O que a droga não te deu?

César Vasconcelos de Souza

Cesar Vasconcellos de Souza

Saúde Mental e Você

O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

É engraçado (modo de dizer), como que gestores públicos, em vez de se concentrarem em como podem produzir coisas, leis, serviços, para ajudar a população, gastam tempo, energia, dinheiro público para discutirem ideologias e forçar notícias que favorecem suas ideologias, aliás, muitas de conteúdo destrutivo. O cinismo e conflitos de interesses cauterizam suas mentes e os fazem imunes à percepção da verdade.

Alguns líderes do poder público, durante seu mandato, se empenham em tentar destruir seus opositores em vez de se empenharem em construir para a nação. Passam quatro anos no uso do poder somente para atacar seus oponentes e usufruir do conforto. Ao final do mandato construíram um patrimônio incompatível com o salário recebido e não fizeram nada significativo para a população. E nas próximas eleições voltam ao poder novamente para continuarem sua gestão pública inútil. Está claro que existe um poder que está por detrás disso que mantém a malignidade na ativa e reincidente no governo do povo em vários países. Como é difícil o bem vencer e se manter no poder. Forças mundanas o atacam, nessa mistura de mal com a aparência do bem, “bem comum”, “você não vai ter nada, mas vai ser feliz”, frases que você ouve constantemente pelos líderes mundiais ligados na implantação da new world order.

Uma pessoa com boa saúde mental vive sua vida com compenetração, honestidade, trabalho sério, procurando ser produtiva em seu negócio particular e também em seus relacionamentos. Ela tem interesse em compartilhar em vez de só acumular para si. Se esse tipo de pessoa comprometida com a verdade entra para a vida pública e quer ajudar a população, é atacada, perseguida, vira alvo de fake News, o tempo todo.

Uma pessoa com certas alterações em sua saúde mental vive sua vida fissurada em ter que enfiar pela garganta dos outros suas ideias que podem em grande parte ser delírios. Ela culpa alguém que pensa diferente, melhor e saudavelmente, acusando-a de ser preconceituosa. Alguns portadores de um transtorno mental que atuam na vida pública roubando e mentindo, podem se arrepender e mudar. Felizmente. Mas outros são portadores de defeitos crônicos de caráter sem interesse em melhorar, em cuja mente e ação predominam a ideação e a conduta de furto, acúmulo de bens com o dinheiro público desviado, conflitos de interesses nas escolhas das empresas que prestarão serviço para o governo, entre outras condutas ilegais e corruptas.

Se eu fosse um político, minha cabeça diz que eu iria pensar e defender a implementação na minha área de esfera (municipal, estadual, federal) aquilo que poderia diminuir o sofrimento das pessoas. Ponto. Não iria gastar minhas energias, tempo e dinheiro do povo, com obsessão por essa ou aquela ideologia, mas trabalharia para consertar os erros que prejudicam o bom funcionamento da sociedade. Sei que teria que ser forte e corajoso para enfrentar os empresários dominadores das licitações públicas via propina, os magistrados que vendem sentenças injustas e condenam inocentes criando narrativas fantasiosas com jeito de verdade, e políticos destruidores da pátria. Ilusão utópica? Creio que não, porque há gente do bem agindo assim nos poderes públicos, felizmente.

Sim, não é fácil ir contra a corrente do mal. Jesus certa vez disse que largo e fácil é o caminho destrutivo do mundo e estreito é o caminho das boas obras para a humanidade. Por fazer o bem, alguns de nós somos ameaçados não somente de ser processados juridicamente com argumentos falsos e distorcidos. Pior que isso, alguns são ameaçados de morte pelos poderosos que roubam a população, não querem sair do poder e não querem que o bem entre. Mas isso vai terminar.

Um jornalista entrevistou um traficante de drogas que ficou riquíssimo com a droga. Na entrevista o traficante estava encapuçado para não ser identificado. O jornalista lhe perguntou o que a droga tinha dado a ele. O traficante disse: “Iates, carrões, imóveis, mulheres, tudo o que o dinheiro pode comprar.” Em seguida, o repórter perguntou: “O que a droga não te deu?”. O traficante abaixou a cabeça, ficou quieto uns segundos, e disse: “A droga não me deu a paz.”

Só existe paz no bem e na verdade.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.

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