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A verdade pode curar sua mente

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

A verdade pode nos libertar do que nos prende em ansiedade, medo, culpa, tristeza, remorso, vergonha. Não é a verdade da tradição, mas da essência dela mesma. Se coloca muita tradição humana acima da pureza da verdade. Mas só existe cura na verdade, do corpo (biológica), da mente (psicológica), do espiritual (transcendental).

A psicoterapia é um procedimento praticado por psicólogo ou psiquiatra formado e treinado em atendimento psicológico, onde se usa diálogo técnico em busca da compreensão da verdade que produz o sofrimento mental que levou a pessoa ao atendimento.

Geralmente as verdades que causam dor mental (tristeza, medo, angústia, vergonha, insegurança, pânico, entre outros tipos) estão mais no campo da mente inconsciente do que da consciente. Por isso, pessoas cultas ou não, num atendimento psicológico dizem: “Não sei por que estou sofrendo isso!” Por que não sabe? Porque a verdade está ainda na mente inconsciente.

Por isso, especialmente na técnica de psicoterapia chamada “psicoterapia de base analítica” a meta principal, além de oferecer acolhimento, empatia, não julgamento, o profissional vai procurar ajudar o cliente a ver como trazer a verdade que está no inconsciente dele para a compreensão consciente na ideia de que conhecendo a verdade sobre seus sofrimentos, se dá grande passo para a liberdade dos mesmos.

Mas existe um requisito básico para que a saúde mental surja: querer conhecer sua verdade pessoal. Isso significa ir acabando com suas mentiras, seus autoenganos, sua ignorância sobre si. É incrível como que homens e mulheres de poder na sociedade procuram uma forma de acusar injustamente os que são do bem por não desejarem a verdade, permanecendo na mentira por causa dos benefícios mundanos da corrupção.

A cura de uma nação, Estado, Município, igreja, sociedade secreta, de certas empresas cheias de conflitos de interesses com poderes sociais, só se dá através da procura, admissão e decisão de praticar a verdade mesmo perdendo fama, dinheiro, poder.

Será que vale à pena ganhar tudo, menos a verdade? Nós, seres humanos, somos os animais que mais enganam a si mesmos e mais ferem as leis naturais, seja pela comida não nutritiva, consumo de bebidas tóxicas, abuso do corpo, obsessão pelo poder econômico, fissura por romance e sexo, acúmulo material egocêntrico, competição, mentira na execução do poder público, fora outras lesões. A Natureza não destrói a si mesma a não ser que seres humanos perturbem o funcionamento ecológico. Mesmo assim, o que ela faz é tentar preservar a vida. Quando você quiser, pesquise sobre a diferença entre morte por necrose e morte por apoptose. A primeira é doentia e visa só destruir. A segunda existe para tentar preservar o que for possível para a vida.

A verdade vencerá independente dos que exercem o poder para acabar com ela ou distorcê-la. Ela anda tropeçando em tribunais, em gabinetes políticos, em comissões de denominações religiosas que fogem da verdade e adotam a tradição como suprema, e na mente humana dominada pelo erro. Nada destrói a verdade. Por isso é importante que a tenhamos em nosso ser, relacionamentos, caráter. Se você quer a verdade e a busca diariamente para aplicá-la na vida, ela vai mostrando suas mentiras favorecendo que seu próprio eu vá passando a ser verdadeiro. Esse é o caminho da cura mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Eu também tenho isso

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Assim como não conseguimos enxergar certas partes de nosso próprio corpo sem o auxílio de um espelho, da mesma forma não temos uma visão de algumas características de nosso eu, de nossa maneira de ser como pessoa, sem procurar obter melhor discernimento pessoal ou aprimorar o autoconhecimento.

Assim como não conseguimos enxergar certas partes de nosso próprio corpo sem o auxílio de um espelho, da mesma forma não temos uma visão de algumas características de nosso eu, de nossa maneira de ser como pessoa, sem procurar obter melhor discernimento pessoal ou aprimorar o autoconhecimento.

Isso é importante porque muito do que acontece em nossos relacionamentos na família, com amigos, no trabalho, depende de termos ou não uma visão consciente de como funcionamos nesses relacionamentos. Você pode com frequência provocar ou facilitar a presença de tensão, tristeza, aversão, isolamento, irritabilidade com certas pessoas justamente porque não percebendo características desagradáveis em seu próprio comportamento, age de forma a provocar estes problemas em seus relacionamentos.

Se você quer obter compreensão de si mesmo, o primeiro passo é admitir que precisa melhorar sua autopercepção para ter consciência de que forma você funciona que favorece o surgimento de brigas, discussões e afastamento das pessoas. Pode até estar acontecendo um paradoxo em sua vida hoje, que é você querer estar próxima de indivíduos importantes em sua vida, e se queixar de que eles se afastam de você, sendo que isso pode estar acontecendo por causa de condutas suas que são desagradáveis nesses relacionamentos. Falta, então, discernimento do que você faz ou diz que produzem afastamento das pessoas.

O ponto que quero enfatizar é que mais frequentemente do que gostaríamos, possuímos características ruins parecidas em algum nível com as que pessoas que criticamos em nosso coração, também possuem. Isso é comum acontecer em relacionamentos conjugais, entre pais e filhos, mães e filhos, filhos e seus pais.

Pode ser que o filho com quem você tem mais dificuldade de relacionamento é aquele que tem algumas características de comportamento parecidas com as suas. Você, então, vê no filho ou na filha, no esposo ou na esposa, no pai e na mãe, um comportamento que desagrada e não vê em si mesmo. Isso é um problema porque se você não enxerga que tem este ou aquele jeito de ser que seu parente tem e que você o critica por isso, fica injusto criticá-lo, cria estresse e perturba a harmonia familiar.

Por outro lado, quando começamos a perceber que também temos algumas características ansiosas, depressivas, nervosas, controladoras, mentirosas, agressivas, impacientes ou outra qualquer que a outra pessoa com quem nos relacionamos de perto tem, podemos cobrar menos, pegar leve, perdoar mais, e agir com mais compaixão com ela e com a gente mesmo. E, claro, lutar conscientemente e de forma intencional para vencermos aquele defeito de caráter que agora começa a ficar mais claro para nós mesmos e que só víamos no outro.

Como consequência desse processo de amadurecimento por decisão consciente individual de pensar e refletir sobre como funcionamos, vai ficando mais claro para nós que também temos o que criticávamos na outra pessoa como se só ela tivesse aquela característica comportamental ruim.

Certa vez Jesus Cristo deu uma explicação sobre isso quando falou que podemos ver e criticar a existência de um cisco no olho de outra pessoa e não enxergar o palito no nosso olho (ver Mateus 7:1-5).

A qualidade de vida em nossos relacionamentos pode melhorar bastante na medida em que conseguimos aumentar o discernimento de nós mesmos, de nosso comportamento e abandonamos os erros de nossa conduta que vão ficando conscientes para nós, substituindo-as por atitudes e jeito de falar que promovem a aproximação agradável das pessoas em nosso convívio com elas. Comece com você.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Inconsciente e relacionamento humano

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Nossa mente tem o consciente, a consciência e o inconsciente. Consciente é o que você está usando agora para pensar, é a parte que nos conecta com o mundo real e externo. Consciência é a área mental onde estão informações, conceitos, valores, desejos, que você tem acesso quando deseja, sendo uma área nobre que só nós humanos temos, e os outros animais não possuem, ou seja, temos autoconsciência e eles não.

Nossa mente tem o consciente, a consciência e o inconsciente. Consciente é o que você está usando agora para pensar, é a parte que nos conecta com o mundo real e externo. Consciência é a área mental onde estão informações, conceitos, valores, desejos, que você tem acesso quando deseja, sendo uma área nobre que só nós humanos temos, e os outros animais não possuem, ou seja, temos autoconsciência e eles não. E inconsciente é uma área virtual mental onde estão palavras, pensamentos, sentimentos, afetos reprimidos, imagens, fatos de sua vida, que não dá para acessar quando você quer, mas quando pode.

Muitos sofrimentos emocionais na vida adulta têm origem em pensamentos e sentimentos guardados em nosso inconsciente vividos ao longo dos anos da infância. Geralmente fazemos um corte entre o evento traumático vivido quando se era criança e a dor emocional na vida adulta atual. Por exemplo, se você teve uma mãe autoritária que era abusiva verbalmente com você e seus irmãos, isso pode ter produzido em sua pessoa uma reação de defesa diante de qualquer outra pessoa também autoritária. Vinte ou mais anos após sua infância vivida com esta mãe abusiva verbalmente, você pode estar num relacionamento com um chefe, cônjuge, colega de trabalho também abusivo, e se sente muito mal emocionalmente, podendo ficar triste, irritado, ansioso, só que de uma maneira exagerada. Esta reação emocional exagerada no presente, no relacionamento com uma pessoa abusiva, é produzida pelo fator gatilho que dispara a resposta emocional desagradável porque toca na ferida que já existia no inconsciente. A ferida original produzida na relação com a mãe autoritária lá atrás na infância, vem a sangrar de novo ao você se relacionar no presente com alguém semelhantemente autoritário.

Especialmente levamos para dentro do casamento muita coisa inconsciente mal resolvida com nossos pais ou cuidadores. Não se pode zerar a influência emocional do passado infantil para que não interfira no casamento ou em outro relacionamento na vida adulta. Uma mulher, durante a infância, costumava deixar seu papel normal de criança para adotar um papel de adulto na tentativa de apaziguar seus pais que brigavam com frequência. Na vida adulta, após casar, e ao viver algum momento de infelicidade no casamento, ela se deitava no berço da filha pequena, e ficava choramingando como uma criança assustada. Ou seja, a criança que não podia aparecer lá atrás na infância, aparecia anos depois na vida adulta no casamento.

Muito do desejo romântico tem ligação com expectativas afetivas vividas com os pais na infância. Quem teve uma boa infância, pode se casar com a ideia inconsciente de querer ter tudo o que foi agradável na meninice, sem considerar que na vida conjugal surgem momentos difíceis também e não só o que é bom. Outra pessoa, com uma infância ruim em termos afetivos, pode se casar com a ideia inconsciente de que o casamento irá proporcionar tudo o que ela não teve de agradável no seu passado. Não conseguimos resgatar perfeitamente o que foi perdido. A dor da falta precisa ser trabalhada para não piorar a vida atual.

Não existe uma relação adulta humana que tenha poder de proporcionar tudo de bom o tempo todo, sem frustração, sem tristeza, sem angústia, em alguns momentos pelo menos. Muitos casais cultivam o pensamento de que se casaram por amor, então, só existirá momentos bons no relacionamento entre eles. Muitos também podem alimentar a ideia onipotente de que têm poder para fazer o outro feliz e que conseguirão impedir que surjam conflitos. Casamento feliz é aquele no qual não se perde a individualidade, se aceita as diferenças de pensar e sentir, há respeito e não gritaria e xingamentos, e cada um não coloca sobre o outro a expectativa do outro o fazer feliz. Isso requer aceitar um certo vazio existencial porque nenhum ser humano pode preencher tudo o que desejamos.

Perceber as motivações inconscientes que nos empurram para esse ou aquele comportamento no casamento ou em qualquer outro relacionamento, é passo importante para melhor saúde relacional e mental pessoal. 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Médico sofre?

quinta-feira, 03 de outubro de 2024

Médico sofre também? Médico também tem doenças físicas, angústia, depressão, também se suicida? Infelizmente sim. Nos Estados Unidos entre 300 a 400 médicos se suicidam a cada ano. Um médico por dia se mata no país do primeiro mundo. Ainda que os médicos tenham uma menor estatística de morte por câncer e doença cardíaca, talvez pelo conhecimento do que fazer e acesso rápido ao diagnóstico, eles apresentam um risco maior de morte por suicídio.

Médico sofre também? Médico também tem doenças físicas, angústia, depressão, também se suicida? Infelizmente sim. Nos Estados Unidos entre 300 a 400 médicos se suicidam a cada ano. Um médico por dia se mata no país do primeiro mundo. Ainda que os médicos tenham uma menor estatística de morte por câncer e doença cardíaca, talvez pelo conhecimento do que fazer e acesso rápido ao diagnóstico, eles apresentam um risco maior de morte por suicídio.

Uma das razões para esta tragédia no meio médico é a depressão ou outras desordens mentais não tratadas devidamente, incluindo o alcoolismo, abuso de outras drogas, facilidade de acesso a métodos letais, e outros fatores. Em vários países de 15% a 30% dos estudantes de medicina e médicos residentes apresentam sintomas depressivos.

As formas mais comuns de suicídio em médicos são por doses exageradas de medicação letal e armas de fogo. (Fonte: http://emedicine.medscape.com/article/806779-overview). Médicos em geral relutam em procurar ajuda para seus sofrimentos, especialmente diante de desordens mentais. Um estudo com cirurgiões mostrou que ainda que um em 16 médicos tivessem tido ideias suicidas nos últimos 12 meses, somente 26% havia procurado ajuda psiquiátrica ou psicológica.

Os que sofrem profunda tristeza, sentem uma pressão grande para sempre se aparentarem saudáveis, sofrem a angústia de que precisam estar bem para mostrar habilidade em curar outros. É comum familiares de médicos que cometeram suicídio dizerem que não percebiam ou pensavam que eles tinham sofrimento. Daí, o suicídio de pessoas que não falavam nada de seus sofrimentos ser uma surpresa para todos.

Na mente depressiva existem fortes sentimentos de desvalor e desesperança que podem chegar ao ponto da pessoa achar que a saída é fugir da realidade pela morte para acabar com a dor. Médicos em sofrimento mental têm dificuldade em falar disto para outro colega por acharem arriscado, vergonhoso, e que se tornariam vulneráveis numa profissão que todos os têm como super heróis que curam tudo e todos. Não curamos tudo e todos. Adoecemos e morremos. Não somos deuses.

Muitos médicos diante de problemas familiares adiam a procura de ajuda evitando conflitos. Estes problemas conjugais, familiares, separação, divórcio, junto com outros conflitos, contribuem para a depressão e podem facilitar o pensamento suicida caso não sejam abordados, falados, analisados com aconselhamento.

Em Medicina há constantes mudanças devido a novos achados científicos, existe a pressão dos pacientes e familiares deles, pessoas com doenças complicadas e terminais, plantões cansativos, planos de saúde pagando mal ao médico, falta de equipamentos e material médico em unidades de saúde do governo necessários para um tratamento adequado dos pacientes, telefonemas e mensagens por e-mail e celular que pacientes e seus parentes fazem constantemente ao médico pedindo mais orientação, consultas de emergência em qualquer hora e dia, tudo isso gera muito estresse na vida do médico, podendo causar burnout (esgotamento), depressão, e sensação de não ter saída.

O médico precisa de ajuda também. E isto pode se dar por ele mesmo colocar limites para excesso de trabalho e para pacientes e/ou familiares abusivos, abrir seu coração com alguém preparado para ajudar, desenvolver a espiritualidade, mudar conceitos de felicidade que o mundo conecta com a riqueza material, e entender que ele não é um deus, por isso tem limites, dores, angústia e tristeza, como todo ser humano. (http://emedicine.medscape.com/article/806779-overview#a2)

Também ajuda a aliviar e gratificar o trabalho do médico quando um paciente manifesta gratidão pelo trabalho dele. E isto é tão fácil fazer, não é? Bastam algumas poucas palavras sinceras.

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Quer Evitar a Doença de Alzheimer?

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Cerca de 7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos têm a doença de Alzheimer que é quase duas vezes mais comum em mulheres em comparação com homens. Sabe por quê?

Cerca de 7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos têm a doença de Alzheimer que é quase duas vezes mais comum em mulheres em comparação com homens. Sabe por quê?

Mulheres tendem a viver mais tempo do que homens, assim, mais homens morrem mais cedo e por isso não têm tempo de desenvolver a doença de Alzheimer. O fator de risco principal para essa doença é a idade. Quanto mais idoso, maior a chance de desenvolvê-la. Veja: 4 em cada 1000 pessoas com idades entre 65 e 74 anos desenvolvem Alzheimer cada ano; 32 em cada 1000 pessoas entre 75 e 84 anos, e 76 em cada 1000 pessoas com 85 anos ou mais desenvolvem Alzheimer a cada ano.

Um estudo seguiu 16.926 pessoas na Suécia e descobriu que a partir dos 80 anos as mulheres eram mais propensas a serem diagnosticadas com a doença de Alzheimer do que os homens da mesma idade. Outro estudo em Taiwan descobriu que as chances de desenvolver esta doença ao longo de 7 anos foram maiores em mulheres em comparação com homens. Uma metanálise (estudo de vários estudos) sobre o surgimento da doença de Alzheimer na Europa verificou que cerca de 13 mulheres em 1000 desenvolveram a doença a cada ano em comparação com apenas 7 homens.

Dr. Andrew, neurologista de Harvard, diz que as mulheres que vivem mais do que os homens não pode ser a resposta completa do porque elas são mais propensas do que eles a desenvolver Alzheimer. Mesmo entre os da mesma idade, mulheres são mais propensas a serem diagnosticadas com esta doença do que homens.

Uma pista para a resposta desse quebra-cabeça é que a sua chance de desenvolver a demência sem ser a de Alzheimer não são maiores se você for uma mulher. Um estudo examinando taxas de demência na Suécia descobriu que mulheres e homens eram igualmente propensos a desenvolver uma demência não de Alzheimer, à medida que envelheceram. Outra pista vem de um trabalho de pesquisadores de Harvard, que sugeriram que a substância chamada amiloide, um componente do adoecer de Alzheimer, pode ser depositada para combater infecções cerebrais. Se a sugestão deles estiver correta, podemos pensar na doença de Alzheimer como um subproduto do sistema imunológico do cérebro.

Outra pista é que as mulheres têm cerca de 2 vezes mais chances de ter doença autoimune do que homens. O motivo não é ainda claro, mas se sabe que o sistema imune geralmente é mais forte nas mulheres do que nos homens, e várias doenças autoimunes são mais comuns na gravidez. Pode ser que o sistema imunológico mais forte nas mulheres tenha sido projetado por Deus para proteger o feto de infecções. Então mulheres podem ter mais placas amiloides do que homens.

Dr. A. Burton, neurologista da Harvard, diz que as placas amiloides que causam a doença de Alzheimer podem fazer parte do sistema imune do cérebro para lutar contra infecções. Sendo este sistema feminino mais forte, nelas podem surgir mais placas amiloides do que nos homens, tendo risco maior de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso não significa que se você é mulher, é mais provável que desenvolva a doença de Alzheimer e não há nada que possa fazer sobre isso. Veja o que você pode fazer hoje mesmo:

Reduzem o risco de Alzheimer: (1) Exercícios aeróbicos tipo caminhada rápida, corrida, ciclismo, natação pelo menos 30 minutos por dia, cinco dias por semana. (2) Dieta vegetariana orientada por nutricionista que indica o vegetarianismo sem exageros. Coma frutas, vegetais, cereais integrais, legumes, pão integral. Tome um desjejum farto, um almoço sem exagero e um jantar leve, pelo menos 2 horas antes de dormir. Evite álcool, cafeína e tabaco. (3) Durma mais cedo, no máximo 10 da noite, em ambiente ventilado, escuro, silencioso. (4) Se envolva em atividades sociais como em sua comunidade religiosa. Leia bons livros, faça cursos para a terceira idade, aprenda tapeçaria, pintura em cerâmica, bordado, crochê, artesanatos. (5) Não guarde ressentimentos. Dê ajuda voluntária numa instituição filantrópica. Cultive gratidão. Isso ajuda a prevenir a doença de Alzheimer.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Eu seria feliz se ...

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Pare uns minutos e pense como você preenche ou completa essa frase: “Eu seria feliz se ...”. É melhor e mais importante escrever porque escrever nos ajuda a pensar melhor. Pode ter melhor resultado ainda escrever à mão numa folha de papel do que num aparelho eletrônico, como computador, celular ou tablet. Você pode colocar mais de uma coisa como resposta. Fazendo esta dinâmica a sós pode revelar coisas importantes para sua caminhada nessa vida.

Pare uns minutos e pense como você preenche ou completa essa frase: “Eu seria feliz se ...”. É melhor e mais importante escrever porque escrever nos ajuda a pensar melhor. Pode ter melhor resultado ainda escrever à mão numa folha de papel do que num aparelho eletrônico, como computador, celular ou tablet. Você pode colocar mais de uma coisa como resposta. Fazendo esta dinâmica a sós pode revelar coisas importantes para sua caminhada nessa vida.

O comum é pensarmos que seríamos mais felizes se um parente mudasse de conduta, ou se ficássemos ricos materialmente, se seu chefe, seu colaborador na empresa, se o governo, modificassem a conduta para chegar no nosso desejo.

Depois que você escrever completando a frase “Eu seria feliz se...” colocando vários itens, se desejar, pense no seguinte: “Do que escrevi, o que está sob meu controle e o que não está?” Por exemplo, vamos supor que você tenha colocado uma frase assim: “Eu seria mais feliz se o presidente do país tomasse a decisão de (fazer algo que você acha que seria bom para o povo).” Agora pense se isso (as decisões do presidente da República) estão ao seu alcance ou não?

Outro exemplo: se você colocou que seria mais feliz se seu parente adulto mudasse o jeito autoritário dele ser, pense: “Tenho controle sobre o comportamento dele/dela?”. Mais um exemplo: se você escreveu que se sentiria mais feliz se perdesse peso para tentar chegar no peso normal para seu biotipo, isso está ao seu alcance ou não?

Ao começar a pensar sobre o que você escreveu que o faria mais feliz, separe o que depende de atitude sua do que você é impotente para fazer ou mudar. Pense que em relação àquilo que você é impotente para mudar, a solução é aceitar essa impotência. Somos impotentes sobre um monte de coisas na vida, sobre pessoas, lugares, atitudes políticas que afetam nosso bolo, nossa paz, o senso de justiça. Realmente é doloroso pensar que o mal parece controlar os poderes que governam esse mundo. Mas alivia nossa dor e nos dá esperança pensar que o bem é soberano e que, ao final, em breve, ele vencerá.

Querer controlar o incontrolável nos estressa. Por outro lado, abrindo mão da tentativa de controlar aquilo diante do qual somos impotentes produz serenidade. Se você e eu nos rendemos ao bem e aceitamos a existência temporária do mal, e seguimos no caminho da virtude na força espiritual que podemos receber de cima, podemos ter paz interior e isso faz parte da sensação de felicidade.

Existem muitos aspectos de nossa vida que precisamos aceitar porque não podemos mudar. Aceitar essa realidade, em vez de revoltar-se contra ela, diminui a tensão mental, a ansiedade e a tristeza.

Pense e peça ajuda a Deus para Ele o ajudar a desmontar uma possível ideia que pode existir em sua cabeça de que para você ser feliz tem que ter isso ou aquilo que está fora do seu controle. E também peça ajuda e forças para lutar por aquilo que está sob sua responsabilidade e alcance.

Talvez a conhecida Oração da Serenidade possa ajudar. Uma versão dela diz assim: “Deus, concedei-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso mudar; coragem para mudar as que posso, e sabedoria para distinguir a diferença entre as que posso mudar e as que não posso.”

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O que você vai deixar de bom para a humanidade?

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Luciano Pavarotti nasceu e morreu em Módena, na Itália. Ele foi um cantor tenor lírico que popularizou a ópera. Uma das músicas que apresentava era “Nessun Dorma”, que significa “Ninguém Durma” em italiano. Numa parte da letra dessa ária (parte da ópera), está assim: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer.” E em seguida vem: “Desapareça, ó noite! Esvaneçam, estrelas! Esvaneçam, estrelas! Ao amanhecer, eu vencerei! Vencerei! Vencerei!”.

Luciano Pavarotti nasceu e morreu em Módena, na Itália. Ele foi um cantor tenor lírico que popularizou a ópera. Uma das músicas que apresentava era “Nessun Dorma”, que significa “Ninguém Durma” em italiano. Numa parte da letra dessa ária (parte da ópera), está assim: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer.” E em seguida vem: “Desapareça, ó noite! Esvaneçam, estrelas! Esvaneçam, estrelas! Ao amanhecer, eu vencerei! Vencerei! Vencerei!”.

Quando Pavarotti termina de cantar essa música, pelo menos numa de suas últimas apresentações, ele expressa uma face com uma combinação de angústia, tristeza e esperança. Será que, em algum nível de sua consciência, ele sabia ter uma doença grave mesmo antes do diagnóstico de câncer que veio em 2006, e por isso manifestava a face daquele jeito emocionante na parte final da apresentação de “Nessum Dorma”? É informado que ele deixou uma fortuna 200 milhões de euros e morreu aos 71 anos de idade em sua casa devido a um câncer do pâncreas.

Steve Jobs, que foi dono da Apple, fez um transplante de fígado. Deixou uma herança de alguns bilhões de dólares e morreu aos 56 anos de idade, oito anos depois de ser diagnosticado com câncer do pâncreas.

O apresentador de TV e dono da Rede SBT, Silvio Santos, morreu recentemente aos 93 anos de idade, por causa de uma broncopneumonia após infecção por H1N1. A gripe H1N1 é uma doença causada por uma mutação do vírus da influenza, conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, causada pela cepa de vírus H1N1, que começou em porcos. Parece que Silvio Santos deixou uma fortuna de cerca de 1 bilhão e 600 milhões de reais.

Estima-se que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogador de futebol, deixou uma fortuna de cerca de 80 milhões de reais após falecer em 2022 aos 82 anos de idade, por causa de câncer de cólon (intestino), broncopneumonia, insuficiência renal e insuficiência cardíaca. O humorista Chico Anísio morreu aos 80 anos de idade em 2012 por complicações respiratórias, talvez por ter sido fumante a vida toda. Deixou uma herança em torno de 20 milhões de reais. A jornalista Glória Maria, morreu em 2023, por câncer do pulmão, aos 73 anos de idade, deixando uma herança de possivelmente de 50 milhões de reais.

Em “Nessun Dorma” é cantado: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer”, sendo uma realidade independente da fortuna que possamos acumular e da fama que possamos adquirir.

Alguns pensamentos do texto bíblico para nossa reflexão nesse contexto de que nós devemos, infelizmente, morrer: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!” Eclesiastes 7:2, escrito por Salomão, que foi o homem mais sábio e rico que já existiu. “O que amar o dinheiro nunca se fartará do dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade.” Eclesiastes 5:10, também texto de Salomão, rei de Israel. “A sabedoria serve de proteção, como de proteção serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Eclesiastes 7:12. “E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.” Eclesiastes 2:11. “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:10. E veja essa fala de Jesus em Marcos 8:36: “... que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. E o mesmo Jesus disse: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá.” João 11:25.

O que você vai deixar de bom para a humanidade sem ser dinheiro e fama?

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Depressão é uma reação?

quinta-feira, 05 de setembro de 2024

A depressão é uma reação diante de uma perda. Na depressão a pessoa apresenta tristeza, falta de prazer e interesse em tudo, desânimo geral, apatia, insônia ou dormir em excesso, fadiga e desesperança, por um período seguido de pelo menos duas semanas.

A depressão é uma reação diante de uma perda. Na depressão a pessoa apresenta tristeza, falta de prazer e interesse em tudo, desânimo geral, apatia, insônia ou dormir em excesso, fadiga e desesperança, por um período seguido de pelo menos duas semanas.

Assim como uma infecção pode produzir febre. Perdas afetivas importantes podem produzir o estado depressivo em algumas pessoas. Perda afetiva significa ser abandonado por alguém, viver um divórcio, morte de pessoa querida, e outros eventos. Uma perda afetiva produz estresse. Estresse é o que é exigido de uma pessoa diante de algum desafio ou fator estressor. Exemplos: muito frio, muito calor, problemas conjugais, dificuldades no ambiente de trabalho, prazos curtos para tarefas, falta de dinheiro, violência social, corrupção, injustiça social, infidelidade conjugal, entre outros fatores.

Estresse não é doença, mas um mecanismo de adaptação que nosso corpo e mente adotam diante de alguma exigência. Por exemplo: você treme de frio porque a agitação dos músculos é um mecanismo de adaptação diante do fator estressor, sendo este fator a temperatura baixa demais para seu organismo. Neste caso, a tremedeira serve para aquecer seu corpo. Ao contrário, quando está muito calor e você sua muito. O suor é uma defesa contra o fator estressor que é a alta temperatura. Você sua para refrescar o corpo.

Assim, quando há rompimento de um relacionamento importante na sua vida, sua mente reage com tristeza. Pode ser um rompimento de uma idealização e não necessariamente de um relacionamento. Ou seja, a perda pode ser por você descobrir que a pessoa com quem construiu um vínculo no qual esperava algo bem idealizado, não tem como preencher tudo o que você esperava dela. Esta pessoa que acaba produzindo frustração pode ser seu pai, sua mãe, seu cônjuge, ou outro indivíduo.

Então, faz parte do tratamento do estado depressivo procurar entender as causas da depressão em vez de somente fazer uso de medicação. As causas não sendo elaboradas conscientemente para serem trabalhadas corajosamente, produzirão a persistência dos sintomas. Basear seu tratamento da depressão somente nos medicamentos é perigoso porque pode mascarar as causas verdadeiras do seu sofrimento.

No lidar com o estado depressivo é importante entender quais são os fatores gatilhos que favorecem o surgimento da depressão. Fatores gatilho são eventos do presente que tocam em feridas do passado e produzem mal estar emocional. Isso ocorre mais frequentemente nas pessoas propensas à tristeza, suscetíveis, vulneráveis.

Interessante observar que muitos casos depressivos são resolvidos espontaneamente sem tratamento. Isso porque a vida é terapêutica e muitos eventos traumáticos, experiências espirituais como uma conversão religiosa, a oração persistente, um despertar espiritual, podem produzir mudanças positivas no estado mental da pessoa.

Entenda que a maneira como você pensa exerce um forte impacto sobre como você se sente. Seus sentimentos resultam das mensagens que você dá a si mesmo pela sua cognição ou pensamento. Na teoria cognitiva para o surgimento da depressão, o humor e comportamentos negativos seriam resultados de pensamentos e crenças distorcidas, interferindo tanto no surgimento quanto na manutenção da depressão.

Pensamentos saudáveis não nos vêm naturalmente. Temos que lutar por eles. Por isso é importante educar nossos pensamentos para eliminar os ruins e doentios, e cultivar os que produzem esperança, confiança e serenidade. Um texto bíblico confirma isso ao dizer: “Quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança.”  Lamentações, capítulo 3 e versículo 21.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Por que a depressão aumenta no mundo?

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que em 2030 a depressão deverá se tornar a doença número 1 no mundo. O mundo está entristecendo. Os medicamentos antidepressivos não estão resolvendo tudo e não é de se esperar que eles façam isso porque as causas desse entristecer mundial se deve a muitos fatores, alguns complexos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que em 2030 a depressão deverá se tornar a doença número 1 no mundo. O mundo está entristecendo. Os medicamentos antidepressivos não estão resolvendo tudo e não é de se esperar que eles façam isso porque as causas desse entristecer mundial se deve a muitos fatores, alguns complexos.

Causas do avanço da depressão no mundo incluem: erros alimentares com consumo excessivo de gordura de origem animal, álcool, alimentos super processados, que prejudicam o cérebro; desnutrição; sedentarismo (falta de atividades físicas aeróbicas); deficiência de exposição à luz solar; privação do sono; isolamento social; conflitos na família de origem e na atual; violência social; corrupção em todos os níveis dos poderes sociais e políticos; pressão de ideologias que destroem o conceito saudável de família e de gênero, ideologias essas sem base científica, mas que afetam a estabilidade emocional especialmente das crianças; ganância material; competição cruel no mercado de trabalho apoiada por sociedades secretas; uso de outras drogas que afetam negativamente o cérebro sem ser bebidas alcoólicas, conflitos conjugais difíceis; vida nas grandes cidades poluídas em vários sentidos, falta de espiritualidade com apego ao materialismo, perdas difíceis como o divórcio, mortes precoces por violência e acidentes fatais muitos dos quais por imprudência e consumo alcoólico, entre outros.

Nos Estados Unidos, segundo a pesquisa Gallup, a depressão aumentou de 10,8% em 2015 para 17,8% em 2023. Uma em cada três mulheres (36,7%) relataram terem sido diagnosticadas com depressão em algum ponto de suas vidas, comparado com 20,4% entre os homens. Entre pessoas de 18 a 29 anos de idade 34,3% e entre 30 a 44 anos de idade 34,9% relataram ter tido depressão em algum momento.

No mundo todo quatro em cada dez adultos sofrem de depressão. Antes da covid-19 a depressão havia aumentado levemente, mas com a pandemia disparou o número de pessoas deprimidas. A causa foi isolamento social, solidão, medo da infecção, tensão pela possibilidade de perda do emprego, exaustão física especialmente nos que atuavam na frente da batalha, internação ou morte de familiar pela covid-19, aumento do abuso de substâncias como bebidas alcoólicas e outras drogas.

Se olharmos as principais causas da depressão como as citadas acima, podemos pensar nos passos que podem ser dados para reduzir ou eliminar as fontes que a produzem. Mas quem quer fazer isso? Querer tratar depressão só com medicação e manter as outras causas familiares e sociais doentias sem solução, não resolve.

Atitudes que favorecem o tratamento e prevenção da depressão incluem os adultos de uma família, pai e mãe, cuidarem de si sua saúde e a de seus filhos com prioridade. Isto envolve a vida emocional dessa família, a espiritualidade de todos, cuidados físicos com boa alimentação e prática de atividades físicas, eliminação do álcool e tabagismo, lutando contra a fissura pelo ganho material.

Cultivar a afetividade na família, com manifestações de carinho, atenção entre o casal e com os filhos, combinados com disciplina não rígida, mas firme, para com as crianças, e desenvolvimento de uma espiritualidade saudável, não fanática, são a base para fortalecer o emocional dos pais e dos filhos para prevenir entrar num estado depressivo no presente e no futuro.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Sanidade e insanidade

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Sanidade é a qualidade do estado de saúde de um ser vivo. Insanidade é a falta desta qualidade de bom funcionamento, e se usarmos a expressão “insanidade mental”, então estamos falando de falta de bom funcionamento da mente. Nem todos querem saúde porque há pessoas que perderam a esperança na vida, na possibilidade de recuperação e na capacidade do corpo-mente reagirem para viver.

Sanidade é a qualidade do estado de saúde de um ser vivo. Insanidade é a falta desta qualidade de bom funcionamento, e se usarmos a expressão “insanidade mental”, então estamos falando de falta de bom funcionamento da mente. Nem todos querem saúde porque há pessoas que perderam a esperança na vida, na possibilidade de recuperação e na capacidade do corpo-mente reagirem para viver.

Não é fácil adoecer. Até que uma doença se estabeleça no ser humano é preciso quebrar muitas barreiras contra a enfermidade. Por exemplo, no caso do câncer, além da possível tendência genética para esta doença, o indivíduo precisa violar muita coisa e por muito tempo na fisiologia, antes do câncer surgir. Um câncer não surge da noite para o dia. Antes dele aparecer e ser diagnosticado, o organismo já lutou muito para evitá-lo.

Os genes, no núcleo da célula, são ativados para coordenarem milhares de funções no corpo. Quando uma pessoa viola seguidamente e por um tempo longo as leis da saúde, eventualmente algumas células começam a ficar doentes e podem se tornar células cancerosas. Mas antes disto o corpo já produziu, através de genes P53, substâncias para evitar que aquelas células se tornassem cancerígenas, que são células muito egoístas, uma consome a outra, uma briga com a outra para ter “espaço”. O tumor é uma confusão de células egocêntricas que se matam entre si. A gente vê isto na sociedade também, e em todos os níveis sociais, econômicos e culturais, não é mesmo?

Quando a pessoa insiste em praticar coisas no estilo de vida que são insanas, os genes P53 dizem: “Não aguentamos mais!” e “pifam”, desistem, “jogam a toalha”.  Daí entra em ação um último recurso orgânico, em defesa da sanidade, que é a ativação dos genes NM23, que são os que tentarão evitar que o tumor produza metástases. Metástase significa que o tumor central enviou suas células egoístas para outro local do corpo, e ali elas se estabeleceram e começaram a “ganhar mais uma fatia do mercado”, destruindo, insanamente, as células sadias. A gente vê isto na sociedade também, não é?

E quando a pessoa, insanamente, persiste na conduta ruim para sua saúde, física, mental, social ou espiritual, as células sadias de seu corpo começam a dizer, angustiadíssimas, umas para as outras: “Acho melhor a gente desligar tudo, porque este individuo está dizendo que não quer viver. E se ele continuar a viver deste jeito, haverá muito mais sofrimento aqui no corpo e mente.” Daí começa a ocorrer o que se chama de “suicídio celular inteligente”. Ou seja, as células sadias começam a “desligar”, os órgãos começam a encerrar suas atividades, e a pessoa vem a morrer. A ideia das células cancerosas, insanas, é: “Vamos acabar com esta pessoa de maneira trágica, dolorida e sofrida!”. Enquanto que a ideia das células com sanidade é: “Vamos desligar a vida deste indivíduo de uma forma que ele sofra menos e para que não perpetue este sofrimento, já que ele insiste em se machucar.” Insanidade e sanidade.

Será que a sanidade pode curar a insanidade? A mente pode curar a mente? Você escolheu vir à existência antes de existir, e disse para si mesmo: “Bom, agora está na hora de eu nascer. Então vamos lá. Vou entrar na barriga de uma mulher e vou nascer.” Foi assim que sua vida começou? Temos capacidade de curar a nós mesmos, de produzir sanidade sozinhos em nossa própria mente? Se isto fosse possível seria o mesmo que você colocar você mesmo no colo fisicamente falando. Você consegue se levantar do chão, levantando sozinho seu corpo?

A sanidade mental começa e se desenvolve com boas escolhas, mas ela precisa de um poder maior do que o eu para ocorrer no indivíduo. O eu (self) é muito enganoso. O inconsciente nos dá constantes rasteiras. E muitas vezes o tombo é feio.

Quer sanidade mental? Comece com humildade. Pare com a arrogância. Ou se não há arrogância devido a algum poder que você possa ter, social, econômico, político, jurídico, eclesiástico, pelo contrário, se há medo, não desespere. Seja honesto e reconheça suas insanidades e peça sanidade. Suas células sadias irão gostar. Em seguida, faça o que você já sabe que é luz, bom, sadio, verdadeiro, honesto. Isto é sanidade.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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