares de vítimas, informações sobre o panorama da violência no futebol e medidas propostas pelo Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol.

Foto da galeria
Símbolo da campanha reúne as cores dos mais diversos times de futebol do Brasil (Imagem: Divulgação)
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A VOZ DA SERRA não é uma escola, mas nos ensina a ler o mundo

terça-feira, 19 de novembro de 2024

            Na escolha dos temas, o Caderno Z, na maioria das vezes, me leva a algum lugar do passado e não seria diferente, quando se trata da escolha da escola. Lembrei-me de minha primeira escola, na Filó e da minha professora, dona Neuza. As crianças do bairro faziam ali as séries iniciais: 1ª A, 1ª B e depois a 2ª série. Ai, sim, vínhamos para o centro da cidade. Eu fui matriculada no Grupo Escolar Ribeiro de Almeida (atual Ienf). Havia uma escola na Rua General Osório: a Escola Nove, onde vários de meus coleguinhas estudaram, inclusive, o meu irmão.

            Na escolha dos temas, o Caderno Z, na maioria das vezes, me leva a algum lugar do passado e não seria diferente, quando se trata da escolha da escola. Lembrei-me de minha primeira escola, na Filó e da minha professora, dona Neuza. As crianças do bairro faziam ali as séries iniciais: 1ª A, 1ª B e depois a 2ª série. Ai, sim, vínhamos para o centro da cidade. Eu fui matriculada no Grupo Escolar Ribeiro de Almeida (atual Ienf). Havia uma escola na Rua General Osório: a Escola Nove, onde vários de meus coleguinhas estudaram, inclusive, o meu irmão. Interessante, que a gente, ainda bem criança, ia e voltava a pé, sem qualquer supervisão de um adulto. Os tempos eram outros, por certo.

            Mudou a cidade, mudou o trânsito, a movimentação e poucas são as referências daqueles percursos que fazíamos; algumas casas se mantém de pé e as ruas de terra batida perderam as pedrinhas preciosas. No entanto, a preocupação é a mesma: dar aos filhos uma boa educação escolar. E a “escola adequada” é sempre aquela que preencha os fundamentos de uma boa “infraestrutura, qualidade de ensino, proposta pedagógica, experiência docente, entre outros aspectos”. Ao contrário dos tempos da década de 1960, hoje a criança precisa ser consultada na escolha da nova escola.  

            A relação família-escola é importante para o êxito. Nesse ponto me lembrei dos tempos do Externato Santa Ignez, onde minhas filhas estudaram por mais de 12 anos e essa lembrança trouxe à tona a magia de uma interação inabalável. As instituições citadas no “Z” – o Colégio Anchieta e as escolas Fribourg e Espaço Livre estão altamente gabaritadas para essa interação, cada uma com suas propostas, mas sempre com o mesmo objetivo: produzir ambientes que abracem a causa da educação na abrangência total de suas possibilidades. Formar gerações altamente capacitadas para um novo tempo de transformações e de valores fundamentais, essa, sim, é a missão educacional.

            Por certo, essa educação abrangente tem nos proporcionado bons resultados com tantos jovens friburguenses se destacando em várias competições. A exemplo, Matheus de Oliveira Silva é destaque nas artes marciais com um cartel de quatro vitórias e duas derrotas, no MMA. Outro sucesso é Breno Batista Pittizer, de 13 anos, campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Ele já mora com a família nos Emirados e o pai também é faixa preta. Filho de peixe, o jovem promete!

            Nas artes literárias, duas alunas do Sesi Nova Friburgo, premiadas no “Rio de Letras”, evento realizado pela Firjan, com curadoria da Academia Brasileira de Letras e parceria da Secretaria Estadual de Educação. Sob o tema “Histórias de diversidade”, Yorhanna Moreno dos Santos Moura conquistou o 2º lugar na categoria “Poesias” e Laura Melo ficou em 3º lugar na categoria “Contos”. O presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano destacou em sua fala: “Para escrever é necessário ler. E a leitura é um indicador básico de qualidade da educação”. Seguindo no pódio das premiações, a Câmara de Vereadores de Nova Friburgo recebeu o “Selo Diamante” e é líder no Radar da Transparência Pública no Estado do Rio de Janeiro, selo atribuído pela Associação dos Tribunais de Contas e pelo Tribunal de Contas da União. Entre mais de 11 mil instituições avaliadas, em âmbito nacional, nossa Câmara Municipal obteve a 129ª posição. Parabéns!

            Em “Dicas para curtir Nova Friburgo”, em qualquer época do ano, temos motivos de sobra para festejar nossas belezas. Festejar também o retorno das antas ao Estado do Rio de Janeiro. O mamífero, após mais de um século em extinção, achou o caminho de volta e isso é bom para a diversidade das florestas fluminenses. Salve os 135 anos da Proclamação da República. A monarquia acabou, mas ainda tem muita gente com o rei na barriga. Salve o Dia da Consciência Negra, um dia para ser festejado em todos os dias do calendário. Salve a cultura de todas as artes dos povos africanos que alicerçaram o nosso Brasil. Que os atabaques consagrem, em alto e bom som, a memória de Zumbi dos Palmares e de tantos outros que abriram os caminhos para os fundamentos da libertação. 

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Debater e idealizar

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Conselho Municipal de Esportes promove a 8ª Conferência

O Conselho Municipal de Esportes de Nova Friburgo (Comenf) realizou, no último dia 6, a 8ª Conferência Municipal de Esportes. O evento cumpre as obrigações frente ao Sistema Nacional de Esporte, e tem como objetivos informar a sociedade sobre a atuação e realização do conselho, estipular as metas de médio e longo prazo, além de eleger os integrantes e presidente para o próximo biênio 2025/2026.

Conselho Municipal de Esportes promove a 8ª Conferência

O Conselho Municipal de Esportes de Nova Friburgo (Comenf) realizou, no último dia 6, a 8ª Conferência Municipal de Esportes. O evento cumpre as obrigações frente ao Sistema Nacional de Esporte, e tem como objetivos informar a sociedade sobre a atuação e realização do conselho, estipular as metas de médio e longo prazo, além de eleger os integrantes e presidente para o próximo biênio 2025/2026.

Eleito presidente para o próximo biênio, o professor Sávio Badini falou sobre alguns dos planos à frente do Conselho, destacando a possibilidade de instituir pelo menos três grandes políticas para apoiar o desenvolvimento esportivo municipal.

"Estou muito orgulhoso de estar a frente do Comenf, porém me sinto na responsabilidade de unir esforços e buscar elevar todo nosso sistema esportivo. Nosso objetivo é instituir a Lei Geral do Esporte, Lei de Incentivo ao Esporte e o Plano Dudecenal que somados colocarão o esporte de nossa cidade como referência no cenário nacional."

Na presidência do Conselho nos últimos dois biênios, a professora Irene Blank ressaltou a convivência respeitosa entre o Comenf e a gestão pública. "Muito foi realizado em prol do esporte e das políticas públicas para nossa cidade. O Conselho é parceiro da gestão, apoiando o certo e debatendo o discutível. Assim, quem ganha é a sociedade", destacou Irene.  

Representando o Poder Executivo de Nova Friburgo,  o secretário municipal de Esportes, João Victor Duarte, discursou sobre os feitos da secretaria e do apoio do Comenf. "Realizamos a reforma dos aparelhos esportivos e implementamos outros tantos, ofertamos iniciação esportiva para os jovens e atividades físicas orientadas para adultos e melhor idade. Lançamos o Programa Bolsa Atleta, idealizado a muitas mãos e com participação importante do Conselho", destacou Duarte.

Braço importante para o desenvolvimento do esporte local, o Comenf realiza reuniões mensais toda primeira quinta feira do mês, na sede da Secretaria de Esportes.

 

Quase lá

Artsul vence e fica mais perto do acesso na B1; Paduano empata

O Artsul ampliou a vantagem na primeira partida da semifinal da Série B1 carioca, ao vencer o Pérolas Negras, por 2 a 1, na tarde do último sábado, 16, no Estádio do Trabalhador, em Resende, no sul fluminense. Com o triunfo, o Tricolor da Dutra pode perder por até um gol de diferença na partida de volta, no próximo sábado, 23, às 15h, no Nivaldo Pereira, em Austin, na Baixada Fluminense, que ficará com a vaga na final. Já o time do sul do estado terá de vencer por dois tentos de vantagem para se classificar.

Na outra semifinal, São Gonçalo e Paduano ficaram no 1 a 1, na tarde do último domingo, 17, no Estádio de Los Lários, em Xerém, distrito de Duque de Caxias. Com o resultado, o Trovão Azul jogará pelo empate no jogo de volta, na próxima sexta-feira, 22, às 15h, no mesmo local, para ficar com a vaga na decisão da competição. Já o "Mais Querido" terá de vencer por qualquer placar para avançar para a final da B1.

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    Irene e Sávio, atual e futuro presidentes do Conselho, destacam a atuação do órgão no contexto do esporte municipal (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Durante o encontro foi realizada a eleição do presidente e novos diretores do Comenf (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Artsul fica perto da vaga na final e do acesso à Série A2 (Foto: Raphael Torres)

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Mensagem do Papa: Dia Mundial dos Pobres

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Celebramos no último domingo o VIII Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco. Segue sua mensagem.

Celebramos no último domingo o VIII Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco. Segue sua mensagem.

“Caros irmãos e irmãs! A oração do pobre eleva-se até Deus (cf. Sir 21, 5). No ano dedicado à oração, em vista do Jubileu Ordinário de 2025, esta expressão da sabedoria bíblica é ainda mais oportuna a fim de nos preparar para o VIII Dia Mundial dos Pobres, celebrado no último domingo, 17. A esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre. Reflitamos sobre esta Palavra e “leiamo-la” nos rostos e nas histórias dos pobres que encontramos no nosso dia-a-dia, para que a oração se torne um modo de comunhão com eles e de partilha do seu sofrimento.

livro de Ben-Sirá, ao qual nos referimos, não é muito conhecido e merece ser descoberto pela riqueza dos temas que aborda, sobretudo quando se refere à relação do homem com Deus e com o mundo. O seu autor, Ben-Sirá, é um mestre, um escriba de Jerusalém que, provavelmente, escreve no século II a.C. Radicado na tradição de Israel, é um homem sábio, que ensina sobre vários domínios da vida humana: desde o trabalho à família, desde a vida em sociedade à educação dos jovens; presta atenção às questões relacionadas com a fé em Deus e a observância da Lei. Aborda os problemas nada fáceis da liberdade, do mal e da justiça divina, que hoje são de grande atualidade também para nós. Inspirado pelo Espírito Santo, Ben-Sirá pretende transmitir a todos o caminho a seguir para uma vida sábia e digna de ser vivida diante de Deus e dos irmãos.

Um dos temas a que este autor sagrado dedica mais espaço é a oração, e fá-lo com grande ardor, porque dá voz à sua própria experiência pessoal. Efetivamente, nenhum texto sobre a oração poderia ser eficaz e fecundo se não partisse de quem se encontra diariamente na presença de Deus e escuta a sua Palavra. Ben-Sirá declara que, desde a sua juventude, procurou a sabedoria: «Quando eu era ainda jovem, antes de ter viajado, busquei abertamente a sabedoria na oração» (Sir 51, 13).

No seu caminho, descobre uma das realidades fundamentais da revelação, ou seja, o facto de os pobres terem um lugar privilegiado no coração de Deus, a tal ponto que, perante o seu sofrimento, Deus se “impacienta” enquanto não lhes faz justiça: «A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus. Ele não se afastará, enquanto o Altíssimo não olhar, não fizer justiça aos justos e restabelecer a equidade. O Senhor não tardará nem terá paciência com os opressores» (Sir 35, 17-19). Deus, porque é um Pai atento e carinhoso para com todos, conhece os sofrimentos dos seus filhos. Como Pai, preocupa-se com aqueles que mais precisam dele: os pobres, os marginalizados, os que sofrem, os esquecidos... Ninguém está excluído do seu coração, uma vez que, diante d’Ele, todos somos pobres e necessitados. Somos todos mendigos, pois sem Deus não seríamos nada. Nem sequer teríamos vida se Deus não no-la tivesse dado. E, no entanto, quantas vezes vivemos como se fôssemos os donos da vida ou como se tivéssemos de a conquistar! A mentalidade mundana pede que sejamos alguém, que nos tornemos famosos independentemente de tudo e de todos, quebrando as regras sociais para alcançar a riqueza. Que triste ilusão! A felicidade não se adquire espezinhando os direitos e a dignidade dos outros.

A violência causada pelas guerras mostra claramente quanta arrogância move aqueles que se consideram poderosos aos olhos dos homens, enquanto aos olhos de Deus são miseráveis. Quantos novos pobres produz esta má política das armas, quantas vítimas inocentes! Contudo, não podemos recuar. Os discípulos do Senhor sabem que cada um destes “pequeninos” traz gravado em si o rosto do Filho de Deus, e que a nossa solidariedade e o sinal da caridade cristã devem chegar até eles. «Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 187).

Neste ano dedicado à oração, precisamos de fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. É um desafio que temos de aceitar e uma ação pastoral que precisa de ser alimentada. Com efeito, «a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé. A opção preferencial pelos pobres deve traduzir-se, principalmente, numa solicitude religiosa privilegiada e prioritária» (ibid., 200).

Tudo isto requer um coração humilde, que tenha a coragem de se tornar mendigo. Um coração pronto a reconhecer-se pobre e necessitado. Existe, efetivamente, uma correspondência entre pobreza, humildade e confiança. O verdadeiro pobre é o humilde, como afirmava o santo bispo Agostinho: «O pobre não tem de que se orgulhar, o rico tem o orgulho para combater. Portanto, escuta-me: sê um verdadeiro pobre, sê virtuoso, sê humilde» (Discursos, 14, 4). O homem humilde não tem nada de que se vangloriar nem nada a reclamar, sabe que não pode contar consigo próprio, mas acredita firmemente que pode recorrer ao amor misericordioso de Deus, diante do qual se encontra como o filho pródigo que regressa a casa arrependido para receber o abraço do pai (cf. Lc 15, 11-24). O pobre, sem nada em que se apoiar, recebe a força de Deus e coloca n’Ele toda a sua confiança. Com efeito, a humildade gera a confiança de que Deus nunca nos abandonará e não nos deixará sem resposta.

Continua na próxima semana

Fonte: Vatican.va

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Nós e a Física

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Acho que sou uma pessoa corajosa por ter resolvido ler dois livros de Física, “Einstein: verdadeiras e mentiras”, escrito por Waldon Volpiceli Alves, e “Universo numa casca de noz”, por Stephen Hawking. Como tenho o pensamento voltado para a literatura e busco fundamentos nas Ciências Humanas, como a Filosofia, Psicologia, História, dentre outras, tenho encontrado na Física outras explicações para os fenômenos da natureza e fatos da vida.

Acho que sou uma pessoa corajosa por ter resolvido ler dois livros de Física, “Einstein: verdadeiras e mentiras”, escrito por Waldon Volpiceli Alves, e “Universo numa casca de noz”, por Stephen Hawking. Como tenho o pensamento voltado para a literatura e busco fundamentos nas Ciências Humanas, como a Filosofia, Psicologia, História, dentre outras, tenho encontrado na Física outras explicações para os fenômenos da natureza e fatos da vida. Saindo das Ciências Humanas, em que o homem recebe tratamento “vip”, pelas demais ciências, como a Física e a Química, não recebemos tamanhos privilégios; apenas fazemos parte da natureza.

Ao ler esses livros voltei aos tempos escolares e me deparei com questões que na época me intrigaram e, depois, caíram no esquecimento. Estamos nos movendo em intensa velocidade, decorrente dos movimentos de rotação e translação, além de girarmos com a Via Láctea, nossa galáxia, que se desloca, também, em altíssima velocidade, juntamente com todas as galáxias. É incrível pensar que ao estarmos sentados às margens de um lago a contemplar suas águas plácidas, estamos percorrendo com rapidez impensável o espaço cósmico; somos passageiros de um voo espacial.

Nosso pensamento deve ganhar amplitude para que possamos considerar a complexidade do universo a que a existência no homem na Terra está submetida. Ah, o nosso Planeta Azul, cheio de vida, água e minerais, o mais vivo do Sistema Solar, é regido pelas leis da Física.

Outra questão refletida por mim é o tempo-espaço. O tempo e o espaço são indissociáveis; todo evento ocorre nessa dimensão e, também, é determinado por quatro coordenadas definidas pelas circunstâncias. Não tenho condições de me aprofundar, mas, de um modo geral, a Física nos ajuda a compreender os acontecimentos. Um acidente automobilístico, por exemplo, ocorre num espaço, numa fração de minutos e possui fatores determinantes. Dá até para brincar com tudo o que acontece. Ontem mesmo fui jantar para comemorar meu aniversário de casamento e identifiquei quatro motivos que me fizeram considerar o momento especial: o ambiente aconchegante, bom atendimento, comida saborosa e estar feliz.

Esse modo de pensar é essencial para observarmos os fatos da vida. O sociólogo Max Weber, jurista e economista alemão, considerado um dos fundadores da Sociologia, considerou que a cada momento a realidade deve ser interpretada a partir de diferentes pontos de vista. Ou seja, todo evento tem causas, que geram consequências, que se constituem em novas causas. Em nosso Planeta tudo é mutante, variável e ninguém é dono da verdade.

Mais uma contribuição da Física me encanta: os corpos se atraem. Caso surja algo entre dois corpos, a força total sobre eles é aumentada pela presença de um terceiro. Assim, as forças em torno desses corpos geram influências mútuas. Trazendo isso para o dia a dia, tudo nos atrai e atraímos todas as coisas, pessoas e circunstâncias; somos um ponto dinâmico de energias. E a ideia de o trabalho de equipe ser a soma dos empreendimentos individuais é um princípio da Física.

“Assim caminha a humanidade”: de passo a passo, de embate a embate, entre acertos e erros, vamos superando nossos conflitos, enfrentando os desafios da natureza, superando limites, buscando melhores condições de vida e de sobrevivência, criando arte para expressar suas emoções.

Lendo Física, compreendendo melhor a vida e escrevendo literatura.

 

* Este texto recebeu orientação de Simone M. M. Lopes, professora de física e autora do livro-jogo “A Chave do Enigma”.

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Governador Raymundo Padilha inaugura o Colégio Estadual Nova Friburgo

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Edição de 16 e 17 de novembro de 1974

 

Manchetes

Governador Padilha recebe consagração: Inaugurado o Colégio Estadual Nova Friburgo com solenidade que contou com o prestígio do governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha que recebeu, na ocasião, verdadeira consagração popular. Seu nome agora ficará perpetuado nos corações dos friburguenses. O colégio foi construído dentro da filosofia da reforma do ensino do MEC e é integrado à rede da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio.

Edição de 16 e 17 de novembro de 1974

 

Manchetes

Governador Padilha recebe consagração: Inaugurado o Colégio Estadual Nova Friburgo com solenidade que contou com o prestígio do governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha que recebeu, na ocasião, verdadeira consagração popular. Seu nome agora ficará perpetuado nos corações dos friburguenses. O colégio foi construído dentro da filosofia da reforma do ensino do MEC e é integrado à rede da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio.

Concurso do Banco do Brasil - Serão abertas em dezembro as inscrições para o Concurso de Auxiliar de Escrita do Banco do Brasil. O certame será realizado no primeiro trimestre de 1975, não tendo ainda data marcada. Os candidatos poderão conhecer, em breve, detalhes deste concurso através de edital que será publicado neste jornal.

Menores desaparecidos - Reinaldo Teodoro de Oliveira, 12 anos, que na ocasião trajava calça marrom, camisa amarela e casaco azul escuro. José Carlos, 14 anos, que usava calça rosa, e camisa vermelha, e outro menor conhecido pelo nome de Laudir, com 12 anos.

Agressão nas Braunes - Quarta-feira, às 9h da noite, João Marcos Pessoa, 24 anos, branco, solteiro, residente nas Braunes, foi agredido a facadas na Rua Sara Braune. Seu agressor é um indivíduo conhecido por "Alô", preto, 25 anos, também morador do bairro. Segundo declarações da vítima à polícia, o agressor se preparava para assaltar uma residência quando foi por ele surpreedido. Os policiais Jordanésia e Jorge Gal registraram a ocorrência na delegacia. 

Incêndio ameaça fábrica - O Corpo de Bombeiros de Friburgo foi chamado para debelar um incêndio na Fábrica de Doces, na Chácara do Paraíso. O fogo surgiu numa cadeira e foi prontamente debelado pelos militares. A fábrica está situada na Rua Izelino Maduro, e é de propriedade de Benedito Piran e Teresa Sadi.

ELEIÇÕES 1974 - Apuração: Tudo em AVS - Na próxima semana A VOZ DA SERRA vai trazer tudo sobre a apuração do pleito deste 15 de novembro em Friburgo com todos os resultados oficiais, mostrando também todos os detalhes que cercaram a apuração. É um serviço exclusivo do jornal para seus leitores.

Supletivo tem gabarito - O Departamento de Ensino Supletivo da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio divulgou os gabaritos das provas realizadas em nível de primeiro grau.

 

Sociais  

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Carlos Vassallo de Azevedo, Norma Freitas Madureira, Lucien Sardou Xavier (18); Arsênio José da Silva(19); Marizette de Almeida (20); Maria Cristina Cordeiro e Nelson Kemp (21); Alzira do Amaral, Regina Lúcia Lunes e Sérgio Miranda (22); Neuza Carestiano, Regina Célia e Nely Monteiro(23). 

 

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima sob supervisão de Henrique Amorim 

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Ser escada

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

É inegável que somos seres gregários, vivendo e convivendo em sociedade, partes de um organismo coletivo, mas dotados de individualidade, necessidades, desejos, desafios vontade própria. Mas para além desse fato óbvio, também identificamos que em tempos de incerteza e desafios, quando o individualismo parece tomar conta da sociedade, é fundamental que nos lembremos de algo essencial à nossa humanidade: a importância de ajudar uns aos outros.

É inegável que somos seres gregários, vivendo e convivendo em sociedade, partes de um organismo coletivo, mas dotados de individualidade, necessidades, desejos, desafios vontade própria. Mas para além desse fato óbvio, também identificamos que em tempos de incerteza e desafios, quando o individualismo parece tomar conta da sociedade, é fundamental que nos lembremos de algo essencial à nossa humanidade: a importância de ajudar uns aos outros.

A generosidade e o espírito de cooperação são forças transformadoras, capazes de criar laços mais fortes entre os indivíduos, de impactar, transformar, mudar o rumo das coisas e por vezes, move montanhas, com toda força da metáfora. Aliás, por falarem metáfora, tem uma e que gosto muito porque de certa forma fala sobre a vida e o que acontece em nossas relações interpessoais. Acho lindo quando compreendemos que todos os dias, damos passos, e quando evoluímos, subimos degraus de uma escadinha longínqua, de tamanho indefinido, mas subimos. Cansa, doi, desanima, mas se nos dedicamos a subir, em passos largos ou lentos, subimos. E conforme subimos, temos chance de sermos escada na vida de outras pessoas com as quais convivemos e facilitar seus caminhos. E isso é incrível.

Acho uma pena que o sentimento egoísmo às vezes faça com que as pessoas subam sozinhas, esqueçam-se que não estão sós, que podem contribuir com as outras, não enxerguem para além delas. Acho, no entanto, a coisa mais linda, quando nos dispomos a facilitar caminhos, nos predispomos a subir de mãos dadas, somarmos força nos desafios. Quando falamos em "ser escada", evocamos uma imagem simples, mas profunda. Uma escada não espera reconhecimento; ela existe para apoiar, para elevar, para oferecer uma estrutura sólida que permita a outros alcançarem lugares mais altos. Não se trata de uma metáfora vazia, mas de uma prática diária de generosidade, em que nos colocamos à disposição para ajudar sem esperar algo em troca.

A generosidade como base da convivência humana é uma disposição para oferecer parte de si mesmo — seja tempo, atenção, carinho, cuidado, recursos— com o objetivo de melhorar a vida de outra pessoa. Muitas vezes, esses gestos podem ser invisíveis, discretos, mas são eles que constroem as redes de solidariedade que sustentam uma comunidade. E a satisfação pessoal que disso advém é incalculável.

Quando ajudamos alguém, seja através de uma ação concreta ou de um simples gesto de empatia, não estamos apenas beneficiando o outro, mas também enriquecendo nossa própria vida. O ato de ajudar traz consigo um sentimento de pertencimento, de conexão e de propósito. Ao elevarmos os outros, criamos um ambiente em que todos podem crescer e se desenvolver, o que fortalece a coletividade.

Nesses tempos, a competição parece ser o motor do progresso. No entanto, as grandes conquistas raramente foram frutos do esforço de um único indivíduo, mas do trabalho coletivo, da colaboração e da ajuda mútua. Se pensarmos nas revoluções sociais, nas inovações tecnológicas ou mesmo nas pequenas vitórias do cotidiano, veremos que, em todos esses momentos, alguém foi escada para que outros pudessem subir.

A ajuda mútua não tem cunho material. Não apenas. O bem querer genuíno é bastante poderoso e ele se manifesta também através de uma escuta atenta, um ombro amigo, uma palavra de incentivo nos momentos de desânimo. Essas ações, aparentemente simples, têm um impacto profundo na vida das pessoas. Basta ver que diante de uma catástrofe, pandemoa, crise, quando o isolamento e a angústia se espalham, a solidariedade é um bálsamo, uma luz que nos guia pela escuridão. No final das contas é tudo sobre pessoas.

Quando nos dispomos a ajudar, não estamos apenas tornando o mundo mais justo para os outros, mas também criando um espaço onde podemos ser ajudados. Somos, de fato, interdependentes. Em uma sociedade onde a solidariedade reina, todos têm a chance de prosperar. É essa rede de apoio mútuo que constrói uma base sólida para o bem-estar de todos. Penso que podemos, enquanto sociedade, reverter a lógica de competição e egoísmo em favor de uma verdadeira cooperação.

Em um mundo onde as dificuldades são muitas, onde as desigualdades são profundas e onde o egoísmo frequentemente se apresenta como uma solução, a verdadeira transformação social vem de nossas ações cotidianas de generosidade, ajuda mútua e companheirismo. Somos todos escadas uns para os outros, e é através de nossas mãos estendidas que podemos alcançar novos horizontes, mais justos e humanos.

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Exemplos de vitalidade

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Nova Friburgo tem três atletas participando do Campeonato Brasileiro de Basquete Master

Nova Friburgo tem três atletas participando do Campeonato Brasileiro de Basquete Master

        Um exemplo dentro e fora das quadras. Com muitas histórias para contar, alguns dos grandes nomes do basquete de Nova Friburgo continuam escrevendo capítulos marcantes na modalidade. Desde o dia 9 de novembro, acontece em Caxias do Sul (RS) a 39ª edição do Campeonato Brasileiro de Basquete Master, onde mais de 1.500 atletas de 20 estados do país, com idades variando de 30 a 85 anos ou mais, competem nas categorias masculinas e femininas. Do município, participaram Fábio Freitas, na categoria 55+, Bruno Batista, na 50+ e Tony Ventura, na categoria 80+.

       O trio friburguense compõe uma competição que apresenta número recorde de atletas. Pela primeira vez também é disputada a categoria 85+ masculina. Outros grandes nomes do basquete brasileiro também marcaram presença entre os jogadores. Um deles é Benedicto Cicero Tortelli, de 85 anos, campeão mundial com o Brasil em 1963 e de diversos outros títulos sul-americanos e pan-americanos.

       O Campeonato Brasileiro de Basquetebol Master conta com aproximadamente 150 equipes. Caxias do Sul terá oito sedes: Recreio da Juventude, Clube Juvenil, Sesi, Ginásio Vasco da Gama (Vascão), Fundação Marcopolo, UCS, Ginásio de Galópolis, entre outras. Somente puderam inscrever-se para participar dos Campeonatos Brasileiros de Basquetebol Master as associações filiadas. As equipes que se classificarem nos três primeiros lugares de suas categorias receberão medalhas, em quantidade correspondente ao número de atletas e dirigentes inscritos, e o respectivo troféu.

       Caxias do Sul é uma das cidades do país com maior número de ginásios com quadras de 40m x 20m, medidas oficiais para futsal e handebol, por exemplo. São 15 quadras com essa dimensão. Além disso, a proximidade entre as quadras sugeridas para o Campeonato Brasileiro de Basquete Master é um facilitador para atletas e organização do evento.

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    Estrutura em Caxias é utilizada para a realização de mais um Brasileiro Master de Basquete (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Nova Friburgo conta com três representantes, em categorias diferentes (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Evento reúne alguns dos principais nomes da história do basquete nacional (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Matheus de Oliveira da Silva, 21 anos, é mais um talento de Nova Friburgo brilhando no universo das artes marciais. Com um cartel de quatro vitórias e duas derrotas, no MMA, o lutador terá um novo desafio importante neste final de semana. Pela quarta vez, Matheus do Jungle Fight – este, o de número 132 -, considerado com o maior evento da modalidade na América Latina. O jovem, que representa a Academia Brazilian Fight, e tem como treinadores Maurício Bibito Macedo e Filipe Grativol, lutará pela Categoria Peso Leve, de até 66kg, encarando Caio Trovão, adversário de Pernambuco. O evento acontece neste sábado, dia 16, a partir das 19h, em Recife. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Fim da linha

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Friburguense empata e se despede da Série B1 do Campeonato Carioca

        O Friburguense, bem como o seu adversário, o Nova Cidade, dependia apenas de si para conquistar a classificação para as semifinais do Campeonato Carioca da Série B1. O detalhe é que até mesmo um empate poderia servir, desde que o duelo entre Pérolas Negras e São Cristóvão terminasse empatado. E era exatamente esse cenário que se anunciava até os instantes finais de partida, quando o Pérolas marcou o gol da vitória, ultrapassou o Tricolor da Serra e ficou com a vaga.

Friburguense empata e se despede da Série B1 do Campeonato Carioca

        O Friburguense, bem como o seu adversário, o Nova Cidade, dependia apenas de si para conquistar a classificação para as semifinais do Campeonato Carioca da Série B1. O detalhe é que até mesmo um empate poderia servir, desde que o duelo entre Pérolas Negras e São Cristóvão terminasse empatado. E era exatamente esse cenário que se anunciava até os instantes finais de partida, quando o Pérolas marcou o gol da vitória, ultrapassou o Tricolor da Serra e ficou com a vaga.

        O Friburguense chegou a abrir o placar aos 25 minutos do segundo tempo, com o gol de Israel, de perna canhota, mas cedeu o empate ao Nova Cidade dois minutos depois. Jean aproveitou cobrança de escanteio para definir o 1 a 1 no estádio Joaquim Flores, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, na terça-feira, 12. Com esse resultado, o Frizão encerrou a sua participação na Série B1, a terceira divisão estadual, na quinta colocação, com dez pontos conquistados. O Belford Roxo foi a equipe rebaixada para a Série B2 (quarta divisão).

        O Friburguense foi a campo com Matheus Eduardo, Ronaldo, Mauricio, Cris e Ricardinho; Igor Gomes, Israel, Caio Monteiro e Barrozo; Caíque e Victor Hugo.

        Sem novas partidas programadas, o time profissional só voltará a campo em 2025, provavelmente no segundo semestre, quando terá novamente a disputa da terceira divisão do futebol carioca como principal competição a ser disputada.

 

Semifinais

        O Artsul faturou a Taça Corcovado ao vencer o São Gonçalo, por 1 a 0, em Los Lários, em Xerém, distrito de Duque de Caxias. Com o triunfo, o Tricolor da Dutra chegou aos 16 pontos, mesmo número de pontos do Paduano, mas com saldo superior (5 a 3). Por isso, conquistou a Taça Corcovado.
        Além do Artsul e do Paduano (que venceu o Serrano por 1 a 0, no Nélio Gomes, em Belford Roxo), mais dois clubes se classificaram para as semifinais da Série B1 Carioca. O São Gonçalo terminou na terceira posição, com 13 pontos, mesmo com a derrota para o Artsul, O último classificado foi Pérolas Negras, que bateu o São Cristóvão, por 1 a 0, e terminou com 11 pontos, na quarta posição,
        Pérolas Negras e Artsul abrem as semifinais no próximo sábado, 16, às 15h, no Estádio do Trabalhador, em Resende, no sul do estado. Domingo, 17, será a vez de São Gonçalo e Paduano medirem forças em Los Lários, no mesmo horário.

 

Tabela do Frizão

Friburguense 0 x 1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0 x 1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0 x 0 Serrano, Eduardo Guinle

São Cristóvão 1 x 0 Friburguense, Ronaldo Nazário

Friburguense 2 x 0 Artsul, Eduardo Guinle

Belford Roxo 1 x 1 Friburguense, Nélio Gomes

Friburguense 0 x 0 São Gonçalo, Eduardo Guinle

Nova Cidade 1 x 1 Friburguense, Joaquim Flores

 

Classificação da Taça Corcovado

1º- Artsul, 16 pts

2º- Paduano, 16 pts

3º- São Gonçalo, 13 pts

4º- Pérolas Negras, 11 pts

5º- Friburguense, 10 pts

6º- Nova Cidade, 10 pts

7º- São Cristóvão, 7 pts

8º- Serrano, 6 pts

9º- Belford Roxo, 6 pts

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    Frizão empatou fora de casa e resultado foi insuficiente para conquistar a classificação (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Sem novas competições oficiais em vista, Friburguense só volta a jogar profissionalmente em 2025 (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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