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R$1.045,00 – O que representa o salário mínimo?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão que realiza a PNAD, divulgou mais um estudo; dessa vez, acerca do trabalho informal. Chegando ao patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, a população trabalhadora informal alcançou 41,3% - atingindo 38,68 milhões de brasileiros.

Ou ainda, um relatório da Organização Internacional do Trabalho apontou 12,1% como taxa de desemprego no Brasil. O cenário futuro não é animador: a previsão para 2023 e 2024 é e uma taxa de 11,5%. Resumindo em poucas palavras: o desemprego abre portas para o trabalho informal, que, por sua vez, impacta na remuneração dos trabalhadores; e se o aumento salarial não tem superado a inflação, um emprego não regulamentado acaba sendo afetado.

É melhor que desemprego? Concordo! Mas não é solução. A economia do país passa por momentos delicados, os últimos anos não têm sido fáceis. A população sem poder de consumo tem influência direta na economia e a recíproca é verdadeira. O ano de 2019 registrou a marca de 4,31% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação, e mais uma vez chegou a vencer – momentaneamente – o reajuste salarial.

Uma Medida Provisória foi necessária para definir um salário mínimo em 2020 que superasse a inflação do ano anterior, alcançando um reajuste real de, aproximadamente, 0,4%. Contudo, para os cofres públicos, cada R$ 1 de aumento “extra” custará R$ 355 milhões; totalizando uma despesa adicional de R$ 2,13 bilhões.

Mas o que deve ser feito para que o investimento seja convertido em poder de consumo e reflita positivamente na economia? Aqui vem a importância da educação financeira. O primeiro passo é refletir e estudar sobre suas finanças. Está endividado? Comece a analisar possíveis formas de quitar ou amortizar suas parcelas. Analise as maiores taxas de juros – principalmente o Custo Efetivo Total (CET) – e comece pelas mais caras.

Um perfil comum de consumidor também é o “falso equilíbrio”; gastar o que ganha é arriscado e pode acarretar em dívidas graves sem o planejamento recomendado. Use o reajuste salarial para começar a construir sua reserva de emergências. Há recomendações de capital referente a seis meses de consumo; tempo que vai variar de acordo com suas singularidades, como a segurança do emprego, por exemplo.

Por fim, saiba como rentabilizar seu patrimônio; assunto do nosso encontro de semana que vem.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Nova tarifação da B3

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Você sabe o que é a B3? Se sim, ótimo; fique atento às novas formas de tarifação. Se não, vamos, nessa breve introdução, conversar sobre como funciona o mercado de ações no Brasil e no mundo.

Você sabe o que é a B3? Se sim, ótimo; fique atento às novas formas de tarifação. Se não, vamos, nessa breve introdução, conversar sobre como funciona o mercado de ações no Brasil e no mundo. Para tornar possível os negócios em setor de bolsas, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como a criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e de commodities.

No Brasil, existe apenas uma empresa responsável por exercer tais atividades, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ao redor do mundo, existem diversas outras; como as Nasdaq e a Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos; a Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra; a Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha e por aí vai.

Para falarmos do mercado brasileiro, podemos citar a ordem “hierárquica” da relação de investimentos. O investidor abre uma conta em um banco de investimentos ou corretora de valores, que por sua vez inicia-se o contato com a B3 e por fim o acesso aos produtos do mercado financeiro. A B3, no que lhe concerne, rege esse mercado e suas tarifações; tanto referentes ao investidor, quanto as corretoras de valores e bancos de investimentos. Contudo, o ano de 2020 já começou com algumas novidades tarifárias e é para elucidá-las que se propõe esta coluna. Vamos a elas?

De acordo com a própria empresa, a nova política de tarifação da B3 tem, como objetivos, ampliar o volume de negociação e aumentar a liquidez do mercado, equalizar práticas de preços e estimular o crescimento da base de pessoas físicas. O impacto estimado é uma redução de R$ 250 milhões/ano nas tarifas cobradas do mercado. As alterações abrangem investidores institucionais, investidores pessoa física e, também a relação de empréstimo de ativos.        Vou, então, especificar apenas os pontos positivos e negativos da nova alteração para investidores pessoa física.

Pontos positivos

A primeira mudança importante foi a isenção de manutenção de conta. Nos últimos anos, as corretoras de valores – como estratégia de marketing - “zeraram” esta tarifa de seus clientes, contudo, os valores referentes a estes eram arcados pelas próprias corretoras. Com a isenção anunciada pela B3, as corretoras precisarão pensar em novos benefícios para atrair e fidelizar seus clientes: ponto positivo para nós, investidores pessoas físicas.

 A tarifa de negociação também sofreu alterações. Com o novo sistema de tarifação, os 0,0325% sobre o valor negociado passa a ser de 0,03% podendo chegar até 0,0125% para valores mais altos.

Pontos negativos

 A tarifa sobre custódia também sofreu alterações, desta vez, para cima. Clientes com até R$ 20 mil investidos em renda variável são isentos, mas para aqueles entre R$ 20.000,01 e R$ 300mil (que antes também eram isentos) arcam, agora, com uma taxação de 0,05% a 0,02% ao ano sobre valor em custódia. Acima de R$ 300.000,01 são taxados em 0,0130% a 0,0005% ao ano sobre valor em custódia. 

Outro ponto, e talvez o mais marcante dessa reforma tarifária pela B3, foi a taxação de proventos; que antes era nula e agora corresponde a 0,12% sobre estes.

Fique atento, pois pequenas decisões valem muito na hora de calcular sua rentabilidade real em investimentos.

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