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A VOZ DA SERRA é o guia das nossas reflexões!

terça-feira, 27 de abril de 2021

Festejar o Dia da Terra, celebrado em 22 de abril, é abrir espaço para reflexões. O Caderno Z nos auxiliou a descobrir os meios para melhor ajudarmos na preservação do planeta azul. A data, criada em 1970, nos Estados Unidos, tem reunido milhões de pessoas no mundo inteiro. São mentes que se dedicam a idealizar as estratégias  em prol do aprimoramento humano, na relação com o meio ambiente.

Festejar o Dia da Terra, celebrado em 22 de abril, é abrir espaço para reflexões. O Caderno Z nos auxiliou a descobrir os meios para melhor ajudarmos na preservação do planeta azul. A data, criada em 1970, nos Estados Unidos, tem reunido milhões de pessoas no mundo inteiro. São mentes que se dedicam a idealizar as estratégias  em prol do aprimoramento humano, na relação com o meio ambiente. Somos um todo – ambiente e humanidade e o tema para este ano é “Restaure Nossa Terra”, com ênfase nos impactos e reparos dos danos causados pelo mau procedimento humano e consequentes danos ao planeta. 

Em Nova Friburgo, a produção agrícola familiar tem se destacado e reforça o setor, contribuindo para as práticas conservacionistas do solo. Produtores de morango e de couve-flor são familiares que aprenderam a lidar com o solo, no manejo de sua produção e preservação da cultura. Adelson Raposo, produtor de couve-flor, destacou: “A gente toma os devidos cuidados, cuida do solo, cuida da terra, pois é dali que sai o nosso alimento...”. Fernanda Schenck, da Amorango, explica: “Nós tivemos que nos reinventar de várias formas” para transpor a fase ruim. Há exemplos de projetos, como a maior horta comunitária da América Latina, em Manguinhos, na Zona Norte do Rio.

Em São Paulo, destaca-se o AgroFavela de hortas comunitárias, projeto lindo que inclui até horta vertical. Na Feirinha do Cônego, aos sábados, os friburguenses podem desfrutar de um agradável passeio para aquisição de bons produtos “com garantia de cultivo natural”.

Em “Carta ao Planeta Terra”, Wanderson Nogueira desabafou: “(...) Peço desculpas. Por não cuidar de você como deveria. Por marginalizar a vida de todos os seres que aqui vivem, especialmente meus irmãos. Peço perdão pelas atitudes deles também. Temos a mesma morada e as mesmas responsabilidades para com você e com a gente mesmo. Temos sido autores da desigualdade. Criamos a tal sustentabilidade, mas ainda estamos longe de efetivá-la. Gostaria de poder te proteger de nós mesmos...”.

O Caderno Z deixou o seu recado em nome do Dia da Terra e, como na canção de Beto Guedes, “a lição sabemos de cor, só nos resta aprender...”. Cuidar tem sido o verbo mais utilizado nos tempos atuais. Em todos os sentidos, o verbo entra conjugando ações que vão desde o nosso emocional às mais variadas demandas. O Pavilhão das Artes, no Cônego, entra em obras para uma reforma estrutural. A linda foto de Henrique Pinheiro mostra a grandeza do imóvel inserido em local de vista privilegiada. Boas falas!

Jhennifer Alves, nossa nadadora friburguense, ficou fora dos 100 metros peito por um segundo, não atingindo o índice olímpico, durante uma prova realizada na última semana, no Rio de Janeiro. Super competente, Jhennifer tem vários títulos e prêmio de melhor atleta universitária feminina em 2019. Em breve, ela realiza o sonho de Tóquio! A vida é uma luta diária e, pior, quando nadamos em águas rasas e turvas, como é o caso das pessoas que vencem a “batalha” da Covid-19, mas ficam, por muito tempo, lutando com as sequelas da doença, como nos mostrou a matéria de Christiane Coelho. Que situação!

Janaína  Botelho conta sobre a Chácara do Seu Martins e eu fico viajando dentro do seu texto, imaginando como devia ser aquela Vila Amélia com laticínios, verduras, legumes, frutas frescas e tantas outras iguarias. Eu, que vivi minha infância na década de 60, naqueles arredores, jamais poderia supor uma vila assim. Que bom saber da história!

“É fácil amar as pessoas fáceis” – com essa máxima, o doutor Cesar Vasconcellos nos colocou frente a frente com as nossas peculiaridades. Cabe-nos, a partir de boa reflexão, responder: “Será possível amar inimigos?” Ou pelo menos, “amar as pessoas difíceis? “ – A resposta é individual, intransferível, pois cada um sabe de sua capacidade de amar. Com Paula Farsoun, outras reflexões em “Não está fácil para ninguém”. Minha amiga, eu também penso exatamente como você e “desconfio das pessoas que estão perfeitamente bem diante deste cenário que estamos vivendo...”. E Paula pergunta: “Que tipo de gente temos sido agora?”. Boa pergunta e excelente resposta para todos nós!

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Do café da manhã ao nosso cotidiano, A VOZ DA SERRA é um primor!

terça-feira, 20 de abril de 2021

Do café da manhã ao nosso cotidiano, A VOZ DA SERRA é um primor!

Do café da manhã ao nosso cotidiano, A VOZ DA SERRA é um primor!

 Com a sensibilidade sempre em alta, o Caderno Z descobre os melhores temas para encantar os leitores. Na edição do último fim de semana, a homenagem foi para o  Dia Mundial do Café, 14 de abril. São muitas curiosidades sobre as origens do café como, por exemplo, a do pastor Kaldi que, há mais de mil anos, descobriu que as suas cabras ficavam “alegres e saltitantes” e muito mais resistentes quando comiam folhas e frutos de determinado arbusto. O fato é que o arbusto era exatamente um pé de café. A descoberta, lenda ou não, se perpetuou, pois não é sem razão que as pessoas apelam para bons goles de café na hora de virar a noite com seus trabalhos. No Brasil, o cultivo começou a partir de 1727 e, muito adaptado, tornou-se um dos produtos de maior produção e exportação do nosso país.

Junior Macedo, barista, proprietário da cafeteria Grão Café, destaca que é impossível definir qual é o melhor café do mundo e que costuma adotar a máxima de que “o que você gosta é o melhor”. A instrutora do Senac RJ, Priscila Soares, dá várias dicas de como extrair o melhor sabor e aroma da bebida, mas ressalta: “Moer o grão no momento do preparo faz toda diferença”, pois não se perde o aroma contido no interior do grão. Wanderson Nogueira trouxe boas recordações do modo antigo de coar café, na banquinha de madeira e no coador de pano. Seu texto “Café com nostalgia” tem o aroma dos meus perfumes de infância também. Afinal, tudo é muito semelhante, quando se trata da “indústria das lembranças” em torno de um bom café. Seja para resolver negócios, encontrar amigos ou mesmo no cotidiano da vida, o café é o grão para toda obra!

Tão bom se nós pudéssemos marcar um café presencial, no Grão Café, para festejar os aniversariantes, em “Sociais” desta semana. O time está de primeira na coluna: nesse domingo, 18, Alan Andrade, nosso querido de A VOZ DA SERRA, que só falta ser trovador para completar seu círculo de predicados. Na sexta-feira, 17, foi a vez de Regina Schlupp, pessoa querida e muito aclamada desde os tempos do Colégio Cefel. E desde já, abraços para Dário Salomão, nosso “doutor”, muito querido da Drogaria Globo, aniversariante da próxima quinta, 22. A todos vocês, muita saúde, paz e amor.

Vamos cruzar os dedos e torcer para o sucesso da nadadora friburguense, Jhennifer Alves, que participa da seletiva para as Olimpíadas de Tóquio. A seleção dos atletas começa nesta semana e vai até o próximo dia 24, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Jhennifer está em excelente momento de preparação e, sem dúvida alguma, anseia realizar seu sonho e garantir uma vaga na Seleção Brasileira de Natação.

O transporte coletivo anda tenso e o “Cão Sentado”, na charge de Silvério, é a cara da preocupação. “Qual o futuro do transporte?” Eis a pergunta que não quer calar. O prefeito Johnny Maycon, entre afirmações otimistas, realça: “Nós teremos a contratação de uma empresa, seja a Faol ou qualquer outra do país...”. Tomara que o dilema seja resolvido, pois, não se pode imaginar mais uma pedra no caminho do povo.

Nova Friburgo segue em bandeira roxa e continuam as medidas rígidas de restrições. É preciso tentarmos de tudo para conter o vírus e isso requer a colaboração de todos. Basta uma leitura na reportagem de Christiane Coelho e vemos que o panorama pandêmico é ainda muito assustador. Agora, há até um “aumento no número de internações e mortes de infectados com menos de 60 anos de idade”. Que tristeza!

Em “Há 50 anos”, a imprensa sofria com 600% de majoração no envio de jornais pelos Correios e a selagem de cartas sofria  um acréscimo de 400%, no “maior aumento praticado em todos os tempos”. A notícia inflamou a imprensa, pois, na “concepção geral”, em 1971, o negócio era “pagar e não bufar”. A nota registrou ainda: “Acontece que, pagar, nós faremos, mas que iremos bufar e bufar muito, não haja a menor dúvida”. Interessante é que esse verbo “bufar” era bem usado antigamente. De repente, se começarmos a bufar pelos aumentos abusivos nos preços dos combustíveis, talvez consigamos algum êxito na baixa dos preços. Vamos bufar? Mas bufar muito, pessoal!

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A VOZ DA SERRA é puro amor por Nova Friburgo!

terça-feira, 13 de abril de 2021

O Caderno Z não deixaria o centenário da escritora Maria Clara Machado  passar em branco e se transformou num verdadeiro palco, reacendendo em nós o que é de fato fazer teatro. Maria Clara, com sua clara visão dramaturga, não pensou somente em seu desenvolvimento artístico, nem apenas na sua criação teatral. Ela presenteou o Brasil com uma escola de teatro, o Tablado que, desde 1951, no Rio de Janeiro, vem atuando na formação de atores e na prática teatral.

O Caderno Z não deixaria o centenário da escritora Maria Clara Machado  passar em branco e se transformou num verdadeiro palco, reacendendo em nós o que é de fato fazer teatro. Maria Clara, com sua clara visão dramaturga, não pensou somente em seu desenvolvimento artístico, nem apenas na sua criação teatral. Ela presenteou o Brasil com uma escola de teatro, o Tablado que, desde 1951, no Rio de Janeiro, vem atuando na formação de atores e na prática teatral. Sua célebre frase “a gente também educa quando faz teatro” é um farol que abriu luz no caminho da dramaturgia, em especial, infantil, dedicando-se também ao público adulto, mas sempre dando suporte ao teatro amador.

Chico Figueiredo nos brindou com uma sequência de lembranças de sua vivencia dentro das artes cênicas, quando se sentiu atraído pela peça “A bruxinha que era boa”, de Maria Clara, encenada no teatro do Colégio Mercês. Não poderia ficar fora de sua narrativa, o inesquecível Jaburu, criador do Gama – Grupo Arte Movimento e Ação. Lincoln Vargas, ator friburguense, fez relatos emocionantes, inclusive, sobre o dia do falecimento de Maria Clara. Contou-nos que no quarto dela estavam alguns amigos, quando, de repente, tudo se escureceu por conta de um fusível que se queimara. Resolvido o problema, quando a luz voltou, ela havia falecido e alguém disse: “No espetáculo final da vida da Maria Clara Machado, foi ela que apagou a luz”. Bela metáfora!

Wanderson Nogueira, em “Palavreando”, nos passa um elixir de esperanças nesses tempos conturbados da pandemia e destaco: “A esperança, portanto, é o que nos tira da cama todos os dias para trabalhar e é a mesma esperança que nos faz estudar, cumprir tarefas, nos empenhar e cuidar de nós mesmos...”. Que lindo e fortificante!

Só mesmo com o elixir da esperança poderemos atravessar esse momento crítico e eu costumo dizer que todo nós estamos afetados, física ou emocionalmente, de alguma forma. A saúde, a educação, a economia, o turismo, a indústria, o comércio, tudo, enfim que envolva o ser humano, atravessa uma crise caótica. O Friburguense, nosso Frizão, com dificuldades financeiras, “não descarta pedir licença à Federação de Futebol do Rio”. Mesmo assim, o clube espera contar com o apoio da cidade para disputar a Série A2. Boa sorte!

“Quem tem fome tem pressa” – com a antológica frase do inesquecível sociólogo Betinho, Christiane Coelho abordou o tema do grande número de famílias em condições de “miserabilidade” no país. “Para os mais pobres, o dinheiro está valendo menos”, certamente, porque não há dinheiro que possa garantir nem o básico. Qual é a família que pode se manter com um auxílio emergencial com valores entre R$ 150 e R$ 375?  A solidariedade tem sido uma ferramenta fundamental e em nossa cidade há grupos desenvolvendo trabalho social de relevância. No site do jornal, confiram como ajudar.

A bandeira roxa segue em evidência e o nosso município continua no estágio de alto risco de contaminação. Além da insegurança da população com o aumento do número de contaminados e de mortes, há muitas controvérsias com as novas medidas de restrições, inclusive, a mais recente, que começou a vigorar na última sexta-feira, sobre o “rodízio de CNPJ”, regulador da abertura pelo final da inscrição, par ou ímpar, de cada estabelecimento. A medida está causando uma série de contrariedades e há quem diga até que não é dentro dos estabelecimentos que está o problema e, sim, nas ruas lotadas.

Um prédio que levou dez anos em sua construção, completa 135 anos da construção de uma significativa história em Nova Friburgo. Salve o Colégio Anchieta fundado em 12 de abril de 1886! A imponência de sua fachada na foto de Henrique Pinheiro é o retrato da alma educadora de quem, mais do que centenário, faz de sua existência um pilar da educação, das artes, da cultura, em meio ao seu legado religioso. Como bem disse o seu diretor, padre Toninho Monnerat, “é uma celebração pela vida das pessoas”, as que circularam pelo colégio e as que circulam ainda... E mais, por todos que ainda virão desfrutar de seu ensino pioneiro em Nova Friburgo. Parabéns, Colégio Anchieta!

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Salve os 76 anos de A VOZ DA SERRA!

terça-feira, 06 de abril de 2021

Com as restrições mais rígidas definidas na última semana, o Caderno Z nos deixou com uma pontinha de saudade. Assim, sem a costumeira plataforma de embarque, vamos pegar carona no transporte público da cidade, antes que fiquemos todos a pé com o impasse entre a prefeitura e a direção da Nova Faol. Vamos cruzar os dedos para o entendimento entre as partes, seja o melhor para a comunidade friburguense.

Com as restrições mais rígidas definidas na última semana, o Caderno Z nos deixou com uma pontinha de saudade. Assim, sem a costumeira plataforma de embarque, vamos pegar carona no transporte público da cidade, antes que fiquemos todos a pé com o impasse entre a prefeitura e a direção da Nova Faol. Vamos cruzar os dedos para o entendimento entre as partes, seja o melhor para a comunidade friburguense.

A Semana Santa passou silenciosa, encerrada com a celebração da Páscoa. Em reportagem de Thiago Lima, líderes religiosos nos deixaram mensagens de esperança. Dom Luiz Antônio Lopes Ricci, bispo de Nova Friburgo, destacou: “Sigamos com alegria pascal, que é duradoura, que ninguém e nada poderá roubar de nós, nem mesmo a dramática situação da pandemia”. O pastor Gerson Acker, da Igreja Luterana, nos convida a refletir que “a mensagem pascal precisa encantar a vida tão desencantada das pessoas. Fé é encanto. É beleza que nos toca e nos enche de esperança...”. Joseane Gabrig, pastora da Igreja Sara Nossa Terra, nos lembra: O que os discípulos não perceberam era que a dor que estavam enfrentando fazia parte de um plano maior, um plano para resgatar a todos... e quando escolhemos permanecer firmes em meio a dificuldades, escolhemos adorar a Deus...”. A Páscoa é sempre a renovação da vida!

Na charge de Silvério, se o coelhinho da Páscoa se impactou diante da situação caótica do transporte público, ao contrário, no sistema de e-commerce, o coelho trabalhou um bocado, porque muita gente optou por compras eletrônicas. As pesquisas indicam que a demanda dos chocólatras subiu em relação a 2020 e há perspectivas de que o chocolatismo movimente em torno de R$ 829 milhões no comércio fluminense.

Falando em gastos, em “Educação Financeira”, Gabriel Alves disserta sobre repensar o consumo e, de cara, pergunta: “você realmente precisa de tudo o que tem?” De minha parte, aprendi que o necessário me basta e até fiquei mais feliz. Contudo, não é assim de um dia para o outro que se vence o consumismo e Gabriel nos dá excelentes dicas, de onde destaco: “Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia, ou carro zero pode acabar trazendo outras oportunidades e você passará a viver com mais investimento em educação, saúde, bem-estar e o que mais considere parte de sua essência”. E ressalta: “menos pode ser mais”.

Um ano de pandemia: a inadimplência e o desemprego cresceram, a contaminação e o número de mortos triplicaram e o coronavírus está cada vez mais ameaçador. Nesta semana estamos sob os impactos da bandeira roxa, indicadora de “alto risco de contágio”. Máscara, álcool em gel e distanciamento social serão ainda, por muito tempo, os nossos aliados. No mais, somente a vacina para, pelo menos, nos dar um alento de segurança.

Paula Farsoun nos traz uma pergunta instigante: “Somos máquinas?”. A bem da verdade, muita gente está se “robotizando” e Paula faz o alerta: “Escrevo com a imagem de um profissional de saúde ao fundo. Esgotado, apático, cabisbaixo. Imagem de corroer mesmo. Não está sendo fácil para eles... (...) enfrentando o vírus cara a cara, enquanto vê imagens de praias lotadas, de aglomerações ilegais, de gente questionando até mesmo o uso de máscaras. Doeu em você? Porque em mim dói de verdade...”. Devemos pensar sobre a robotização, porque o discernimento é a única vantagem humana sobre a máquina.   

É tempo de abraçar A VOZ DA SERRA por sua nova idade. Neste 7 de abril, o jornal completa 76 anos de uma trajetória bonita e muito bem fundamentada na credibilidade e na competência de seu trabalho. Acompanhando a modernidade, sem fugir da sua essência, o jornal tornou-se o fiel depositário das demandas de Nova Friburgo. Parabéns, Adriana Ventura que assumiu, corajosamente, a missão de manter e expandir a nossa Voz para o mundo. Equipe de colaboradores, colunistas, demais envolvidos e leitores, a todos, um abraço muito abrangente, porque este sonho é a soma dos sonhos da nossa gente, de Américo e de Laercio... Feliz jornal A VOZ DA SERRA para todos nós!

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Que a Semana Santa santifique a nossa perseverança!

terça-feira, 30 de março de 2021

Depois de inaugurar um outono quente, fechando o terceiro mês de poucas águas de março, o Caderno Z foi além-mares buscar os conhecimentos sobre a Páscoa Cristã e a Páscoa Judaica. Para os cristãos, a Páscoa celebra a ressureição de Jesus, na “passagem da morte para a vida”. Já para os judeus é a comemoração da passagem do povo israelita da escravidão do Egito para a liberdade, tendo em Moisés o seu libertador na travessia do Mar Vermelho para a Terra Prometida. As crenças se diversificam entre as duas celebrações, mas, ambas são vividas intensamente por seus celebrantes.

Depois de inaugurar um outono quente, fechando o terceiro mês de poucas águas de março, o Caderno Z foi além-mares buscar os conhecimentos sobre a Páscoa Cristã e a Páscoa Judaica. Para os cristãos, a Páscoa celebra a ressureição de Jesus, na “passagem da morte para a vida”. Já para os judeus é a comemoração da passagem do povo israelita da escravidão do Egito para a liberdade, tendo em Moisés o seu libertador na travessia do Mar Vermelho para a Terra Prometida. As crenças se diversificam entre as duas celebrações, mas, ambas são vividas intensamente por seus celebrantes.

Estamos em plena Semana Santa, e o Coelhinho da Páscoa, influência pagã, símbolo da fertilidade, está voltando, acanhado, resiliente, porque, no ano passado, não teve o brilho de sua liberdade e ainda precisa esperar uma nova era para se embrenhar de casa em casa. Também, ele, o coelho teve que se reinventar e entrar no esquema da produção artesanal. Vanessa Moraes Sucre, especialista no assunto, destaca: “O ovo caseiro é feito com mais carinho, geralmente você conhece a pessoa para quem está fazendo o chocolate e isso me deixa mais próxima do cliente”. Isso é maravilhoso, pois ter um ovo personalizado é a satisfação garantida. O mercado é promissor e o “Z” trouxe dicas de como se aventurar com os pés no chão e dominar a magia do chocolate.

Wanderson Nogueira, o nosso filósofo, nos brinda com a riqueza de “Nascer, morrer, renascer”. Do começo ao ponto final é difícil ressaltar uma ou outra passagem, porque tudo é encantamento. Contudo, me atrevo a copiar: “De braços abertos... Pare, Escute. Espie como criança curiosa e sem maldade o que o vento da novidade traz...”, e prossegue: “Talvez não entendamos a língua dos ventos tanto quanto não entendamos toda essa jornada de nascer, de novo e de novo e de novo para sempre e até o fim...”

Sair do Caderno Z é uma travessia que nos torna mais conhecedores das coisas da vida, tornando a nossa capacidade de interpretação aguçada e assim ficamos mais acessíveis ao entendimento dos fatos. Entender, por exemplo, que viver é uma questão de superação diária como é o caso de Marlon Moraes, em reportagem de Vinicius Gastin. No MMA, desde 2007, Marlon soma 23 vitórias, oito derrotas e um empate. No UFC, em 2019, perdeu três vezes e ganhou uma luta por decisão “dividida dos jurados”. Agora, vencendo uma cirurgia no ombro, o atleta volta com força de vontade suficiente para enfrentar novos desafios e diz: “Não gostamos de perder, por isso o foco é melhorar, se reciclar e voltar com tudo...”. A lição é para todos nós!

Em “Sociais”, festejamos o aniversário de Braulio Rezende, ocorrido No último sábado, 27. Sob a influência das energias do outono, Braulio é pessoa do bem, da família, das amizades, de relevantes serviços para o desenvolvimento de nossa cidade, “amigo da trova e dos trovadores” e muito mais. Parabéns, amigo!

Apesar dos pesares da pandemia, há coisas boas acontecendo, como a verba liberada por recurso federal para finalizar obras em Amparo. O projeto “InterAção” para jovens de 14 a 22 anos, moradores do condomínio Terra Nova, com o programa de “capacitação para a iniciação e acesso ao mundo do trabalho”. As oficinas começam em 12 de abril no formato online. Mais informações pelo telefone (22) 2533.1245.

A reportagem sobre os impactos da pandemia na vida das mulheres evidencia uma realidade que não seria diferente. Se antes, a jornada feminina era dupla, agora, as mulheres triplicaram suas atividades e, consequentemente, a sobrecarga exige muito mais resistência, tanto física como emocional. Na verdade, a pandemia alterou a vida humana em todos os sentidos e quem disser o contrário, aí, sim, está fora do padrão.

Eu prefiro chamar o superferiadão de “maratona do isolamento”, porque a medida exige de nós uma resistência ainda maior para tentarmos vencer o coronavírus. A charge de Silvério faz uma boa leitura da situação e, para bom intérprete, o toque de recolher deve tocar a nossa consciência em prol da coletividade. Vamos colaborar!

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Que seja o outono a estação das esperanças frutificadas!

terça-feira, 23 de março de 2021

  “O outono chegou em sua plenitude”... E o tema do Caderno Z não poderia ser

  “O outono chegou em sua plenitude”... E o tema do Caderno Z não poderia ser

outro para brindar mais um ciclo da natureza. Eu começo pelas mãos de Ana Borges que nos convida a descobrir “nosso lado sombra para então descobrir o que mudar”. Seu texto é a mais pura filosofia, com lições de vida em metáforas que brotam de sua sensibilidade. Ana ressalta que o outono é o tempo ideal para o renascimento, pois, assim como as folhas caem, “nossa vida precisa de tempos de esvaziamentos e de recomeços...”. O tempo é o senhor de todas as estações, de todas as mudanças, e cada um de nós é de um jeito, tem suas preferências e se molda no passar da existência.

Wanderson Nogueira, em  “Palavreando”, se define: “Considero-me um ser noturno, ainda que concorde que as manhãs são lindas e o amanhecer talvez seja a parte mais bonita do dia”. Cada ciclo tem o seu encanto, mas, no outono, além de tantas frutas, é vez dos caquis, super vitaminados. Na verdade, com tantas frutas, o outono é um verdadeiro festival de cores e sabores. Contudo, a previsão é a de que tenhamos um outono mais úmido e uma primavera seca no Brasil, com quedas de temperaturas constantes e ocorrência de nevoeiros e geadas. Preparemos os agasalhos, minha gente!...

 Quando a viagem literária chega no terceiro parágrafo é hora de nos despedir do Caderno Z, mas, não sem antes agradecer o convite que me foi feito para participar da edição de boas-vindas ao outono. É muito carinho comigo, meus queridos de A VOZ DA SERRA! Estou embevecida, lisonjeada com a publicação de meu texto, em página dupla, com fotos do meu Jardim da Lis, de onde destaco: “As alamandas douram o jardim com suas amarelices e eu amo amarelo! Elas brotam nos recônditos mais esquecidos do jardim...”. Sejamos assim, espalhando as energias outonais, florescendo, imitando as alamandas, onde estiverem fincados os nossos pés!

 Na primeira etapa do Campeonato Carioca de Enduro, Nova Friburgo marcou presença bonita no pódio com dois representantes da nossa cidade. Na área musical, ganhamos mais uma banda, o grupo Fire In The Park. Desde 2016, a banda vem trabalhando e tem como lema “desperte a sua revolução interior”. O grupo possui repertório próprio e vai colocar “fogo no parquinho” quando a pandemia passar. E falando nela, voltamos para a bandeira laranja. Sem muitos comentários, porque a verdade dói: 320 óbitos e o número de casos confirmados de Covid 19 passando da marca de 11 mil. Que triste cenário sem perspectiva de solução. Mesmo assim, com toda essa desolação, as pesquisas mostram que “os brasileiros são os que mais engordaram na pandemia”.

Mas, como não é para todo mundo que o mundo dentro de casa é confortável, há muita gente passando necessidade e privações, principalmente, aquelas pessoas que já viviam em condições de risco social, à margem da sociedade.

Em “Há 50 Anos”, estava autorizado por decreto presidencial, o funcionamento da nossa Faculdade de Odontologia, contrariando “as forças políticas contrárias”. Em “Sociais”, um aniversariante querido, André Gomes, um dos encarregados da varrição da Avenida Alberto Braune. Vai uma trova, André: “Deixa a rua tão limpinha, de modo extraordinário que, se a rua fosse minha, eu dobrava o seu salário!”. Parabéns!

 O outono também nos trouxe a boa notícia da reforma e restauração dos afrescos do Chalet do Barão, no Country Clube. Construída em 1860, a obra foi executada com “o que havia de mais sofisticado em termos de material de construção, mobiliários e peças para decoração”. O presidente do clube, Celso de Oliveira Santos, explicou que a equipe de restauro concluiu uma das etapas mais significativas com a restauração do afresco central do forro, uma reprodução da obra “A Aurora” de Guido Reni. A notícia é de real importância pela preservação do patrimônio e pela capacidade profissional do grupo de restauro, para nos devolver a beleza de uma preciosidade da nossa história. Parabéns a todos os idealizadores da obra, pois, Nova Friburgo merece o belo presente!

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A VOZ DA SERRA é a voz das nossas expectativas!

terça-feira, 16 de março de 2021

O tema do Caderno Z me fez lembrar minha sobrinha, empresária e professora de Educação Física, nascida e criada em São Paulo. No início da quarentena, ela me passou uma mensagem perguntando se teria acontecido alguma mudança nos astros, pois, do seu apartamento, ela estava conseguindo ver a lua durante o dia. Ao que expliquei: não foi a lua que se modificou, mas, sim o seu comportamento por estar em quarentena, com a oportunidade de olhar para o céu.

O tema do Caderno Z me fez lembrar minha sobrinha, empresária e professora de Educação Física, nascida e criada em São Paulo. No início da quarentena, ela me passou uma mensagem perguntando se teria acontecido alguma mudança nos astros, pois, do seu apartamento, ela estava conseguindo ver a lua durante o dia. Ao que expliquei: não foi a lua que se modificou, mas, sim o seu comportamento por estar em quarentena, com a oportunidade de olhar para o céu. Da mesma forma, o “Z” constata que a “pandemia tornou os ambientes mais verdes”, porque as pessoas estão mais dispostas a cuidar da casa, tornando seus espaços mais aconchegantes.

Os animais também modificaram seus hábitos com o nosso isolamento social. Carlos Machado, responsável pelo Parque Municipal Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, comenta: “É cada vez mais frequente a presença de animais de várias espécies caminhando pelo parque”. A natureza sente a mesma sensação de paz com o distanciamento humano e Carlos comenta: “Outra coisa que venho notando é o repovoamento do rio com pequenos peixes e girinos”. No Jardim Botânico, os profissionais notam a mudança no trânsito dos animais como num “verdadeiro paraíso”. Sem ameaças ao meio ambiente, no caso de adoção de bichinhos exóticos, é bom saber que muitas espécies requerem cuidados especiais, como alimentação e saúde. Falando em saúde, a Subsecretaria do Bem Estar Animal aguarda a regulamentação do castramóvel para dar início ao programa de castração de cães e gatos no município.

Saímos do “Z” com Wanderson Nogueira que tem “saudades da cidade lá fora”. O filósofo de alma se admira com a agulha fina deslizando sobre o LP de faixas límpidas... E divaga: “Como se produziu maravilhas artísticas nos anos de chumbo. O que se produzirá de artes nesses tempos inglórios e tão cruéis?”... É uma pergunta que eu me faço e penso: estará de bom tamanho se forem produzidos humanos melhores!

 Aliás, a produção de arte está em pleno vapor, como noticia o jornal: “Cinquentânias – Sobre Tempo e Vida” – que é uma produção friburguense, em cartaz na internet até o próximo dia 30. Na trama, três irmãs, na meia-idade, enfrentam, com humor e muita reflexão, os desafios sobre envelhecimento, saúde e solidão. Confiram detalhes no site www.cinquentanias.com e garantam ingressos gratuitamente. O movimento #VoltaCentrodeArte continua em ação, lutando pela recuperação do Centro de Arte. O grupo formou uma comitiva sob a coordenação do secretário municipal de Cultura, Joffre Evandro, para uma visita ao local, onde estiveram presentes o arquiteto Luiz Fernando Folly, presidente da Fundação D. João VI e demais envolvidos. Após o encontro, observou-se a necessidade de um novo projeto para as demandas do local.

Com idade nova, Silvério é aquele que diz tudo em suas charges. Basta um “abacaxi” sobre um ônibus que entendemos tudo, ou seja, “um imbróglio” nas transações entre a prefeitura e a Faol no que se refere ao Termo de Ajuste de Conduta”. Pior ainda se o abacaxi pesar demais e a empresa não aguentar com o peso da frota. De abacaxi, passamos para o “pepino” da bandeira vermelha, que desceu do mastro na semana passada, deu vez para a laranja, e voltou para avermelhar o risco de contágio. E o dilema continua: o povo precisa da economia que, por sua vez, precisa do povo com saúde para se alavancar. A maior bandeira que podemos hastear é a conscientização “coletiva” da gravidade da pandemia. A vacina, sozinha, não fará milagre!

Maravilhosa reportagem sobre a aprovação da lei estadual que declarou os Jogos Florais de Nova Friburgo como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Na matéria com Guilherme Alt, onde, honrosamente, sou a entrevistada, o destaque não poderia ser outro:  “Nosso trabalho tem valor e mais valor alcança ainda, quando pessoas de valor somam seus valores aos nossos”. E A VOZ DA SERRA é esse valor também que, desde 1959,  tem sido a Voz dos Trovadores!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é o diário de bordo das nossas emoções!

terça-feira, 09 de março de 2021

A viagem de hoje começa pelo editorial de Ana Borges, no Caderno Z do último fim de semana, pois, em suas considerações, ela nos lembra a escritora Simone de Beauvoir que comparou o árduo trabalho doméstico das mulheres, como sendo a "tortura de Sísifo". E pergunta: Alguma mulher aí discorda de Beauvoir? – Eu concordo totalmente e só amenizei meu fardo doméstico, quando passei a usar o tempo de trabalhos no lar para pensar, pois, muitos dos meus textos foram escritos na memória, enquanto o batente caseiro, de jornada dupla, consumia o meu tempo.

A viagem de hoje começa pelo editorial de Ana Borges, no Caderno Z do último fim de semana, pois, em suas considerações, ela nos lembra a escritora Simone de Beauvoir que comparou o árduo trabalho doméstico das mulheres, como sendo a "tortura de Sísifo". E pergunta: Alguma mulher aí discorda de Beauvoir? – Eu concordo totalmente e só amenizei meu fardo doméstico, quando passei a usar o tempo de trabalhos no lar para pensar, pois, muitos dos meus textos foram escritos na memória, enquanto o batente caseiro, de jornada dupla, consumia o meu tempo. E o “Z” trouxe mais questões: “Qual o maior desafio das mulheres do século 21?”. Pelas conquistas até agora alcançadas, o desafio maior parece ainda ser o respeito aos seus dons e talentos e a todas as suas tendências e escolhas.

São séculos de lutas, galgando degraus na sociedade, como o direito ao voto que, no Brasil, só veio a partir de 1932. Em 1961, no governo de Jânio Quadros, fora proibido o uso de biquini e até 1962 havia uma lei que proibia a mulher de exercer uma profissão sem permissão do marido. Até 1980, o homem podia “pedir anulação de casamento, caso descobrisse que a esposa não era mais virgem”. Numa sucessão de movimentos feministas, o pódio da liberdade tem sido alcançado. E nada como ter um aliado da luta feminina como Wanderson Nogueira que ressalta: “Eu não quero ser mais um machista...” e prossegue em seu sentir profundo: “Não por vaidade moral, mas porque quero respeitar em sua integralidade o espelho que reflete minha mãe – toda mulher – vinculada a mim ou não. Eu disse: todas as mulheres em suas mais diversas personalidades...”.

Deixando o “Z”, mas ainda no tema, se hoje nos espantamos com a proibição, por exemplo, do uso de biquini em 1961, passados 50 anos, ainda temos que lidar com a Lei Maria da Penha, pois a violência contra as mulheres é uma aberração. Bem fez a cabeleireira Thalassa Vaz que, “cansada de relacionamentos abusivos”, se embrenhou na prática esportiva do muay thai, o caminho para uma grande mudança em sua vida. Não somente no aspecto da luta física marcial, porém, mais ainda na parte emocional e mental. E ressalta: “todo esse processo de autocuidado só me trouxe benefícios...”.

 Carolina Alves Maia, pedagoga, advogada e perita criminal, conversou com Ana Borges e nos contou sobre os desafios de ser mulher trans. Em uma página inteira de relatos emocionantes, de início, ela ressalta: “Ao ter coragem de se aceitar é preciso, antes de tudo, se amar”. Jovem ainda, com uma trajetória de vida marcante, Caroline observa: “São muitas as dificuldades na vida de uma pessoa transexual, começando pela vivência com os familiares e amigos, depois pela sociedade como um todo...”. Na certeza de quem sabe o que quer e não desiste dos sonhos, ela conclui: “a luta continua.”

 Assim como as lutas pela integridade da mulher e por todas as questões relativas aos temas da sexualidade ainda promovem debates, sujeitos a todos os tipos de discriminação, os idosos também precisam de órgãos que defendam os seus direitos. Não sem razão, o Comdipi (Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa), e a Secretaria Municipal de Assistência Social estão em defesa de um espaço para a convivência da terceira idade, depois de encerradas as atividades no Clube de Xadrez. Bem se vê que caminhamos para um mundo de lutas, cada vez mais acirradas, por direitos que deveriam ser naturais para os humanos.

 Em “Há 50 anos” a Cadeia Pública de Nova Friburgo era inaugurada junto ao prédio da delegacia policial na Vila Amélia, com lotação para “100 presidiários, salão de refeições, salas de aula com televisão e rádio, cozinha, gabinetes sanitários etc”. Era coisa de primeiro mundo! E com louvores ao, então, delegado Amil Rechaid “que realizou as obras com seus recursos pessoais e contribuições de um grupo de amigos da comunidade”. Que beleza! Mas, voltando ao presente, Nova Friburgo volta à bandeira laranja, indicando risco moderado, mesmo com o aumento de casos de infectados indo para a marca de 10.503 e 309 óbitos. A bandeira vermelha passou num piscar de olhos, nem deu tempo de a população se inteirar da gravidade dos fatos. Que situação drástica!

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Que venham as águas de março semeando as esperanças!

terça-feira, 02 de março de 2021

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta.

Por mais que estejamos familiarizados com a pandemia do coronavírus, nada melhor do que  um caderno especial, inteirinho, de reflexões e conhecimentos sobre o assunto. É assim que o Caderno Z encerrou fevereiro com o tema “Da gripe espanhola à Covid-19”. O Brasil, em janeiro de 2020, era expectador do que ocorria em outros países e tudo nos parecia distante. Logo depois, numa divisão entre os que acreditavam na doença e os descrentes, nossa luta começou com inseguranças para todo lado. Não tem sido fácil, pois completamos um ano de batalha e ainda sentimos que o desconhecido nos assusta. Por mais que estudos sejam feitos e que a ciência avance, o coronavírus ainda é uma incógnita com direito a mutações. Esse “pequeno vírus” conseguiu “desestruturar todo o planeta”, aflorando crises sociais, políticas, econômicas e emocionais.

Quando os próprios médicos adoecem, nós, os leigos, nos fragilizamos. Ao ler os depoimentos dos doutores Marcelo Orphão Motta e Danilo Cassane, entendemos quando o dr. Marcelo define: “O coronavírus nos ensinou que não respeita fronteiras, não respeita políticas e políticos, não respeita negacionismo...”. Da mesma forma, dr. Danilo alerta: “É uma doença que não tem rabo, nem cabeça, que ainda não se sabe o suficiente sobre ela e a incerteza do que pode acontecer é algo assustador...”. São duas explicações diretas ao alcance de todos, mas que ainda encontra resistência em grande parte da população brasileira, o que é lamentável, pois só dificulta o controle da doença.

O “Z” ainda nos trouxe um pouco da história do Instituto Butantan e da Fiocruz, instituições centenárias a serviço da saúde brasileira. “Entre uma e outra pandemia”, a gripe espanhola foi terrível, sim. Porém, são mais de 100 anos do acontecido, com um século de avanços, e ainda somos apanhados por um vírus que se intimida ante uma boa higiene com álcool em gel, água e sabão. E que, mesmo assim, já fez mais de 250 mil mortos no Brasil.

“Ele voltou!” O filósofo voltou novamente! Bem-vindo, Wanderson Nogueira! E voltou cheio de inspiração e de achados na bagagem, trazendo-nos um roteiro completo para as viagens que possamos empreender, de onde destaco: “ Boa viagem! Bons momentos futuros inesquecíveis! Porque é bom se conhecer em outros lugares como turista de si mesmo”, pois, “estar de bem com a vida, faz a vida ficar de bem com você”!

Vamos ao noticiário da pandemia, com Nova Friburgo voltando ao estágio de bandeira vermelha até o próximo domingo, 7. Salve as águas de março, agora misturadas com sabão em barra!  A barra está pesada demais e há alguns equívocos na flexibilização, mas o espaço é pouco para questionamentos. Mesmo assim, a prefeitura estuda meios para a retomada das aulas presenciais, seguindo uma série de requisitos. Esquisito é entre os requisitos não haver prioridade de vacinação para o setor da Educação.

O Campeonato Friburguense de Kart Amador continua em alta com a última etapa em Guapimirim no último domingo, 28 de fevereiro. O esporte está ganhando força em Nova Friburgo e há um movimento “Pro – Kartódromo” para a construção do espaço em um terreno na rodovia RJ-130, entre Campo do Coelho e Conquista.  Bela conquista! Falando em terreno, está em destaque a notícia de que há projetos de a prefeitura construir uma “biblioteca internacional” no terreno de esquina com a Rua General Osório, na Praça do Suspiro. A boa nova, por enquanto, está no campo das ideias. Aguardemos!

E meio a tantos percalços, coisas boas acontecem. Vejamos: “Escolas do Senai Friburgo são destaques nacionais”, com primeiro lugar no setor de vestuário e o setor de mecânica entre os três melhores. “Seu Abdinho”, o estimado Abdo Carim festejou 104 anos, feliz da vida e vacinado! A Stam Metalúrgica recebeu homenagem da Real Banda Euterpe Friburguense por seu Jubileu de Ouro. Parabéns Stam! A Real Banda  Euterpe, por sua vez, festejou, em 26 de fevereiro,  seus 158 anos de existência. Desde os tempos do Barão / nossa Euterpe faz história / conduzindo o seu brasão / pelos caminhos da glória! Mais do que centenária, a Euterpe é um pilar na edificação de Nova Friburgo.

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A VOZ DA SERRA é a nossa voz para o mundo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

O Caderno Z tem o dom de restaurar lembranças. Volta e meia, eu me sinto provocada a divagar pelos meandros da minha casa de infância. Na capa, a linda foto de Henrique Pinheiro e uma pergunta que eu me fazia, mal acabara de tomar posse da alfabetização: “Por quem os sinos dobram”? Eu queria saber e mamãe respondia: “Eles dobram por ti”, e acrescentava, “mas de felicidade”! Nada mais eu sabia, a não ser que me pusesse a ler as 416 páginas daquele livro robusto, na estante.

O Caderno Z tem o dom de restaurar lembranças. Volta e meia, eu me sinto provocada a divagar pelos meandros da minha casa de infância. Na capa, a linda foto de Henrique Pinheiro e uma pergunta que eu me fazia, mal acabara de tomar posse da alfabetização: “Por quem os sinos dobram”? Eu queria saber e mamãe respondia: “Eles dobram por ti”, e acrescentava, “mas de felicidade”! Nada mais eu sabia, a não ser que me pusesse a ler as 416 páginas daquele livro robusto, na estante. Agora me vejo em companhia de Ana Borges e Adriana Oliveira, numa aventura incrível para desvendar o novo som do carrilhão da Capela de Santo Antônio, no Suspiro. Trata-se de uma “melodia de carrilhão” ecoando a cada hora, por todo o centro da cidade, mas que, de fato, é uma das mais bonitas árias do compositor barroco alemão Georg Friedrich  Händel. 
A pedido de A VOZ DA SERRA, o professor de Música e Canto Lírico, o  friburguense Roberto Henrique Fernandes de Oliveira, explica: “Quando se ouve a ária e se lê a partitura, é possível identificar perfeitamente a melodia do carrilhão”. O professor destaca ainda que pela “limitação da construção de um sino, sua estrutura, transporte, afinação etc. teria que haver uma simplificação na escolha das notas para a popular “Melodia de Westminster”. Ter o mesmo som do Big Ben, o relógio “mais icônico do mundo”, na Praça do Suspiro é algo de orgulho e, ao mesmo tempo, de reverência pela “divina” conquista. O padre Miguel Angel, pároco das igrejas de São Francisco de Assis e de Santo Antônio, ao explicar sobre o sistema digital do carrilhão eletrônico, lembra que “desde a antiguidade, os sinos são um sinal da presença de Deus na vida do povo”. 
Ana Borges ressalta uma citação de poeta inglês John Donne: “Nenhum homem é uma ilha, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída...”. A citação não precisa ser reproduzida, na íntegra, aqui na coluna, por contenção de espaço e, mesmo assim, é totalmente entendível. A mensagem de Donne, que viveu até março de 1631, é atual e se enquadra bem no momento que já dura um ano – a pandemia do coronavírus. Mesmo no isolamento, jamais seremos uma ilha e nosso comportamento deve estar afinado com o todo.  
Saindo do Caderno Z com a energia revigorada, neste fevereiro sem carnaval, um passeio em “Há 50 Anos” nos faz sentir as emoções do “reinado momesco” de 1971,  quando a festa devia muito de seu brilho aos bailes do Nova Friburgo Country Clube, do Clube de Xadrez e da Sociedade Esportiva Friburguense. A dúvida recaia somente se os serviços de “água, lixo, luz e telefone causariam alguma “decepção”. 
Realmente, a década de 70 deixou saudade pelos bailes carnavalescos promovidos pelos clubes. Neste fevereiro atípico de 2021, sem carnaval, muita gente sentiu que recordar é viver e isso foi um alento e plantou uma sementinha de esperança para o ano que vem, quando já tivermos superado a pandemia. Quanto a isso, voltamos ao estágio de bandeira laranja, com risco moderado de contágio, indicando que ainda temos pela frente um longo trabalho de conscientização, de cuidados e de intensas restrições. 
Em “Sociais”, muitos aniversariantes, mas não posso deixar de destacar o aniversário da professora Wilma Villaça, festejado no último dia 15. Provavelmente, ela não se lembra de que foi minha professora, porque é mais fácil para o aluno guardar a fisionomia dos professores. Dona Wilma, que continua bonitona, deu aula para mim no Colégio Estadual de Nova Friburgo, hoje Jamil El-Jaick. Parabéns professora!
Começamos a viagem no badalar dos sinos e agora sinto que os sinos se dobram para honrar a memória do “herói suíço” Pierre-Nicolas Chenaux e sua descendência em Nova Friburgo, a família Thurler. A estátua de Chenaux estampada no jornal e a foto do casal - Sebastião Donato Thurler e Maria Daudt Thurler - formam um traço de união entre a Suíça e Nova Friburgo.  São trajetórias de lutas e vitórias,  e de vivências tão cristalinas quanto o cristal das “águas de Seu Donato”! Feliz Família Thurler para todos nós!

Elisabeth Souza Cruz é jornalista, trovadora e presidente da seção Nova Friburgo da UBT, a União Brasileira dos Trovadores. Escreve neste espaço às terças-feiras.

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