Blog de gabrielalves_28238

Você precisa sair da poupança!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Já ouviu falar sobre o conceito de rentabilidade real? É fundamental entender esta ideia assim que você começa a pensar – com inteligência financeira – na saúde do seu dinheiro. Basicamente, este conceito inclui as taxas de inflação sobre a rentabilidade nominal (o número percentual correspondente ao potencial de lucratividade) a fim de entender se o poder de compra, após determinado período, está protegido ou ampliado. Vamos analisar o exemplo prático da caderneta de poupança e entender, de vez, este conceito.

Já ouviu falar sobre o conceito de rentabilidade real? É fundamental entender esta ideia assim que você começa a pensar – com inteligência financeira – na saúde do seu dinheiro. Basicamente, este conceito inclui as taxas de inflação sobre a rentabilidade nominal (o número percentual correspondente ao potencial de lucratividade) a fim de entender se o poder de compra, após determinado período, está protegido ou ampliado. Vamos analisar o exemplo prático da caderneta de poupança e entender, de vez, este conceito.

A propósito, se você tem dinheiro na caderneta e não sabia disso, não se desespere (mas também não perca mais tempo), pois vou apresentar algumas soluções no final deste texto. Partindo para a exemplificação dos termos presentes neste conceito, confira alguns dados referentes às cadernetas de poupança e a inflação de 2020: rentabilidade nominal: 2,09% ao ano; inflação (IPCA): 4,52% ao ano; rentabilidade real (rentabilidade nominal - inflação): - 2,43% ao ano.

Triste, mas é assim – “pelas beiradas” – que as ferramentas de concentração de renda agem sobre a sociedade; explorando a falta de conhecimento para potencializar as margens de lucro. Portanto, por que não mudar essa história? É o que me motiva a estar aqui todas as sextas-feiras há mais de 60 semanas seguidas: promover o conhecimento financeiro! Não podemos aceitar nosso dinheiro perdendo poder de compra enquanto a captação da caderneta segue batendo recordes. Em 2020, a captação líquida desta classe foi de R$166 bilhões; o recorde anterior era de R$ 71bilhões em 2013. Considerando os dados do ano passado e numa situação hipotética de toda a captação líquida ter sido alocada no dia 1º de janeiro, a população brasileira perdeu – em poder de compra – mais de R$ 4 bilhões. Um desrespeito social, já que a caderneta de poupança é o produto de investimento mais popular do país.

O descaso é ainda maior se considerarmos destrinchar o índice IPCA de inflação e analisar produto a produto, qual é a inflação real sentida pela maioria dos brasileiros. Contudo, nem tudo está acabado e existem muitas (sim, muitas) possibilidades de investimento mais rentáveis que a caderneta de poupança e – acredite – a mesma (sim, a mesma) segurança para o seu dinheiro. Antes de entrarmos nas bases de cálculo da rentabilidade destes investimentos, é importante entender o que os protege. No caso da caderneta de poupança e outros diversos títulos de renda fixa (como, por exemplo, os CDB, LCI e LCA, LC), a entidade responsável por assegurar seus investimentos é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Portanto, já que a segurança é a mesma, por que continuar na poupança?

Agora, continuando com exemplos práticos, vamos analisar a fórmula de cálculo da poupança. Rentabilidade = 70% da Selic + TR (taxa referencial, que há anos é igual a zero). Portanto, refaço a pergunta com alguns acréscimos, por que receber 70% da Selic se você pode investir diretamente em títulos público e ser remunerado em 100% da Selic?

Continuando o show de horrores (considere Selic e CDI como taxas numericamente idênticas), por que ser remunerado em 70% do CDI se você pode ter acesso aos principais CDBs do Brasil e ser remunerado em 200% do CDI e ter exatamente a mesma garantia sobre o seu dinheiro? A única resposta que consigo enxergar é a manipulação do acesso à educação financeira. Você que está comigo, tem a responsabilidade de informar, sempre, o maior número de pessoas ao seu redor. As ferramentas de concentração de renda estão sempre presentes no nosso cotidiano e precisamos lutar contra elas. Pense nisso com muito carinho.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Volta às aulas na pandemia

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

É claro, quando se fala de rotina social em contexto pandêmico deve haver muita cautela e determinados protocolos para manter a segurança da população. Estamos começando um novo ano, mas tudo segue dentro das normas estabelecidas em 2020; que, a propósito, quanta irresponsabilidade. Estou ciente dos riscos, tanto os relacionados ao coronavírus quanto aos impactos sociais causados pelo isolamento social.

É claro, quando se fala de rotina social em contexto pandêmico deve haver muita cautela e determinados protocolos para manter a segurança da população. Estamos começando um novo ano, mas tudo segue dentro das normas estabelecidas em 2020; que, a propósito, quanta irresponsabilidade. Estou ciente dos riscos, tanto os relacionados ao coronavírus quanto aos impactos sociais causados pelo isolamento social.

Contudo, cá entre nós, provocam-me arrepios ver os bares e casas noturnas da nossa cidade em grande lotação. Ainda que “de acordo com protocolos de segurança”, é triste ver o nosso presente (adultos em idade produtiva) se degradando e pondo a sociedade em risco enquanto o nosso futuro (crianças e jovens em idade acadêmica) permanece em casa sem acesso pleno à educação. Nosso futuro, repito, sem educação!

Em Nova Friburgo – nossa linda casa –, a previsão para o início do ano letivo, ainda remoto, é no dia 5 de fevereiro. Não sou nenhum especialista em educação (chegaremos logo às finanças), mas para tornar a experiência produtiva é importante ter em mente estratégias para manter a disciplina durante o ensino remoto. Portanto, ter os materiais necessários pode facilitar o processo e incentivar os estudantes. Para lhe ajudar nessa tarefa, elaborei algumas dicas para economizar com a lista de materiais das nossas crianças e garantir o bom proveito do que realmente importa: a educação.

● Reaproveite o que puder - O primeiro passo para garantir economia nessa empreitada é analisar tudo o que pode ser reutilizado. Nem sempre e necessário comprar uma mochila ou estojo novos; até canetas, lápis de cor – entre outros materiais – podem ser, com a ajuda e cuidado dos filhos, reaproveitados.

A primeira dica, vale ressaltar, não está só relacionada com o lado financeiro, mas também com os valores contemporâneos de uma sociedade mais preocupada em frear o consumo desnecessário.

● Analise se é necessário comprar tudo agora - Desembolsar uma quantia alta de uma só vez dói muito mais que entrar em contato com a escola e pedir um cronograma de como o material didático será utilizado. Você terá a oportunidade de fracionar as compras e reduzir, assim, os impactos financeiros do início de ano.

● Siga a lista (mas não tanto) - A volta às aulas é sempre época de grandes vendas em livrarias, e como todos sabemos, períodos sazonais de comércio são momentos de gerar ainda mais lucro. Então resista aos filhos e atente-se com as técnicas de venda; não compre o que, por tendências de mercado, está fora da lista e assim você vai economizar ainda mais. A propósito, é bom lembrar, existem itens que não podem ser exigidos nas listas de material escolar. Certifique-se dos seus direitos.

● Compare preços - Essa é a principal dica. Comparar preços é fundamental para qualquer compra que você venha a fazer. A diferença é real! Na cidade de São Paulo, foi realizada uma pesquisa pela Associação de Defesa do Consumidor cujo resultado aponta – numa lista de materiais com 25 itens – uma diferença que chega a 150% no valor total da compra. E comparar preços também é essencial ainda que dentro de uma mesma loja. É claro, as variações de preço podem ser justificadas pela qualidade do produto, mas nem sempre se restringe à isso.

● Pechinche - Para fechar com chave de ouro as compras escolares, procure conseguir um desconto no valor final. O pagamento à vista, por exemplo, é sempre uma opção que te trará alguma oportunidade de desconto. Analise se é viável e vantajoso para as suas finanças. Devemos continuar prezando por valores realmente positivos para a sociedade. Tenho a certeza de que educação faz parte deste pacote; afinal, no meu ponto de vista, já passou da hora de ser considerada como atividade essencial. Pense nisso!

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Os primeiros passos para investir

sexta-feira, 08 de janeiro de 2021

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

Todos os investidores precisam passar pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos: abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores. É um processo simples, prático e totalmente seguro; contudo há alguns pontos para se atentar. O processo de abertura de conta contempla etapas importantes para que a experiência do investidor torne-se positiva e condizente com o seu planejamento. Bom, é hora de começarmos a destacar as características específicas que diferenciam as possibilidades em cada instituição possível para custodiar seus ativos.

O primeiro ponto é definir se quer investir por conta própria ou contar com o auxílio de assessorias especializadas. A Assessoria de Investimentos é um serviço oferecido pelas grandes instituições e costumam ter custos adicionais pouco ou nada relevantes dentro da corretora. Acredite, investir com auxílio profissional pode ser o seu grande diferencial de desempenho.

O segundo ponto a refletir é sobre o que você espera da sua corretora: garantia do FGC, grande diversificação de produtos; assessoria de investimentos; serviços de banco; taxas de corretagem baratas; plataformas ágeis; qualidade de atendimento; acesso à crédito e seguros; enfim, o que julgar necessário para o sucesso da sua estratégia. O legal é ver a internet possibilitando muito conteúdo de qualidade para te ajudar a pensar nisso; uma dica é conferir o canal “Me poupe”, de Nathalia Arcuri, nas mídias sociais (principalmente YouTube), será uma grande ajuda para os seus primeiros passos.

Definida a corretora para os seus investimentos (pode ser mais de uma, caso considere necessário), é hora de abrir a sua conta. Os processos costumam ser simples; bastante padrão, como qualquer outra abertura de conta em instituições financeiras. Fornecidos os dados solicitados, geralmente em 24 horas o procedimento de aprovação e efetuado e você pode começar a pôr em prática toda a estratégia planejada ao longo deste progresso. Agora, é hora de fazer suas primeiras transferências.

Fique tranquilo, se você chegou até aqui mantendo as precauções e seguindo todas as dicas, o resultado é seguro! Ao transferir dinheiro para a sua conta na corretora, certifique-se de que a transferência é para a sua própria titularidade. Todo recurso destinado aos seus investimentos deve estar em alguma conta cadastrada no seu próprio CPF; caso contrário, é fraude. A propósito, nunca deixe o dinheiro na conta de terceiros (mascarados de assessores ou consultores) para fazer investimentos em produtos do mercado financeiro; eles estão cometendo crimes!

Não quero te assustar; muito pelo contrário, quero te tranquilizar e dizer que o seu investimento vai ser muito seguro caso não caia nas conversas de criminosos. Portanto, basta bom senso e um pouco de conhecimento básico para tomar a decisão correta. Finalizando esta primeira caminhada aos investimentos, após a transferência de capital para a sua conta na corretora, é hora de definir as alocações da sua carteira e manter o planejamento em dia para obter os melhores resultados.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Retrospectiva 2020

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Entretanto, voltando ao “ano bastante louco”, é hora de começarmos a falar sobre 2020; período claramente marcado, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pela “maior crise sanitária mundial da nossa época”: a pandemia da Covid-19. O ano começou com muita expectativa positiva: o Ibovespa alcançava recordes históricos; o número de CPFs cadastrados na B3 (a bolsa de valores do Brasil) aumentava consideravelmente; vínhamos de aprovações de importantes reformas no Congresso; e, apesar do baixo crescimento em 2019, as projeções para o PIB em 2020 estavam relativamente altas. Bom... tudo parecia ir por água abaixo quando o mundo passou a sofrer os impactos do lockdown (necessário) e, em março, seis circuit breakers marcaram o processo de queda do principal índice brasileiro em mais de 46%. Não satisfeito, março também nos reservara uma guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita. O motivo? Petróleo!

Em meio a quarentenas, isolamentos e lockdowns, o mundo se viu estagnado e a grande commodity estava diante de um grande processo de ajustes entre oferta e demanda; trazendo a tona o resultado dessa equação: mudança nos preços. Durante o processo de desvalorização que se estendia desde o final de 2019, a cotação do petróleo tipo Brent sofreu desvalorização de 30% da noite para o dia ao abrirem os mercados de negociação no dia 9 de março; resultado do aumento da oferta e redução de até 20% do preço do petróleo bruto fornecido pela Arábia Saudita. Foi o estopim para uma longa fase de acordos internacionais até definir um consenso entre preços e produção.

A propósito, como entramos no assunto de políticas comerciais internacionais, vale ressaltar o que era para ser a grande “cereja do bolo” para 2020; o acontecimento que seria (e reafirmo, seria) o principal agente responsável pelas incertezas do ano: as eleições americanas. Nos últimos anos, as relações comerciais e diplomáticas entre China e EUA não têm sido nada saudáveis e a derrota de Trump pode marcar o início de novas estratégias coalizão entre os países. Contudo, uma coisa é certa: China é a mais nova superpotência e pode, sim, por fim ao imperialismo estadunidense. Portanto, cabe a estes países elaborar estratégias saudáveis, mas projetar possibilidades é muita especulação e prefiro controlar a ansiedade enquanto aguardo o tempo trazer nossas respostas.

Contudo, não param por aí os dados de impactos negativos. Como efeito colateral ao ano atípico, o índice de desemprego aumentou (crescente e a 14,6% no final do 3T20), a expressividade da população em situação de insegurança alimentar também é maior (no mundo, dois bilhões de pessoas são incapazes de ter acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para o ano inteiro) e o número de empresas declarando falência também teve maior relevância (mais de 700 mil empresas fechadas). Nesta quarta-feira, 16, enquanto escrevia esta coluna, o mundo computava mais de 73,5 milhões de casos notificados e 1,6 milhão de mortes decorrentes da nova doença; números brutais capazes de evidenciar o alto impacto direto sobre a humanidade.

Precisamos ambientar nossos processos econômicos a fim de estabelecer modelos capazes de compreender e considerar aspectos humanos e naturais. Ainda há muito o que estudar. Sorte a nossa termos tempo e pessoas dispostas ao novo ao nosso lado para as futuras conquistas. Como vemos, nos ciclos, as possibilidades de recomeço, que 2021 seja de esperanças renovadas.

 

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Você conhece o seu perfil de investidor?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Ações, CDBs, LCIs e LCAs, derivativos, debêntures, ETFs, BDRs, câmbio... A diversidade de produtos disponíveis para compor uma boa estratégia de investimentos é tão abrangente que o investidor pode acabar se perdendo na hora de montar o planejamento de sua carteira. Mas calma, é fundamental saber quais desses investimentos podem receber alocações do seu dinheiro; nem todas as possibilidades serão exploradas e o primeiro passo para selecionar seus ativos – e excluir a possibilidade de outros – é definir o seu perfil de investidor.

Ações, CDBs, LCIs e LCAs, derivativos, debêntures, ETFs, BDRs, câmbio... A diversidade de produtos disponíveis para compor uma boa estratégia de investimentos é tão abrangente que o investidor pode acabar se perdendo na hora de montar o planejamento de sua carteira. Mas calma, é fundamental saber quais desses investimentos podem receber alocações do seu dinheiro; nem todas as possibilidades serão exploradas e o primeiro passo para selecionar seus ativos – e excluir a possibilidade de outros – é definir o seu perfil de investidor.

Ao abrir sua conta em algum banco ou corretora de investimentos, seus primeiros passos contam com a pesquisa de Suitability: questionário obrigatório e disponibilizado pela instituição para que o alinhamento do atendimento ao cliente seja alcançado para promover a melhor relação de risco/retorno dentro dos limites estipulados pelo investidor. Basicamente, é a partir da definição do seu perfil de investidor que as instituições financeiras e seus assessores podem entender quais os produtos mais se adequam aos seus objetivos.

Antes de classificarmos alguns investimentos disponíveis dentro de cada perfil definido pelo Suitability, vou pontuar quais são os pontos considerados nesta pesquisa: conhecimento e experiência com investimentos; prazo estipulado de tempo para manter os investimentos; objetivos ao investir; tolerância aos riscos; realidade financeira e necessidades futuras dos recursos; patrimônio e disponibilidade de capital.

Como são informações voláteis e podem variar ao longo do tempo, vale ressaltar que o seu perfil de investidor pode variar ao longo do tempo; e, por este motivo, a pesquisa é feita de forma periódica pelas instituições.

Quer conhecer seu perfil de investidor? Basta abrir uma conta no banco ou corretora de investimentos de sua preferência. Costumam ser cadastros gratuitos e não é nenhum bicho de sete cabeças. Criada a conta, basta preencher o formulário de pesquisa do Suitability e logo terá definido o seu perfil; é a partir daí que você (e seu assessor) começa a pensar nas possíveis estratégias de investimentos. Quer pensar nisso? O seu perfil vai ser classificado em três possibilidades:

Conservador - investidor averso ao risco e/ou pouco experiente com relação aos seus investimentos. Vale destacar que risco, no mercado financeiro, é a possibilidade de um resultado diferente do esperado no ato do investimento. Por isso as maiores alocações – para este perfil – tendem a ser em produtos de renda fixa e uma pequena parte em fundos de investimentos multimercados e ou ações.

Moderado - aqui, há um equilíbrio interessante entre produtos de renda fixa e fundos de investimentos multimercados e ações.

Arrojado - para este investidor, a estratégia torna-se mais ativa e, além de pesar as alocações para a renda variável, o investidor pode adquirir produtos diretamente e sem o intermédio de fundos de investimentos; o que diminui custos e potencializa rentabilidade.

E você, já tem ideia de qual é o seu perfil? Espero ter trazido uma luz para que comece a tomar boas decisões para o seu dinheiro!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O segredo do equilíbrio financeiro

sexta-feira, 04 de dezembro de 2020

Quanto menos planejamento, mais emergências surgem na sua vida financeira. Já se deu conta disso? A pior parte dessa história é saber que conforme surgem novas emergências, outras chegam sem avisar e tudo parece ser tão urgente a ponto de ser uma grande luta para voltar ao equilíbrio das suas finanças pessoais. Bom, e se eu te contar que existe um planejamento para evitar essas dores de cabeça? Pode parecer algo muito simples e básico – de fato é –, mas você vai precisar de muita dedicação para pôr esta estratégia em prática. Pois vamos a ela: estou referindo-me a reserva de emergências.

Quanto menos planejamento, mais emergências surgem na sua vida financeira. Já se deu conta disso? A pior parte dessa história é saber que conforme surgem novas emergências, outras chegam sem avisar e tudo parece ser tão urgente a ponto de ser uma grande luta para voltar ao equilíbrio das suas finanças pessoais. Bom, e se eu te contar que existe um planejamento para evitar essas dores de cabeça? Pode parecer algo muito simples e básico – de fato é –, mas você vai precisar de muita dedicação para pôr esta estratégia em prática. Pois vamos a ela: estou referindo-me a reserva de emergências. Conhece? Tem? Já teve? Pensa em criar a sua? Hoje você vai aprender tudo sobre a estratégia financeira para evitar contratempos e possibilitar um estilo de vida mais leve e previsível (justamente por considerar o imprevisível).

Antes de mais nada, você sabe para quê serve a reserva de emergências? Se souber, me fala porque eu não sei! Pode parecer contraditório eu querer lhe ensinar algo cuja necessidade eu não conheça, mas – de fato – ninguém sabe quando nem por qual motivo haverão retiradas desta reserva. Contudo, posso te garantir, mais cedo ou mais tarde você vai passar por emergências (desde um roubo de celular, até problemas de saúde na família) e ter caixa para superar as adversidades é fundamental para que a emergência não te traga ainda mais problemas.

Chegou a hora de entender como montar sua reserva e o primeiro passo é conhecer a fundo suas finanças pessoais para chegar num valor médio e fidedigno (dedique um tempo ao estudo do orçamento doméstico ou recorra ao auxílio profissional) de padrão de consumo mensal. Agora, com esse valor em mãos, é hora colher outros dados: a segurança do seu emprego; acesso à auxílios de seguridade social e planos de seguro privado e a realidade pessoal de cada integrante familiar responsável pela participação da manutenção financeira doméstica. Concluída esta etapa, vamos ao segundo passo: por quantos meses você pensa em suprir suas despesas sem contar com nenhuma geração de renda? A sugestão é pensar em algo – dentro dos parâmetros definidos até aqui – entre três a nove meses.

Basicamente, reserva de emergência é isso, pensar em suprir necessidades extremas e considerar a geração nula de renda. A propósito, basta olharmos a realidade ao nosso redor e seremos capazes de entender que basta uma grande crise surgir para muitos trabalhadores se encontrarem na delicada situação de desemprego (e muitas vezes sem acesso ao auxílio social decorrente da falta de trabalho).

Somente aqui, no terceiro passo, você vai ser capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas: 1º passo - Valor médio de consumo mensal = R$ 4.000
2º passo - Tempo suprindo o consumo mensal = seis meses
3º passo - Valor da reserva de emergência: R$ 24.000

Por último, é fundamental saber onde alocar sua reserva. Opte sempre por produtos financeiros de alta liquidez (de preferência imediata ou até em D+2), com rentabilidade suficiente para suprir a inflação (rentabilidade alta não é o foco aqui) e baixa volatilidade (você não pode resgatar valores abaixo dos investimentos para esta reserva). Para facilitar a interpretação, títulos públicos e fundos referenciados DI podem ser boas opções de alocação para a sua reserva de emergência.No futuro, você pode passar por outras crises; valerá a pena ter uma reserva à sua disposição. Pense nisso com carinho.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

ETFs – a estratégia para entrar na Bolsa de Valores

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

No mercado financeiro, as opções de investimentos parecem ser infinitas e a falta de conhecimento pode afastar muita gente com vontade de tomar boas escolhas para o seu dinheiro. De fato, são muitas opções e a falta de planejamento pode lhe proporcionar uma experiência negativa com o mercado. Contudo, é para facilitar o planejamento do investidor individual que existem os produtos de gestão passiva: você investe recursos financeiros e alguém se responsabiliza pela gestão dos ativos presentes na composição da carteira.

No mercado financeiro, as opções de investimentos parecem ser infinitas e a falta de conhecimento pode afastar muita gente com vontade de tomar boas escolhas para o seu dinheiro. De fato, são muitas opções e a falta de planejamento pode lhe proporcionar uma experiência negativa com o mercado. Contudo, é para facilitar o planejamento do investidor individual que existem os produtos de gestão passiva: você investe recursos financeiros e alguém se responsabiliza pela gestão dos ativos presentes na composição da carteira. É o que acontece nos fundos de investimentos, mas você pode encontrar estes produtos diretamente na Bolsa de Valores e usá-los como porta de entrada para a renda variável. Estou falando, especificamente dos Exchange Traded Fund (ETF) e vou especificar os detalhes deste ativo.

No Brasil, temos apenas uma Bolsa de Valores (B3), mas ao redor do mundo existem diversas outras e cada uma delas tem seus índices de referência baseados em critérios específicos. Basicamente, esses critérios englobam determinadas ações de companhias que se enquadram nas características predefinidas e assim está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas enquadradas no que você acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

Aqui, listo alguns ETFs (com seus respectivos códigos de negociação) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, que nenhum destes se enquadra como recomendação; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de análise aprofundada e qualidade dos ativos.

· BOVA11 - Busca refletir a performance, do Índice Bovespa (composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);

· ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);

· GOVE11 - Busca refletir a performance do Índice Governança Corporativa Trade (composto por empresas com padrões de governança corporativa diferenciados);

· SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas com menor capitalização na B3);

· IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos Estados Unidos).

Investir nestes produtos é simples e, por isso, chega a ser considerado como a porta de entrada para novos investidores na Bolsa de Valores, mas lembre-se sempre de analisar se os investimentos são condizentes com as características buscadas por você e tem a ver com o seu perfil de investidor. Serão sempre estes pequenos detalhes o grande divisor entre boas e más experiências no mercado financeiro; portanto, atente-se a elas para fazer boas escolhas.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Renda fixa, a classe mais popular de investimentos

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Provavelmente você tem – ou já teve – algum dinheiro aplicado na caderneta de poupança; por sua vez, um investimento em renda fixa. Ou, caso tenha um volume mais expressivo, muito provavelmente o gerente da sua agência lhe ofereceu algum CDB (também investimento de renda fixa) para “melhorar a sua relação com o banco”; cá entre nós, essa estratégia não passa de conversa de vendedor precisando bater meta.

Provavelmente você tem – ou já teve – algum dinheiro aplicado na caderneta de poupança; por sua vez, um investimento em renda fixa. Ou, caso tenha um volume mais expressivo, muito provavelmente o gerente da sua agência lhe ofereceu algum CDB (também investimento de renda fixa) para “melhorar a sua relação com o banco”; cá entre nós, essa estratégia não passa de conversa de vendedor precisando bater meta.

A propósito, vale a observação: nunca (nunca!) aceite um produto de renda fixa com rentabilidade pós fixada abaixo de 100% do CDI. Acredite em mim, você merece investimentos muito melhores e com toda a segurança da garantia pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Antes de entrarmos especificamente nos produtos disponíveis para esta classe de investimentos, é muito importante considerarmos seus riscos. Ao adquirir qualquer produto de renda fixa, você está atuando como credor da companhia emissora do título; literalmente, você empresta dinheiro para uma grande empresa e ela te paga os juros por esta operação. Portanto, o maior risco deste investimento é emprestar dinheiro para uma empresa que venha à falência e não pague as dívidas assumidas com seus credores.

Contudo, para assegurar os investidores da categoria, existe o FGC: associação responsável por assegurar, para cada CPF, até R$1 milhão (até R$ 250mil por instituição, limitando o recurso a quatro instituições diferentes) caso os emissores dos títulos de renda fixa não estejam em condições de assumir seu compromisso. É o FGC que garante seus investimentos e isso faz com que esta classe de investimentos seja tão popular e segura.

Entretanto, tanta segurança traz suas desvantagens.

Há uma taxa bastante conhecida – e muito comentada por mim, aqui – para representar os parâmetros de juros de acordo com a realidade econômica do momento e definir as rentabilidades sobre os produtos de investimentos em renda fixa. Estou me referindo à taxa Selic que, por sua vez, encontra-se no menor patamar histórico – aos 2% ao ano – e influencia diretamente na remuneração do investidor; tornado a renda fixa algo pouco rentável nos últimos anos, ainda que de alta segurança.

Portanto, ao escolher seus investimentos considere sempre o equilíbrio mais saudável entre segurança e rentabilidade e lembre-se: a cada escolha, uma renúncia. Procure viver bem com seu planejamento de investimentos e faça, desta, uma experiência positiva.

Tem gostado da relação entre risco e retorno desta classe de investimentos? Vamos entender o processo necessário para a aquisição dos seus ativos.

Considerando que já tenha sua conta em algum banco ou corretora de investimentos, o processo é simples:

- Analisar os produtos garantidos pelo FGC: poupança, CDB (Certificado de Depósito Bancário); LCI (Letras de Crédito Imobiliário); LCA (Letras de Crédito do Agronegócio); LC (Letras de Câmbio); LH (Letras Hipotecárias).

- Entender os riscos de produtos não garantidos pelo FGC: Tesouro Direto (títulos públicos); CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários); CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio); Debêntures (títulos de dívidas de empresas).

- Definida a preferência entre produtos de renda fixa com ou sem a garantia do FGC, o próximo passo é buscar a liquidez (tempo de resgate do dinheiro) que mais se adeque à sua realidade financeira. Este é o ponto principal, pois caso retire o dinheiro investido antes da data de vencimento você perde toda – sim, toda(!) – a rentabilidade prometida pelo investimento.

- Por fim, só aqui busque estudar e selecionar os ativos de maior rentabilidade.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O 13º não é salário extra

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O ano foi atípico e há quem já tenha recebido o 13º salário adiantado ainda nos primeiros meses de 2020, mas no próximo dia 30 termina o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário e é hora de se planejar. Afinal, é importante ter em mente que o 13º salário não é e nunca foi um salário extra; é direito do trabalhador. Portando, deve, sim, fazer parte do seu planejamento orçamentário anual.

O ano foi atípico e há quem já tenha recebido o 13º salário adiantado ainda nos primeiros meses de 2020, mas no próximo dia 30 termina o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário e é hora de se planejar. Afinal, é importante ter em mente que o 13º salário não é e nunca foi um salário extra; é direito do trabalhador. Portando, deve, sim, fazer parte do seu planejamento orçamentário anual.

Inicialmente conhecido como gratificação de Natal, o 13º foi implementado no Brasil em 1962 com o intuito de recalcular o salário anual do trabalhador assalariado. A lógica é simples: considerando quatro semanas por mês, a conta não bate quando sabe-se que, ao longo de um ano, temos 52 semanas. Por isso são 13 pagamentos de salário ao longo do ano. Prática comum em outros países ao redor do mundo, como Itália, Portugal, Argentina, Uruguai e, entre outros, Espanha – que chega a ter, inclusive, o 14º salário. É a maneira correta para o cálculo anual de salário? Não sei, mas está no caminho do desenvolvimento social.

Portanto, já que não é um salário extra – é direito –, devemos sempre considerá-lo como parte do orçamento e ter planejado o que fazer com o dinheiro. Façamos o seguinte: planejaremos, agora, um pouco das suas finanças para o ano de 2021 começar bem estruturado financeiramente.Então, o que fazer com o 13º salário?

Eliminar e evitar contrair dívidas é o primeiro grande passo para alcançar o equilíbrio financeiro. Por isso, de antemão, o primeiro destino do dinheiro deve ser para arcar com as dívidas ativas, seja quitando ou apenas amortizando-as.

Ponto importante a ser esclarecido, dificilmente algum produto de investimento trará rentabilidade maior que as taxas de juros (consulte o CET – Custo Efetivo Total da operação) no mercado de crédito, portanto, faça suas contas: descubra qual é a sua dívida mais cara e comece por esta a quitação de suas dívidas.

Agora, caso você não possua dívidas ou já conseguiu quitá-las e sobrou algum dinheiro, a segunda alocação planejada dos recursos do 13º vai para os seus gastos futuros. O final de ano sempre vem com alguns custos sazonais, como o Natal e viagens por exemplo; então, já que não tem mais dívidas, aproveite. Mas lembre-se, assim como o final do ano, o início do ano também tem seus custos: material escolar, matrículas, IPTU e IPVA são exemplos de gastos que podem comprometer suas finanças pessoais.

Por fim, com suas finanças planejadas e bem estruturadas, o 13º salário encontra uma situação de equilíbrio, cujo planejamento o incluiu no orçamento anual para estabelecer um padrão de vida condizente com as receitas e só lhe resta a liberdade de decidir o que fazer com seu próprio dinheiro. Agora suas finanças abrem espaço para poupar e investir: uma ótima escolha para o futuro.

Gaste melhor, poupe sempre e invista com qualidade.

Faça, do seu dinheiro, uma ferramenta de liberdade. Pense nisso!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

É um bom momento para entrar na Bolsa de Valores?

sexta-feira, 06 de novembro de 2020

A ideia do título foi buscar a identificação de muitos leitores com a questão elaborada. A propósito, você também já se fez essa pergunta?

Seja sincero consigo enquanto estiver lendo este texto. Esse é um questionamento muito comum entre meus clientes que estão iniciando sua jornada na renda variável. Contudo o primeiro ponto a ser esclarecido antes de responder esta pergunta é entender – e o meu papel é explicar – a diferença entre investimento e especulação.   Basicamente, a diferença está na filosofia relacionada a forma de lidar com seu capital.

A ideia do título foi buscar a identificação de muitos leitores com a questão elaborada. A propósito, você também já se fez essa pergunta?

Seja sincero consigo enquanto estiver lendo este texto. Esse é um questionamento muito comum entre meus clientes que estão iniciando sua jornada na renda variável. Contudo o primeiro ponto a ser esclarecido antes de responder esta pergunta é entender – e o meu papel é explicar – a diferença entre investimento e especulação.   Basicamente, a diferença está na filosofia relacionada a forma de lidar com seu capital.

Investir requer paciência, tempo, estudo e o suporte de um profissional. Ao contrário da especulação (e de muitos filmes sensacionalistas), investir não requer agilidade nas tomadas de decisão e muito menos emoção diária com a flutuação de preços dos ativos. Investimentos, a propósito, não podem ser encarados apenas como atividade em Bolsa de Valores; abrir um negócio próprio, por exemplo, também é investir. Aqui – nos investimentos – são diversas as formas de remuneração pela atividade, e entre elas destacam-se os dividendos, juros sob capital próprio e, até mesmo, a valorização da cotação do ativo. Ademais, os ganhos não param por aí, pois bons negócios lucram e repassam, através da arrecadação de impostos, parte dos seus ganhos para a sociedade.

Especular, por outro lado, requer o timing perfeito entre as operações. Ao contrário de investir, filosofia que lhe permite comprar boas cotas e acumulá-las ao longo de uma vida inteira, especular te obriga a comprar e vender (ou vender e comprar, sim há recursos para te possibilitar a venda do que você ainda não tem) suas posições num curto período de tempo. A expectativa, aqui, é alcançar ganhos ainda mais expressivos no curto prazo em troca de riscos ainda mais consideráveis. Esta, vale a pena ressaltar, é uma atividade essencialmente profissional. O risco é enorme para amadores e pode causar perdas irreversíveis; se pensa em tornar-se especulador estude bastante antes de começar a arriscar seu capital em algo ainda inexplorado.

Portanto, retomando o questionamento que intitulou este texto, todo dia é um bom momento para entrar na Bolsa de Valores; basta saber o motivo por fazer parte dela.

(Gostei dessa divisão de parágrafos entre investir e especular, seguiremos assim para identificar os porquês de entrar na Bolsa o quanto antes – e com todo o suporte profissional necessário, é claro! Afinal, não é uma brincadeira ou algo para ser divertido.)

Investir hoje vai te poupar tempo para começar a colher frutos desta atividade. A primeira coisa que você precisa se atentar é que a Bolsa de Valores não se resume ao Ibovespa; dentro deste índice, você pode contar com mais de 300 opções de empresas de capital aberto para se tornar sócio. Por essas e outras, faça boas escolhas, seja sócio de boas empresas e não se assuste com os impactos psicológicos da cotação instantânea – o investidor não pode estar preocupado apenas com a flutuação de preços de ativos; a preocupação deve estar na qualidade dos serviços prestados, divisão de lucros com acionistas e projeção futura para o modelo de negócio. Por fim, investir não deve lhe tomar tempo demasiado e, muito menos, lhe tirar o sono.

Especular, por sua vez, também pode fazer parte da sua estratégia o quanto antes (desde que tenha-se o reconhecimento dos altos riscos). Afinal, ativos em valorização ou desvalorização são possibilidades de alcançar lucros; basta fazer a escolha certa – e isso não é nada fácil.

Por fim, espero ter esclarecido estes conceitos a fim de elucidar suas ideias sobre o momento certo para começar a investir.

A resposta para o título? Sim, é um bom momento para entrar na Bolsa de Valores

PS.: sou investidor.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.