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Minimalismo e Consciência de Consumo

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Não há outra alternativa; ganhando muito ou pouco, você precisa poupar para haver prosperidade financeira. Se você gasta o que ganha, talvez aumentar as receitas não seja a solução para a estabilidade: você precisa rever seus hábitos de consumo. A propósito, já ouviu falar sobre minimalismo? É uma palavra ampla, é claro. Minimalismo pode retratar diferentes contextos, mas é sobre estilo de vida e hábitos de consumo o qual me refiro.

Não há outra alternativa; ganhando muito ou pouco, você precisa poupar para haver prosperidade financeira. Se você gasta o que ganha, talvez aumentar as receitas não seja a solução para a estabilidade: você precisa rever seus hábitos de consumo. A propósito, já ouviu falar sobre minimalismo? É uma palavra ampla, é claro. Minimalismo pode retratar diferentes contextos, mas é sobre estilo de vida e hábitos de consumo o qual me refiro.

Minimalismo é um estilo de vida; e como tudo, basta achar o seu ponto de equilíbrio. Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia ou barzinho no final de semana, pode acabar te trazendo outras oportunidades e você passará a viver com mais investimento em educação, viagens, saúde, bem estar e o que mais você considere parte da sua essência. É claro que cada pessoa tem suas prioridades e isso é natural. O importante é entender a ideia de que menos pode ser mais!

Agora, como uma forma de intrigá-lo e talvez até causar certa reflexão: você realmente precisa de tudo o que tem?

O consumismo não é natural, é algo inserido na nossa sociedade; por isso a crítica a favor da consciência de consumo. Em contrapartida ao minimalismo, o American Way of Life (o estilo de vida americano) surgiu no século passado como uma alternativa para os Estados Unidos superarem suas crises financeiras e foi difundido ao redor do mundo, inclusive países emergentes. Isso nos trouxe o consumismo desenfreado que, aliado à precária educação financeira, fez do trabalhador e consumidor um refém de suas próprias dívidas.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais.

Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.

Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novos consumos e você não merece viver para pagar boletos.

Educação Financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos, é a rotina de todos que usam dinheiro como ferramenta de consumo.

Por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? Só você tem o controle de como gastar seu dinheiro e alocar suas finanças pessoais.

Dessarte, tome boas decisões. Pense nisso!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

50 semanas de dicas de economia

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Prestes a completarmos o primeiro ano desta coluna, me pego refletindo sobre as possibilidade de impactar positivamente a vida de cada leitor; que semana após semana fica mais rico. Rico em conhecimento, pois esta coluna é cheia de conteúdos. Não são apenas um monte de palavras, textos são conhecimentos que libertam. Esse é meu propósito aqui: libertar – a partir do conhecimento financeiro – todos aqueles que se tornaram reféns do próprio dinheiro. Enriquecer a vida de quem busca, para esta, o equilíbrio dentro de um contexto tão brutal.

Prestes a completarmos o primeiro ano desta coluna, me pego refletindo sobre as possibilidade de impactar positivamente a vida de cada leitor; que semana após semana fica mais rico. Rico em conhecimento, pois esta coluna é cheia de conteúdos. Não são apenas um monte de palavras, textos são conhecimentos que libertam. Esse é meu propósito aqui: libertar – a partir do conhecimento financeiro – todos aqueles que se tornaram reféns do próprio dinheiro. Enriquecer a vida de quem busca, para esta, o equilíbrio dentro de um contexto tão brutal.

A propósito? Será “brutal” a palavra certa para descrever meus pensamentos? Talvez. Afinal, estamos inseridos num sistema que costuma cobrar caro por pequenos erros – erros provindos do não conhecimento; da falta de informação. Um cartão de crédito não pode desestruturar a relação familiar. Emergências não podem se tornar ainda mais graves ao serem financiadas pelo cheque especial.

O sistema financeiro é claramente dividido por um muro entre os que pagam e os que recebem juros; um muro cujos alicerces são erguidos sobre a ignorância financeira. A propósito, se todos lidamos com o dinheiro, por que ninguém nos ensina a estabelecer uma relação saudável com ele? Essa pergunta eu jogo ao ar para que encontre a resposta de sua própria intuição.

O fato é que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) levantou em sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) um total de 67,4% de famílias brasileiras que se declararam endividadas no mês de julho deste ano. Não há plano econômico que solucione a necessidade imediata da educação financeira no país. Precisamos rever hábitos de consumo, educar os jovens e criar um futuro com consciência financeira. Precisamos nos pagar antes de pagar aos outros; isso é poupar.

Como exercício, imagine o desenrolar do futuro de um jovem adulto dedicado a poupar parte dos ganhos desde seu primeiro salário. Emergências serão financeiramente solucionadas, crédito vai ser para a realização de sonhos bem definidos; o caixa acumulado possibilitará investimentos e o aproveitamento e boas oportunidades; o tempo presente será equilibrado; e a futura aposentadoria tornar-se-á digna.

Tenho uma missão, e todos vocês fazem parte disso. Obrigado!

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Sua previdência pode estar sendo desonesta

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

O título é chamativo; e deveria ser. Afinal, em meio a tempos tão líquidos talvez eu não conseguisse sua atenção para dedicar alguns – poucos – minutos para a leitura de hoje. O assunto é importante: em 2019 foi aprovada a Reforma da Previdência e estudos mostram o aumento da demanda por produtos de previdência privada. Além disso, projeções de especialistas preveem crescimento de 25% (equivalente a quatro milhões de pessoas) entre a população que busca por estes produtos. Percebe a relevância do assunto?

O título é chamativo; e deveria ser. Afinal, em meio a tempos tão líquidos talvez eu não conseguisse sua atenção para dedicar alguns – poucos – minutos para a leitura de hoje. O assunto é importante: em 2019 foi aprovada a Reforma da Previdência e estudos mostram o aumento da demanda por produtos de previdência privada. Além disso, projeções de especialistas preveem crescimento de 25% (equivalente a quatro milhões de pessoas) entre a população que busca por estes produtos. Percebe a relevância do assunto?

Antes de mais nada, vamos entender como funcionam os produtos de previdência privada. Nesta coluna, já escrevi muito sobre fundos de investimentos e como escolher algo que esteja de acordo com seus objetivos. Diante de textos com estes temas, tenho certeza que muita gente achou complicado investir através de fundos, mas aqui vai o primeiro choque de realidade: previdências privadas são fundos de investimentos. Sim, exatamente como os que podemos adquirir via mercado financeiro. Contudo, a diferença é simples: quem te vende fundos de previdência privada não está muito afim (ou, às vezes, não tem conhecimento aprofundado) em estabelecer tanta transparência acerca de seus investimentos. Pois bem, então fica comigo a tarefa de educar!

Se você é leitor da coluna e acompanha meu trabalho, já tem consciência da tão comentada diversificação. Por que, então, alocar todo o seu capital num único fundo de previdência privada? Pode estar aí o primeiro possível erro no planejamento da sua aposentadoria. O segundo erro é não considerar a volatilidade (variação de preços) do seu capital. Você já parou para ver os gráficos do seu fundo de previdência? Prepare-se, a surpresa pode ser grande. Agora, em terceiro lugar, quero deixar evidenciada a minha insatisfação ao estudar os produtos do mercado. Se você possui algum contrato de previdência privada, pegue-o assim que possível e procure o campo que identifica o nome (ou tipo) do fundo; caso esteja escrita a sigla FIC (Fundo de Investimento em Cotas) ou FICFI (Fundo de Investimento em Cotas de Fundo de Investimento), procure o quanto antes a pessoa que lhe vendeu o produto e peça para ela identificar a taxa real de administração cobrada sobre o seu capital. A possibilidade de ser acima do que está escrito no contrato é muito (muito mesmo) grande.

Basicamente, nestes casos o seu dinheiro está sob administração de um fundo que investe em um segundo fundo com outra administração. É assim que pode haver uma taxa de administração oculta no seu contrato, fazendo com que a rentabilidade do seu capital seja direta e negativamente impactada.

É claro que Fundo de Investimento em Cotas podem fazer parte de uma estratégia de investimentos, mas é importante saber o que estão fazendo com seu dinheiro. Contudo, há diversas soluções positivas para o seu planejamento; fazer seus investimentos de forma direta (sem depender exclusivamente de fundos) pode ser um grande diferencial para o futuro e você pode contar comigo para esclarecer todas as suas dúvidas. Pense nisso!

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Inflação e deflação: conhece estes conceitos?

sexta-feira, 09 de outubro de 2020

O estudo econômico traz muitos termos específicos e alguns podem até ter maior grau de complexidade. Contudo, é fundamental ter o conhecimento de conceitos cotidianos para fazer parte dos sistemas financeiro e econômico de forma integrada e consciente através do estudo da educação financeira. Vamos às definições:

Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Basicamente o impacto direto nas suas finanças é a redução do poder de compra do seu dinheiro com o passar do tempo: R$ 100 hoje valem menos que R$ 100 há cinco anos, por exemplo.

O estudo econômico traz muitos termos específicos e alguns podem até ter maior grau de complexidade. Contudo, é fundamental ter o conhecimento de conceitos cotidianos para fazer parte dos sistemas financeiro e econômico de forma integrada e consciente através do estudo da educação financeira. Vamos às definições:

Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Basicamente o impacto direto nas suas finanças é a redução do poder de compra do seu dinheiro com o passar do tempo: R$ 100 hoje valem menos que R$ 100 há cinco anos, por exemplo.

Deflação, por outro lado, é a diminuição dos preços de bens e serviços. Por não fazer parte do cotidiano de uma economia emergente como a nossa, a deflação é pouco considerada – apesar de ser comum identificá-la em algumas situações atípicas, como os meses de abril e maio de 2020 quando o IPCA bateu a marca de - 0,31% e - 0,38%, respectivamente. Dessa vez, o impacto direto nas suas finanças é o aumento do poder de compra do seu dinheiro com o passar do tempo: R$ 100 no final de maio valiam mais que no final de março.

Pois bem, falamos sobre IPCA (e já escrevi muito sobre este índice nesta coluna; faz parte do dia a dia financeiro), mas o que é este indicador? No estudo da economia, não há um cálculo que defina com exatidão a inflação, mas indicadores como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (índice oficial do governo, calculado pelo IBGE) ou o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM) fazem seu papel ao evidenciar os parâmetros de inflação.

Contudo, vale ressaltar, inflação é um objetivo econômico e por isso existe a tão comentada taxa Selic (na verdade, quando falamos em COPOM e Selic, estamos falando sobre a Meta Selic: basicamente, um objetivo de inflação). De acordo com a ideia macroeconômica – considerada uma visão ultrapassada do ponto de vista de alguns especialistas –, a inflação é essencial para manter o consumo e, com isso, a estabilidade econômica de uma nação.

Pronto, definimos os termos (inflação e deflação) e vimos alguns conceitos essenciais antes de entendermos as causas destes acontecimentos. Vamos ao próximo passo. São muitas as causas de inflação e desinflação, mas vamos nos restringir ao caso clássico de oferta e demanda: qualquer descontrole do equilíbrio de preços pode ser causado pela lei de oferta e demanda.

Conforme a demanda por um produto aumenta, a sua oferta precisa, necessariamente, aumentar para manter o preço de equilíbrio; caso contrário, este será reajustado e o preço do produto tende a aumentar. Por outro lado, quando a oferta aumenta e a demanda diminui, os preços tendem a cair até uma região de equilíbrio. Isso causa inflação e deflação!

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Diversificação: a estratégia de bons investimentos

sexta-feira, 02 de outubro de 2020

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Contudo, meu assunto hoje vai para aqueles que buscam ir um pouco mais além em seus investimentos. Antes, um passo atrás: vale ressaltar a necessidade de uma carteira de investimentos diversificada, num primeiro momento, entre ativos de renda fixa e renda variável de acordo com o seu perfil. Este ponto é fundamental, pois será responsável pelo seu planejamento orçamentário; considerando reservas, caixa, e boas oportunidades de rentabilidade.

Dando prosseguimento ao plano de carteira, vamos destrinchar, agora, a necessidade de manter a estratégia de diversificação de ativos; contudo, considerando somente a alocação em renda variável: os investimentos via Bolsa de Valores. Existem duas formas de investir em ações: a primeira é optar por bons fundos de investimentos em ações (FIC - FIA), recorrendo a gestoras com bom histórico operacional e com taxas justas de acordo com o serviço oferecido; a segunda opção de investimento em ações é através do home broker de sua corretora e aqui começamos a elaborar nosso planejamento (lembrando que sua assessoria de investimentos – inclusive eu – precisa estar sempre à disposição para elaborar e seguir este planejamento).

Voltando à lei máxima dos investidores (a diversificação), precisamos falar sobre a correlação de ativos, uma relação estatística para metrificar (variando de -1 a 1) a relação entre ativos. Já ouviu falar? Esta correlação pode se dar de quatro maneiras distintas:

• Correlação perfeitamente positiva (índice igual a 1)

• Correlação negativa

• Correlação positiva

• Correlação perfeitamente negativa (índice igual a -1)

As correlações perfeitas são situações ideais e – como tudo que é ideal – impossíveis de acontecer. Contudo vamos estudar as positivas e negativas para entendermos qual é a mais indicada para o seu portfólio de ações.

Basicamente, as correlações positivas se dão quando dois ativos (por haver relação estrita de mercado) fazem movimentos semelhantes entre valorizações e desvalorizações: como exercício, busque comparar os gráficos do barril de petróleo Brent e as ações de Petrobrás e verá a influência da cotação do barril de petróleo sobre uma empresa petrolífera. Por outro lado, há a correlação negativa quando dois ativos se movimentam de maneira graficamente opostas: também, como exercício, compare os gráficos de Dólar e Ibovespa e irá reparar um movimento espelhado entre os ativos; e faz sentido, afinal, quando o Ibovespa está em crescimento há uma tendência de valorização do real perante o dólar.

Ao planejar uma carteira de investimentos é importante saber o papel de cada ativo e como este vai influenciar sua estratégia. Investimentos via Bolsa de Valores são complexos (apesar de bastante intuitivos) e a falta de planejamento esconde grandes riscos. Contudo, vale ressaltar que boas estratégias podem se mostrar a melhor decisão para seus investimentos.

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Saiba como recorrer ao crédito

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra segue valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra segue valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

Entretanto, há uma considerável diferença entre dívidas programadas e emergenciais. Contudo, ambas precisam ser planejadas para manter – ou tentar restaurar – a saúde das finanças. Contudo, toda urgência encarece a solução. Dívidas emergenciais não dão abertura para um planejamento completo e costumam ser uma alternativa imediata; por isso, pesquise o mercado de crédito e assuma a responsabilidade da dívida mais barata para seu bolso. Procure identificar dois itens importantes nesta pesquisa: a simulação de parcelas e o CET (Custo Efetivo Total – valor percentual, de fato, arcado pelo cliente sobre o capital recorrido). Lembre-se também: é para evitar essas urgências que existe a reserva de emergência e você precisa começar a construir a sua o quanto antes.

Por outro lado, dívidas programadas podem – e precisam – ter um planejamento completo para evitar futuros problemas. Para facilitar a compreensão, vou separar a explicação em tópicos e definir todos os pontos a serem analisados antes de assinar seu contrato com a instituição financeira.

  • Contexto profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário – caso a renda sofra alterações.
  • Contexto financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?
  • Estudar o produto de crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, Custo Efetivo Total, possibilidades de quitação, amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido a segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência. 
  • Empréstimo pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.
  • Cartão de crédito: o crédito para uso imediato precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.
  • Cheque especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

Viver em equilíbrio financeiro não é tarefa fácil, mas a educação financeira está aí para te auxiliar a tomar boas decisões. Portanto, use-as a seu favor.

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Investir é se educar

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Conhecer as opções e os objetivos de diferentes produtos financeiros, também é educação financeira. Hoje eu quero desabafar; botar para fora toda a minha indignação da exploração pela falta de conhecimento. Aqui, neste espaço, minha missão sempre foi dividir aprendizado. Contudo, apesar de um cenário difícil - quiçá cruel –, me motivo ao perceber o quão distante estou de cumpri-la. Neste texto, vou abrir algumas práticas comuns de grandes instituições financeiras responsáveis pela, antes dita, exploração pela falta de conhecimento.

Conhecer as opções e os objetivos de diferentes produtos financeiros, também é educação financeira. Hoje eu quero desabafar; botar para fora toda a minha indignação da exploração pela falta de conhecimento. Aqui, neste espaço, minha missão sempre foi dividir aprendizado. Contudo, apesar de um cenário difícil - quiçá cruel –, me motivo ao perceber o quão distante estou de cumpri-la. Neste texto, vou abrir algumas práticas comuns de grandes instituições financeiras responsáveis pela, antes dita, exploração pela falta de conhecimento.

 Antes de mais nada, títulos de capitalização não são investimentos; não é qualquer título de renda fixa que vai ser bom para você; e por fim, mas não menos importante, escolhas ruins fazem você perder dinheiro. Que tal um pouco de conhecimento para chegarmos juntos a uma conclusão? Pode ser o caminho para desenvolver seu senso crítico financeiro.

  • Seu dinheiro perde poder de compra com o passar do tempo;
  • Depender de sorte não é investir;
  • Você precisa saber o tempo de resgate dos seus investimentos;
  • Se todo investimento tem risco, qual é o do seu investimento?

Títulos de capitalização e títulos de renda fixa são os produtos de captação mais populares em grandes instituições financeiras. Um, de fato, é investimento e pode ser uma ótima opção se escolhido com cautela e entendendo as necessidades do cliente investidor; o outro, por sua vez, é apenas uma péssima decisão a ser tomada para o seu dinheiro.

  • Títulos de capitalização: lembrando mais uma vez (em alto tom de ironia), não são investimentos! Basicamente, funcionam como um tipo de economia programada na qual o banco está autorizado a fazer determinada retirada mensal de sua conta corrente para comprar o título. Parece uma boa ideia pelo ponto de vista poupador, mas vai por mim: seria melhor deixar aplicações programadas na caderneta de poupança. Estes títulos são formas de captar dinheiro para os bancos e a única forma de você, cliente, sair com alguma rentabilidade é ter a sorte de ser contemplado nos sorteios que são feitos periodicamente. No final das contas, quem ganha mesmo é o banco, pois ao final do período predeterminado do título só retorna ao cliente a quantia aplicada ao longo do tempo; sem – ou pouquíssima – nenhuma rentabilidade.

Ou seja, você perde dinheiro.

  • Títulos de renda fixa: neles você pode investir “sem medo” (entre muitas aspas). O primeiro passo a ser dado é a transparência dos dados acerca do investimento. Liquidez, risco e rentabilidade são os três pontos a serem muito bem analisados em seus investimentos – inclusive em renda fixa. Dia desses, numa ligação com um novo cliente, identifiquei mais um caso lamentável da falta de transparência: numa agência bancária, seu gerente havia recomendado um determinado CDB sob a alegação de uma boa escolha. Assim, sem ao menos transparência como base de um bom argumento. Por fim, o cliente se viu num produto com prazo de vencimento (liquidez) acima de dez anos. Contudo, ainda que o resgate pudesse ser antecipado e em poucos dias o dinheiro estivesse disponível, o cliente só teria direito ao capital alocado inicialmente e sem a incidência de juros.

Ou seja, o cliente perdeu dinheiro (e você também).

Investir é fundamental para construir patrimônio e projetar o futuro com qualidade de vida. Não desista por experiências ruins; você só precisa de uma orientação especializada. O mundo tem passado por grandes mudanças e, com isso, novas profissões vêm surgindo; inclusive a de assessores e consultores de investimentos. Ademais, o que você realmente precisa, independente do profissional intermediador, é a atenção e sabedoria de quem pode, de fato, manter transparência e vontade de disseminar educação financeira.

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Os riscos de investimentos fraudulentos

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Já escrevi sobre o tema há alguns meses, mas quando o assunto faz parte da segurança financeira dos leitores e clientes acho válido reafirmar a ideia quantas vezes forem necessárias. Sabe aquele investimento de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo isso com total convicção.

Já escrevi sobre o tema há alguns meses, mas quando o assunto faz parte da segurança financeira dos leitores e clientes acho válido reafirmar a ideia quantas vezes forem necessárias. Sabe aquele investimento de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo isso com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Viu como essas promessas absurdas são inviáveis? Pois infelizmente, algumas pessoas – por falta de educação financeira e um pouco de ganância – acabam caindo em golpes de investimentos fraudulentos. É o que aponta uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com o estudo, 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos; destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco. Isso também é educação financeira: conhecer os produtos financeiros, seus parâmetros e limitações.

Um investimento (não considere os produtos fraudulentos) de curto prazo e alta rentabilidade envolve riscos que devem ser considerados. Dependendo do seu conhecimento acerca do investimento em questão, é possível, sim, alocar parte do seu capital. Porém, deve ser uma alocação devidamente calculada; afinal, não é inteligente arriscar todo o seu capital de investimento em algo que pode condená-lo.

De fato, não é de hoje o desejo do ser humano pelo enriquecimento rápido e isso pode se tornar um grande inimigo das suas finanças: a ganância. Diferente de ambição, a ganância é um sentimento excessivo de possuir, bens materiais abrindo espaço para grandes possibilidades de golpes.

Um bom investidor, por outro lado, tem um grande aliado: o tempo. Aproveite-o para aprender o que puder, o conhecimento será sua principal blindagem antifraude e o garantirá as melhores escolhas. “Você deposita o dinheiro na minha conta, eu boto para girar e te pago uma rentabilidade mensal de 2%”. Parece uma proposta comum? Isso é crime! Você não precisa ser especialista em investimentos para desenvolver senso crítico. Pense nisso.

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15 termos financeiros que você precisa saber

sexta-feira, 04 de setembro de 2020

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade; passivos, por sua vez, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

Sabe aqueles termos técnicos utilizados no vocabulário econômico e financeiro? Nesta coluna, vou elucidar 15 dos principais termos que você precisa conhecer.

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir a quantia total da operação.

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade; passivos, por sua vez, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

Bolsa de Valores: é o mercado responsável pela organização das negociações em sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários.

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade pré definida.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Taxa de referência para a realização de operações de empréstimos interbancários.

Cofins: A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social é uma tributação federal incidente sobre a receita bruta das empresas e pessoas jurídicas (exceto quando enquadradas no Simples Nacional) destinada ao financiamento da seguridade social.

FGC: Fundo Garantidor de Crédito é uma “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". É o FGC, o garantidor dos investimentos em renda fixa.

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é indicador de inflação e incide sobre a correção de valores contratuais (como aluguel).

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medir inflação.

Liquidez: o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

PIB: o Produto Interno Bruto é um indicador de valor para soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma região em determinado período de tempo.

O PIB per capta é este valor dividido pelo número de habitantes da região

PIS/Pasep: o PIS (Programa de Integração Social) é a contribuição social recolhida por empresas cujos recursos são transformados em benefícios ao trabalhador; como abono salarial, seguro desemprego e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O Pasep (Programa de Formação do Patrimônio dos Servidores Públicos) funciona de forma semelhante, porém, destinados a servidores públicos.

Rentabilidade: é a capacidade de multiplicar o capital investido.

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo desta taxa, a principal ferramenta de controle inflacionário e outras medidas econômicas.

Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um título público emitido pelo Tesouro Nacional – órgão responsável, também, pela gestão da dívida pública. Ao comprar estes títulos, o investidor está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de recebimento de juros (geralmente indexados ao IPCA e a Selic).

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Reserva de emergência, você tem?

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Já ouviu falar sobre reserva de emergência? Garanto, quem tinha a sua está passando com tranquilidade pela crise.        Nos últimos meses, muita gente tem visto a verdadeira necessidade do porquê ter uma reserva de emergência e como esta pode manter seu padrão e qualidade de vida – mesmo em meio ao caos financeiro provocado pela atual crise global. Mas, então, o que constitui a reserva de emergência? Como calcular seu valor ideal? Onde alocar o capital poupado? Tudo isso você vai aprender aqui para poder começar a construir a sua o quanto antes.

Já ouviu falar sobre reserva de emergência? Garanto, quem tinha a sua está passando com tranquilidade pela crise.        Nos últimos meses, muita gente tem visto a verdadeira necessidade do porquê ter uma reserva de emergência e como esta pode manter seu padrão e qualidade de vida – mesmo em meio ao caos financeiro provocado pela atual crise global. Mas, então, o que constitui a reserva de emergência? Como calcular seu valor ideal? Onde alocar o capital poupado? Tudo isso você vai aprender aqui para poder começar a construir a sua o quanto antes.

Como o próprio nome já diz, não há como saber o momento e o motivo de resgatar parte ou a totalidade da reserva, afinal será uma emergência; e poderá variar de um problema familiar à uma pandemia originadora de crise financeira global. Mas guarde, já, uma informação muito importante: esta reserva também pode fazer parte de boas oportunidades que venham a aparecer no caminho.

O primeiro passo para começar a pensar na sua reserva, é conhecer a fundo suas finanças pessoais para chegar num valor médio e fidedigno (dedique um tempo ao estudo de suas finanças ou recorra ao auxílio profissional) de padrão de consumo mensal. Com o valor médio das despesas mensais em mãos, é hora colher outros dados: a segurança do seu emprego, acesso à auxílios de seguridade social e planos de seguro privado, a realidade pessoal de cada integrante familiar responsável pela participação da manutenção financeira doméstica, e alguns outros pontos mais singulares para cada pessoa – mas já não há a necessidade em me estender mais. Enfim, são esses dados, a base para concluir o segundo passo: por quantos meses você pensa em suprir suas despesas sem contar com nenhuma geração de renda? Reserva de emergência é isso, pensar em suprir necessidades extremas e considerar a geração nula de renda. A propósito, basta olharmos a realidade ao nosso redor.

Os especialistas em finanças pessoais costumam definir um padrão de seis meses como parâmetro para uma reserva de emergência. Contudo, como consultor financeiro, eu prefiro ampliar este parâmetro: dependendo da singularidade de cada pessoa e contexto familiar, o prazo de abrangência desta reserva pode variar de três a nove meses. Portanto, defina, dentro destes critérios, o tempo mais adequado à sua realidade. Somente no terceiro passo, você vai ser capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas:

  • 1º passo - valor médio de consumo mensal = R$ 3.500
  • 2º passo - tempo suprindo o consumo mensal = 5 meses
  • 3º passo - valor da reserva de emergência: R$ 17.500

Por último, e longe de ser menos importante, é fundamental saber onde alocar sua reserva. Opte sempre por produtos financeiros de alta liquidez (de preferência imediata ou D+1), com rentabilidade suficiente para suprir a inflação (rentabilidade alta não é o foco aqui) e baixa volatilidade (você não pode resgatar menos do que investiu para esta reserva). Para facilitar a interpretação, títulos públicos e fundos referenciados DI podem ser boas opções de alocação para a sua reserva de emergência. No futuro, você pode passar por outras crises; valerá a pena ter uma reserva à sua disposição. Pense nisso com carinho.

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