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Que a Semana Santa santifique a nossa perseverança!

terça-feira, 30 de março de 2021

Depois de inaugurar um outono quente, fechando o terceiro mês de poucas águas de março, o Caderno Z foi além-mares buscar os conhecimentos sobre a Páscoa Cristã e a Páscoa Judaica. Para os cristãos, a Páscoa celebra a ressureição de Jesus, na “passagem da morte para a vida”. Já para os judeus é a comemoração da passagem do povo israelita da escravidão do Egito para a liberdade, tendo em Moisés o seu libertador na travessia do Mar Vermelho para a Terra Prometida. As crenças se diversificam entre as duas celebrações, mas, ambas são vividas intensamente por seus celebrantes.

Depois de inaugurar um outono quente, fechando o terceiro mês de poucas águas de março, o Caderno Z foi além-mares buscar os conhecimentos sobre a Páscoa Cristã e a Páscoa Judaica. Para os cristãos, a Páscoa celebra a ressureição de Jesus, na “passagem da morte para a vida”. Já para os judeus é a comemoração da passagem do povo israelita da escravidão do Egito para a liberdade, tendo em Moisés o seu libertador na travessia do Mar Vermelho para a Terra Prometida. As crenças se diversificam entre as duas celebrações, mas, ambas são vividas intensamente por seus celebrantes.

Estamos em plena Semana Santa, e o Coelhinho da Páscoa, influência pagã, símbolo da fertilidade, está voltando, acanhado, resiliente, porque, no ano passado, não teve o brilho de sua liberdade e ainda precisa esperar uma nova era para se embrenhar de casa em casa. Também, ele, o coelho teve que se reinventar e entrar no esquema da produção artesanal. Vanessa Moraes Sucre, especialista no assunto, destaca: “O ovo caseiro é feito com mais carinho, geralmente você conhece a pessoa para quem está fazendo o chocolate e isso me deixa mais próxima do cliente”. Isso é maravilhoso, pois ter um ovo personalizado é a satisfação garantida. O mercado é promissor e o “Z” trouxe dicas de como se aventurar com os pés no chão e dominar a magia do chocolate.

Wanderson Nogueira, o nosso filósofo, nos brinda com a riqueza de “Nascer, morrer, renascer”. Do começo ao ponto final é difícil ressaltar uma ou outra passagem, porque tudo é encantamento. Contudo, me atrevo a copiar: “De braços abertos... Pare, Escute. Espie como criança curiosa e sem maldade o que o vento da novidade traz...”, e prossegue: “Talvez não entendamos a língua dos ventos tanto quanto não entendamos toda essa jornada de nascer, de novo e de novo e de novo para sempre e até o fim...”

Sair do Caderno Z é uma travessia que nos torna mais conhecedores das coisas da vida, tornando a nossa capacidade de interpretação aguçada e assim ficamos mais acessíveis ao entendimento dos fatos. Entender, por exemplo, que viver é uma questão de superação diária como é o caso de Marlon Moraes, em reportagem de Vinicius Gastin. No MMA, desde 2007, Marlon soma 23 vitórias, oito derrotas e um empate. No UFC, em 2019, perdeu três vezes e ganhou uma luta por decisão “dividida dos jurados”. Agora, vencendo uma cirurgia no ombro, o atleta volta com força de vontade suficiente para enfrentar novos desafios e diz: “Não gostamos de perder, por isso o foco é melhorar, se reciclar e voltar com tudo...”. A lição é para todos nós!

Em “Sociais”, festejamos o aniversário de Braulio Rezende, ocorrido No último sábado, 27. Sob a influência das energias do outono, Braulio é pessoa do bem, da família, das amizades, de relevantes serviços para o desenvolvimento de nossa cidade, “amigo da trova e dos trovadores” e muito mais. Parabéns, amigo!

Apesar dos pesares da pandemia, há coisas boas acontecendo, como a verba liberada por recurso federal para finalizar obras em Amparo. O projeto “InterAção” para jovens de 14 a 22 anos, moradores do condomínio Terra Nova, com o programa de “capacitação para a iniciação e acesso ao mundo do trabalho”. As oficinas começam em 12 de abril no formato online. Mais informações pelo telefone (22) 2533.1245.

A reportagem sobre os impactos da pandemia na vida das mulheres evidencia uma realidade que não seria diferente. Se antes, a jornada feminina era dupla, agora, as mulheres triplicaram suas atividades e, consequentemente, a sobrecarga exige muito mais resistência, tanto física como emocional. Na verdade, a pandemia alterou a vida humana em todos os sentidos e quem disser o contrário, aí, sim, está fora do padrão.

Eu prefiro chamar o superferiadão de “maratona do isolamento”, porque a medida exige de nós uma resistência ainda maior para tentarmos vencer o coronavírus. A charge de Silvério faz uma boa leitura da situação e, para bom intérprete, o toque de recolher deve tocar a nossa consciência em prol da coletividade. Vamos colaborar!

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Que seja o outono a estação das esperanças frutificadas!

terça-feira, 23 de março de 2021

  “O outono chegou em sua plenitude”... E o tema do Caderno Z não poderia ser

  “O outono chegou em sua plenitude”... E o tema do Caderno Z não poderia ser

outro para brindar mais um ciclo da natureza. Eu começo pelas mãos de Ana Borges que nos convida a descobrir “nosso lado sombra para então descobrir o que mudar”. Seu texto é a mais pura filosofia, com lições de vida em metáforas que brotam de sua sensibilidade. Ana ressalta que o outono é o tempo ideal para o renascimento, pois, assim como as folhas caem, “nossa vida precisa de tempos de esvaziamentos e de recomeços...”. O tempo é o senhor de todas as estações, de todas as mudanças, e cada um de nós é de um jeito, tem suas preferências e se molda no passar da existência.

Wanderson Nogueira, em  “Palavreando”, se define: “Considero-me um ser noturno, ainda que concorde que as manhãs são lindas e o amanhecer talvez seja a parte mais bonita do dia”. Cada ciclo tem o seu encanto, mas, no outono, além de tantas frutas, é vez dos caquis, super vitaminados. Na verdade, com tantas frutas, o outono é um verdadeiro festival de cores e sabores. Contudo, a previsão é a de que tenhamos um outono mais úmido e uma primavera seca no Brasil, com quedas de temperaturas constantes e ocorrência de nevoeiros e geadas. Preparemos os agasalhos, minha gente!...

 Quando a viagem literária chega no terceiro parágrafo é hora de nos despedir do Caderno Z, mas, não sem antes agradecer o convite que me foi feito para participar da edição de boas-vindas ao outono. É muito carinho comigo, meus queridos de A VOZ DA SERRA! Estou embevecida, lisonjeada com a publicação de meu texto, em página dupla, com fotos do meu Jardim da Lis, de onde destaco: “As alamandas douram o jardim com suas amarelices e eu amo amarelo! Elas brotam nos recônditos mais esquecidos do jardim...”. Sejamos assim, espalhando as energias outonais, florescendo, imitando as alamandas, onde estiverem fincados os nossos pés!

 Na primeira etapa do Campeonato Carioca de Enduro, Nova Friburgo marcou presença bonita no pódio com dois representantes da nossa cidade. Na área musical, ganhamos mais uma banda, o grupo Fire In The Park. Desde 2016, a banda vem trabalhando e tem como lema “desperte a sua revolução interior”. O grupo possui repertório próprio e vai colocar “fogo no parquinho” quando a pandemia passar. E falando nela, voltamos para a bandeira laranja. Sem muitos comentários, porque a verdade dói: 320 óbitos e o número de casos confirmados de Covid 19 passando da marca de 11 mil. Que triste cenário sem perspectiva de solução. Mesmo assim, com toda essa desolação, as pesquisas mostram que “os brasileiros são os que mais engordaram na pandemia”.

Mas, como não é para todo mundo que o mundo dentro de casa é confortável, há muita gente passando necessidade e privações, principalmente, aquelas pessoas que já viviam em condições de risco social, à margem da sociedade.

Em “Há 50 Anos”, estava autorizado por decreto presidencial, o funcionamento da nossa Faculdade de Odontologia, contrariando “as forças políticas contrárias”. Em “Sociais”, um aniversariante querido, André Gomes, um dos encarregados da varrição da Avenida Alberto Braune. Vai uma trova, André: “Deixa a rua tão limpinha, de modo extraordinário que, se a rua fosse minha, eu dobrava o seu salário!”. Parabéns!

 O outono também nos trouxe a boa notícia da reforma e restauração dos afrescos do Chalet do Barão, no Country Clube. Construída em 1860, a obra foi executada com “o que havia de mais sofisticado em termos de material de construção, mobiliários e peças para decoração”. O presidente do clube, Celso de Oliveira Santos, explicou que a equipe de restauro concluiu uma das etapas mais significativas com a restauração do afresco central do forro, uma reprodução da obra “A Aurora” de Guido Reni. A notícia é de real importância pela preservação do patrimônio e pela capacidade profissional do grupo de restauro, para nos devolver a beleza de uma preciosidade da nossa história. Parabéns a todos os idealizadores da obra, pois, Nova Friburgo merece o belo presente!

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A VOZ DA SERRA é a voz das nossas expectativas!

terça-feira, 16 de março de 2021

O tema do Caderno Z me fez lembrar minha sobrinha, empresária e professora de Educação Física, nascida e criada em São Paulo. No início da quarentena, ela me passou uma mensagem perguntando se teria acontecido alguma mudança nos astros, pois, do seu apartamento, ela estava conseguindo ver a lua durante o dia. Ao que expliquei: não foi a lua que se modificou, mas, sim o seu comportamento por estar em quarentena, com a oportunidade de olhar para o céu.

O tema do Caderno Z me fez lembrar minha sobrinha, empresária e professora de Educação Física, nascida e criada em São Paulo. No início da quarentena, ela me passou uma mensagem perguntando se teria acontecido alguma mudança nos astros, pois, do seu apartamento, ela estava conseguindo ver a lua durante o dia. Ao que expliquei: não foi a lua que se modificou, mas, sim o seu comportamento por estar em quarentena, com a oportunidade de olhar para o céu. Da mesma forma, o “Z” constata que a “pandemia tornou os ambientes mais verdes”, porque as pessoas estão mais dispostas a cuidar da casa, tornando seus espaços mais aconchegantes.

Os animais também modificaram seus hábitos com o nosso isolamento social. Carlos Machado, responsável pelo Parque Municipal Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, comenta: “É cada vez mais frequente a presença de animais de várias espécies caminhando pelo parque”. A natureza sente a mesma sensação de paz com o distanciamento humano e Carlos comenta: “Outra coisa que venho notando é o repovoamento do rio com pequenos peixes e girinos”. No Jardim Botânico, os profissionais notam a mudança no trânsito dos animais como num “verdadeiro paraíso”. Sem ameaças ao meio ambiente, no caso de adoção de bichinhos exóticos, é bom saber que muitas espécies requerem cuidados especiais, como alimentação e saúde. Falando em saúde, a Subsecretaria do Bem Estar Animal aguarda a regulamentação do castramóvel para dar início ao programa de castração de cães e gatos no município.

Saímos do “Z” com Wanderson Nogueira que tem “saudades da cidade lá fora”. O filósofo de alma se admira com a agulha fina deslizando sobre o LP de faixas límpidas... E divaga: “Como se produziu maravilhas artísticas nos anos de chumbo. O que se produzirá de artes nesses tempos inglórios e tão cruéis?”... É uma pergunta que eu me faço e penso: estará de bom tamanho se forem produzidos humanos melhores!

 Aliás, a produção de arte está em pleno vapor, como noticia o jornal: “Cinquentânias – Sobre Tempo e Vida” – que é uma produção friburguense, em cartaz na internet até o próximo dia 30. Na trama, três irmãs, na meia-idade, enfrentam, com humor e muita reflexão, os desafios sobre envelhecimento, saúde e solidão. Confiram detalhes no site www.cinquentanias.com e garantam ingressos gratuitamente. O movimento #VoltaCentrodeArte continua em ação, lutando pela recuperação do Centro de Arte. O grupo formou uma comitiva sob a coordenação do secretário municipal de Cultura, Joffre Evandro, para uma visita ao local, onde estiveram presentes o arquiteto Luiz Fernando Folly, presidente da Fundação D. João VI e demais envolvidos. Após o encontro, observou-se a necessidade de um novo projeto para as demandas do local.

Com idade nova, Silvério é aquele que diz tudo em suas charges. Basta um “abacaxi” sobre um ônibus que entendemos tudo, ou seja, “um imbróglio” nas transações entre a prefeitura e a Faol no que se refere ao Termo de Ajuste de Conduta”. Pior ainda se o abacaxi pesar demais e a empresa não aguentar com o peso da frota. De abacaxi, passamos para o “pepino” da bandeira vermelha, que desceu do mastro na semana passada, deu vez para a laranja, e voltou para avermelhar o risco de contágio. E o dilema continua: o povo precisa da economia que, por sua vez, precisa do povo com saúde para se alavancar. A maior bandeira que podemos hastear é a conscientização “coletiva” da gravidade da pandemia. A vacina, sozinha, não fará milagre!

Maravilhosa reportagem sobre a aprovação da lei estadual que declarou os Jogos Florais de Nova Friburgo como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Na matéria com Guilherme Alt, onde, honrosamente, sou a entrevistada, o destaque não poderia ser outro:  “Nosso trabalho tem valor e mais valor alcança ainda, quando pessoas de valor somam seus valores aos nossos”. E A VOZ DA SERRA é esse valor também que, desde 1959,  tem sido a Voz dos Trovadores!

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A VOZ DA SERRA é o diário de bordo das nossas emoções!

terça-feira, 09 de março de 2021

A viagem de hoje começa pelo editorial de Ana Borges, no Caderno Z do último fim de semana, pois, em suas considerações, ela nos lembra a escritora Simone de Beauvoir que comparou o árduo trabalho doméstico das mulheres, como sendo a "tortura de Sísifo". E pergunta: Alguma mulher aí discorda de Beauvoir? – Eu concordo totalmente e só amenizei meu fardo doméstico, quando passei a usar o tempo de trabalhos no lar para pensar, pois, muitos dos meus textos foram escritos na memória, enquanto o batente caseiro, de jornada dupla, consumia o meu tempo.

A viagem de hoje começa pelo editorial de Ana Borges, no Caderno Z do último fim de semana, pois, em suas considerações, ela nos lembra a escritora Simone de Beauvoir que comparou o árduo trabalho doméstico das mulheres, como sendo a "tortura de Sísifo". E pergunta: Alguma mulher aí discorda de Beauvoir? – Eu concordo totalmente e só amenizei meu fardo doméstico, quando passei a usar o tempo de trabalhos no lar para pensar, pois, muitos dos meus textos foram escritos na memória, enquanto o batente caseiro, de jornada dupla, consumia o meu tempo. E o “Z” trouxe mais questões: “Qual o maior desafio das mulheres do século 21?”. Pelas conquistas até agora alcançadas, o desafio maior parece ainda ser o respeito aos seus dons e talentos e a todas as suas tendências e escolhas.

São séculos de lutas, galgando degraus na sociedade, como o direito ao voto que, no Brasil, só veio a partir de 1932. Em 1961, no governo de Jânio Quadros, fora proibido o uso de biquini e até 1962 havia uma lei que proibia a mulher de exercer uma profissão sem permissão do marido. Até 1980, o homem podia “pedir anulação de casamento, caso descobrisse que a esposa não era mais virgem”. Numa sucessão de movimentos feministas, o pódio da liberdade tem sido alcançado. E nada como ter um aliado da luta feminina como Wanderson Nogueira que ressalta: “Eu não quero ser mais um machista...” e prossegue em seu sentir profundo: “Não por vaidade moral, mas porque quero respeitar em sua integralidade o espelho que reflete minha mãe – toda mulher – vinculada a mim ou não. Eu disse: todas as mulheres em suas mais diversas personalidades...”.

Deixando o “Z”, mas ainda no tema, se hoje nos espantamos com a proibição, por exemplo, do uso de biquini em 1961, passados 50 anos, ainda temos que lidar com a Lei Maria da Penha, pois a violência contra as mulheres é uma aberração. Bem fez a cabeleireira Thalassa Vaz que, “cansada de relacionamentos abusivos”, se embrenhou na prática esportiva do muay thai, o caminho para uma grande mudança em sua vida. Não somente no aspecto da luta física marcial, porém, mais ainda na parte emocional e mental. E ressalta: “todo esse processo de autocuidado só me trouxe benefícios...”.

 Carolina Alves Maia, pedagoga, advogada e perita criminal, conversou com Ana Borges e nos contou sobre os desafios de ser mulher trans. Em uma página inteira de relatos emocionantes, de início, ela ressalta: “Ao ter coragem de se aceitar é preciso, antes de tudo, se amar”. Jovem ainda, com uma trajetória de vida marcante, Caroline observa: “São muitas as dificuldades na vida de uma pessoa transexual, começando pela vivência com os familiares e amigos, depois pela sociedade como um todo...”. Na certeza de quem sabe o que quer e não desiste dos sonhos, ela conclui: “a luta continua.”

 Assim como as lutas pela integridade da mulher e por todas as questões relativas aos temas da sexualidade ainda promovem debates, sujeitos a todos os tipos de discriminação, os idosos também precisam de órgãos que defendam os seus direitos. Não sem razão, o Comdipi (Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa), e a Secretaria Municipal de Assistência Social estão em defesa de um espaço para a convivência da terceira idade, depois de encerradas as atividades no Clube de Xadrez. Bem se vê que caminhamos para um mundo de lutas, cada vez mais acirradas, por direitos que deveriam ser naturais para os humanos.

 Em “Há 50 anos” a Cadeia Pública de Nova Friburgo era inaugurada junto ao prédio da delegacia policial na Vila Amélia, com lotação para “100 presidiários, salão de refeições, salas de aula com televisão e rádio, cozinha, gabinetes sanitários etc”. Era coisa de primeiro mundo! E com louvores ao, então, delegado Amil Rechaid “que realizou as obras com seus recursos pessoais e contribuições de um grupo de amigos da comunidade”. Que beleza! Mas, voltando ao presente, Nova Friburgo volta à bandeira laranja, indicando risco moderado, mesmo com o aumento de casos de infectados indo para a marca de 10.503 e 309 óbitos. A bandeira vermelha passou num piscar de olhos, nem deu tempo de a população se inteirar da gravidade dos fatos. Que situação drástica!

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Que venham as águas de março semeando as esperanças!

terça-feira, 02 de março de 2021

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta.

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta. Por mais que estudos sejam feitos e que a ciência avance, o coronavírus ainda é uma incógnita com direito a mutações. Esse “pequeno vírus” conseguiu “desestruturar todo o planeta”, aflorando crises sociais, políticas, econômicas e emocionais.

Quando os próprios médicos adoecem, nós, os leigos, nos fragilizamos. Ao ler os depoimentos dos doutores Marcelo Orphão Motta e Danilo Cassane, entendemos quando o dr. Marcelo define: “O coronavírus nos ensinou que não respeita fronteiras, não respeita políticas e políticos, não respeita negacionismo...”. Da mesma forma, dr. Danilo alerta: “É uma doença que não tem rabo, nem cabeça, que ainda não se sabe o suficiente sobre ela e a incerteza do que pode acontecer é algo assustador...”. São duas explicações diretas ao alcance de todos, mas que ainda encontra resistência em grande parte da população brasileira, o que é lamentável, pois só dificulta o controle da doença.

O “Z” ainda nos trouxe um pouco da história do Instituto Butantan e da Fiocruz, instituições centenárias a serviço da saúde brasileira. “Entre uma e outra pandemia”, a gripe espanhola foi terrível, sim. Porém, são mais de 100 anos do acontecido, com um século de avanços, e ainda somos apanhados por um vírus que se intimida ante uma boa higiene com álcool em gel, água e sabão. E que, mesmo assim, já fez mais de 250 mil mortos no Brasil.

“Ele voltou!” O filósofo voltou novamente! Bem-vindo, Wanderson Nogueira! E voltou cheio de inspiração e de achados na bagagem, trazendo-nos um roteiro completo para as viagens que possamos empreender, de onde destaco: “ Boa viagem! Bons momentos futuros inesquecíveis! Porque é bom se conhecer em outros lugares como turista de si mesmo”, pois, “estar de bem com a vida, faz a vida ficar de bem com você”!

Vamos ao noticiário da pandemia, com Nova Friburgo voltando ao estágio de bandeira vermelha até o próximo domingo, 7. Salve as águas de março, agora misturadas com sabão em barra!  A barra está pesada demais e há alguns equívocos na flexibilização, mas o espaço é pouco para questionamentos. Mesmo assim, a prefeitura estuda meios para a retomada das aulas presenciais, seguindo uma série de requisitos. Esquisito é entre os requisitos não haver prioridade de vacinação para o setor da Educação.

O Campeonato Friburguense de Kart Amador continua em alta com a última etapa em Guapimirim no último domingo, 28 de fevereiro. O esporte está ganhando força em Nova Friburgo e há um movimento “Pro – Kartódromo” para a construção do espaço em um terreno na rodovia RJ-130, entre Campo do Coelho e Conquista.  Bela conquista! Falando em terreno, está em destaque a notícia de que há projetos de a prefeitura construir uma “biblioteca internacional” no terreno de esquina com a Rua General Osório, na Praça do Suspiro. A boa nova, por enquanto, está no campo das ideias. Aguardemos!

E meio a tantos percalços, coisas boas acontecem. Vejamos: “Escolas do Senai Friburgo são destaques nacionais”, com primeiro lugar no setor de vestuário e o setor de mecânica entre os três melhores. “Seu Abdinho”, o estimado Abdo Carim festejou 104 anos, feliz da vida e vacinado! A Stam Metalúrgica recebeu homenagem da Real Banda Euterpe Friburguense por seu Jubileu de Ouro. Parabéns Stam! A Real Banda  Euterpe, por sua vez, festejou, em 26 de fevereiro,  seus 158 anos de existência. Desde os tempos do Barão / nossa Euterpe faz história / conduzindo o seu brasão / pelos caminhos da glória! Mais do que centenária, a Euterpe é um pilar na edificação de Nova Friburgo.

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A VOZ DA SERRA é a nossa voz para o mundo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O Caderno Z tem o dom de restaurar lembranças. Volta e meia, eu me sinto provocada a divagar pelos meandros da minha casa de infância. Na capa, a linda foto de Henrique Pinheiro e uma pergunta que eu me fazia, mal acabara de tomar posse da alfabetização: “Por quem os sinos dobram”? Eu queria saber e mamãe respondia: “Eles dobram por ti”, e acrescentava, “mas de felicidade”! Nada mais eu sabia, a não ser que me pusesse a ler as 416 páginas daquele livro robusto, na estante.

O Caderno Z tem o dom de restaurar lembranças. Volta e meia, eu me sinto provocada a divagar pelos meandros da minha casa de infância. Na capa, a linda foto de Henrique Pinheiro e uma pergunta que eu me fazia, mal acabara de tomar posse da alfabetização: “Por quem os sinos dobram”? Eu queria saber e mamãe respondia: “Eles dobram por ti”, e acrescentava, “mas de felicidade”! Nada mais eu sabia, a não ser que me pusesse a ler as 416 páginas daquele livro robusto, na estante. Agora me vejo em companhia de Ana Borges e Adriana Oliveira, numa aventura incrível para desvendar o novo som do carrilhão da Capela de Santo Antônio, no Suspiro. Trata-se de uma “melodia de carrilhão” ecoando a cada hora, por todo o centro da cidade, mas que, de fato, é uma das mais bonitas árias do compositor barroco alemão Georg Friedrich  Händel. 
A pedido de A VOZ DA SERRA, o professor de Música e Canto Lírico, o  friburguense Roberto Henrique Fernandes de Oliveira, explica: “Quando se ouve a ária e se lê a partitura, é possível identificar perfeitamente a melodia do carrilhão”. O professor destaca ainda que pela “limitação da construção de um sino, sua estrutura, transporte, afinação etc. teria que haver uma simplificação na escolha das notas para a popular “Melodia de Westminster”. Ter o mesmo som do Big Ben, o relógio “mais icônico do mundo”, na Praça do Suspiro é algo de orgulho e, ao mesmo tempo, de reverência pela “divina” conquista. O padre Miguel Angel, pároco das igrejas de São Francisco de Assis e de Santo Antônio, ao explicar sobre o sistema digital do carrilhão eletrônico, lembra que “desde a antiguidade, os sinos são um sinal da presença de Deus na vida do povo”. 
Ana Borges ressalta uma citação de poeta inglês John Donne: “Nenhum homem é uma ilha, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída...”. A citação não precisa ser reproduzida, na íntegra, aqui na coluna, por contenção de espaço e, mesmo assim, é totalmente entendível. A mensagem de Donne, que viveu até março de 1631, é atual e se enquadra bem no momento que já dura um ano – a pandemia do coronavírus. Mesmo no isolamento, jamais seremos uma ilha e nosso comportamento deve estar afinado com o todo.  
Saindo do Caderno Z com a energia revigorada, neste fevereiro sem carnaval, um passeio em “Há 50 Anos” nos faz sentir as emoções do “reinado momesco” de 1971,  quando a festa devia muito de seu brilho aos bailes do Nova Friburgo Country Clube, do Clube de Xadrez e da Sociedade Esportiva Friburguense. A dúvida recaia somente se os serviços de “água, lixo, luz e telefone causariam alguma “decepção”. 
Realmente, a década de 70 deixou saudade pelos bailes carnavalescos promovidos pelos clubes. Neste fevereiro atípico de 2021, sem carnaval, muita gente sentiu que recordar é viver e isso foi um alento e plantou uma sementinha de esperança para o ano que vem, quando já tivermos superado a pandemia. Quanto a isso, voltamos ao estágio de bandeira laranja, com risco moderado de contágio, indicando que ainda temos pela frente um longo trabalho de conscientização, de cuidados e de intensas restrições. 
Em “Sociais”, muitos aniversariantes, mas não posso deixar de destacar o aniversário da professora Wilma Villaça, festejado no último dia 15. Provavelmente, ela não se lembra de que foi minha professora, porque é mais fácil para o aluno guardar a fisionomia dos professores. Dona Wilma, que continua bonitona, deu aula para mim no Colégio Estadual de Nova Friburgo, hoje Jamil El-Jaick. Parabéns professora!
Começamos a viagem no badalar dos sinos e agora sinto que os sinos se dobram para honrar a memória do “herói suíço” Pierre-Nicolas Chenaux e sua descendência em Nova Friburgo, a família Thurler. A estátua de Chenaux estampada no jornal e a foto do casal - Sebastião Donato Thurler e Maria Daudt Thurler - formam um traço de união entre a Suíça e Nova Friburgo.  São trajetórias de lutas e vitórias,  e de vivências tão cristalinas quanto o cristal das “águas de Seu Donato”! Feliz Família Thurler para todos nós!

Elisabeth Souza Cruz é jornalista, trovadora e presidente da seção Nova Friburgo da UBT, a União Brasileira dos Trovadores. Escreve neste espaço às terças-feiras.

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A VOZ DA SERRA garante a apoteose da informação!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente.

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente. Eu me sinto feliz, pois tenho a honra de ser produtora e apresentadora do programa mais antigo que “ainda está no ar” naquela emissora, ou seja, o programa da União Brasileira de Trovadores, criado a partir dos Jogos Florais, no início da década de 1960.

Atuar no rádio é uma sensação sem igual, porque “tocar” o coração do ouvinte é a magia do radialismo. E o ouvinte é fiel, amigo, e se torna um fã incondicional!    Essa fidelidade acompanha Ernani Huguenin e Pedro Osmar. Ernani, por exemplo, com o seu bordão “não perca pela hora” não perde a hora e sempre sente saudades de sua “Nadinha”, a saudosa esposa Nádia Huguenin. Saudades que são nossas também. Pedro, que vivenciou todos os estágios do radialismo, destaca: “Para quem é apaixonado por rádio, como eu, foi um avanço pitoresco. Hoje podemos dizer que temos em Nova Friburgo uma das dez rádios mais modernas do Brasil”.

São muitos nomes a destacar, em especial, a nova geração dos locutores, como Vinicius Gastin, Gabriela Bini, Guto Soares e Fernando Moreira, agora no esporte. E o “Professor Pardal”, Carlos Reis, há mais de 50 anos colocando “a rádio no ar”. Que pessoa singular! Outro querido, operador de áudio, Rogério Dias, “meu editor na pandemia”, pessoa de bondade intensa. Salve a “Emissora das Montanhas” que ganhou o mundo!

Em março, a Rádio Sucesso FM completa 40 anos. No depoimento de sua diretora Hilda Teixeira Soares, sentimos o quanto o amor pode romper os desafios. Hilda ressalta que cumpriu sua missão com “sucesso”. A ela, ao seu filho Igor e a toda equipe, desde já, um feliz Jubileu de Esmeralda e parabéns pela história de sucesso!

É hora de deixar o “Z” e adentrarmos no cotidiano da pandemia. A Prefeitura de Nova Friburgo, anunciou na última sexta-feira, 12, que subiu para 9.799 o número total de casos confirmados de Covid-19, com aumento de 46 novos casos em um dia e um total de 289 mortes. No mesmo boletim, informou que há outros 30 pacientes com suspeita da doença, e destes, 19 estão em casa aguardando o resultado dos exames; seis estão internados e cinco óbitos continuam em investigação. E, mesmo assim, continuamos em bandeira amarela, sinalizando “pouco risco de contágio”. Eu não entendo essa métrica.

A injúria sofrida pela vereadora Maiara Felício demonstra como ainda há pessoas carecendo de uma reforma geral em seus procedimentos. Infelizmente, essa parcela mínima de indivíduos inconsequentes ainda consegue espaço para manifestar sua ignorância e desserviço à sociedade. Que a punição para atos dessa natureza seja um antídoto eficaz contra o veneno da estupidez das mentes franzinas.

O vice-prefeito Serginho, em entrevista concedida por e-mail ao jornal, destacou que para uma boa gestão é preciso “ter as pessoas certas em cada lugar”. Com disposição para o trabalho, Serginho demonstra que não medirá esforços para que a cidade melhore em todos os setores, “sem mágica ou varinha de condão”, é claro.

Mas... e o Carnaval sem carnaval? A bordo de uma pandemia que naufragou os sonhos e as esperanças,  o mês de fevereiro, este ano, perdeu o deslumbre da apoteose carnavalesca. A causa, mais do que compreensível, nem por isso deixou de ser um baque no calendário friburguense. O jornal trouxe figuras representativas do reinando de Momo e todas manifestando pesar pela suspensão dos festejos. Contudo, há um consenso de que não poderia ser diferente. Assim, nos resta vestir a fantasia de que tempos melhores virão, usando os adereços: máscara, álcool em gel, água e sabão, para o desfile do “Bloco do Eu Sozinho”, sem aglomerações. O silêncio de hoje há de ser os festejos do amanhã!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é uma sucessão de grandes impressões!

terça-feira, 09 de fevereiro de 2021

Pela importância de seu teor, é um constante desafio para mim, quando embarco na plataforma “Z”. É o ponta pé inicial do embarque literário, tendo na bagagem um caderno sempre apreciável. Literalmente, eu diria, como Drummond, “a dangerosíssima viagem...”. Mas, há perigo no embarque, Elisabeth? – alguém poderá me perguntar, e já respondo: o perigo é não conter a emoção e  me embebedar com cada palavrinha disposta na folha impressa. Festejar a data de 7 de fevereiro,  Dia Nacional do Gráfico, é imprimir gratidão aos profissionais que “dão forma à nossa informação”.

Pela importância de seu teor, é um constante desafio para mim, quando embarco na plataforma “Z”. É o ponta pé inicial do embarque literário, tendo na bagagem um caderno sempre apreciável. Literalmente, eu diria, como Drummond, “a dangerosíssima viagem...”. Mas, há perigo no embarque, Elisabeth? – alguém poderá me perguntar, e já respondo: o perigo é não conter a emoção e  me embebedar com cada palavrinha disposta na folha impressa. Festejar a data de 7 de fevereiro,  Dia Nacional do Gráfico, é imprimir gratidão aos profissionais que “dão forma à nossa informação”. Agora a gente entende melhor como é que A VOZ DA SERRA dá conta de noticiar fatos de última hora e a edição não perder a hora de estar nas bancas e no portão dos assinantes. Essa magia tem nomes: Nilson, Vitor, Louro, Gilberto e quem mais avançar o horário de encerrar o expediente. Quem ama o que faz, não perde a hora, ganha mais tempo de vida pelo prazer da realização. É isso que se vê em cada depoimento colhido por Alan Andrade.

Da primeira Bíblia impressa aos livros eletrônicos de hoje, Johannes Gutenberg ficaria impressionado com os avanços da tipografia. Nós mesmos, dos atuais tempos, somos surpreendidos com mais e mais tecnologias facilitadoras da comunicação. Folheamos as páginas do jornal, sentimos o cheiro de sua impressão, sem nos darmos conta do trabalho que deu a sua preparação: das buscas pelo factual, da veracidade de suas pesquisas, das reportagens, da credibilidade, do estresse em cima da hora, quando a pressa tem que ser amiga da perfeição, tudo ganha corpo e vem à luz, no parto da impressão gráfica. Eu digo honestamente: tenho dificuldade de colocar o jornal para forrar um chão. Vejo rostos, vejo vidas, vejo dedicação de meus colegas, vejo almas, enfim.

Vê-se também no semblante da impressão gráfica, a estampa de sofrimento de toda equipe, ao elaborar matérias que nos chocam, como é o caso do assalto à Galera dos Legumes, em Campo do Coelho, que provocou, inclusive, a morte de dois funcionários e do dono da distribuidora de hortifrutis, Cristiano Fernandes. O jovem empresário, em foto sorridente, traduz nosso sentimento de tristeza pelas vítimas, pelos feridos, pelas pessoas de bem que estavam trabalhando. Em matéria sobre a violência no Rio de Janeiro, a triste constatação de que a criminalidade avança para os municípios do interior.

A bandeira amarela tremula no mastro da pandemia e, nem de longe, pode ser considerada um sinal de adeus ao coronavírus. Já tem gente falando que “a pandemia está indo embora”. Se fosse, já iria tarde, mas não é bem assim. A classificação da bandeira é mais um protocolo do que a resolução ou diminuição dos riscos. É como um tiro no escuro, eu penso. Os cuidados continuam. E quanto ao processo de vacinação, Nova Friburgo está em modo lento, em comparação com cidades vizinhas, cujo fato já está explicado pelo número maior da população. Os estudos científicos apontam que não há como comparar a eficácia das vacinas; o importante é que se tome a que estiver disponível. O retorno das aulas presenciais é controverso e uma coisa é certa: retomar sem que haja vacinação para todos os envolvidos, será como cutucar onça com vara curta.

Em “Há 50 anos”, o prefeito eleito, dr. Feliciano Costa, após ter sofrido “melindrosa intervenção cirúrgica” foi a causa de o Legislativo se deslocar para o “nosocômio” afim de tomar-lhe o juramento legal. O Executivo, que deixava o cargo,  também compareceu ao local para transmitir as funções ao novo prefeito. Isso em 3 de fevereiro de 1971. Avançando para 2021, o prefeito atual, com um mês de atuação, visitou o “nosocômio, não para se internar, mas para tomar pé da situação do nosso hospital. Falando em política, a Câmara de Vereadores, presidida pelo vereador Wellington Moreira, começou a cortar gastos, com ações de moralização dos trabalhos, inclusive, com o corte de celulares oferecidos e pagos pela casa. O presidente ressaltou que “tais medidas geram resistência”, mas reconhece que a população apoiará cada uma delas...”.  Boas falas. Como diz o ditado: sabendo usar, não vai faltar! Feliz cidade para todos nós!

 

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Cada edição de AVS é uma saudade a mais em nossa história!

terça-feira, 02 de fevereiro de 2021

Quando se fala em saudade, eu sinto que ela tem cheiro de alumínio lavado. Estranho? Nada de espanto, pois, na minha casa de infância, bebíamos água nas canequinhas de alumínio, que vovó, tão bem, mantinha ariadas. Saudade pode ser muita coisa e como disse Ana Borges, é pessoal e intransferível nas suas várias formas de manifestação. Em todos os idiomas é sentida, a começar pelo banzo, que os negros trouxeram, quando “removidos” de suas terras africanas. Na visão de Priscila Pasko, a saudade se traduz na arte, em canções, na literatura, coreografia, pinturas ou poemas.

Quando se fala em saudade, eu sinto que ela tem cheiro de alumínio lavado. Estranho? Nada de espanto, pois, na minha casa de infância, bebíamos água nas canequinhas de alumínio, que vovó, tão bem, mantinha ariadas. Saudade pode ser muita coisa e como disse Ana Borges, é pessoal e intransferível nas suas várias formas de manifestação. Em todos os idiomas é sentida, a começar pelo banzo, que os negros trouxeram, quando “removidos” de suas terras africanas. Na visão de Priscila Pasko, a saudade se traduz na arte, em canções, na literatura, coreografia, pinturas ou poemas.

Alan Andrade foi certeiro em sua explanação: “uma palavra difícil de traduzir” e ressalta que a “saudade pode deixar de ser algo benéfico e trazer consequências negativas, conforme nos apeguemos excessivamente ao passado”. Alan também conversou com o psiquiatra Danilo Cassane, e a entrevista rendeu boas considerações sobre a saudade: “Muitas pessoas acabam perdendo o gosto e o prazer de viver por ficarem presas às experiências vividas, que não poderão se repetir com a mesma intensidade”, alerta dr. Danilo. A saudade é um tema inesgotável e na página 8 do “Z”, estou eu, entre tantos bambas da literatura. Não sei quem vou destacar e, na dúvida,  vamos de Clarice Lispector: “Saudade é um pouco de fome... é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”. Pablo Neruda: “Saudade é solidão acompanhada...”. Quanto a mim, a saudade fala tanto que eu nem preciso falar! E o Caderno Z, com seus temas maravilhosos, é um provocador de saudades, pois sempre nos deixa rastros de boas lembranças.

Deixando o Z, vamos ao passeio pelas notícias. A pandemia está em alta, mas a bandeira passou para a cor laranja. O prefeito comemora, em “risco moderado”, uma vitória questionável, e diz: “Vencemos o momento mais crítico da pandemia até aqui”. Eu sou apenas uma observadora das inseguranças e sempre ouvi dizer que “time que está ganhando não se mexe”. Então, se estava dando certo, por que a pressa de trocar de bandeira? O boletim da prefeitura divulga: “mais uma morte e 84 novos casos”.

Os restaurantes voltam a receber clientes com redução de 40% de sua capacidade. Os bares, com 30%, das 7h às 19h e o comércio voltando de segunda a sábado, das 10h às 19h.  A gravidade da pandemia é um fato inegável e dá até uma sensação de inveja do “olariense” Bernardo Nunes, que mora na Austrália desde 2016. Em entrevista para Fernando Moreira, Bernardo destacou: “É até bonito ver como a população australiana se uniu no enfretamento à Covid-19”. No Brasil, ao contrário, o povo se dividiu entre os que levam a sério e os que ignoram a pandemia. Lamentável essa divisão!

Enquanto isso, nossa nadadora Jhennifer Alves, que “mira a Seletiva Olímpica”, cobrou maior apoio da cidade em um desabafo: “Nova Friburgo possui grandes empresas, mas elas estão deixando a desejar um pouco com os grandes atletas”. Muitas coisas ficam assim mesmo, a desejar, esperando dias melhores, como a Praça Getúlio Vargas, à mercê de uma “sensação de insegurança”. A charge de Silvério diz tudo! Porém, ninguém se deixe vencer, pois, toda esperança tem vida própria e se sustenta até das incertezas.

Não é sem razão que a coluna “Há 50 anos” tenha tantos fãs. É saudade, minha gente! Lembrar fatos de um passado, nem tão distante, é um deleite. Algumas coisas eram melhores, mas, melhoramos muito. No Carnaval de 1971, por exemplo, o Country Clube, o Xadrez e a Sociedade Esportiva Friburguense programavam inúmeras atrações e seria o evento “mais animado de todos os tempos, em termos de ornamentação, iluminação e orquestras para os bailes”. Que saudade! Era um tempo feliz e a gente nem sabia. Ou sabia?

Entretanto, feliz estou eu, agora, completando sete anos da coluna Surpresas de Viagem. Com muita honra festejo a ocasião, por estar nas páginas de A VOZ DA SERRA, com meu passaporte de viagens pelo mundo inteiro. Quando me debruço sobre as páginas do jornal, eu viajo, em primeira classe, pelas estradas dos conhecimentos. Adriana Ventura e equipe, minha gratidão! Aos nossos leitores, muito grata pela companhia...

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AVS não é religião, mas nos religa aos nobres sentimentos!

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Um tema mais do que emocionante! É assim que saúdo o Caderno Z do último fim de semana pela escolha do tema “Religião e as diversas formas de fé”. E logo de cara encontro o filósofo francês Pierre Teilhard de Chardin, por quem desenvolvi grande empatia em meus estudos na Ordem Rosacruz-Amorc. Sobre a espiritualidade, Chardin a considerava a “causa de união”, de buscas, de questionamentos e de, especialmente, “encontrar Deus em nosso interior durante a vida”. Esse encontro é também a busca de todas as religiões, cada uma a seu modo.

Um tema mais do que emocionante! É assim que saúdo o Caderno Z do último fim de semana pela escolha do tema “Religião e as diversas formas de fé”. E logo de cara encontro o filósofo francês Pierre Teilhard de Chardin, por quem desenvolvi grande empatia em meus estudos na Ordem Rosacruz-Amorc. Sobre a espiritualidade, Chardin a considerava a “causa de união”, de buscas, de questionamentos e de, especialmente, “encontrar Deus em nosso interior durante a vida”. Esse encontro é também a busca de todas as religiões, cada uma a seu modo. Allan Kardec “popularizou o espiritismo no Brasil” e dois nomes importantes se destacam em nosso país: Bezerra de Menezes e Francisco Cândido Xavier.

Martin Lutero, ordenado padre em 1507, rompeu com a Igreja Católica e deixou um legado religioso universal e Nova Friburgo possui a mais antiga Igreja Luterana da América Latina, fundada em 3 de maio de 1824. Sabendo-se que a “religião  começou a ser praticada desde a idade da pedra, sendo frequentemente utilizada para explicar os fenômenos da natureza”, em vários aspectos a religião precisou passar por adaptações, pois, muito do que lhe era atribuído, a ciência desvendou. E Jerusalém, “a cidade sagrada fundada pelo Rei David”? Independentemente de qualquer crença ou na sua ausência, o local, por si só, é consagrado pela riqueza de sua história. Ser ou não ser religioso pode não ser mais a questão, “porque as diversas formas de fé pelo mundo” estão buscando alicerçar as bases de um ser humano melhor, mais apurado. Mesmo assim, diante de algumas atrocidades, ainda nos perguntamos: “o que deu errado na humanidade?”.Voltemos, então, a Teilhard de Chardin: “Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”. Isso é profundo e vale uma reflexão!

Saindo do “Z” com a energia espiritual revigorada, o mês de janeiro tem sido agraciado com aniversariantes de grande carisma: Vinicius Gastin, dia 19, Dalton Carestiato, dia 22, e Flávio Stern, nesta segunda-feira, 25. Entre tantos aniversariantes, cumprimentamos a concessionária Águas de Nova Friburgo por seus 12 anos de atuação. Há também o destaque de um aniversário muito importante, ou seja, os 103 anos da estimada Brigitte Schlupp, no último sábado, 23. Infelizmente, no domingo, 24, fomos impactados pelo seu falecimento. Que pena! Os sentimentos de pesar para a família são também para todos nós.

Em “Entrevista”, Guilherme Alt conversou com o secretário de Defesa Civil, Evi Gomes da Silva, que não nos trouxe boas notícias, pois, em nossa cidade há cerca de 30 mil pessoas “morando em situação de risco”. Mas, em compensação, todo o município está sob atenção da Defesa Civil e os bairros que possuem o sistema de alerta e alarme sonoro estão no foco de prevenção da secretaria, como destaca o secretário Evi. Atenção redobrada é mesmo imprescindível, pois, na última sexta-feira, 22, no bairro Três Irmãos, os moradores levaram um enorme susto com o desplacamento de pedras.

A bandeira vermelha continua tremulando em Nova Friburgo e o decreto municipal 879 “endureceu as regras da flexibilização...”. Entretanto, empresários da FEC-NF entregaram ao prefeito Johnny Maycon um documento com 24 medidas, todas viáveis, para o combate ao coronavírus. Parece que o grande problema ainda é conscientizar o grupo de maior risco, ou seja, os que não acreditam na pandemia. Em meio a tantos percalços, o “meme humano”, Felipe Ricotta, percorre as ruas da cidade, tocando e cantando suas músicas. Sem residência fixa, ele vive na estrada desde 2010.

Em “Há 50 anos”, a Sociedade Esportiva Friburguense completava seu Jubileu de Ouro. Dalton Carestiato presidia o clube, que festejou a efeméride com o Baile de Gala. Percorrendo a história, o “Clube da Colina”, nos ares de 2021, pode se orgulhar do Jubileu de Jequitibá. Cem anos de vida na vida de Nova Friburgo! Mesmo sem realizar outro baile de gala, por conta da pandemia, o acontecimento merece todos os louvores. Friburguenses, uni-vos! Palmas para a SEF! Parabéns!

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