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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 04 de maio de 2021

“A maternidade marca um antes e um depois na vida de uma mulher”. A frase de Ana Borges que abriu o Caderno Z do último fim de semana contém uma grande verdade. Eu que o diga, pois, antes de ter minhas filhas, eu achava que não teria a menor queda para ser boa mãe e acabei por me surpreender. Isso porque, como disse Ana, “de todos os tipos de amor, talvez o da mãe seja o mais poderoso...”. Esse poder é o que torna “o amor de mãe incondicional...”.

O segundo domingo de maio, dedicado às mães, é uma data de relevantes demonstrações de carinho, quer sejam em presentes, abraços ou beijos. Desde o ano passado, as comemorações foram diferentes por conta do isolamento social e, ainda este ano, o cenário requer muito mais cuidados mediante o agravamento da pandemia. Conforme os indicadores, as compras tendem a ser mais responsáveis no formato e-commerce e os consumidores estarão mais atentos aos preços e ofertas. Bons negócios tendem a ser os presentes artesanais e o Z trouxe várias dicas e ainda dá tempo de investir.

A pandemia continua exigindo de nós uma reinvenção de hábitos e a maternidade não poderia se ausentar neste processo que exige mais energia das mães. Conjugar o trabalho home office com os cuidados domésticos, incluindo cuidar dos filhos pequenos é tarefa para gigantes, “a começar pela confusão no ambiente familiar”, como destaca Jacqueline Maccoppi. Na belíssima crônica de Wanderson Nogueira, um destaque: “Mães nos fazem importantes, protagonistas. E mesmo quando não estão mais a nos dirigir, ainda assim nos salvam, até de nós mesmos...”. Mãe é o todo do amor!

O mês de maio é bem significativo para nós. Neste dia 3 festejou-se a chegada dos imigrantes alemães à Vila de Nova Friburgo, em 1824. São 197 anos da primeira imigração alemã no Brasil, o que trouxe muitos benefícios pela importância da fibra alemã. A partir de 1911, com a energia elétrica, as esperanças se acenderam com a instalação das indústrias, gerando empregos e crescimento para a cidade.

Temos pensado sobre os reflexos da pandemia no comportamento humano e a expectativa é em prol da melhoria das pessoas. Espera-se que, com todo o sofrimento mundial, surja uma nova humanidade, de gente com espírito mais fraterno. Contudo, não é bem o que temos visto. Basta uma leitura na reportagem de Christiane Coelho para nos estarrecermos com os dados de violência contra crianças e adolescentes, promovidas até por seus parentes. Ainda não será desta vez que o amor reinará absoluto na Terra.

Na marca de 499 mortes por Covid-19, a Prefeitura de Nova Friburgo havia liberado o retorno às aulas presenciais nas escolas particulares para este início de maio. Porém, pelo Mapa Covid-19 do Governo do Estado do Rio, nosso munícipio apresenta bandeira roxa, o que impede o retorno das escolas. Para uma volta às aulas com segurança, é urgente que se faça a vacinação de todos os profissionais da educação. Sem vacinas, o retorno é um passo no escuro.

Diante do momento pandêmico, que já dura um ano, as dificuldades estão para todos, indústria, comércio, saúde, turismo, educação etc. Não há setor que não esteja afetado nem pessoa que esteja se sentindo 100% tranquila, a não ser aquelas alienadas. Toda a nossa estrutura emocional e física, de alguma forma, está abalada. Sofremos pelas perdas humanas, pelos desempregos, pelas empresas e comércios falindo, pelas frustações de tantos anseios, por tudo enfim que é decorrente da pandemia.

Em reportagem especial para A VOZ DA SERRA, a jornalista Christiane Coelho nos trouxe um panorama de como as dificuldades estão trazendo novos horizontes para muitas mulheres. Inclusive para ela que se sentou, durante dois anos, em frente à porta de uma escola para vender laços. Agora, convidada a escrever para a nossa Voz, se vê num quadro de “renascimento”, e define o convite: “É muito mais que dar emprego a quem estava desempregado. É dar vida a quem chegou ao calvário...”.   Que possamos descobrir esse renascer e que haja luz para todos nós... Como diz uma canção de Milton Nascimentio, “É preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre...”. Sempre e mais um pouco!”

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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