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O sucesso das manifestações públicas contra Moraes e Luís Inácio da Silva

Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Como era de se esperar, o povo brasileiro, pelo menos aquele que pensa e é partidário da tríade família, liberdade e patriotismo, reagiu com mestria às manifestações do domingo último, 3 de agosto. O número de participantes em pelo menos 20 capitais brasileiras e outras cidades foi impressionante, só perdendo para a famosa marcha da família com Deus pela liberdade, nos idos da década de 1960, mais precisamente em 1964. "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi um movimento político-religioso que ocorreu no Brasil em 1964. Foi organizada por setores conservadores da sociedade civil em resposta ao que percebiam como uma ameaça comunista ao país." Tal como agora, a sociedade finalmente percebeu o mal que o STF e o governo petista estão fazendo ao país.
De acordo com o jornal digital A Gazeta do Povo, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro comemoraram a adesão de dezenas de milhares de brasileiros aos atos realizados neste domingo (3) contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro não participou porque teve sua liberdade restrita por medidas cautelares do Supremo. A expectativa da oposição a partir de agora é de que a mobilização ajude a pressionar o Congresso pela aprovação de pautas como da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. “As manifestações aconteceram em pelo menos 20 capitais, com os maiores públicos registrados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém, Campo Grande e Porto Alegre. Segundo o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL, cerca de 70 cidades tiveram atos em todo o Brasil”.
Não sei se Alexandre de Moraes fará o gesto obsceno que fez durante a partida entre o Corinthians e o Palmeiras, pela Copa do Brasil, na última quarta feira 30, quando foi vaiado pelo público presente ao estádio. Aliás, é lamentável que um membro da mais alta corte do país, despido de qualquer verniz de educação, faça o que fez. Talvez, sentiu-se impotente para prender todo o estádio, colocar tornozeleiras eletrônicas ou praticar outros atos típicos dos que sentem o poder subir à cabeça. Aliás, o que ele está fazendo com o ex-deputado Daniel Silveira, com uma grave lesão na perna direita, pós ato cirúrgico por ele realizado, de acordo com o deputado federal Gustavo Gayer, é desumano. Impedir um ser humano de ter um atendimento médico hospitalar, necessário, é digno da gestapo, na época dos nazistas.
O grande problema do Brasil é que muitos de nossos deputados federais e senadores, talvez por terem alguma pendenga judicial, têm medo de assumir uma postura adequada com a atual realidade do Brasil. Daí, tanto Davi Alcolumbre, presidente do senado, como Hugo Mota, presidente da câmara, se recusarem a autorizar a abertura de impeachment contra Moraes. Aliás, não é só ele que merece tal destino, pois o que fez Edson Fachin ao devolver a liberdade a Luís Inácio da Silva, num malabarismo jurídico injustificável, com a anuência de seus pares do STF, desdenhando do trabalho de pelo menos três estâncias superiores, o tornou elegível e hoje, pasmem, é o presidente dessa republiqueta chamada Brasil. Mas, o STF fez mais, de acordo com a publicação do site https://noticias.stf.jus.br, em 19/12/2022, “A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A maioria do colegiado considerou a longa duração da prisão (mais de seis anos) e a mudança do contexto fático que a justificou. Caberá ao juízo de origem, avaliar a necessidade da aplicação de outras medidas cautelares diversas da prisão”. O caso, como era de se esperar, caiu no esquecimento e o ex-governador flana livre e solto pelas ruas da zona sul do Rio de Janeiro. No Brasil, só ladrão de galinhas cumpre pena de prisão.
Como disse, em recente entrevista, o ex-membro do STF Marco Aurélio Mello, a atual alta corte deixou de lado o seu verdadeiro objetivo que é o de defender e fazer cumprir os desígnios da Carta Magna do país. No momento, nega a independência dos três poderes e decide por conta própria assuntos que não são da sua competência e sim do legislativo. Vejamos os seguintes exemplos: 2011- STF cria união civil entre pessoas do mesmo sexo, 2012 - STF expande casos legais de aborto, 2019 - STF equipara homofobia ao crime de racismo, 2024 - STF permite drogas para consumo próprio, 2025 - Marco temporal indígena: STF anula tese do Congresso e 2025 - STF derruba decisão do Congresso sobre IOF. Para maiores informações consultar a Gazzeta do Povo, edição de 4 de agosto de 2025, com as devidas explicações para o fato de não serem competência da suprema corte do país.
Os ecos da manifestação de 3 de agosto de 2025, provavelmente, não serão noticiados pela imprensa comprometida do país, daí se entender por que esse mesmo STF e o governo federal querem amordaçar as redes sociais, hoje única fonte limpa e confiável de notícias de interesse da população.

Max Wolosker
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