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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 25 de maio de 2021

A viagem de hoje está mais doce do que nunca! E a razão de tanta doçura é o convite, que o caderno Z do último fim de semana nos fez, para entramos no “mundo das abelhas”, que existe “há cerca de 125 milhões de anos”. Tão antigas e atuais, essas doces criaturas produzem o néctar da vida. Eliane Orsine, do Sítio Meliponário Doce Manhã, que se voltou para a produção de “geoprópolis” – uma mistura de argila e seiva produzidas pelas abelhas, destaca: “Esse produto é um santo remédio, com vários benefícios para a saúde, principalmente, para o sistema respiratório”. E mais: tem um “alto poder cicatrizante, aumenta a imunidade e seu mel tem 40% menos açúcares”. Sua criação de abelhas nativas, sem ferrão, em sua propriedade, já conta com 40 colmeias, em três anos de trabalho intenso.

E você sabia que “aqui em Friburgo existe um lugar onde todas as abelhas são rainhas”? Pois é muito bom conhecer esse reino encantado, tendo como guia Luís Moraes, apicultor, do Apiário Amigos da Terra. É ele quem nos alerta que o papel mais importante da abelha não é a produção de mel, mas, sim, a polinização. O mel é apenas o alimento que produz e é comercializado. E acrescenta:  esse “bichinho que pesa menos de um grama é capaz de produzir toneladas de mel”. E eu fico pensando que o ser humano, bicho da Terra, com todo o seu tamanho, bem que poderia produzir toneladas de amor, diariamente, e acabar com grande parte dos problemas do mundo!

Vamos sair do Caderno Z, com Wanderson Nogueira, entendendo que “todo fim de amor é infinito”. Wanderson, cada vez mais, esbanja seu espírito filosófico e destaca: “Antes de as coisas existirem, muitas outras existiam. Talvez seja essa a sacada do universo, de algum lugar partimos para essa aventura de bilhões e bilhões de anos...”.

Em “Há 50 anos”, um destaque que vai aguçar muitas lembranças, não é Girlan Guilland? Em maio de 1971, a talentosa e querida mestra Darita Verbicário dos Santos Agre foi nomeada e tomou posse no alto cargo de inspetora do ensino estadual da 8º Região Escolar, sediada em Friburgo. A indicação para o cargo partiu, diretamente, do então governador do Rio de Janeiro, Raimundo Padilha. Que orgulho para nós!

Sobre a troca das placas de identificação de ruas no centro da cidade, que beleza, pois algumas careciam de atenção. E, realmente, houve um tempo em que as placas tinham além do nome, a informação sobre a pessoa e isso é uma forma de se eternizar a história da cidade. Durante um bom período, nossa “estrela” Dalva Ventura manteve, no jornal, a coluna “As Ruas de Nova Friburgo”. Deu saudade! Eu me lembrei também de um texto meu, quando, plagiando João do Rio, escrevi sobre a “A alma encantadora das ruas de Nova Friburgo”. As ruas têm alma e compõem a alma da cidade!

A pandemia está de mal a pior. Conforme divulgado pela prefeitura, na última sexta-feira, 21, foram contabilizados mais 174 casos em apenas um dia. Nesse boletim, estão registradas 590 mortes por Covid-19. Com toda a gravidade pandêmica, o município entrou no estágio de bandeira laranja, indicando "situação de risco médio de contágio". É vida que segue, no dizer dos indiferentes. Entretanto, a tristeza está aí estampada nas famílias dilaceradas pelas perdas de seus entes. Tudo se recupera, menos a vida humana. Ainda bem que foi iniciado o cadastro para a vacina dos profissionais da educação, pois, não se pode conceber um retorno às aulas sem vacinação para a classe. E que seja urgente!

Na última terça-feira, 18, foi celebrado o Dia da Luta Antimanicomial e Christiane Coelho conversou com quem entende do assunto, sobre os prós e os contras da própria luta. A dra. Bárbara Breder Machado, do Núcleo de Saúde Mental da UFF e a coordenadora de enfermagem da Clínica Santa Lúcia, Marlene Marcondes dos Santos, emitiram depoimentos valiosos. Pela complexidade do tema, cabe-nos ler e reler a matéria para nos darmos conta sobre o que é da lei e o que é da prática. O lema antimanicomial “trancar não é tratar” torna-se “um processo de construção com o próprio paciente”.  Nossa condição de leigos requer responsabilidade até para opinar!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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