Blog de cezarvasconcelos_18844

Quem é sua fonte de amor?

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Precisamos de amor. Amor é uma das necessidades básicas do ser humano. Não vou conceituar amor nesse artigo, mas só para lembrar, amor não é controle, não é sentimento, não é sexo, não é uma emoção. O amor é paciente, é bondoso, altruísta, não é egoísta, está sempre com uma postura mental do tipo: como posso ajudar você? O amor não é ciumento, não domina a outra pessoa, mas a deixa livre, não fica trazendo as coisas de forma pessoal.

Precisamos de amor. Amor é uma das necessidades básicas do ser humano. Não vou conceituar amor nesse artigo, mas só para lembrar, amor não é controle, não é sentimento, não é sexo, não é uma emoção. O amor é paciente, é bondoso, altruísta, não é egoísta, está sempre com uma postura mental do tipo: como posso ajudar você? O amor não é ciumento, não domina a outra pessoa, mas a deixa livre, não fica trazendo as coisas de forma pessoal.

O mais comum é termos uma pessoa, ou mais de uma, como a fonte de nosso amor. Mas se partimos do princípio de que todos temos egoísmo inato, ou seja, recebemos a estrutura mental egocêntrica por herança das gerações passadas, não existe nenhum ser humano perfeito que possa nos amar perfeitamente.

Nos relacionamentos esperamos que as pessoas nos deem o que necessitamos. E alguns podem ficar tão obcecados com isso, que constroem relacionamentos difíceis porque se tornam exigentes quanto ao que as pessoas ao redor devem dar. A procura por um ser humano que se torne o “amor da minha vida” é inútil e ilusão se esperamos receber desta pessoa amor ideal.

Minha sugestão é que pouco a pouco você desconstrua a tendência de pensar, e com isso esperar, que existe alguém lá fora que vai lhe preencher tudo o que tem que ver com o amor que você deseja.

Desejar amor e ser amado não é o problema. Isso é normal. Mas nossos desejos podem estar misturados com egoísmo. Pense: ao ter uma atitude de amor para com alguém, você faz isso para dar ou receber? Ao amarmos de forma madura damos ao outro algo bom porque recebemos. Um texto bíblico diz que tudo o que é bom, se é realmente bom, vem do Pai das luzes, que é Deus o Criador do Universo. Você só pode ter amor verdadeiro se recebê-lo desta Fonte divina. O resto é misturado com egoísmo, dependência afetiva, controle, codependência, manipulação.

Se seu pai, sua mãe ou quem criou você era pessoa abusiva e vivia depreciando você, chamando-o de burro, você só será afetado por isso se crer que o que a pessoa dizia era verdade e absorver isso. Se alguém toma veneno, este veneno não afeta você, a menos que também tome o veneno.

A criança sensível afetada emocionalmente por ter vivido na infância num lar abusivo, pode ter criado uma crença psicológica em sua mente de que é realmente burra (ou outra coisa negativa) e sofre com isso. Para resolver este sofrimento ela precisa, assim que for possível, confrontar os pensamentos (crenças) em sua mente que dizem ser ela burra. Numa autoanálise ela vai precisar dizer para si algo tipo: “Na minha infância diziam que eu era burro. Cresci com esta crença. Agora vejo que isso não era verdade. Agora posso me respeitar e perceber meu valor como pessoa. Os pensamentos que querem me perturbar dizendo que sou burro, não precisam ter mais valor para mim porque não são verdades sobre minha pessoa.”

Então, hoje quando alguém lhe atacar com palavras nervosas e duras, pare de olhar o que e como a pessoa está falando e fazendo e pense em como aquilo está atingindo você, e no que provoca em suas emoções. E entenda e aceite que ao deixar de ter aquela pessoa como fonte de seu amor e valor próprio, você fica livre. Ela não mais terá poder sobre você. Sua fonte de amor não pode ser um ser humano, mas somente o Criador do Universo. Na primeira carta de João, no capítulo 4 e versículo 8 está escrito que Deus é amor. Ele é a única fonte perfeita de amor. Amor maduro vem Dele, chega em você e vai para o outro. Nunca vem de você mesmo e nem de outra pessoa originalmente. Por isso, ter o Criador como a única fonte de amor se torna libertador.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Por que é difícil compreender a nós mesmos?

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Por que é difícil ter uma visão mais clara de nosso comportamento e, em especial, de nossas motivações? Em parte, é porque o inconsciente não é somente uma área virtual de nossa mente cujo conteúdo não nos está acessível na hora em que queremos. O inconsciente é uma forma da gente ser. Ou seja, nós não apenas temos um inconsciente, nós somos, mais ou menos, inconscientes de nós mesmos.

Por que é difícil ter uma visão mais clara de nosso comportamento e, em especial, de nossas motivações? Em parte, é porque o inconsciente não é somente uma área virtual de nossa mente cujo conteúdo não nos está acessível na hora em que queremos. O inconsciente é uma forma da gente ser. Ou seja, nós não apenas temos um inconsciente, nós somos, mais ou menos, inconscientes de nós mesmos.

A Bíblia fala do inconsciente como espaço virtual mental. No Salmo 19 versículo 12 está escrito: “Quem pode entender os próprios erros? Absolve-me, Tu [Deus] dos que me são ocultos.” Veja agora o Salmo 90 no versículo 8 que diz: “Diante de Ti puseste as nossas iniquidades; os nossos pecados ocultos à luz do Teu rosto.” Erros ocultos onde? No espaço virtual em nossa mente chamado inconsciente.

Mas como comentei, não é difícil compreender a nós mesmos só porque temos um inconsciente que influencia nosso comportamento, mas porque também somos em grande parte inconsciente destas motivações que vem do profundo de nós mesmos e afetam o que fazemos e somos. Não é só ter, mas também ser inconsciente.

A melhora da autoconsciência ajuda muita coisa em nossa vida. A escritora inspirada Ellen White escreveu: “Grande conhecimento é conhecer-se a si mesmo. O verdadeiro conhecimento de si próprio induz a uma humildade que abrirá o caminho para que o Senhor desenvolva o espírito, molde e discipline o caráter.” Conselho aos Pais, Professores e Estudantes, p.419.

Nesse texto é dito que conhecer-se melhor, que é um processo contínuo, conduz a uma humildade. Por que? Porque ao sermos iluminados espiritualmente, nos tornamos mais conscientes de nossas motivações, do por que pensamos do jeito que pensamos, do por que sentimos este sentimento agora, e do por que tomamos esta atitude e não outra. Com a melhora da autoconsciência podemos escolher agir de melhor maneira com a gente mesmo, com as pessoas, com a vida e com Deus.

E importante lembrar ser humilde não é ser bobo, nem é ser pobre economicamente. É não deixar o eu complicado subir no palco para comandar a vida, é abandonar a arrogância pessoal, e isso nos faz pessoas mais eficazes porque vamos gastar menos tempo e energia para promoção do eu e nos tornaremos mais leves em nossos relacionamentos, inclusive com a gente mesmo.

Melhorar nossa autoconsciência para ficar mais claro para nós mesmos a razão pela qual pensamos, sentimos e decidimos isso ou aquilo, faz parte do que chamamos de inteligência emocional. Pessoas em desenvolvimento deste tipo de inteligência melhoram gradativamente a tomada de consciência do que fazem.

Em frente da casa de um amigo meu num condomínio, tem um rapaz que ao sair cedo para trabalhar liga sua motocicleta barulhenta, não fica acelerando e sai imediatamente após ligar a moto. Parece que ele tem consciência de que o barulho da moto pode acordar pessoas cedo de manhã, e por isso sai sem ficar perturbando o silêncio com o ronco de sua motocicleta.

Duas casas ao lado, outro rapaz também tem uma moto. Ele sai um pouco mais tarde, antes das 8h, mas age diferente. Liga a moto, a deixa funcionando com um barulho forte, sai acelerando, parecendo não ter consciência de que naquele horário o barulho da moto acorda pessoas que não precisam acordar cedo.

O que faz a diferença? Pensar na sua atitude. Autopercepção da própria atitude. Um pensa no incômodo do barulho da moto e o outro não pensa. Um se liga no conforto para a comunidade e o outro não se preocupa com isso. Você se conhece?

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Nossa tendência de experimentar medo e ansiedade é genética?

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

A revista Scientific American online publicou uma resposta à pergunta do título acima do dr. William R. Clark, professor do departamento de biologia molecular, celular e do desenvolvimento da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Original em inglês disponível nesse link: https://www.scientificamerican.com/article/is-our-tendency-to-experi/ Vamos ver a resposta do dr. Clark sobre se a ansiedade e medo tem base genética.

A revista Scientific American online publicou uma resposta à pergunta do título acima do dr. William R. Clark, professor do departamento de biologia molecular, celular e do desenvolvimento da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles). Original em inglês disponível nesse link: https://www.scientificamerican.com/article/is-our-tendency-to-experi/ Vamos ver a resposta do dr. Clark sobre se a ansiedade e medo tem base genética.

Ao sentirmos medo, a tendência automática é reagir frente ao perigo percebido. Pessoas diferentes reagem de forma diferente diante do medo. Quanto à ansiedade, algumas têm ansiedade traço, que é a que existe desde que o indivíduo era pequeno, enquanto que outras têm ansiedade estado, que surge temporariamente diante de algum evento estressor, mas depois retorna ao nível normal.

O medo ajuda a pessoa a não arriscar a vida. Serve de proteção. O problema é quando o medo se torna uma fobia, que é uma emoção de medo exagerado. A fobia não é útil e prejudica o desempenho da pessoa. A fobia e a ansiedade excessiva, explica o dr. Clark, causam não só angústia mental, mas vários sintomas físicos reais, incluindo dor localizada. Mas até que ponto o medo é aprendido com a vivência e a experiência do ambiente, e até que ponto sofre influência genética?

O estudo do medo em camundongos mostrou que ele pode ser criado seletivamente nas gerações seguintes, sugerindo forte componente genético. Camundongos selecionados ao acaso submetidos a um teste numa caixa aberta e iluminada, sem esconderijos, exibiam respostas diferentes. Alguns se encolhiam e ficavam parados perto de uma parede, defecando e urinando repetidamente, enquanto outros andavam pela caixa, cheirando e explorando sem preocupação.

Se os ratinhos medrosos forem criados uns com os outros ao longo de várias gerações, é possível desenvolver gerações nas quais todos os membros serão altamente ansiosos e com medo em testes diferentes. Interessante que eles não aprendem esse medo e ansiedade excessiva uns com os outros ou com suas mães. Um rato recém-nascido de uma linhagem temerosa, criado por uma mãe destemida junto com irmãos destemidos, ainda poderá medo quando adulto.

Camundongos sem receptores de células nervosas para o neurotransmissor Gaba (ácido gama-amino butírico) são mais medrosos do que os com o receptor. O Gaba é usado por regiões superiores do cérebro e pode funcionar para diminuir as respostas excessivamente temerosas aos estímulos ambientais. Verificou-se que camundongos sem um receptor no cérebro para hormônios do estresse glicocorticoides são bem menos ansiosos do que camundongos de controle.

Dr. Clark diz que há evidências em humanos, obtidas de estudos de crianças adotadas e gêmeos idênticos criados juntos ou separados, de que uma tendência à ansiedade e ao medo é um traço hereditário. Fobias específicas, como medo de cobras, de dor, altura ou espaços fechados, estão quase inteiramente ligadas a experiências ambientais individuais. Mas a tendência de desenvolver respostas de medo ou ansiosas ao meio ambiente em geral tem componente genético claro.

Parece que grande parte da contribuição genética para o medo e a ansiedade em humanos envolve neurotransmissores e seus receptores, e o Gaba e seus receptores têm papel fundamental. Talvez o mais importante neurotransmissor que media a ansiedade em humanos seja a serotonina. A depressão grave também tem um componente genético marcado.

Medo e ansiedade são influenciados por muitos genes. Não existe um simples gene de "medo" herdado de uma geração para outra. O que recebemos geneticamente de nossos pais nos predispõe a responder com maior ou menor grau de ansiedade a eventos em nosso ambiente. Mas o quanto nossa vida é afetada por essa predisposição herdada depende em grande parte de nossa história individual - o número, força, tipo e duração dos eventos que provocam tais reações.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Você se lembra que é uma criatura?

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Parece que vamos vivendo no automático como se fôssemos viver para sempre, como se não existisse fim, morte, aniquilamento. É bom estar vivo. Mas é bom também pensar que vamos morrer porque isso pode nos ajudar em muitas coisas. Inclusive a pensar como viver com melhor qualidade de vida, que não tem que ver necessariamente com crescimento econômico.

Pensar que somos criatura ajuda. O que é uma criatura? É alguém que foi criado, que não tem existência própria, que não pode perpetuar a vida. Somos isso como raça humana. Não somos deuses. Não temos vida própria, inerente ao nosso ser. Temos vida emprestada. Temos um prazo de validade, o qual pode ser maior ou menor dependendo de vários fatores, principalmente os ligados ao estilo de vida.

Meditar por uns momentos, vez ou outra, em nossa finitude pode assustar, porque surgem pensamentos que nos lembram que estamos caminhando para a morte. Mas pode ajudar porque podemos pensar sobre o significado da nossa vida e corrigir a tempo aquilo que pode nos matar mais rápido.

Talvez nos tornaremos mais humildes e menos arrogantes ao pensar que somos criaturas. Talvez nossa vida poderá se tornar mais útil. Poderemos caminhar rumo ao desapego de bens materiais, evitar discussões improdutivas, atitudes corrompidas, competição destrutiva.

Matamos uns aos outros talvez porque nos esquecemos que todos somos criatura. Somos semelhantes. Como criaturas somos irmãos. Precisamos uns dos outros. A função na vida não é roubar os outros, não é agredir as pessoas, não é acumular riqueza para viver com egoísmo e depois morrer. Não é ficar competindo para ver quem é melhor nisso ou naquilo, seja no meio comercial, empresarial, vida artística e esportiva, mundo político, ambiente familiar.

Somos criaturas. Pense nisso com mais frequência. Acho que pode ajudar a viver melhor, com simplicidade serena, com menos ansiedade e menos tristeza.

 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Por que uma pessoa fica deprimida?

quinta-feira, 02 de novembro de 2023

Ainda existem perguntas sobre o por que as pessoas ficam deprimidas. Nem sempre encontramos todas as respostas para muitos casos. Sabemos que cada um tem temperamento, visão de vida, maneira de lidar com conflitos, recursos mentais, história da infância, perdas que diferem bastante um do outro.

Nem sempre uma perda atual explica a razão de um indivíduo entrar em depressão. Pessoas com o mesmo tipo de perda – divórcio, morte de pessoa querida, demissão de emprego etc. – reagem de forma diferente, algumas se deprimindo e outras não.

Ainda existem perguntas sobre o por que as pessoas ficam deprimidas. Nem sempre encontramos todas as respostas para muitos casos. Sabemos que cada um tem temperamento, visão de vida, maneira de lidar com conflitos, recursos mentais, história da infância, perdas que diferem bastante um do outro.

Nem sempre uma perda atual explica a razão de um indivíduo entrar em depressão. Pessoas com o mesmo tipo de perda – divórcio, morte de pessoa querida, demissão de emprego etc. – reagem de forma diferente, algumas se deprimindo e outras não.

Tem teorias que afirmam que uma pessoa entra em depressão se e quando vive nutrindo pensamentos de derrota, de desvalor, de ser rejeitada, de baixa autoestima. Ela teria distorções de pensamento que favorecem o sentimento de tristeza que leva à depressão.

Outras teorias falam da importância dos traumas infantis e perdas na vida adulta como causadoras do estado depressivo. Algumas crianças realmente viveram em ambiente familiar nos primeiros anos da infância onde havia abuso verbal, físico, emocional, em alguns casos houve abuso sexual, e juntando isso com a sensibilidade daquela criança, talvez maior do que a de um irmão, e anos adiante surgiu a depressão. A depressão, nestes casos, seria uma reação dolorosa diante de perdas importantes na vida de uma pessoa sensível, vulnerável.

Pais neuróticos podem ser inconsistentes, uma hora dizendo uma coisa para o filho, outra hora dizendo o oposto, sem ternura, irritados, cheios de necessidades egoístas criando um mundo imprevisível e hostil para a criança. Com isso, a criança se sente confusa, desamparada, surgindo a raiva. Mas, uma criança pequena, normalmente dependente dos pais para a vida, pode ter medo de expressar raiva para com eles e ser rejeitada. Com isso, ela pode reprimir a raiva e acabar direcionando a mesma contra si, se atacando. É como se dissesse para si mesma: “Meus pais estão certos e eu errado. Não tenho valor”, e surge a depressão.

A criança, vítima de pais (pai e mãe) nervosos, agressivos não consegue pensar: “Mamãe grita comigo porque ela não tem controle emocional e não porque eu sou uma pessoa má.” A tendência é a criança pensar que ela é que está errada. Se esta atitude ruim dos pais se torna repetitiva ao longo dos anos, esta criança cresce com uma autoimagem negativa, se sentindo sem valor, e lá na frente, no casamento, no trabalho ou em outro relacionamento ao se envolver com alguém também abusivo, isto é o fator gatilho que pode desencadear um estado depressivo.

Na tentativa da criança ser amada, ela pode adotar inconscientemente papéis que são ruins para ela, mas que crê que poderá agradar seus pais e, assim, receber amor deles. Então, se torna sofredora de ansiedade excessiva ou desenvolve um estado depressivo, porque perdeu parte de sua identidade tentando ser perfeita. Algumas crianças criadas em lares ditatoriais, rígidos, inflexíveis, se deprimem porque sentem que nunca são boas o suficiente, não importa o quanto elas tentem. O problema não está nelas, mas no comportamento dos pais que pode ser agressivo, frio, injusto, abusivo, imprevisível.

Essa necessidade de agradar, e a falha em fazê-lo, pode causar na criança um sentimento de necessidade doentia de ser amada por todos, colegas da escola, membros da família, na vida adulta ser amada por colegas de trabalho, e de forma obsessiva pelo cônjuge.

A resolução do estado depressivo, então, na vida adulta, precisa passar por conseguir ter uma visão e correção das maneiras erradas de pensar sobre seu valor pessoal, entender que houve o cultivo de uma crença de se ver de forma negativa, e aprender a se valorizar, se respeitar, ter autocompaixão, perdoar os pais pelos erros que eles cometeram na criação dos filhos, e evitar manter a ideia de que alguém poderá preencher tudo o que faltou de afeto lá atrás.

Existem outras teorias psicológicas na tentativa de explicar as causas da depressão. A melhora depende mais de compreender as causas e trabalhar nelas conscientemente, do que de medicamentos numa boa parte dos casos.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com  

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Halloween: brincadeira inocente?

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Halloween veio de Samhain, antigo festival criado pelos celtas no norte da Europa. Samhain significa “fim de verão”. O festival simbolizava o fim do verão e início de nova estação, o fim da luz e o início da escuridão, o fim da vida e o início da morte. Na verdade, derivava de raízes pagãs e sobrenaturais, envolvendo sacrifícios e oferendas aos deuses celtas e práticas pagãs de adivinhação.

Halloween veio de Samhain, antigo festival criado pelos celtas no norte da Europa. Samhain significa “fim de verão”. O festival simbolizava o fim do verão e início de nova estação, o fim da luz e o início da escuridão, o fim da vida e o início da morte. Na verdade, derivava de raízes pagãs e sobrenaturais, envolvendo sacrifícios e oferendas aos deuses celtas e práticas pagãs de adivinhação.

Segundo a crença dos celtas, na data do festival, queridos falecidos os visitariam, e eles definiam um lugar à mesa para estes falecidos preparando um banquete, e colocavam guloseimas do lado de fora de casa para os espíritos errantes. Para afastar espíritos malignos de casa, os celtas colocavam abóboras esculpidas (ou nabos) na frente de suas portas. Se saíssem à noite, usavam fantasias para que, ao encontrar um espírito maligno, fossem confundidos com um espírito maligno e, assim, seriam protegidos do mal e dos problemas.

Ao longo dos séculos, Samhain seguiu em formas variadas até cerca de 609 D.C., quando o papa Bonifácio IV declarou nova celebração. Inicialmente, ele criou o "Dia de Todos os Santos" que celebra mártires e santos que não receberam um dia especial no calendário da Igreja Católica Romana. Mais tarde, o Papa Gregório III mudou a celebração para o outono para coincidir com Samhain, e o Dia de Todos os Santos continuou sua evolução para a celebração moderna do Halloween (hallow significa “faça santo” ou “considerar algo sagrado”).

Halloween também é uma época do ano celebrada por defensores da Wicca, uma rede de bruxas, que prega que 31 de outubro marca o momento em que a separação entre os reinos espiritual e físico é a mais fina, sendo o Halloween o melhor momento para interagir com o sobrenatural. Indo mais longe, algumas dessas conexões de outro mundo se alinham com o satanismo. O Halloween sempre manteve uma relação com o ocultismo. Além disso, a premissa do Halloween inclui uma exibição intencional e pública de imagens, travessuras e comportamento geralmente desprezado em qualquer outra época do ano. A data adquiriu um significado sinistro, com fantasmas, bruxas, gatos negros, fadas e demônios de todos os tipos que se diz estar vagando, sendo a hora de aplacar os poderes sobrenaturais que controlam o processo da natureza.

O costume das crianças pedirem doces ou fazerem travessuras de porta em porta se liga aos antigos sacerdotes druidas, que iam de casa em casa exigindo comida para seu consumo, bem como para oferendas aos seus deuses. Se as pessoas numa casa não lhes dessem comida, era feita uma maldição demoníaca sobre a casa e, segundo a história, alguém da família morreria dentro de um ano.

Há elementos do Halloween que são inofensivos e divertidos. Enquanto em outro, contém influências sinistras e promove comportamentos com realidades preocupantes para famílias de todas as origens. Fora a exploração industrial e comercial da data, que em 2021 rendeu cerca de dez bilhões de dólares.

Na crença cristã bíblica, as Escrituras instruem os cristãos contra a participação em práticas pagãs que envolvam bruxaria, ocultismo e adoração de deuses pagãos. O Halloween e seus costumes não têm raízes bíblicas, estando enraizados nas práticas ocultas e pagãs. Qualquer prática derivada do ocultismo é incompatível com os ensinamentos das Escrituras (Levítico 20:6 e Deuteronômio 18:10-12).

Como muitos não acreditam na existência de demônios, sentem que não há mal em brincar com essas “relíquias religiosas do passado”. As crianças são ensinadas que não existem seres como bruxas e espíritos malignos e que é divertido se vestir como fantasmas ou duendes. Triste isso. A negação da existência de Satanás e das forças demoníacas é claramente contrária às Escrituras. De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia afirma a existência de Satanás e seres espirituais demoníacos (Gênesis 3:1; Jó 1:6; Mateus 8:31; Apocalipse 12:9). Na educação das crianças, é importante que não plantemos ideias falsas em suas mentes.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Você sabe de que espírito é?

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

“Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56

Tempos atrás vi um anúncio de um programa jovem numa igreja. O título do programa era: “As aparências não enganam.” De fato, muitas vezes as aparências não enganam porque escapa em nosso comportamento o que vai em nosso íntimo, na parte mais profunda da mente humana.

“Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56

Tempos atrás vi um anúncio de um programa jovem numa igreja. O título do programa era: “As aparências não enganam.” De fato, muitas vezes as aparências não enganam porque escapa em nosso comportamento o que vai em nosso íntimo, na parte mais profunda da mente humana.

Grande conhecimento é conhecer-se a si mesmo. Você conhece a si mesmo? Sabe de que espírito é? Entende por que tem explosões emocionais que ferem as pessoas ao redor, ainda que você ache que foi “normal” o que fez, negando seu descontrole? Ou ainda não entende por que é vítima de abusos sem saber se defender e proteger?

A guerra espiritual entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, a justiça e a injustiça existe em nossa mente, em nosso círculo familiar, nas igrejas, no mundo político, empresarial, na sociedade. Jesus tinha clara percepção disso. Aparentemente do nada ocorreu um episódio entre o Senhor Jesus e Judas narrado assim nas Escrituras: E, após o bocado, entrou nele [Judas] Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.” João 13:27. Para o Senhor da Luz – Jesus Cristo – as aparências não enganam mesmo. Não era mais Judas agindo sozinho.

Você sabe de que espírito é? Tem se perguntado sobre que espírito possui sua mente? Ser membro de uma igreja ou de uma sociedade secreta, ter alta posição eclesiástica, não é garantia de ter o Bem no comando de sua vida. Não há meio termo sobre quem comanda nossa mente, ou é o bem ou o maligno.

Mas há grande diferença entre pessoas responsivas ao Deus Criador do Universo e as que são resistentes a Ele. “E aconteceu que, completando-se os dias para a Sua Assunção, manifestou [Jesus] o firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou mensageiros diante da Sua face; e indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para Lhe preparem pousada. Mas não o receberam.... E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma... porém Jesus os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56. Tiago e João nesse episódio representam aqueles que ainda possuem um espírito imaturo com doses de perversidade, mas tendo o coração sensível à voz de Deus. Aceitam a repreensão divina e mudam de atitude.

Por outro lado, há os que possuem não só um espírito imaturo com doses de perversidade também, mas sendo pessoas refratárias, insensíveis, resistentes à luz espiritual da verdade. São dolosas, rejeitando a luz com um ar de superioridade. Destas, o Deus da Bíblia Se refere dizendo: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” Mateus 23:13.

Hoje a Luz dá a chance a você de dar uma examinada para saber de que espírito você é. Não resista à essa Luz. Se há algo em seu jeito de ser que precisa de urgente mudança, admita isso, peça perdão por funcionar assim, e tome a decisão de resistir aos impulsos doentios de sua mente, evitando repetir o mesmo comportamento destrutivo. Há promessas que o Criador deixou nas Escrituras que ajudarão você nessa tarefa que é individual e pessoal. E esta prática é o complemento que pode estar faltando em sua recuperação de sofrimentos comportamentais que a psicoterapia e/ou a psicofarmacoterapia ou tratamento medicamentoso não conseguem prover adequada e profunda ajuda.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Crianças: que maravilha!

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Crianças são seres maravilhosos. Falam a verdade, são sinceras, não guardam ressentimentos, enfrentam a tristeza e a ansiedade à seco, não possuem preconceitos, são espontâneas.

O que você faz quando está muito triste ou com uma ansiedade muito forte? Toma um medicamento? Compra compulsivamente? Ataca a geladeira? Bebe demais? Usa alguma droga ilícita? Mete a cara no trabalho para não pensar no que dói?

Crianças são seres maravilhosos. Falam a verdade, são sinceras, não guardam ressentimentos, enfrentam a tristeza e a ansiedade à seco, não possuem preconceitos, são espontâneas.

O que você faz quando está muito triste ou com uma ansiedade muito forte? Toma um medicamento? Compra compulsivamente? Ataca a geladeira? Bebe demais? Usa alguma droga ilícita? Mete a cara no trabalho para não pensar no que dói?

Crianças também sentem angústia e tristeza. E elas não lançam mão destas fugas da dor emocional. Como elas aguentam? Elas podem ter provações tão difíceis de suportar como as que pessoas adultas enfrentam em certos momentos da vida. A gente não escuta uma criança de 6 aninhos de idade dizendo: “Mamãe, estou com uma angústia ruim!”, mas ela pode sentir essa emoção difícil.

Geralmente as crianças manifestam suas dores emocionais pelo comportamento. Podem ficar mais isoladas, irritadas, reclamando de dor em alguma parte do corpo sem ter nada de fato ali. Algumas voltam a urinar na cama quando já conseguiam controlar. Outras ficam hiperativas e agitadas. Estas e outras são manifestações da presença de sentimentos difíceis nas crianças.

Os pais precisam prestar atenção para isso e quando um filho ou filha manifestar um comportamento diferente, eles devem sentar com ela, olhar no olho, parar com as tarefas, desligar o celular, e procurar conversar com a criança perguntando como ela se sente. Se a criança disser, por exemplo, que está triste, não tente resolver isso imediatamente prometendo dar um novo brinquedo ou um picolé, sem conversar com ela. Pergunte: “Conta para a mamãe (ou para o papai) o que você sente.” Você pode explicar para ela que gente grande sente tristeza, ansiedade, medo, raiva, e explique brevemente o que é cada uma destas emoções, num linguajar apropriado para a idade daquela criança.

Em seguida, volte à pergunta: “Conte para a mamãe (ou para o papai) o que você está sentindo. Alguém disse ou fez algo com você que foi ruim?”, “Você está com medo de alguma coisa?”. Se a criança está diferente ao voltar da escola, pergunte a ela se ocorreu alguma coisa lá que ela não gostou. O importante é o pai e a mãe, ambos, manifestarem interesse sincero pela queixa da criança e deixar que ela fale, incentivando-a a falar.

Nunca minta para uma criança, pois isso a deixará confusa quando ela descobrir a verdade. Vamos supor que você está muito ocupada em casa, seu bebê está chorando no berço, a roupa no varal precisa ser tirada porque vem chuva, o feijão está esquentando no fogão e pode queimar, e o telefone toca. Sua filha de 8 anos atende e diz: “Mamãe, é para você!”. E por estar ocupada, você diz: “Fala com a pessoa que não estou! Agora não posso atender!”.

Quando a menina escuta “Fala com a pessoa que não estou” ela fica confusa porque você está ali com ela, ela aprendeu que não se deve mentir. Melhor você dizer: “Fale com a pessoa para ligar depois porque mamãe está ocupada” Alguns pais e mães agem com os filhos sem pensar no impacto das palavras sobre as crianças.

Crianças pegam as coisas muito literalmente. Seja sempre verdadeiro com ela o que não quer dizer que você terá que falar tudo para ela sobre o assunto. Na sua frente está um ser pequeno em crescimento e precisa de atenção, valorização, manifestações físicas e verbais de carinho, precisa de limites também, mas colocados de maneira educada e não em explosões de descontrole emocional por parte do pai ou da mãe. Crianças são uma alegria na nossa vida, cuide bem delas.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A morte vai acabar

quarta-feira, 04 de outubro de 2023

Existem dois tipos de morte biológica, a por necrose e a por apoptose. Não será pior a morte da confiança, da amizade, da afetividade, da verdade? O que cura a pessoa é a verdade e o amor. Jesus disse que vida eterna é conhecê-Lo, e que a morte é uma intrusa na vida. Ele disse que Ele é a Vida. Vai pensando nisso.

Existem dois tipos de morte biológica, a por necrose e a por apoptose. Não será pior a morte da confiança, da amizade, da afetividade, da verdade? O que cura a pessoa é a verdade e o amor. Jesus disse que vida eterna é conhecê-Lo, e que a morte é uma intrusa na vida. Ele disse que Ele é a Vida. Vai pensando nisso.

Os sucessos que geram fracasso quanto ao caráter são mortes patológicas. Nossa sociedade está cheia deste tipo de morte moral e ética. Na física quântica vemos que há partículas atômicas que são matéria, mas também energia. Elas ora surgem como energia, ora como partículas. Por aí podemos começar a ter um vislumbre do porque uma Pessoa – Jesus Cristo – poder ser matéria (matéria) e também Vida (energia). E isto não é uma questão panteísta. 

Quando se estuda a formação de um tumor cancerígeno, pode-se ver como o tecido canceroso é desorganizado, egoísta e feio, em contraste com o tecido saudável, que é organizado, ordenado, altruísta e bonito. A biologia fala da espiritualidade.

A morte por necrose de um tecido é uma morte patológica, doentia, acidental. É diferente da morte programada pelo organismo, que os cientistas chamam de “apoptose”. A morte por apoptose é o suicídio celular inteligente. Quanto você insiste em tratar mal seu corpo-mente, chega um ponto em que ele toma a decisão biológica de morrer por apoptose para evitar a morte por necrose e para evitar o prolongamento de um sofrimento maior.

A morte por necrose é como você arrancar uma folha ainda verde de uma árvore ou planta. Ela morre antes do tempo normal. Enquanto que a morte por apoptose é quando uma folha se desprende sozinha da árvore ou da planta e vai caindo ao solo, dançando como num balé final. 

A morte durará até o dia da ressurreição, pois veja o que Deus Criador diz através do apóstolo Paulo, “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos [a Bíblia compara a morte com um sono], mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; ..., e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós [os que estivermos vivos quando Jesus voltar em breve] seremos transformados, a trombeta soará e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. 1 Coríntios 15:51, 52 e 1 Tessalonicenses 4:16.

A morte é uma pessoa, assim como a vida é uma Pessoa. Um mau e o outro bom. Um criado e outro Criador. Nossas lutas pessoais e interpessoais não se restringem somente a questões psicológicas, sociais, políticas, econômicas, conjugais, familiares, biológicas. Elas estão envolvidas entre a morte e a vida, entre o mal e o bem. E seu papel nisto é sua escolha. Escolha a vida, o bem.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O que fazer com minha ansiedade excessiva?

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Quando alguém com ansiedade excessiva, seja fobia, crise de pânico, ansiedade generalizada ou outra, se submete a tratamento psicológico, aprende que o que é mais assustador para ela é o que ela precisa enfrentar. Muitos medos são vencidos enfrentando-os. A pessoa muito ansiosa pode ser ajudada ao pensar que não importa o quanto a ela se preocupa. Algumas coisas irão dar errado, algumas emoções serão desagradáveis e alguns problemas não poderão ser resolvidos. Quanto melhor e mais cedo aceitar isso, menos ansiedade surgirá.

Quando alguém com ansiedade excessiva, seja fobia, crise de pânico, ansiedade generalizada ou outra, se submete a tratamento psicológico, aprende que o que é mais assustador para ela é o que ela precisa enfrentar. Muitos medos são vencidos enfrentando-os. A pessoa muito ansiosa pode ser ajudada ao pensar que não importa o quanto a ela se preocupa. Algumas coisas irão dar errado, algumas emoções serão desagradáveis e alguns problemas não poderão ser resolvidos. Quanto melhor e mais cedo aceitar isso, menos ansiedade surgirá.

Preocupação excessiva produz ansiedade, e ansiedade conduz a pessoa para evitar o que ela precisaria enfrentar, e a leva a continuar com pensamentos negativos e condutas sofridas. Ansiosos podem ter intolerância para com a incerteza. Por isso, quanto mais uma pessoa for controladora, mais provável é que seja incomodada por preocupações que produzem muita ansiedade.

Michel J. Dugas é professor e diretor do Laboratório de Transtornos da Ansiedade do Departamento de Psicologia da Universidade Concórdia no Canadá e na técnica dele para o tratamento de transtornos de ansiedade existem fatores a seres trabalhados: 1 - Reconhecer a intolerância para com a incerteza; 2 - Reavaliar a utilidade da preocupação; 3 - Treinamento de solução de problemas, definindo o problema, criando metas para enfrentá-los, pensando nas alternativas, tomada de decisão e prática de soluções; 4 - Exposição com imagens do que produz ansiedade.

Preocupações inúteis travam a vida da pessoa. Se você compreende que sua preocupação com algo é inútil, não permita que este tipo de preocupação te prenda não a alimentando, questionando-a e a enfrentando.

Hábitos que ajudam a lidar com a preocupação: 1 - Identificar a preocupação que é produtiva e a que é improdutiva; 2 - Aceitar a realidade e se comprometer a mudar; 3 - Desafiar o pensamento olhando para o que no fundo produz a ameaça; 4 - Chegar a um acordo com o fracasso; 5 - Usar as emoções em vez de se preocupar com elas.

Algumas pessoas pensam que precisam ter que parar de se preocupar, e se estressam por “se preocupar com a sua preocupação”. Muitas crianças se tornam muito preocupadas porque seus pais também são muito preocupados, muito ansiosos, superprotetores, que enfatizam a vergonha e não elogiam o filho quando ele consegue vencer algo difícil para aquela criança.

Muitos adultos ansiosos tiveram problemas de apego na infância. Crianças que não experimentaram segurança, seja por negligência, abusos e falta de proteção, têm propensão a desenvolverem apegos inseguros, se tornando evitantes, com dificuldade de formar relações afetivas próximas, ou ansiosas que exigem muito contato e cuidado.

Pensar no que você pensa, melhora a autoconsciência o que por sua vez auxilia no combate à ansiedade excessiva. Pensando no que você pensa, ajuda a perceber que você pode ter pensamentos distorcidos, como a tendência de pensar em catástrofes, achar que estão todos contra sua pessoa, entre outros tipos de distorção de pensamento.

Pessoas muito preocupadas têm necessidade exagerada em controlar resultados, já que ligam o fracasso ao valor de quem elas são. Um fracasso não quer dizer que você não é uma pessoa de valor. Seu valor como pessoa não pode estar no que você faz, no que tem materialmente e nem no que as pessoas dizem de você. Seu valor é baseado no que o Deus Criador do Universo pensa de sua pessoa. E nosso valor como seres humanos é tão grande diante de Deus que Ele decidiu morrer em nosso lugar para termos vida eterna.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.