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A VOZ DA SERRA garante a apoteose da informação!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente.

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente. Eu me sinto feliz, pois tenho a honra de ser produtora e apresentadora do programa mais antigo que “ainda está no ar” naquela emissora, ou seja, o programa da União Brasileira de Trovadores, criado a partir dos Jogos Florais, no início da década de 1960.

Atuar no rádio é uma sensação sem igual, porque “tocar” o coração do ouvinte é a magia do radialismo. E o ouvinte é fiel, amigo, e se torna um fã incondicional!    Essa fidelidade acompanha Ernani Huguenin e Pedro Osmar. Ernani, por exemplo, com o seu bordão “não perca pela hora” não perde a hora e sempre sente saudades de sua “Nadinha”, a saudosa esposa Nádia Huguenin. Saudades que são nossas também. Pedro, que vivenciou todos os estágios do radialismo, destaca: “Para quem é apaixonado por rádio, como eu, foi um avanço pitoresco. Hoje podemos dizer que temos em Nova Friburgo uma das dez rádios mais modernas do Brasil”.

São muitos nomes a destacar, em especial, a nova geração dos locutores, como Vinicius Gastin, Gabriela Bini, Guto Soares e Fernando Moreira, agora no esporte. E o “Professor Pardal”, Carlos Reis, há mais de 50 anos colocando “a rádio no ar”. Que pessoa singular! Outro querido, operador de áudio, Rogério Dias, “meu editor na pandemia”, pessoa de bondade intensa. Salve a “Emissora das Montanhas” que ganhou o mundo!

Em março, a Rádio Sucesso FM completa 40 anos. No depoimento de sua diretora Hilda Teixeira Soares, sentimos o quanto o amor pode romper os desafios. Hilda ressalta que cumpriu sua missão com “sucesso”. A ela, ao seu filho Igor e a toda equipe, desde já, um feliz Jubileu de Esmeralda e parabéns pela história de sucesso!

É hora de deixar o “Z” e adentrarmos no cotidiano da pandemia. A Prefeitura de Nova Friburgo, anunciou na última sexta-feira, 12, que subiu para 9.799 o número total de casos confirmados de Covid-19, com aumento de 46 novos casos em um dia e um total de 289 mortes. No mesmo boletim, informou que há outros 30 pacientes com suspeita da doença, e destes, 19 estão em casa aguardando o resultado dos exames; seis estão internados e cinco óbitos continuam em investigação. E, mesmo assim, continuamos em bandeira amarela, sinalizando “pouco risco de contágio”. Eu não entendo essa métrica.

A injúria sofrida pela vereadora Maiara Felício demonstra como ainda há pessoas carecendo de uma reforma geral em seus procedimentos. Infelizmente, essa parcela mínima de indivíduos inconsequentes ainda consegue espaço para manifestar sua ignorância e desserviço à sociedade. Que a punição para atos dessa natureza seja um antídoto eficaz contra o veneno da estupidez das mentes franzinas.

O vice-prefeito Serginho, em entrevista concedida por e-mail ao jornal, destacou que para uma boa gestão é preciso “ter as pessoas certas em cada lugar”. Com disposição para o trabalho, Serginho demonstra que não medirá esforços para que a cidade melhore em todos os setores, “sem mágica ou varinha de condão”, é claro.

Mas... e o Carnaval sem carnaval? A bordo de uma pandemia que naufragou os sonhos e as esperanças,  o mês de fevereiro, este ano, perdeu o deslumbre da apoteose carnavalesca. A causa, mais do que compreensível, nem por isso deixou de ser um baque no calendário friburguense. O jornal trouxe figuras representativas do reinando de Momo e todas manifestando pesar pela suspensão dos festejos. Contudo, há um consenso de que não poderia ser diferente. Assim, nos resta vestir a fantasia de que tempos melhores virão, usando os adereços: máscara, álcool em gel, água e sabão, para o desfile do “Bloco do Eu Sozinho”, sem aglomerações. O silêncio de hoje há de ser os festejos do amanhã!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é uma sucessão de grandes impressões!

terça-feira, 09 de fevereiro de 2021

Pela importância de seu teor, é um constante desafio para mim, quando embarco na plataforma “Z”. É o ponta pé inicial do embarque literário, tendo na bagagem um caderno sempre apreciável. Literalmente, eu diria, como Drummond, “a dangerosíssima viagem...”. Mas, há perigo no embarque, Elisabeth? – alguém poderá me perguntar, e já respondo: o perigo é não conter a emoção e  me embebedar com cada palavrinha disposta na folha impressa. Festejar a data de 7 de fevereiro,  Dia Nacional do Gráfico, é imprimir gratidão aos profissionais que “dão forma à nossa informação”.

Pela importância de seu teor, é um constante desafio para mim, quando embarco na plataforma “Z”. É o ponta pé inicial do embarque literário, tendo na bagagem um caderno sempre apreciável. Literalmente, eu diria, como Drummond, “a dangerosíssima viagem...”. Mas, há perigo no embarque, Elisabeth? – alguém poderá me perguntar, e já respondo: o perigo é não conter a emoção e  me embebedar com cada palavrinha disposta na folha impressa. Festejar a data de 7 de fevereiro,  Dia Nacional do Gráfico, é imprimir gratidão aos profissionais que “dão forma à nossa informação”. Agora a gente entende melhor como é que A VOZ DA SERRA dá conta de noticiar fatos de última hora e a edição não perder a hora de estar nas bancas e no portão dos assinantes. Essa magia tem nomes: Nilson, Vitor, Louro, Gilberto e quem mais avançar o horário de encerrar o expediente. Quem ama o que faz, não perde a hora, ganha mais tempo de vida pelo prazer da realização. É isso que se vê em cada depoimento colhido por Alan Andrade.

Da primeira Bíblia impressa aos livros eletrônicos de hoje, Johannes Gutenberg ficaria impressionado com os avanços da tipografia. Nós mesmos, dos atuais tempos, somos surpreendidos com mais e mais tecnologias facilitadoras da comunicação. Folheamos as páginas do jornal, sentimos o cheiro de sua impressão, sem nos darmos conta do trabalho que deu a sua preparação: das buscas pelo factual, da veracidade de suas pesquisas, das reportagens, da credibilidade, do estresse em cima da hora, quando a pressa tem que ser amiga da perfeição, tudo ganha corpo e vem à luz, no parto da impressão gráfica. Eu digo honestamente: tenho dificuldade de colocar o jornal para forrar um chão. Vejo rostos, vejo vidas, vejo dedicação de meus colegas, vejo almas, enfim.

Vê-se também no semblante da impressão gráfica, a estampa de sofrimento de toda equipe, ao elaborar matérias que nos chocam, como é o caso do assalto à Galera dos Legumes, em Campo do Coelho, que provocou, inclusive, a morte de dois funcionários e do dono da distribuidora de hortifrutis, Cristiano Fernandes. O jovem empresário, em foto sorridente, traduz nosso sentimento de tristeza pelas vítimas, pelos feridos, pelas pessoas de bem que estavam trabalhando. Em matéria sobre a violência no Rio de Janeiro, a triste constatação de que a criminalidade avança para os municípios do interior.

A bandeira amarela tremula no mastro da pandemia e, nem de longe, pode ser considerada um sinal de adeus ao coronavírus. Já tem gente falando que “a pandemia está indo embora”. Se fosse, já iria tarde, mas não é bem assim. A classificação da bandeira é mais um protocolo do que a resolução ou diminuição dos riscos. É como um tiro no escuro, eu penso. Os cuidados continuam. E quanto ao processo de vacinação, Nova Friburgo está em modo lento, em comparação com cidades vizinhas, cujo fato já está explicado pelo número maior da população. Os estudos científicos apontam que não há como comparar a eficácia das vacinas; o importante é que se tome a que estiver disponível. O retorno das aulas presenciais é controverso e uma coisa é certa: retomar sem que haja vacinação para todos os envolvidos, será como cutucar onça com vara curta.

Em “Há 50 anos”, o prefeito eleito, dr. Feliciano Costa, após ter sofrido “melindrosa intervenção cirúrgica” foi a causa de o Legislativo se deslocar para o “nosocômio” afim de tomar-lhe o juramento legal. O Executivo, que deixava o cargo,  também compareceu ao local para transmitir as funções ao novo prefeito. Isso em 3 de fevereiro de 1971. Avançando para 2021, o prefeito atual, com um mês de atuação, visitou o “nosocômio, não para se internar, mas para tomar pé da situação do nosso hospital. Falando em política, a Câmara de Vereadores, presidida pelo vereador Wellington Moreira, começou a cortar gastos, com ações de moralização dos trabalhos, inclusive, com o corte de celulares oferecidos e pagos pela casa. O presidente ressaltou que “tais medidas geram resistência”, mas reconhece que a população apoiará cada uma delas...”.  Boas falas. Como diz o ditado: sabendo usar, não vai faltar! Feliz cidade para todos nós!

 

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Cada edição de AVS é uma saudade a mais em nossa história!

terça-feira, 02 de fevereiro de 2021

Quando se fala em saudade, eu sinto que ela tem cheiro de alumínio lavado. Estranho? Nada de espanto, pois, na minha casa de infância, bebíamos água nas canequinhas de alumínio, que vovó, tão bem, mantinha ariadas. Saudade pode ser muita coisa e como disse Ana Borges, é pessoal e intransferível nas suas várias formas de manifestação. Em todos os idiomas é sentida, a começar pelo banzo, que os negros trouxeram, quando “removidos” de suas terras africanas. Na visão de Priscila Pasko, a saudade se traduz na arte, em canções, na literatura, coreografia, pinturas ou poemas.

Quando se fala em saudade, eu sinto que ela tem cheiro de alumínio lavado. Estranho? Nada de espanto, pois, na minha casa de infância, bebíamos água nas canequinhas de alumínio, que vovó, tão bem, mantinha ariadas. Saudade pode ser muita coisa e como disse Ana Borges, é pessoal e intransferível nas suas várias formas de manifestação. Em todos os idiomas é sentida, a começar pelo banzo, que os negros trouxeram, quando “removidos” de suas terras africanas. Na visão de Priscila Pasko, a saudade se traduz na arte, em canções, na literatura, coreografia, pinturas ou poemas.

Alan Andrade foi certeiro em sua explanação: “uma palavra difícil de traduzir” e ressalta que a “saudade pode deixar de ser algo benéfico e trazer consequências negativas, conforme nos apeguemos excessivamente ao passado”. Alan também conversou com o psiquiatra Danilo Cassane, e a entrevista rendeu boas considerações sobre a saudade: “Muitas pessoas acabam perdendo o gosto e o prazer de viver por ficarem presas às experiências vividas, que não poderão se repetir com a mesma intensidade”, alerta dr. Danilo. A saudade é um tema inesgotável e na página 8 do “Z”, estou eu, entre tantos bambas da literatura. Não sei quem vou destacar e, na dúvida,  vamos de Clarice Lispector: “Saudade é um pouco de fome... é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”. Pablo Neruda: “Saudade é solidão acompanhada...”. Quanto a mim, a saudade fala tanto que eu nem preciso falar! E o Caderno Z, com seus temas maravilhosos, é um provocador de saudades, pois sempre nos deixa rastros de boas lembranças.

Deixando o Z, vamos ao passeio pelas notícias. A pandemia está em alta, mas a bandeira passou para a cor laranja. O prefeito comemora, em “risco moderado”, uma vitória questionável, e diz: “Vencemos o momento mais crítico da pandemia até aqui”. Eu sou apenas uma observadora das inseguranças e sempre ouvi dizer que “time que está ganhando não se mexe”. Então, se estava dando certo, por que a pressa de trocar de bandeira? O boletim da prefeitura divulga: “mais uma morte e 84 novos casos”.

Os restaurantes voltam a receber clientes com redução de 40% de sua capacidade. Os bares, com 30%, das 7h às 19h e o comércio voltando de segunda a sábado, das 10h às 19h.  A gravidade da pandemia é um fato inegável e dá até uma sensação de inveja do “olariense” Bernardo Nunes, que mora na Austrália desde 2016. Em entrevista para Fernando Moreira, Bernardo destacou: “É até bonito ver como a população australiana se uniu no enfretamento à Covid-19”. No Brasil, ao contrário, o povo se dividiu entre os que levam a sério e os que ignoram a pandemia. Lamentável essa divisão!

Enquanto isso, nossa nadadora Jhennifer Alves, que “mira a Seletiva Olímpica”, cobrou maior apoio da cidade em um desabafo: “Nova Friburgo possui grandes empresas, mas elas estão deixando a desejar um pouco com os grandes atletas”. Muitas coisas ficam assim mesmo, a desejar, esperando dias melhores, como a Praça Getúlio Vargas, à mercê de uma “sensação de insegurança”. A charge de Silvério diz tudo! Porém, ninguém se deixe vencer, pois, toda esperança tem vida própria e se sustenta até das incertezas.

Não é sem razão que a coluna “Há 50 anos” tenha tantos fãs. É saudade, minha gente! Lembrar fatos de um passado, nem tão distante, é um deleite. Algumas coisas eram melhores, mas, melhoramos muito. No Carnaval de 1971, por exemplo, o Country Clube, o Xadrez e a Sociedade Esportiva Friburguense programavam inúmeras atrações e seria o evento “mais animado de todos os tempos, em termos de ornamentação, iluminação e orquestras para os bailes”. Que saudade! Era um tempo feliz e a gente nem sabia. Ou sabia?

Entretanto, feliz estou eu, agora, completando sete anos da coluna Surpresas de Viagem. Com muita honra festejo a ocasião, por estar nas páginas de A VOZ DA SERRA, com meu passaporte de viagens pelo mundo inteiro. Quando me debruço sobre as páginas do jornal, eu viajo, em primeira classe, pelas estradas dos conhecimentos. Adriana Ventura e equipe, minha gratidão! Aos nossos leitores, muito grata pela companhia...

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AVS não é religião, mas nos religa aos nobres sentimentos!

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Um tema mais do que emocionante! É assim que saúdo o Caderno Z do último fim de semana pela escolha do tema “Religião e as diversas formas de fé”. E logo de cara encontro o filósofo francês Pierre Teilhard de Chardin, por quem desenvolvi grande empatia em meus estudos na Ordem Rosacruz-Amorc. Sobre a espiritualidade, Chardin a considerava a “causa de união”, de buscas, de questionamentos e de, especialmente, “encontrar Deus em nosso interior durante a vida”. Esse encontro é também a busca de todas as religiões, cada uma a seu modo.

Um tema mais do que emocionante! É assim que saúdo o Caderno Z do último fim de semana pela escolha do tema “Religião e as diversas formas de fé”. E logo de cara encontro o filósofo francês Pierre Teilhard de Chardin, por quem desenvolvi grande empatia em meus estudos na Ordem Rosacruz-Amorc. Sobre a espiritualidade, Chardin a considerava a “causa de união”, de buscas, de questionamentos e de, especialmente, “encontrar Deus em nosso interior durante a vida”. Esse encontro é também a busca de todas as religiões, cada uma a seu modo. Allan Kardec “popularizou o espiritismo no Brasil” e dois nomes importantes se destacam em nosso país: Bezerra de Menezes e Francisco Cândido Xavier.

Martin Lutero, ordenado padre em 1507, rompeu com a Igreja Católica e deixou um legado religioso universal e Nova Friburgo possui a mais antiga Igreja Luterana da América Latina, fundada em 3 de maio de 1824. Sabendo-se que a “religião  começou a ser praticada desde a idade da pedra, sendo frequentemente utilizada para explicar os fenômenos da natureza”, em vários aspectos a religião precisou passar por adaptações, pois, muito do que lhe era atribuído, a ciência desvendou. E Jerusalém, “a cidade sagrada fundada pelo Rei David”? Independentemente de qualquer crença ou na sua ausência, o local, por si só, é consagrado pela riqueza de sua história. Ser ou não ser religioso pode não ser mais a questão, “porque as diversas formas de fé pelo mundo” estão buscando alicerçar as bases de um ser humano melhor, mais apurado. Mesmo assim, diante de algumas atrocidades, ainda nos perguntamos: “o que deu errado na humanidade?”.Voltemos, então, a Teilhard de Chardin: “Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”. Isso é profundo e vale uma reflexão!

Saindo do “Z” com a energia espiritual revigorada, o mês de janeiro tem sido agraciado com aniversariantes de grande carisma: Vinicius Gastin, dia 19, Dalton Carestiato, dia 22, e Flávio Stern, nesta segunda-feira, 25. Entre tantos aniversariantes, cumprimentamos a concessionária Águas de Nova Friburgo por seus 12 anos de atuação. Há também o destaque de um aniversário muito importante, ou seja, os 103 anos da estimada Brigitte Schlupp, no último sábado, 23. Infelizmente, no domingo, 24, fomos impactados pelo seu falecimento. Que pena! Os sentimentos de pesar para a família são também para todos nós.

Em “Entrevista”, Guilherme Alt conversou com o secretário de Defesa Civil, Evi Gomes da Silva, que não nos trouxe boas notícias, pois, em nossa cidade há cerca de 30 mil pessoas “morando em situação de risco”. Mas, em compensação, todo o município está sob atenção da Defesa Civil e os bairros que possuem o sistema de alerta e alarme sonoro estão no foco de prevenção da secretaria, como destaca o secretário Evi. Atenção redobrada é mesmo imprescindível, pois, na última sexta-feira, 22, no bairro Três Irmãos, os moradores levaram um enorme susto com o desplacamento de pedras.

A bandeira vermelha continua tremulando em Nova Friburgo e o decreto municipal 879 “endureceu as regras da flexibilização...”. Entretanto, empresários da FEC-NF entregaram ao prefeito Johnny Maycon um documento com 24 medidas, todas viáveis, para o combate ao coronavírus. Parece que o grande problema ainda é conscientizar o grupo de maior risco, ou seja, os que não acreditam na pandemia. Em meio a tantos percalços, o “meme humano”, Felipe Ricotta, percorre as ruas da cidade, tocando e cantando suas músicas. Sem residência fixa, ele vive na estrada desde 2010.

Em “Há 50 anos”, a Sociedade Esportiva Friburguense completava seu Jubileu de Ouro. Dalton Carestiato presidia o clube, que festejou a efeméride com o Baile de Gala. Percorrendo a história, o “Clube da Colina”, nos ares de 2021, pode se orgulhar do Jubileu de Jequitibá. Cem anos de vida na vida de Nova Friburgo! Mesmo sem realizar outro baile de gala, por conta da pandemia, o acontecimento merece todos os louvores. Friburguenses, uni-vos! Palmas para a SEF! Parabéns!

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A VOZ DA SERRA não é música, mas tem as melhores pautas!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

O Caderno Z voltou das férias em alto estilo, festejando o Dia Mundial do Compositor, 15 de janeiro. Partituras e violão lembram a minha casa da infância, onde a música era um elemento fundamental, fosse no rádio ou na vitrola da sala. “Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história”. Mesmo sendo tão antiga, a música não tem idade, porque nunca sai de moda. Em termos de Brasil, o Caderno Z trouxe uma constelação de autores, começando por Chiquinha Gonzaga, nascida em 1847 e o seu “O Abre alas” que abriu caminho para incontáveis sucessos.

O Caderno Z voltou das férias em alto estilo, festejando o Dia Mundial do Compositor, 15 de janeiro. Partituras e violão lembram a minha casa da infância, onde a música era um elemento fundamental, fosse no rádio ou na vitrola da sala. “Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história”. Mesmo sendo tão antiga, a música não tem idade, porque nunca sai de moda. Em termos de Brasil, o Caderno Z trouxe uma constelação de autores, começando por Chiquinha Gonzaga, nascida em 1847 e o seu “O Abre alas” que abriu caminho para incontáveis sucessos.

Noel Rosa, por exemplo, viveu apenas 27 anos e deixou um legado musical invejável. Vinícius, Jobim, Chico Buarque, Caetano, Gil, Milton e tantos mais, estão na lista dos maiores nomes da música brasileira. É difícil destacar todos por contenção de espaço, mas estamos bem servidos de compositores, inclusive em nossa cidade com Benito di Paula, Teleco Ventura, Arnaldo Miranda e Valcir Ferreira. Nos clássicos do cinema, o “Z” destaca Ennio Morricone, autor de trilhas inesquecíveis. No brilhantismo do tema, o Caderno Z nos brindou também com uma bela página sobre o Hino de Nova Friburgo e seus autores, Franklin Coutinho e Sérvio Túlio Pereira do Lago. “Salve brenhas do Morro Queimado que os suíços ousaram varar...”. Parabéns Caderno Z!

A segunda semana do novo ano foi permeada de fortes emoções pela passagem dos dez anos da tragédia climática de 2011. Nos “Destaques da Semana”, o jornal deu realce a alguns eventos e os voluntários da Cruz Vermelha prestaram homenagem às vítimas da tragédia, no “Memorial 12 de Janeiro”. O sentimento de pesar pelas famílias, as pessoas vitimadas, o caos na cidade são lembranças que mexem com a nossa sensibilidade e devem ser como um farol a iluminar o nosso discernimento.

 A visita do governador do Estado do Rio, Cláudio Castro, foi um marco em nossa história, pois, além do gesto solidário, sua presença rendeu bons frutos e deixou a classe empresarial bem otimista. No setor da economia, bom saber que a Ford, deixando o Brasil, não impacta o polo metalmecânico friburguense. Assim, dessa crise estamos livres. Parece também que vamos nos livrar das dificuldades de mobilidade urbana, pois, o novo secretário da pasta, Fabrício Medeiros, promete muitas melhorias na cidade.

 Em “Há 50 Anos”, A VOZ DA SERRA publicava o edital sobre as normas do vestibular para as provas de admissão à recém-criada Faculdade de Odontologia, em Nova Friburgo. O exame era o sinal da realização do “sonho dourado dos jovens friburguenses e de suas famílias”. Com o passar do tempo, não somente a nossa cidade foi beneficiada, mas quantos e quantos jovens de outras regiões foram também favorecidos.

Passado meio século, discutimos agora sobre “retorno seguro das aulas” para 2021. A pandemia do coronavírus continua ativa, com bandeira vermelha, inquietando as autoridades, professores, pais e alunos. A sonhada “retomada segura e gradual das aulas presenciais” ainda está em debate e é preciso pensar em todos os riscos e em soluções bem fundamentadas para garantir decisões coerentes. No “rol das atividades essenciais”, a Educação é prioridade. Contudo, o momento é tenso e de atenção redobrada.

 Em “Sociais”, o aniversário da querida Iza Mello Vieira, nesta terça, 19, me trouxe uma saudade incrível deste casal simpatia da cidade - Iza e Ronald. Parabéns, Iza! Vê-los na esquina da Rua Ariosto para boas prosas parece um sonho. Dez meses que não passo por aí. Nossas conversas iam de filosofia aos grandes enigmas do universo. Parabéns ao casal pelas Bodas de Granito, data festejada em 23 de dezembro último. Nossa cidade tem o dom de nos aproximar de pessoas maravilhosas com as quais podemos crescer. Vai uma perguntinha ao meu amigo Ronald: - lembra-se daquele cachorro dormindo sob as suas pernas na Avenida Alberto Braune? Você, sentado em frente ao Unibanco, nem queria se mexer para não “perturbar” o bichinho. Gesto lindo, inesquecível. Quem tem amor no coração, ama de verdade. Nova Friburgo é assim, cheia de amor pelos ares!

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De janeiro de 2011 a janeiro de 2021, os desafios continuam em cena!

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Todo roteiro da nossa viagem em A VOZ DA SERRA, que envolva um passaporte para 12 de janeiro de 2011, há de ser sempre um misto de tristeza e superação. É algo que nos remete às vias da reflexão. Relembrar a tragédia climática faz parte do nosso consciente individual e coletivo. São passados dez anos e a catástrofe vem à tona e mesmo quem não ficou afetado, fisicamente, no plano emocional foi um desastre que repercute até hoje. O tempo abranda a dor, mas não apaga os seus reflexos. Em certas situações, somos chamados ao exercício da resignação, mas, nem por isso, deixamos de sofrer.

Uma atitude louvável é a do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Bonfim de Castro e Silva, que transferiu a sede do governo por três dias, para a Região Serrana. A transferência provisória tem por objetivo prestar homenagem póstuma às vítimas da tragédia climática de 2011 e aos bombeiros. O governador visita Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis cumprindo agenda de compromissos, como atos ecumênicos, ouvir demandas das prefeituras e da população e se inteirar das prioridades para traçar novas estratégias na prevenção de tragédias. Parabéns pela sensibilidade!

Guilherme Alt nos trouxe páginas de fortes emoções e por sermos uma construção de sensibilidades, nosso olhar se enebria e a alma se enternece. “Essa data mexe comigo”, disse o padre Leão, relatando as experiências vividas. Ele, que em 2011 era o responsável pela capela de Santo Antônio, no Suspiro, teve a oportunidade de lidar diretamente com a tristeza de um lado e a solidariedade, do outro. Contudo, era hora de agir e ajudar as pessoas desabrigadas. E destaca: “Se hoje a capela está de pé é porque foi reconstruída pelos friburguenses e com dinheiro de friburguenses. Tivemos muitos empresários que foram amigos e fizeram a diferença com doações para que a paróquia fosse reconstruída...”. E acrescenta: “Foi uma união de todos e muito bonita”.

A construção da Capela de Santo Antônio teve sua história marcante a partir de uma promessa do maestro Samuel Antônio dos Santos que, 1858, vindo de Portugal numa embarcação, prestes a um naufrágio, prometera, caso houvesse salvação, edificar uma igreja e uma banda musical na cidade onde fosse firmar residência. Estabelecido em Nova Friburgo, a capela foi erguida em torno de 1884. Vale lembrar que a Banda Euterpe Friburguense também foi criada, cumprindo-se a promessa do maestro Samuel.

Thiago Lima conversou com o professor da UFF, Renato Varges, que viveu uma experiência inusitada ao tomar conhecimento do tamanho da tragédia no Suspiro e logo pensou se o sacrário teria sido resgatado. A princípio, a quantidade de lama impedia o acesso às proximidades da igreja. Sem perder a esperança, no dia 14, dois dias depois da tragédia, ele e a esposa passaram “quase o dia inteiro” no local e encontraram a imagem de Nossa Senhora Aparecida, coberta de lama, porém intacta. A santa, entregue ao bispo, foi restaurada, sendo devolvida ao seu lugar, depois da recuperação da capela.

“A lembrança que guardei é de que eu sobrevivi” – conta Rose Evans em seus  relatos para Fernando Moreira. A designer de interiores, moradora do prédio Monte Carlo, nos emociona: “Fisicamente não sofri nada, mas aquele acontecimento mudou minha vida de diversas formas...”. E entre os desabafos de Rose Evans, fica uma mensagem, a todos nós, em especial, neste momento da pandemia do coronavírus: “A vida tem uma força transformadora e nossa capacidade de adaptação e sobrevivência é grande. Esse episódio também me ensinou que a fé constrói e reconstrói. Que a esperança é a força impulsionadora de energia. Que pessoas unidas conseguem resultados inimagináveis”.

Diante da foto do Edifício Monte Carlo, totalmente recuperado, eu observo a grandeza da inteligência humana com força capaz de refazer o prédio, sem deixar vestígios do desabamento. Uma verdadeira obra provando que, em se tratando de construção civil, tudo é possível. E eu penso: a reforma mais desafiadora ainda é a reforma humana. Edificar nosso melhor modelo é a construção diária de todos nós!

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2021! Feliz A VOZ DA SERRA para todos nós!

segunda-feira, 04 de janeiro de 2021

Bem-vindo 2021!... Lá vamos nós embarcando no caderno especial da Retrospectiva 2020 publicado na edição especial de fim de ano de A VOZ DA SERRA. Mês a mês, o caderno exibiu uma perfeita sintonia entre os acontecimentos e o capricho da organização dos temas e, no arremate, as charges de Silvério. Como não amar e reverenciar tanta eficiência?! No mês de janeiro, por exemplo, a construção civil pretendia gerar 150 mil postos de trabalho em nossa cidade. Em fevereiro, a Estação Livre estreou a reforma do lado norte.

Bem-vindo 2021!... Lá vamos nós embarcando no caderno especial da Retrospectiva 2020 publicado na edição especial de fim de ano de A VOZ DA SERRA. Mês a mês, o caderno exibiu uma perfeita sintonia entre os acontecimentos e o capricho da organização dos temas e, no arremate, as charges de Silvério. Como não amar e reverenciar tanta eficiência?! No mês de janeiro, por exemplo, a construção civil pretendia gerar 150 mil postos de trabalho em nossa cidade. Em fevereiro, a Estação Livre estreou a reforma do lado norte. Em março, já se falava em Covid com 22 casos suspeitos e as confecções começavam a fabricar máscaras.

O mês de abril, abriu um leque de emoções com os 75 anos de A VOZ DA SERRA. Em maio, entre outros destaques, o termômetro na Avenida Alberto Braune registou 1 grau no amanhecer. Em junho, a Justiça suspendeu liminar de flexibilização da quarentena. Em julho, bandeira amarela levou muita gente para as ruas e a profissão de motoboy em alta pela demanda das entregas.

Agosto chegou com o desgosto do aumento dos casos de coronavírus. Contudo, as cerejeiras aprontaram o mais lindo cenário na cidade, com a floração tardia. Setembro com as queimadas, frente fria, e feriadão do dia 7, fora de contexto, com aglomeração e desrespeito de distanciamento em Lumiar. As campanhas eleitorais pipocaram no mês de outubro e a pandemia firme e forte, apesar da liberação de cinemas, casas de festas e clubes sociais. O foco em novembro tinha que ser a eleição do novo prefeito, Johnny Maycon.

Fechando o ano conturbado, bandeira vermelha e, no geral, muitas mortes e milhares de infectados ao longo dos meses. Dezembro de temporais, da posse dos eleitos, greve de motoristas da empresa de ônibus Faol. O lançamento, pelos Correios, do selo personalizado dos 75 anos de A VOZ DA SERRA chegou como um belo presente para todos nós – uma verdadeira joia no joio de 2020, um ano atípico, com perdas humanas irreparáveis. Ufa! Agora é 2021 e, apesar de trazermos um enorme ranço do ano velho, vamos nos reprogramar.

A professora Janaina Botelho nos apresentou o livro “Retrato Falado, uma radiografia da sociedade e de nossa gente”, do professor Alexandre Gazé, pró-reitor da Universidade Candido Mendes. Meu primeiro investimento em 2021 será adquirir um exemplar da obra, pois eu amo entrevistas. Basta dizer que minha monografia de conclusão do curso de Jornalismo foi um estudo de 65 entrevistas do professor Maurício Siaines, em A VOZ DA SERRA. Ao professor Gazé, nesta oportunidade, expresso o meu agradecimento pelo muito que aprendi e cresci na Candido Mendes. Gratidão eterna!  

Em “Sociais”, dois gigantes aniversariando nos últimos dias do ano: Henrique Amorim, editor-chefe de A VOZ DA SERRA e Carlos Rapiso, contador conceituado na cidade. Sem exagero, é difícil fazer as contas do bem que esses dois queridos promovem em Nova Friburgo. Alguns povos antigos diziam que os iluminados nasciam em dezembro. Tudo a ver! Parabéns.

As máscaras serão adereços ainda por muito tempo e torná-las estilosas garante um visual bem bonito. As tendências para o novo ano são alentadoras, mas de extrema responsabilidade. Como ressalta a pesquisadora de astrologia, Ananda Dantas, é preciso “calçar os sapatos dos outros”, pois isso nos ajuda a entender que as pessoas têm suas necessidades específicas. Eu gosto dessa filosofia, pois cada um tem os seus valores e neles deve pautar seu caminho. Cada pessoa é única e com seu único mapa.

Simone Beck define 2021 como Ano Cinco  - O Papa do Tarot, que ensina: “para encontrar é preciso procurar, para obter resposta é preciso perguntar...”. E mais: “A verdade é uma provocação capaz de nos sacudir, arrancando-nos do pesado sono da inconsciência. Para Dwaldo Ghizi - “precisaremos  lançar um novo olhar de fé e de esperanças sobre o mundo e nós mesmos, despidos de pré-conceitos e verdades absolutas, dispostos a sair das nossas zonas de conforto e buscar, em cada dia do novo ano, a melhor versão de nós mesmos”.

Enfim, como destaca o médico psiquiatra, dr. Cesar Vasconcellos, “Viver um dia de cada vez no ano novo!” Mais do que antes, um dia de cada vez está de bom tamanho para o grande despertar da nossa consciência de mundo!

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O Caderno Z está de folga, mas, nem por isso ficamos com menos conteúdo nas Surpresas de Viagem. O jornal trouxe tanta bagagem que até me perco, sem saber por onde embarcar. E nada melhor do que encontrar Robério Canto em “Conto de Natal”, e pegar carona, num precinho bem em conta: “Três por mil! Três por mil! O mais barato do Brasil!”. Devo confessar o prazer de iniciar a viagem ao lado de pessoa tão ilustre, pois, como sempre digo: quando eu crescer quero escrever igual a Robério Canto!

O Caderno Z está de folga, mas, nem por isso ficamos com menos conteúdo nas Surpresas de Viagem. O jornal trouxe tanta bagagem que até me perco, sem saber por onde embarcar. E nada melhor do que encontrar Robério Canto em “Conto de Natal”, e pegar carona, num precinho bem em conta: “Três por mil! Três por mil! O mais barato do Brasil!”. Devo confessar o prazer de iniciar a viagem ao lado de pessoa tão ilustre, pois, como sempre digo: quando eu crescer quero escrever igual a Robério Canto!

O Natal já passou, alguns dirão, mas, não para mim. Eu procuro trazer acesa a Estrela de Belém no coração e penso até que, pelos conhecimentos que o jornal nos trouxe sobre o significado da Arvore de Natal, deveríamos mantê-la o ano inteiro. Para que guardar na caixa de enfeites um símbolo que, antes de Cristo, já celebrava a fertilidade da natureza e o “nascimento do Deus Sol em dezembro”? Eu amo esses conhecimentos!

O Presépio de Natal é outra magia que deslumbra o nosso poder de vivenciar as tradições que vencem o tempo e as modernidades. Por essa razão, o Arautos do Evangelho conserva a tradição de seu presépio, todo esculpido à mão, com uma encenação desde o nascimento de Jesus até a sua crucificação, como um sinal de fé e esperança. Que bonito!

O Papai Noel dos correios foi um sucesso, pois mais de 208 cartinhas foram adotadas em todo o Brasil, “numa enorme força-tarefa para tirar do papel os sonhos das crianças participantes. Eis aí o amor e a generosidade dos brasileiros. Com 28 anos de atuação, o Bike Noel, em formato diferente por conta da pandemia, não deixou de arrecadar brinquedos, que já foram entregues antes do Natal para evitar aglomerações.

O que não falta é criatividade para os festejos tradicionais de fim de ano, com as facilidades de eventos virtuais. Até a brincadeira de amigo oculto dá para ser realizada. O jornal está lindo e nós seguimos em clima natalino aprendendo a preparar alguns pratos da ceia de Natal. As rabanadas me lembram os natais da minha infância com essência de saudade. As dicas estão apetitosas e o biscoito de gengibre é o melhor indicativo para o “pós-ceia”, com uma deliciosa taça de tiramisù com chocotone. Que provocação, gente!

Em tempos de pandemia, com bandeira vermelha, a grande sensação é a “noite feliz... de pijama”. Já que estamos em quarentena, vestir um estiloso pijama faz parte da consciência responsável no atual momento pandemia. Que tal investir e vestir essa ideia para o réveillon na sala de nossa casa? Atenção, lojistas: poderá ser um bom atrativo vestir as vitrines de pijamas. Garanto que vai cair no gosto e nas compras do pessoal.

A cartilha da Fiocruz é também uma doação de amor pelo bem das pessoas. Um verdadeiro arsenal de comportamentos para cuidar de si e dos outros. Vale também para as reuniões da virada e para o Ano Novo que se descortina. Aliás, que seja o comportamento nosso de cada dia. A tendência é para que nos tornemos pessoas “mais limpas”, eu creio. Quem, antes da pandemia, passava álcool em todos os itens das compras de mercado? Quem, em sã paciência, lavava legumes, verduras e frutas com água e sabão, antes de armazená-los na geladeira? Se você já fazia isso, parabéns!

Em “Sociais”, parabéns para nossa Estrela Dalva, aniversariante do dia 25. Outro aniversariante, mas do dia 23, é Hugo Moreira, o “vovô de Huguinho”, que já está se tornando tradição na família do colega Fernando Moreira, ou seja, as festinhas com Tod, o cachorro de Huguinho. A alegria da criança é uma glória e a cara do Tod é sem igual.

É assim que A VOZ DA SERRA faz história na vida das pessoas, como no caso do senhor Jorge Nery de Sá. Ele visitou a redação do jornal para mostrar a edição de 31 de dezembro de 1970, onde fora publicada a nota social de seu casamento e, assim, homenageou a esposa Mary June, pelas Bodas de Ouro. Além de conservar o enlace matrimonial por cinco décadas, o casal também guardou o jornal como se guarda uma joia. Isso é lindo, emociona e faz história na história dos 75 anos de A VOZ DA SERRA!

 Aos nossos leitores, votos de um Ano Novo repleto de luz e confiança em dias melhores.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”.

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”. Quanto aos alunos, há episódios incríveis como soltar galinhas e pombos nas sessões de cinema. Porém, coisa alguma comprometia o teor do estudo, e sabe-se que muitos de seus estudantes se tornaram excelentes profissionais.

Com tanta importância, o imóvel, abandonado após a tragédia de 2011, já foi até colocado à venda, sem sucesso de negociações. O ex-aluno, arquiteto Luiz Otávio Lins de Souza, ressalta que não há chances de recuperação do espaço sem o envolvimento de várias parcerias, pois “nenhuma instituição ou empresa, quer pública ou privada – terá condições de aportar, sozinha, os recursos financeiros demandados para reverter a atual situação...”. E destaca: “A população hoje mal se recorda do que existe lá naquele morro e precisa readquirir o sentimento de pertencimento pelo Bem Patrimonial lá edificado, que é da cidade”. Os jovens, especialmente, precisam conhecer o legado da Fundação!

Vamos guardar o Caderno Z  para as gerações dos novos friburguenses. Enquanto isso, vivamos o Natal com musicais online. A Secretaria Municipal de Cultura, em virtude da pandemia, promove uma programação virtual com as três bandas de Nova Friburgo e aproveita para festejar os 15 anos do projeto “Banda na Praça”. Ao Secretário Municipal de Cultura, Mário Jorge, muitos aplausos pelo brilhantismo de sua atuação, regendo, inclusive, os dilemas deste ano tão complicado. Parabéns estendidos ao querido João Francisco, o JF, pelos 25 anos de carreira no rádio friburguense.

O evento astronômico anunciado para o dia 21 de dezembro, é um espetáculo que vem, gradativamente, percorrendo o céu desde meados de abril.  Agora, com a máxima aproximação de Júpiter e Saturno, num alinhamento que não ocorria desde a Idade Média, os astros ganharam mídia e as expectativas de boas observações são grandes.  O céu é um espetáculo aberto e, assim, aproveitem as noites de verão em Nova Friburgo!

Para quem vai receber o 13ª salário, o jornal A VOZ DA SERRA trouxe dicas fundamentais para o bom uso da verba extra. Pagar dívidas, limitar gastos de fim de ano, guardar uma parte para “honrar compromissos”, deixar reservas para emergências e investir são alguns aconselhamentos. “ Já que “dinheiro na mão é vendaval”, o melhor mesmo é não ir com muita sede ao pote do consumismo.  

Nova Friburgo continua com bandeira vermelha e a situação não está nada para relaxamento. As compras de Natal prometem melhorar a economia e o Sincomércio abraçou a campanha “Um por todos, todos por um. Juntos contra a Covid”, promovida pela Fecomércio. A campanha enfatiza as orientações da Organização Mundial de Saúde no sentido de conter a expansão do coronavírus. O fato é que muitas pessoas fazem ouvidos moucos e a situação está de mal a pior. É lamentável o comportamento irresponsável de alguns, prejudicando muitos. Famílias tristes com perdas irreparáveis e  este é pior de todos os males. Vamos levar a sério: “Um por todos, todos por um...”.

O prefeito Johnny Maycon , o vice prefeito, Sérgio Abreu  e os 21 vereadores foram oficialmente diplomados pela Justiça Eleitoral, na sexta-feira, 18. O prefeito Johnny Maycon concedeu entrevista para A VOZ DASERRA e, entre palavras de agradecimento e compromissos de “arregaçar as mangas”,  deixou mensagem: “Você que tem sonhos, siga firme no seu ideal. Saiba que com esforço e dedicação, você certamente conquistará seus objetivos”. Parabéns aos diplomados e feliz cidade para todos nós!

 

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A VOZ DA SERRA faz história na história de Nova Friburgo!

sábado, 12 de dezembro de 2020

Como teria sido viver na Chácara do Chalet e ter pertencido a uma aristocracia que frequentava as festas, bailes, concertos e exposições de arte no casarão, o chalet do Barão de Nova Friburgo? Eu imagino o encantamento de se ter, entre os convidados, o imperador D. Pedro II e a imperatriz Thereza Christina. No passar do tempo, o glamour não se perdeu e o Caderno Z traz um tanto de conhecimentos do muito que se tem para saber. Como bem disse o ex presidente do Nova Friburgo Country Clube, Roosevelt Concy, “respire fundo, a história está no ar”.

Como teria sido viver na Chácara do Chalet e ter pertencido a uma aristocracia que frequentava as festas, bailes, concertos e exposições de arte no casarão, o chalet do Barão de Nova Friburgo? Eu imagino o encantamento de se ter, entre os convidados, o imperador D. Pedro II e a imperatriz Thereza Christina. No passar do tempo, o glamour não se perdeu e o Caderno Z traz um tanto de conhecimentos do muito que se tem para saber. Como bem disse o ex presidente do Nova Friburgo Country Clube, Roosevelt Concy, “respire fundo, a história está no ar”. Apesar de todas as dificuldades vividas em 2020, para o atual presidente do clube, Celso de Oliveira Santos, a gestão conseguiu “avançar com o restauro do Chalet” graças ao empenho dos sócios e dos abnegados amigos colaboradores.

“A redescoberta de um bem precioso” traz o relato da historiadora Vanessa Melnixenco e do curador do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Luís Fernando Folly. Desde as paredes de taipa aos trabalhos de decoração, o casarão retrata o bom gosto do Barão Antônio Clemente Pinto. Nas obras de restauração, o cuidado minucioso de manter a criação primeira foi fundamental para o primor do restauro. “Os retoques foram feitos pontualmente de forma a interferir o menos possível no desenho original”.

A pesquisadora, Camila Dias Amaduro, graduada em História, conta-nos que a fortuna do Barão chegou a ser mais volumosa do que a do próprio imperador. Porém, ele era um empreendedor bem sucedido que deu início “a um processo de desenvolvimento e urbanização” não somente em Nova Friburgo, mas em regiões vizinhas. Fascinante também é a histórica colher de pedreiro, a trolha do Chalet, símbolo maçônico do início das obras e que foi oferecida ao imperador D. Pedro II.

Um povo que preserva a sua história tem muitas chances de lançar uma visão mais aguçada para o futuro. Isso porque o passado é um grande livro de experiências, sejam elas positivas ou não, todas nos deixam ensinamentos. Por essa razão, um brinde ao lançamento do livro “Memórias do Legislativo Friburguense, 200 anos de História da Câmara Municipal de Nova Friburgo”. A obra conta com a participação de renomados historiadores, contando ainda com pesquisas em livros de atas e documentos disponíveis na Fundação Dom João VI. Nossa cidade agradece e parabéns a todos os envolvidos.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin nos contempla com mais história e as  expectativas do Nova Friburgo Futebol Clube. Luiz Fernando Bachini e Juca Bravo Berbert (meu primo) esbanjam otimismo para 2021, na estimativa de vencerem as dificuldades impostas neste ano, por conta da pandemia. Sucesso!

O paratleta friburguense, Rodrigo Garcia, está com um sorriso ainda mais intenso, pois, entre os projetos da categoria A da Lei Aldir Blanc, está o documentário “No mar”, que narra a sua relação com a natação. Sua trajetória é mesmo digna de louvor.

A pandemia está aí com bandeira vermelha. O comércio tem autorização para funcionar com horário estendido, como de costume, na época natalina. Espera-se que o povo não forme aglomerações nas lojas e que os lojistas saibam controlar a invasão dos consumidores. O Natal é todo dia e ninguém se afobe, extrapolando as medidas de restrições, porque o melhor presente é ainda a preservação da vida. Falando nisso, mil vivas para o querido Pedro Osmar que se recupera da Covid-19 e já teve alta do Hospital Raul Sertã.

O centenário de Clarice Lispector neste mês de dezembro é uma comemoração importante, pois somos apaixonados pela sua pessoa singular e sua grandiosa obra literária. Há registros na Fundação Dom João VI de que Clarice visitou nossa cidade durante um fim de semana e escreveu, em sua coluna no Jornal do Brasil, alguns elogios: “Friburgo me fascina. Tem casas cor-de-rosa e azul. A natureza fica tranquila quando chove”. Sem tirar o brilho dos elogios de Clarice, se tem uma coisa que tira o sossego dos friburguenses, ultimamente, é quando chove. Ainda mais se for um temporal de verão!

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