Leão XIV: o tesouro das obras de misericórdia

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terça-feira, 12 de agosto de 2025

"Não perder nenhuma ocasião para amar", onde quer que estejamos, foi a recomendação do Papa no Angelus deste segundo domingo do mês de agosto, Dia dos Pais, ocasião em que pediu a Maria para nos ajudar a sermos "sentinelas da misericórdia e da paz" em um mundo marcado por tantas divisões.

"Vendei vossos bens e dai esmola": a recomendação de Jesus sobre "como investir o tesouro da nossa vida", narrada no Evangelho de Lucas da liturgia do último domingo, inspirou a reflexão do Papa Leão XIV, antes de rezar o Angelus com os milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro, sob uma temperatura que beirava os 34°C.

E precisamente dirigindo-se a eles, explicou que com esse convite Jesus nos exorta "a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a usá-los generosamente para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam da nossa ajuda":

Trata-se não apenas de compartilhar os bens materiais que possuímos, mas também colocar em jogo as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia. Em suma, tudo o que faz de cada um de nós, nos desígnios de Deus, um bem único e inestimável, um capital vivo e pulsante que, para crescer, precisa ser cultivado e investido; caso contrário, seca e perde valor. Ou acaba perdido, à mercê daqueles que, como ladrões, se apropriam dele para simplesmente transformá-lo em objeto de consumo.

O amor torna-nos semelhantes a Deus

E "o dom de Deus que somos - ressaltou - não é feito para se exaurir dessa maneira", mas "tem necessidade de espaço, de liberdade, de relação para se realizar e se expressar, tem necessidade de amor, o único que transforma e enobrece todos os aspectos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus". E não é por acaso - observou o Papa - que "Jesus pronuncia essas palavras a caminho de Jerusalém, onde se oferecerá na Cruz pela nossa salvação". E completou: “As obras de misericórdia são o banco mais seguro e rentável para confiar o tesouro da nossa existência, porque ali, como nos ensina o Evangelho, com "duas pequenas moedas", até uma viúva pobre se torna a pessoa mais rica do mundo.”

E para ilustrar, cita Santo Agostinho que a esse propósito, diz: "O que é dado será transformado, porque quem dá será transformado".

Não perder nenhuma oportunidade de amar

Para tornar mais claro o significado disso, o Santo Padre propõe como exemplo "uma mãe abraçando seus filhos: não é a pessoa mais bela e mais rica do mundo? Ou dois namorados, quando estão juntos: eles não se sentem como um rei e uma rainha?".

Neste sentido, a sua exortação:“Em nossas famílias, em nossas paróquias, na escola e em nossos locais de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma oportunidade de amar. Esta é a vigilância que Jesus nos pede: habituar-nos a estar atentos, prontos e sensíveis uns aos outros, como Ele é conosco em cada momento.”

Ser sentinelas da misericórdia e da paz

Irmãs e irmãos - disse ao concluir - "confiemos a Maria este desejo e este compromisso: que Ela, a Estrela da Manhã, nos ajude a ser, num mundo marcado por tantas divisões, “sentinelas” da misericórdia e da paz, como nos ensinou São João Paulo II e como nos mostraram de forma tão bela os jovens que vieram a Roma para o Jubileu.

Fonte: Vatican News

 

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