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Sim, você pode emprestar o seu dinheiro

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Agiotagem é considerada um ato ilegal e se enquadra dentro da lei 1.521/51 que dispõe sobre crimes contra a economia popular. Isso porque as operações de crédito precisam estar enquadradas em normas e parâmetros estabelecidos pelas autoridades do sistema financeiro e esta não é uma atividade simples. Contudo, se você tem dinheiro “sobrando” e pretende rentabilizá-lo existem alternativas no mercado financeiro para suprir a sua demanda por investimentos.

Agiotagem é considerada um ato ilegal e se enquadra dentro da lei 1.521/51 que dispõe sobre crimes contra a economia popular. Isso porque as operações de crédito precisam estar enquadradas em normas e parâmetros estabelecidos pelas autoridades do sistema financeiro e esta não é uma atividade simples. Contudo, se você tem dinheiro “sobrando” e pretende rentabilizá-lo existem alternativas no mercado financeiro para suprir a sua demanda por investimentos. Mais especificamente, se você pensa em alocar seus recursos em operações de crédito – que, sim, são mais rentáveis – você pode explorar as possibilidades dentro da classe de ativos chamada Debênture, um título de dívida corporativa.

No entanto, para fazê-lo com inteligência é preciso conhecer o ativo e entender seus riscos. Em sua definição (de acordo com o Portal do Investidor da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM) “debênture é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.” Em outras palavras, este é um título de dívida emitido por empresas SA (Sociedades Anônimas) que oferecem o direito de crédito ao investidor.

Basicamente, caso uma determinada companhia precise financiar um projeto, em geral com objetivo de expansão das operações, existe a possibilidade da emissão de títulos de dívida (as debêntures) para obter o financiamento desejado e, com isso, os custos do crédito se tornam mais baratos do que solicitar o crédito em bancos e/ou outras instituições financeiras. Percebe como você pode se tornar credor sem infringir nenhuma lei? Estruturas de crédito são complexas, os riscos existem e por isso precisa ser um processo bem definido.

A propósito, por falar em riscos, chegou a hora de conversarmos sobre os riscos assumidos por você, como investidor (ou credor, se preferir), ao financiar a dívida de uma empresa emissora desses títulos. Já ouviu falar sobre o risco de crédito? É a possibilidade de a companhia que emitiu as debêntures não honrar seus compromissos e, em bom português, dar um calote no investidor. Este é o maior risco presente nesta classe de ativos.

Contudo, por não haver a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (como há nos títulos bancários) o mercado se deparou com a necessidade de estabelecer outras garantias para manter a saúde das operações e o bom relacionamento entre investidor e emissor. Foi dessa necessidade que surgiram a garantia real, que oferece bens da empresa emissora ou de terceiros como garantia de pagamento; e garantia flutuante, onde o investidor tem a prioridade em relação a outros credores em caso de falência da empresa emissora.

Apesar de ainda haverem outras categorias, essas são as principais garantias ao investidor e é importante se manter dentro destas para não correr riscos desnecessários. Agora, caso queira assumir mais riscos, é muito provável que receba um prêmio maior por isso e alcance altas rentabilidades com seus investimentos.

Por último, e longe de ser menos importante, é necessário entender como funciona o regime tributário das debêntures. Assim como outros títulos de renda fixa e alguns fundos de investimentos específicos, a tributação aqui se baseia na tabela regressiva de IR: quanto maior o prazo, menor a alíquota - que varia de 22,5% a 15,0%. Contudo, ainda há a possibilidade de direcionar seus recursos para as debêntures incentivadas, que – por estímulo público – isentam o investidor de qualquer tributação. Permitindo maior lucratividade e, consequentemente, tornando o investimento mais atrativo.

Percebe como você pode rentabilizar seu patrimônio fornecendo empréstimos sem infringir nenhuma lei? Além disso, ainda existem as garantias de grandes empresas. Essas são as debêntures e merecem um espaço na sua diversificação de investimentos. Pense nisso!

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Não é um jogo, não há sorte ou azar

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Já parou para pensar no que acontece quando você abre sua conta em uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) e tem acesso ao mercado de capitais? Ainda além, você já refletiu sobre o que acontece ao comprar ações de uma companhia listada neste mercado? Não é um jogo, não há sorte ou azar; ao se tornar acionista você passa a ser sócio de uma determinada empresa. Portanto, atente-se as suas decisões e selecione bons papéis (no mercado financeiro, um sinônimo para ações) para sua carteira de ativos.

Já parou para pensar no que acontece quando você abre sua conta em uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) e tem acesso ao mercado de capitais? Ainda além, você já refletiu sobre o que acontece ao comprar ações de uma companhia listada neste mercado? Não é um jogo, não há sorte ou azar; ao se tornar acionista você passa a ser sócio de uma determinada empresa. Portanto, atente-se as suas decisões e selecione bons papéis (no mercado financeiro, um sinônimo para ações) para sua carteira de ativos. Pode parecer um conceito simples se você já está familiarizado com o ambiente financeiro, mas não é nada trivial. Então vamos começar do início.

Para tornar possível os negócios em mercados de bolsa, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como – de acordo com a própria bolsa de valores brasileira, a B3 – a “criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juros e de commodities”.

É a partir desta base de infraestrutura que empresas encontram a possibilidade de negociar parte de seu capital social com investidores interessados em participar, como sócios, das atividades de determinadas companhias. Seja por afinidade com gestão, responsabilidade social e ambiental, capacidade de inovação e capacidade de geração de caixa, o investidor pode refletir seus princípios pessoais às escolhas de para onde direcionar seu capital. Esse é o mercado de bolsa: democrático, você pode possuir 0,0001% ou 20% (números ilustrativos) do quadro societário e colher os frutos desta escolha.

É por conta desse reflexo de princípios que eu gosto de brincar ao dizer que “investir é uma filosofia e você precisa encontrar a sua”. Eu, por exemplo, prezo demais pela capacidade dos controladores em gerir suas responsabilidades socioambientais: na minha opinião, é algo imprescindível, mas pode ser diferente para você e basta encontrar seu propósito.

Contudo, não param por aí os desafios ao escolher uma empresa para o seu portfólio de ações; independente da missão que carreguem, empresas precisam ser lucrativas para se manterem competitivas em meio a competição de mercado e é agora que entra a análise fundamentalista de um papel (no início da coluna já definimos o que a expressão significa, lembra?). Conteúdo extenso, talvez vire tema para um próximo texto, mas vamos nos ater a princípios simples, porém fundamentais, para entender ainda mais o que acontece quando você compra uma ação na bolsa de valores.

O primeiro passo é entender o modelo de negócio da companhia e concluir se é ou não efetivo – ou minimamente promissor. Feito isso, chegou a hora de definir o preço justo a pagar por ação e alguns indicadores financeiros podem ajudar: preço/lucro; preço/valor patrimonial; preço/vendas; Ebitda (Lajida); DY; e, entre muitos outros, o ROE.

Percebem como investir em ações não é apostar num código que seu amigo falou numa conversa informal? É algo bastante complexo, mas que com o conhecimento e acompanhamento certos pode ser o grande agente de mudança para o futuro das suas finanças pessoais.

Portanto, não aposte; invista! Pense nisso.

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A revolução do open banking

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Em desenvolvimento pelo Banco Central, a plataforma pretende democratizar o acesso a serviços financeiros e promover maior competitividade entre instituições financeiras. Com a possibilidade de interconexão entre as informações do cliente, diferentes instituições (e novos modelos de negócio que surjam com o advento desta tecnologia) podem oferecer serviços mais personalizados e o consumidor terá a autonomia de – em uma única tela – optar pela opção com maior “custo x benefício” de acordo com a sua concepção para a melhor solução de um determinado problema.

Contudo, quando falamos em compartilhamento de dados e demais informações de clientes o assunto torna-se bastante delicado. De acordo com a definição do próprio Banco Central, o open banking “é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC.” Reforçando a definição, repare como é o cliente o responsável pela autorização do compartilhamento desse conteúdo; é ele quem decide quais e por quanto tempo as informações serão disponibilizadas a determinadas instituições – também definidas pelo consumidor, que passa a ser o dono dos próprios dados.

É uma concepção completamente diferente do que já vemos hoje com o sistema financeiro, mas precisamos nos antecipar à novidade e compreender o que virá a ser, de fato, a plataforma de open banking. Portanto, darmos um breve “passo atrás” pode ser importante para o pleno conhecimento. Hoje, não há comunicação acerca do relacionamento do cliente entre diferentes instituições financeiras e, com isso, maior dificuldade no processo competitivo por este consumidor. Essa é uma dor que a nova tecnologia em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil (num movimento global de evolução tecnológica do setor financeiro) pretende solucionar: a criação de um ecossistema financeiro interconectado e com o cliente – e seus dados – no centro dessa relação.

Dentre as soluções propostas merecem destaque os comparadores de serviços e tarifas, com a possibilidade de (novamente, em uma única tela) transparência na relação entre custo e benefício para o cliente; os softwares de aconselhamento financeiro e planejamento familiar, promovendo maior eficiência da gestão de orçamento doméstico; serviços de iniciação de pagamento, como é o caso das transações bancárias através do WhatsApp (sim, já é uma conquista do open banking); e, também, a criação de um marketplace de crédito, fomentando a competição entre instituições por juros mais baixos.

Essas novas funcionalidades só puderam surgir por conta da evolução das tecnologias de comunicação e isso proporcionou um grande avanço desta plataforma: a portabilidade de relacionamento, assim as instituições autorizadas por você e pelo BC podem trocar essas informações e facilitar a contratação de diferentes produtos emitidos por diferentes companhias.

O projeto é ambicioso e tem tudo para mudar a forma de organização do sistema financeiro. Elaborado para ser implementado em quatro etapas; a primeira já foi concluída e outras duas estão planejadas para serem entregues ainda em agosto, mas o objetivo é finalizar o projeto até 15 de dezembro deste ano de 2021. É a partir desta data (se nada for adiado) que consumidores de serviços e produtos financeiros poderão ter acesso pleno a todas as atividades que compõem o sistema. Esteja atendo, pois as novidades não param. Precisamos estudar muito. Sempre!

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Como é sua relação com o consumo?

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Compreender necessidades é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de o conceito simples, as singularidades humanas tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e e também em um cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema.

Compreender necessidades é fundamental para a saúde financeira de qualquer indivíduo. Apesar de o conceito simples, as singularidades humanas tornam essa ideia bastante complexa: afinal, somos induzidos à tomadas de decisão por impulso e e também em um cenário consumista dentro do contexto capitalista contemporâneo. Essa manipulação se dá por um princípio bastante simples; nosso atual modelo econômico traz o consumismo como base das relações interpessoais. Sem consumo, estamos fadados a “exclusão social” e a decadência do sistema. Talvez comentar sobre como o consumo estabiliza as métricas e parâmetros da economia vigente seja uma ótima ideia de texto, mas este não é o objetivo agora.

Nesta coluna de hoje, a propósito, comento sobre o básico: a consciência de consumo. Somos pessoas diferentes, temos prioridades diferentes, projetos de vida diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo. Apesar de termos nossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-se uma atividade comum e, por isso, é importante repensá-la.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais. Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com a possibilidade de boas economias.

Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novas compras e você não merece viver para pagar boletos.

É reflexo do consumismo a crescente taxa de inadimplência entre as famílias brasileiras. Nossa moeda é frágil, nosso poder de compra é pequeno, vivemos numa economia ainda em processo de maturação e a desorganização financeira cobra o preço pela forte cultura de consumo. Percebem como a educação financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos? É a rotina de todos que usam a moeda como ferramenta de trocas.

Então, por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? É sua, a responsabilidade pela boa relação com o dinheiro. Pense nisso!

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Planejamento de crédito

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Entender o contexto das suas finanças e estudar as diferentes possibilidades de crédito são pontos fundamentais no processo de planejamento de dívidas. Compreender como diferentes modalidades são aplicadas em seu planejamento financeiro e como funcionam os processos de contratação, cálculos de juros e amortização, relacionamento com instituições financeiras e quitação vão ser o grande diferencial para equilibrar suas finanças e te possibilitar manter uma relação saudável entre o dinheiro e você.

Entender o contexto das suas finanças e estudar as diferentes possibilidades de crédito são pontos fundamentais no processo de planejamento de dívidas. Compreender como diferentes modalidades são aplicadas em seu planejamento financeiro e como funcionam os processos de contratação, cálculos de juros e amortização, relacionamento com instituições financeiras e quitação vão ser o grande diferencial para equilibrar suas finanças e te possibilitar manter uma relação saudável entre o dinheiro e você.

Em contrapartida, dívidas urgentes – e não planejadas – tendem a cobrar um preço mais alto: tanto pelas taxas de juros, quanto pelos impactos negativos decorrentes da ausência de planejamento. A propósito, como acabamos de falar em juros, você já ouviu falar em CET? Custo Efetivo Total é o que, de fato, você paga pela contratação do crédito. Neste cálculo, são incluídos fatores além do juros e podem ser decisivos na sua relação com a dívida. Imagine um produto com 25% de juros ao ano, mas com 38% de CET: a venda deste torna-se favorável, mas o tomador vai arcar com altos custos ainda não conhecidos, então é sempre importante solicitar as devidas simulações da operação.

Por estes e outros motivos, é muito importante estudar o seu contexto e como você pode fazer da dívida uma alavanca para a qualidade de vida – e não o contrário. Portanto, separei alguns fatores importantes a serem esclarecidos para todos os que pretendem manter em dia a saúde das finanças. Confira.

  • Contexto profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia – caso julgue necessário – caso a renda sofra alterações.

  • Contexto financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?

  • Estudar o produto de crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, Custo Efetivo Total, possibilidades de quitação e amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido à segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência.

  • Empréstimo pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores.

  • Cartão de crédito: o crédito para uso imediato, precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.

  • Cheque especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza de quitação em poucos dias.

Agora você está preparado para assumir a responsabilidade da contratação de crédito com mais inteligência financeira; use isso a seu favor.

 

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Estou preocupado com o seu patrimônio

sexta-feira, 16 de julho de 2021

O assunto é sério, eu realmente estou muito preocupado com a segurança do seu patrimônio. Fazer dinheiro não é fácil e muito provavelmente você já tenha se dado conta disso. Trabalhar horas a fio ao longo de uma vida inteira é a realidade da classe média que luta para construir seu patrimônio em meio a tantas dificuldades que surgem no decorrer do processo. A conquista da casa própria, da viagem dos sonhos, da saúde de qualidade, dos carros, motos e tantos outros objetivos alcançados podem ir por água abaixo quando a ganância fala mais alto.

O assunto é sério, eu realmente estou muito preocupado com a segurança do seu patrimônio. Fazer dinheiro não é fácil e muito provavelmente você já tenha se dado conta disso. Trabalhar horas a fio ao longo de uma vida inteira é a realidade da classe média que luta para construir seu patrimônio em meio a tantas dificuldades que surgem no decorrer do processo. A conquista da casa própria, da viagem dos sonhos, da saúde de qualidade, dos carros, motos e tantos outros objetivos alcançados podem ir por água abaixo quando a ganância fala mais alto. É exatamente o que acontece quando você decide aceitar propostas indecorosas capazes de – com total segurança, eles dizem – ser a mudança de vida nas suas finanças pessoais.

Nós, friburguenses, a propósito, já presenciamos histórias de investimentos fraudulentos responsáveis pela destruição de patrimônios e, até mesmo, da boa relação familiar. Mas cá entre nós, conhecendo a dificuldade do que é construir riqueza, oferecer o que é oferecido nessas fraudes (além de crime) é um desrespeito. Você passa a vida trabalhando para sustentar seu estilo de vida; imagine que da noite para o dia você pode vender seu imóvel de R$ 400 mil e passar a ter um rendimento garantido de 10% ao mês.

Continue imaginando e pense na mudança de vida proporcionada por um salário mensal de R$ 40 mil, mas agora faça o exercício de pensar em como seria se você parasse de receber os rendimentos e nunca mais visse o capital investido (no caso, decorrente da venda de seu único imóvel). Consegue compreender as possibilidades de um estrago avassalador na saúde financeira da sua família? Por favor, sejamos críticos para não sermos mais um número na hora de contabilizar quantos já foram lesados por investimentos fraudulentos.

Por falar em números, quero apresentar alguns dados já trabalhados por mim, há alguns meses, nesta coluna. Nos estudos divulgados em dezembro de 2019, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicaram que 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos. Destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco.

Percebe como é um assunto importante? Isso também é Educação Financeira. Portanto, caso surjam oportunidades garantindo alta rentabilidade de forma fixa e com baixo risco saiba que é fraude! A possibilidade de lhe oferecerem um investimento criminoso é enorme. Já vimos histórias como essas acontecerem em nossa cidade: vêm empresas, causam grande alvoroço e somem com o dinheiro do nosso povo. Situações assim já aconteceram e podem estar prestes a acontecer outra vez.

Fique muito atento, pois minhas preocupações não podem tomar decisões por você.

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Conversa sobre a realidade (Parte 2)

sexta-feira, 09 de julho de 2021

No último dia 1º o real, nossa moeda oficial, completou 27 anos de circulação na economia brasileira e eu completei dois anos da minha primeira coluna neste jornal. A combinação perfeita para um texto comemorativo e, com isso, rico em detalhes. É claro, esta é uma coluna e não um artigo científico. Hoje, dou sequência ao tema a este tema iniciado na semana passada. A propósito, caso não tenha acompanhado a primeira parte desta conversa, basta acessar a seção de colunas, no portal de A VOZ DA SERRA e ver a íntegra.

Acesso a crédito e Inadimplência

No último dia 1º o real, nossa moeda oficial, completou 27 anos de circulação na economia brasileira e eu completei dois anos da minha primeira coluna neste jornal. A combinação perfeita para um texto comemorativo e, com isso, rico em detalhes. É claro, esta é uma coluna e não um artigo científico. Hoje, dou sequência ao tema a este tema iniciado na semana passada. A propósito, caso não tenha acompanhado a primeira parte desta conversa, basta acessar a seção de colunas, no portal de A VOZ DA SERRA e ver a íntegra.

Acesso a crédito e Inadimplência

Com juros e inflação sob controle (talvez sejamos uma economia ainda jovem demais para termos algo “sob controle”, mas estão a níveis relativamente baixos e nunca antes alcançados), o acesso a crédito torna-se mais barato, o risco dos bancos é reduzido e, infelizmente, o endividamento tem aumentado. Apesar da queda entre 2016 e 2018, a série do endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) em relação à renda acumulada dos últimos 12 meses apresentou forte aumento no último ano, saindo de 19,32% em janeiro de 2005 – quando a série fora criada – e chegando a 58,00% em março de 2021. Este é um movimento global, a população brasileira ainda tem baixo endividamento quando comparado a países desenvolvidos, mas estes são níveis preocupantes. Até que ponto o crédito se mantém saudável? O que pode acontecer quando a inadimplência for insustentável? Já passamos por isso antes.

Qualidade de vida

Por fim – e muito longe de ser menos importante –, devemos entender a evolução dos índices de desenvolvimento humano. Afinal, esta deveria ser a maior preocupação de toda política econômica; a qualidade de vida. Em 1994, o Brasil ocupava a 71ª posição no ranking global de IDH com pontuação de 0,642; já em 2019, o índice subiu para 0,765 num ritmo abaixo da evolução global, pois – apesar do aumento – a nossa colocação caiu para a 84ª posição.

Ao longo destes anos, já passamos por momentos melhores e outros ainda piores – isso é fato –, mas a evolução é fluida; nenhuma realidade é linear. O ponto positivo, é que realmente vemos uma evolução social ao longo dos últimos 27 anos e, muito disso, graças ao real. É uma moeda emergente, e como qualquer outra dentro da mesma classificação, volátil. Desde o início de sua circulação, nossa moeda já perdeu 85% do seu poder de compra, mas ainda assim é motivo de orgulho; foi a nossa melhor moeda dos últimos 100 anos. Portanto, vamos comemorar!

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Conversa sobre a realidade - Parte 1

sexta-feira, 02 de julho de 2021

Confesso que me faltou um pouco de criatividade ao definir o título da coluna desta semana. Ainda mais tratando-se de um texto comemorativo... podia ter sido melhor, mas até gostei da brincadeira! Afinal, ontem, 1º, o real completou seus 27 anos de idade. São quase três décadas de circulação da nossa moeda e é algo a ser comemorado, pois à época ninguém poderia imaginar tal realidade: os últimos 50 anos da nossa economia foram marcados por seis diferentes moedas em períodos distintos neste intervalo. É uma vitória da nossa história econômica recente, mas quais foram as mudanças observadas?

Confesso que me faltou um pouco de criatividade ao definir o título da coluna desta semana. Ainda mais tratando-se de um texto comemorativo... podia ter sido melhor, mas até gostei da brincadeira! Afinal, ontem, 1º, o real completou seus 27 anos de idade. São quase três décadas de circulação da nossa moeda e é algo a ser comemorado, pois à época ninguém poderia imaginar tal realidade: os últimos 50 anos da nossa economia foram marcados por seis diferentes moedas em períodos distintos neste intervalo. É uma vitória da nossa história econômica recente, mas quais foram as mudanças observadas? Amadurecemos economicamente? O que dizem os números?

Ah – peço licença para a linguagem cotidiana e para uma observação –, 27 anos de circulação do real me faz lembrar outro motivo de comemoração: hoje também faz dois anos que escrevo neste jornal. A convite de Adriana Ventura, diretora de A VOZ DA SERRA, escrevi um artigo sobre os 25 anos do real e em julho de 2019, no Caderno Z, meu texto foi publicado pela primeira vez por aqui. Enfim, sejamos gratos por nossas conquistas; me faz bem estar por aqui com vocês, leitores. Obrigado!

Bom, chegou a hora do nosso estudo? Pois vamos, então, aos nossos parâmetros adotados.

Poder de compra

Em 1994, 1 real era a medida equivalente a 1 dólar; isso promovia bastante estímulo para o consumo de bens e serviços estrangeiros, mas o estudo do poder de compra não para por aqui. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho de 1994, o preço da cesta básica no Estado do Rio de Janeiro custava R$ 66,22. Parece algo interessante para quem não entende as interferências da inflação, mas à época o salário mínimo nacional fora definido em R$ 64,79. Já imaginou (ou se lembra como era) ter um salário mínimo que não sustenta uma única cesta básica?

Primeira conclusão? Hoje, como consumidores, temos muito menos espaço no mercado internacional, mas no mercado interno nosso poder de compra é consideravelmente mais relevante: em maio de 2021, a cesta básica calculada pelo mesmo departamento custava R$ 622,76 e o salário mínimo nacional está fixado em R$1.100.

Juros e inflação

Aqui, não posso me dar ao luxo de desperdiçar espaço para explicar o que é e como a taxa básica de juros interfere na economia. Portanto, vamos direto aos números. Em julho de 1994, a taxa Selic anualizada estava em 131,03% a.a., valor que logo passara por grande reajuste e, em agosto do mesmo ano, caiu para 56,46% a.a.. A inflação ainda era bastante selvagem e nossos juros voláteis. O que vemos hoje com taxas de juros fixadas por um período razoável de tempo era inimaginável à época. Hoje, portanto, temos uma Selic fixada em 4,25% a.a. e uma taxa anualizada, em junho de 2021, de 3,76% a.a..

Sem entrar no mérito do debate sobre as políticas monetárias que chegaram a levar a Selic anualizada para o patamar de 1,90% a.a. em setembro de 2020, hoje vivemos numa economia de inflação (apesar dos contragolpes de acontecimentos de extrema relevância que elevaram essa medida) mais sob controle. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é a medida oficial de inflação no Brasil, e durante o primeiro mês da circulação do real no dia a dia da população brasileira o índice foi calculado em 6,84%, fechando os primeiros 12 meses do real em exatos 29%. Hoje, portanto, vimos a inflação do mês de maio chegar a 0,83% e os últimos 12 meses somarem 7,78%.

Continua na próxima semana...

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Glossário de Investimentos IV – FIIs

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Cá estamos de novo. Na última semana da nossa série de textos para o mês de junho e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o quarto texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos.

Cá estamos de novo. Na última semana da nossa série de textos para o mês de junho e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o quarto texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos. Já conversamos sobre Exchange Traded Fund (ETF), Brazilian Depositary Receipt (BDR), Certificados de Operações Estruturadas (COE) e por fim – e longe, muito longe, de ser menos importante – chegou a hora de entender, de fato, o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

Quando falamos em investimentos, os ativos imobiliários estão entre os mais populares no Brasil; o investimento imobiliário, aqui, é cultural. Afinal, quem nunca sonhou em construir/comprar um imóvel com o intuito de alugá-lo e obter uma renda mensal desse investimento? Parece uma estratégia infalível – e realmente pode ser quando o investidor tem uma série de imóveis e empreendimentos do setor –, mas o risco é enorme para quem tem pouco capital.

Seguindo a linha de raciocínio da diversificação (você se lembra que este é um ponto fundamental para o sucesso e segurança da sua estratégia, não é mesmo?), vamos montar um cenário hipotético onde o investidor passou a vida trabalhando para construir seu patrimônio e agora tem um único imóvel como investimento. Seu objetivo? Gerar renda mensal. Dentro deste cenário, imagine que – por força do destino – o último inquilino saiu há dois meses e você ainda está sem ninguém interessado em alugar seu imóvel. Já é um contexto terrível para quem dependia dessa renda, mas quando chegou no quinto mês sem nenhum locatário o proprietário decide alugar mais barato e o retorno sobre o patrimônio já é mínimo. Por fim, agora existe alguém locando este imóvel, mas desta vez o inquilino é desrespeitoso, não paga o aluguel em dia, não cuida do imóvel, traz enormes desconfortos e o final desta história a gente já conhece: muita dor de cabeça e pouco dinheiro.

Percebe onde quero chegar? Hoje, meu intuito é te mostrar as possibilidades de investimentos imobiliários rentáveis e sem toda a burocracia da administração direta. Através do FIIs, você pode se tornar cotista de investimentos em imóveis de primeira linha com locatários de primeira linha. Já pensou em ser dono de um prédio inteiro locado para uma grande indústria farmacêutica? Ou talvez uma rede de galpões logísticos locados para centro de distribuição de grandes marcas, o que acha? Quem sabe, investimentos em uma rede de shoppings ou hotéis?

Os Fundos de Investimentos Imobiliários são negociados em mercado de bolsa, com liquidez de dois dias úteis e distribuem mensalmente (em grande maioria), aos seus cotistas, os devidos proventos referentes aos aluguéis recebidos pelos imóveis alugados e já isentos de imposto de renda. Tudo isso dentro de normas e regulamentações específicas e auditadas pelas instituições responsáveis pelo bom funcionamento dos mercados, como as CVM e Ambima, por exemplo.

Esses são os FIIs, complexos dentro de sua simplicidade. A ideia aqui, é fazer seu patrimônio gerar renda mensal (seja para custear seu estilo de vida, seja para reinvestir seu patrimônio) e ser corrigido pela inflação (além, é claro, de gerar valorização do seu investimento ao longo do tempo; exatamente como um imóvel, afinal, você está investindo em imóveis reais). Sem fazer disso uma recomendação de investimentos, sinto-me extremamente à vontade ao dizer que – pessoalmente – os Fundos de Investimentos Imobiliários são minha classe favorita de investimentos. Portanto, considere-os como parte de sua diversificação.

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Glossário de Investimentos III - COE

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Na prática, os COEs são produtos capazes de unir investimentos de renda fixa e variável num único ativo. O objetivo? Promover boa rentabilidade com riscos calculados dentro dos parâmetros da estrutura em questão. Outra forte característica dos COEs é a liquidez: estes ativos têm prazo predefinido e podem ser bastante variáveis, desde pequenos períodos – três meses, por exemplo – até prazos mais longos – seis anos, também como exemplo. Por se tratar de um produto amplo, as possibilidades de estruturação são muitas e abrangem diferentes perfis de investidor; desde os mais conservadores que buscam estruturas simples e com razoável rentabilidade, até os arrojados com apetite à risco que buscam estruturas mais complexas.

Os certificados de operações estruturadas ainda são produtos relativamente novos no mercado financeiro brasileiro e começaram a ser ofertados publicamente apenas a partir de 2015. Antes, estas estruturas ficavam restritas a investidores de alta renda e não havia nenhum tipo de publicidade envolvendo a venda das ofertas. Hoje, esta modalidade já está mais difundida e por ser regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apenas precisa seguir determinadas normas para manter a padronização durante a distribuição. Dentre as normas, o principal ponto para você se atentar, como investidor, é acerca da divulgação do Documento de Informações Essenciais (DIE), documento responsável por especificar todas as características do COE. Neste material, algumas informações são indispensáveis, dentre elas: funcionamento do produto, riscos envolvidos, garantias, fluxo de pagamentos, prazo e expectativa de rentabilidade. Portanto atente-se, sempre, aos dados e informações presentes no DIE.

Após entender o que é um COE e estudar se é algo cabível dentro da sua estratégia de investimentos, é hora de buscar entender as relações de rentabilidade e segurança do ativo. Aqui, falar em rentabilidade é deveras complicado, pois como já vimos esta modalidade é bastante flexível e pode abordar diversas estratégias mais ou menos rentáveis ao longo do período predefinido. Contudo, todo COE – da DIE – explana diferentes cenários (geralmente três) e suas respectivas possibilidades de retorno.

Analisados os possíveis cenários de ganhos, é hora de entender a segurança do produto e este é um ponto que divide os COEs em dois diferentes grupos: COE de Valor Nominal Protegido e COE de Valor Nominal em Risco. A primeira possibilidade é bastante atrativa para investidores mais conservadores, pois garante a segurança do capital investido e no pior dos cenários você resgata o seu investimento inicial. A segunda possibilidade, por sua vez, costuma compensar o risco do capital investido inicialmente com maior expectativa de ganhos, mas como não há a garantia do seu investimento esta acaba sendo opção para investidores mais arrojados e experientes.

Estes são os Certificados de Operações Estruturadas, produtos atrativos e cada vez mais populares no mercado financeiro. O que achou do ativo? Cabe na sua estratégia de investimentos? Conseguiu compreender a relação entre segurança e expectativa de ganhos? Estas são perguntas que só podem ser respondidas por você antes de fazer uma nova alocação em sua carteira. Portando, reflita e estude!

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