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Ano Novo com menos angústia e tristeza?

sexta-feira, 03 de janeiro de 2025

Vou repetir algumas ideias nesse texto, usadas no ano passado, porque acho que precisamos persistir na mesma busca do ano que passou, agora no Novo Ano, que é a luta contra a angústia e a tristeza. Mas tem algo novo também aqui nesse artigo.

Vou repetir algumas ideias nesse texto, usadas no ano passado, porque acho que precisamos persistir na mesma busca do ano que passou, agora no Novo Ano, que é a luta contra a angústia e a tristeza. Mas tem algo novo também aqui nesse artigo.

A sensação de impotência produz angústia. E às vezes a angústia é um sentimento que vem misturado com tristeza. Angústia gera aflição, e tristeza gera desânimo. É ruim e desagradável se sentir impotente diante da injustiça, da impunidade, do abuso de poder de magistrados, políticos, empresários, que manipulam a opinião pública e também destroem pequenos empreendedores com sua megalomania.

Quando alguém bem informado vê tanta coisa ruim que já acontece e que se vislumbra que acontecerá, isso pode gerar um estado emocional doloroso, e se a pessoa não encontra saída para sua angústia e tristeza, ela pode entrar em depressão pela perda da esperança.

Dói pensar que a sociedade será afetada pela ideologia que fala do “bem comum”, a qual envolve o controle, a castração da liberdade, conflitos de interesses econômicos e ideológicos. Machuca pensar em injustiças sociais praticadas pela liderança política de qualquer país, pela ignorância de boa parte da população que decide erradamente em eleições, influenciada pela manipulação da opinião pública produzida por poderosas redes de comunicação que são, na verdade, dúbias, jogando para este ou aquele lado conforme o interesse do momento, interesse econômico e de liberdade transgressora de princípios saudáveis de conduta.

Li uma frase que me chamou a atenção que dizia: “Impotência não é desamparo.”

Somos amparados por aqueles que nos ajudam. E há os que nos ajudam. Aceitar a impotência diante de injustiças sociais não é o mesmo que ficar desamparado e omisso diante da dor social. Fazer o bem é o melhor remédio contra este e outros tipo de injustiça. A resposta está no bem e não no revide do mal com o mal ou do bem com o mal. O mal tem seu limite. Ele não avançará nem mais um segundo e nem mais um milímetro além do que está estipulado. A vida espera a prática do bem. O tempo mostrará o bem e o mal, de forma que ficará claro para todo o Universo esse assunto de justiça e injustiça, hoje manchado com narrativas construídas contra a verdade. O desafio é ter força para esperar o tempo certo da implantação da justiça, suportar a dor e evitar ser conivente na prática da injustiça.

Aceitar a impotência diante da injustiça de um povo que vota sem conhecimento, de governantes, de um conhecido ou parente, é o primeiro passo para o alívio da angústia e da tristeza. No Ano Novo que começa, levantemos a cabeça com humildade, mas com esperança. Não com arrogância que pode se manifestar às vezes por frases tipo “que venha o novo ano”.  Não há justiça nesse mundo mal, do qual o Jesus Cristo Se referiu ao dizer: “Agora se aproxima o príncipe desse mundo e ele nada tem em Mim.” Definitivamente o sistema desse mundo não funciona do lado do altruísmo e da justiça social.

Portanto, a saída não está na direita, na esquerda ou no centro. A saída vem de cima, do Pai das luzes, do Criador do Universo.

Bom Ano Novo para você com a força de cima para lidar com a angústia e a tristeza, até que a justiça surja e acabe de vez com a mentira, a fraude, a corrupção e a maldade de baixo, porque a maldade sempre vem de baixo! Não vai demorar. Bom 2025!

Atenção! Agora estou colocando vídeos curtos de no máximo 10 minutos no Tik-Tok.  Acesse: @claramentent

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Quando eu crescer

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Gostei dessa frase que li essa semana: “Quando eu crescer, eu quero ser uma criança.” Você quer ser uma criança? O que tem de bom numa criança que pode se tornar um desejo adulto de ter as mesmas qualificações dela?

A palavra “adulterar” também se relaciona com um produto adulterado, não sendo o original. Ao nos tornarmos adultos, de certa forma e até certo ponto, vamos nos adulterando, deixando coisas boas do jeito da criança ser e assumindo posturas esperadas pela tradição, de um jeito adulto de ser.

Gostei dessa frase que li essa semana: “Quando eu crescer, eu quero ser uma criança.” Você quer ser uma criança? O que tem de bom numa criança que pode se tornar um desejo adulto de ter as mesmas qualificações dela?

A palavra “adulterar” também se relaciona com um produto adulterado, não sendo o original. Ao nos tornarmos adultos, de certa forma e até certo ponto, vamos nos adulterando, deixando coisas boas do jeito da criança ser e assumindo posturas esperadas pela tradição, de um jeito adulto de ser.

Que boas características existem no jeito das crianças serem? Confiança é uma delas. A criança confia no pai e na mãe. Elas tendem a interpretar ao pé da letra o que lhe dizem. Um dia falei para um netinho meu que iria colocá-lo numa mala para viajar comigo. Ele, surpreso, disse: “Mas vô, não vou caber na mala!”

É lindo ver como a criança confia no adulto que cuida dela. Se esse adulto, pai, mãe ou outro cuidador, mente para ela, isso é doloroso para a mente da criança. Ela fica confusa. Criança é uma das pessoas para quem nunca se deveria mentir, aliás, não deveríamos mentir para ninguém. Jesus certa vez Se dirigiu aos líderes da igreja que se agarravam às tradições em vez de na verdade das Escrituras, que eles pertenciam ao pai deles, o Diabo. E Cristo continuou dizendo sobre o Maligno: “Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44. Quem vive mentido tem como pai espiritual o Maligno. Crianças pequenas falam a verdade.

Outra característica linda de crianças é a espontaneidade. Eu conversava com um norte-americano num campus de uma instituição educacional nos Estados Unidos, quando meu neto mais novo recém chegado ali, na época com uns 4 anos de idade, se aproximou de mim. O norte-americano perguntou a ele se ele estava gostando de morar ali. Ele ainda não sabia nada de inglês, e após eu traduzir para ele a pergunta do americano, ele fez um gesto com o dedinho da mão mostrando que não. Ele deu uma resposta espontânea e sincera. Alguns adultos não toleram a sinceridade e preferem viver no engano da falsidade. Crianças normais não são falsas.

Também admiro o fato de crianças não guardarem ressentimento. Você pode brigar com elas, elas podem ficar chateadas com você, mas se em seguida você pede desculpas e conversa com elas, a atitude delas é de imediata reconciliação! Um neurologista da USP – Universidade de São Paulo – comentando sobre o que ajuda a prevenir a Doença de Alzheimer, entre outros fatores, disse: cultivar gratidão, se envolver em trabalho voluntário filantrópico e não guardar ressentimentos. Criança não guarda ressentimentos.

Fará bem procurarmos desenvolver, aprimorar ou, quem sabe, resgatar características saudáveis das crianças para aplicá-las em nossa vida, com prudência, em nossos relacionamentos. Confiar em pessoas confiáveis, ser espontâneo, não guardar ressentimentos, isso ajuda nossa saúde mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O doutor disse ...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Não me refiro a situações de saúde cuja principal atuação para a recuperação do bem estar do paciente está nas mãos do médico, como, por exemplo, a realização de uma cirurgia necessária. Nesse caso, o médico é a principal fonte de busca de recuperação da saúde, mesmo sendo o próprio organismo que faz o restante, como cicatrizar a abertura cirúrgica e mesmo ativar aspectos fisiológicos num órgão para a melhora da saúde.

Não é raro pessoas que baseiam o tratamento de qualquer enfermidade que possuam, no uso de medicamentos sintéticos, ficando numa dependência exagerada do médico quanto à prescrição de medicações, em vez de entenderem que elas têm uma parte a executar no processo de recuperação da saúde.

Por exemplo, uma pessoa com diabetes tipo 2, não dependente de insulina, cuja causa tem muito que ver com estilo de vida, pode ficar pensando que a solução é o uso de drogas para diabetes. Mas, o que esta pessoa faz sem ser tomar o medicamento? Algumas não fazem nada mais, enquanto que, no caso do diabetes, é provável que possa melhorar, e até ficarem curadas, caso apliquem em sua vida práticas saudáveis, como atividades físicas aeróbicas ao ar livre de preferência, dieta vegetariana, redução ao máximo ou eliminação do consumo de gordura de origem animal, eliminação do açúcar, redução do estresse. Tomar o medicamento para diabetes sem praticar mudanças no estilo de vida como estas que citei, faz com que a pessoa fique dependente de remédio e daí dizem: “O doutor disse que preciso desse remédio!”, como se fosse a única coisa a fazer no tratamento dessa enfermidade. Isso é comum em pessoas que gostam de tomar remédios.

O mesmo acontece quanto a sofrimentos mentais, como depressão, crise de pânico, entre outros. Tecnicamente, na maioria dos casos de sofrimentos emocionais, o medicamento, se realmente necessário, é o número dois no tratamento. O número um é a psicoeducação que é aprender a lidar com os pensamentos e sentimentos para que eles sejam saudáveis, realistas, não distorcidos, nem pessimistas e agressivos. Tomar medicação “controlada” psiquiátrica sem agir para mudar a forma não saudável de pensar e sentir, adia a cura e mascara o problema.

Quanto mais uma pessoa supervaloriza o uso de medicamentos sintéticos ou não, para a recuperação de sua saúde, sem se interessar em fazer mudanças positivas em seu estilo de vida alimentar e outros cuidados com seu corpo e mente, e quanto mais for atendida por médicos com visão reduzida do ser humano, mais provável é que fique dependente do profissional e da medicação para a recuperação de sua saúde. O profissional iluminado entende o que o Pai da Medicina, Hipócrates (460-370 a.C) disse, quando declarou que: “É mais importante conhecer a pessoa que tem a doença do que a doença que a pessoa tem.”

O paciente iluminado pode seguir a instrução correta do médico quanto ao uso de medicação, mas escolhe praticar em sua vida princípios de saúde já comprovados pela ciência como benéficos, como dieta vegetariana, prática de exercícios físicos aeróbicos, uso de água pura longe das refeições, exposição adequada à luz solar, eliminar cafeína, álcool, tabaco, entre outros produtos, respirar ar puro, dormir

cedo, de 7 a 9 horas por noite em ambiente escuro, e desenvolver a espiritualidade.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Quer descansar sua mente?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

O planeta Terra veio da escuridão. Ele era sem forma e vazio. Havia trevas sobre a face do abismo (Gênesis 1:1,2). Em seguida veio a luz, mas, interessante, não foi a luz do sol! A luz do sol não muda o caráter maligno dos corruptos. Um ser humano, antes de nascer e estando na barriga da mãe, está na escuridão. Depois ele vem à luz. Na verdade, o dia começa com tarde, com escuridão, à noite, e depois vem a parte clara, a luz, o dia.

O planeta Terra veio da escuridão. Ele era sem forma e vazio. Havia trevas sobre a face do abismo (Gênesis 1:1,2). Em seguida veio a luz, mas, interessante, não foi a luz do sol! A luz do sol não muda o caráter maligno dos corruptos. Um ser humano, antes de nascer e estando na barriga da mãe, está na escuridão. Depois ele vem à luz. Na verdade, o dia começa com tarde, com escuridão, à noite, e depois vem a parte clara, a luz, o dia.

Na vida emocional é assim também. Na luta com a angústia existencial que todo ser humano possui, é assim também. Primeiro vem a escuridão, depois a luz. Primeiro vem a angústia, depois vem o alívio dela, e a força para lidar melhor com ela.

Tem pessoas sem angústia? Existem corruptos que fizeram riqueza pela fraude que parecem viver numa boa, sem depressão, sem angústia? Parece que sim. A mente do mentiroso, corrupto, acaba ficando cauterizada a ponto de ele perder a noção e a valorização do correto, da justiça, e vive só no dia, não conhece a noite que descansa, ainda que durma fisicamente bem. O descanso que vem pelo sono é diferente do descanso que vem da vida espiritual. Uma pessoa mentalmente cauterizada não sabe que não conhece a luz que produz serenidade. Ela parece feliz, sem angústia, mas há um bloqueio na mente dela porque ela fugiu tanto da verdade e da justiça, que não discerne mais com sanidade. Quando um pouco da luz da verdade aparece na mente do corrupto, ele se apavora. Não estava feliz?

Saúde mental depende de discernimento, de honestidade emocional, de aprender a ser resiliente, compassivo, justo, honesto. Sem isto o que há é falsa saúde mental. O cérebro procura morrer para aspectos saudáveis do corpo, do discernimento da luz da vida, se seu dono se mantém corrupto, passando, assim, a mensagem para sua mente: “Apaga a verdade da minha consciência! Não quero pensar nisto!” E às vezes o cérebro obedece de tal forma, que desliga funções importantes do Sistema Nervoso Central. Daí a pessoa pode ficar fria emocionalmente, autoritária sem noção da sua agressividade, muito impaciente, confunde mentira com verdade, dá desculpas erradas para sua maldade e, na hipocrisia, vai na igreja tomar a comunhão ou participar de um culto, saindo dali para continuar com a maldade, a qual atrofia o cérebro e pode produzir demência.

A noite pode ser um descanso das lutas do dia. Mas será bom descanso para a pessoa coerente com as verdades do psiquismo saudável, da fisiologia cerebral, da neurotransmissão normais. Assim o cérebro descansa. A melatonina aumenta de madrugada e o cortisol fica num nível baixo na noite para a saúde do organismo.

Na vida experimentamos momentos difíceis e agradáveis. O que sentimos de prazeroso, pode não durar muito tempo. Mas a dor também não precisa ficar o tempo todo porque a noite chega e promove o descanso para os que favorecem este descanso.

A maioria dos sofrimentos mentais pode ser melhorada com a psicoeducação que tem que ver com aprender a conhecer e lidar com suas emoções, com seus pensamentos, detectando quais são doentios, distorcidos, a fim de poder corrigi-los conscientemente, racionalmente. Não é fácil, mas é possível para quem se empenha nisso.

Psicoterapia é trabalhar com alguém treinado para ajudar você a conhecer a verdade sobre seus sofrimentos psicológicos. Pode ser doloroso e, assim, muitos preferem tomar remédios e não precisar pensar, refletir. Muitos escolhem ficar no dia, curtir os contatos virtuais e baladas que deixam um vazio depois, usam drogas que machucam o cérebro.

Mas a noite sempre volta para lhe perguntar: Você quer descansar? Quer a verdade ou prefere ficar nessa vida corrupta, materialista estressante? A noite é uma boa hora para você parar e pensar. E escolher se quer uma vida digna, que faz sentido para o bem, que promove o alívio do sofrimento das pessoas sem conflitos de interesses, que favorece a justiça social e que ilumina outras vidas. Você tem a escolha.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Abra seu coração para amadurecer

quinta-feira, 05 de dezembro de 2024

Defesas psicológicas nos protegem de dores emocionais como o medo, insegurança, angústia, tristeza, vergonha entre outras. Porém, usá-las de forma rígida nos leva ao fechamento como pessoa, e nos impede de dar e receber coisas boas nos relacionamentos humanos.

Defesas psicológicas nos protegem de dores emocionais como o medo, insegurança, angústia, tristeza, vergonha entre outras. Porém, usá-las de forma rígida nos leva ao fechamento como pessoa, e nos impede de dar e receber coisas boas nos relacionamentos humanos.

Pessoas muito defensivas emocionalmente, se protegem demais da dor, da tomada de consciência de pensamentos e sentimentos difíceis de encarar, assim se afastam da verdade sobre si mesmas. Permanecer na defesa é não admitir seus problemas de comportamento. É negar suas limitações, medos, tristezas, angústias, defeitos de caráter.

Vivendo em negação a pessoa dá desculpas para seus erros, e tem dificuldade em admitir que erra. A defesa psicológica, portanto, é uma atitude mental que usamos para lidar com uma verdade que não queremos ver ou não estamos prontos para ver neste momento da vida. Até certo ponto ela é necessária, como, por exemplo, quando uma pessoa querida morre e você tem excesso de sono, qual é a defesa que sua mente escolheu para fazê-lo dormir muito e não pensar na dor. O normal, então, é mais adiante você começar a pensar na dor pela morte da pessoa amada, enfrentar este desconforto emocional, e superá-lo. Daí o sono exagerado desaparece por você não precisar mais desta defesa, por ter se fortalecido para lidar com o que a defesa encobria.

É desafiador conviver com alguém que vive muito na defesa emocional. O casamento, por exemplo, é um tipo de relação humana em que as defesas não mais necessárias de cada cônjuge, precisam ir caindo para a verdade surgir e ocorrer o crescimento afetivo. Se um esposo ou uma esposa muito defensiva, sempre se fecha quando o marido quer falar de assuntos profundos da vida deles, não admite ter problemas no seu jeito de ser, e pensa que por ter muita “emoção”, isto é o suficiente para a felicidade marital, ela está enganada quanto ao que produz harmonia conjugal.

Algumas destas esposas querem ser amadas, elogiadas, e que o marido tenha muito romance com elas, mas não querem sair da defesa, não querem abaixar o orgulho e admitir que elas também tem defeitos de caráter e problemas no seu jeito de funcionar como pessoa. A emoção não é o amor.

Se você é bem defensivo, ou seja, quando é preciso admitir para si mesmo e para outros os seus problemas, para que surjam justiça, sinceridade, humildade, esperança de crescimento no relacionamento, você se fecha, não olha para seus defeitos reais que podem estar sendo sinalizados por outra pessoa (mesmo sem tom de crítica, e feito com carinho e respeito), e, pelo contrário, dá uma de vítima, talvez dizendo: “Ah! Você só olha meus defeitos!”, ou “Procure alguém ideal e me deixe!”, esta defesa bloqueia sua percepção dos seus problemas que interferem no relacionamento. Você foge da verdade.

Fugir da verdade pode ser feito por motivo corrupto consciente, para obter vantagens econômicas, poder sobre os outros, ficar na zona de conforto. Mas nas relações humanas, especialmente no casamento, é algo inconsciente. A pessoa pode não reconhecer seu defeito de caráter o qual escapole entre os dedos e só outros notam.

Quando um cônjuge sinaliza a existência de um problema comportamental no companheiro(a) que não enxergava isto até então, pode haver dois tipos de resposta: 1)“É verdade! Não havia percebido isto em mim! Obrigado por me mostrar! É difícil olhar para isto, mas não quero viver me enganando e prejudicando o relacionamento com as pessoas.”, ou 2)“Você só vive me criticando! Não quero falar sobre isto! Você exagera!”.

No primeiro caso se trata de uma pessoa não defensiva, ou que está deixando de ser defensiva, que quer amadurecer e entendeu que para isto precisa admitir que tem problemas também, o que não diminui seu valor como pessoa. No segundo caso, se trata de alguém bem defensivo, que foge da verdade, embora possa ser cheia de emoções, romance, ilusões. O que cura a pessoa e os relacionamentos é a verdade e o amor (não baseado em só em sentimentos). Saímos da mentira, da defesa neurótica, ao estarmos prontos e querendo a verdade sobre nós mesmos. E isso é decisão pessoal.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Vergonha Saudável e Tóxica

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Vergonha é um sentimento que pode surgir quando uma pessoa se sente vítima de algum tipo de abuso, quando foi feito contra ela algo humilhante.

Existe a vergonha saudável e a tóxica. A tóxica destrói a vida, é uma experiência dolorosa, uma ferida profunda, nos separa de nós mesmos e dos outros, nos faz rejeitar a nós mesmos, e esta rejeição requer um disfarce, uma dissimulação, você a encontra no doutor e no iletrado, no rico e no pobre, no poderoso e no impotente.

Vergonha é um sentimento que pode surgir quando uma pessoa se sente vítima de algum tipo de abuso, quando foi feito contra ela algo humilhante.

Existe a vergonha saudável e a tóxica. A tóxica destrói a vida, é uma experiência dolorosa, uma ferida profunda, nos separa de nós mesmos e dos outros, nos faz rejeitar a nós mesmos, e esta rejeição requer um disfarce, uma dissimulação, você a encontra no doutor e no iletrado, no rico e no pobre, no poderoso e no impotente.

Por outro lado, o sentimento saudável de vergonha nos ajuda a compreender que somos limitados como seres humanos. Nenhum ser humano tem ou poderá ter um poder ilimitado. A limitação é nossa natureza fundamental. Não aceitar isto, produz problemas psicológicos e sociais.

A vergonha saudável nos ajuda a perceber nossos limites. Nos mantêm firmes, auxiliando-nos a perceber nossa limitação. Nos mostra que não somos Deus, que cometemos erros, mesmo sendo sábios, e cometeremos outros erros, mesmo nos tornando mais sábios. Daí, precisamos de ajuda. Você aceita isso? Aceita sua limitação? Ou tem vergonha de ter vergonha? Vergonha aqui significa limitação, falhas, erros. Não é vergonhoso cometer falhas quando fizemos o nosso melhor. Mas repetir os mesmos atos errados e esperar resultados melhores, isso é insanidade.

Nossa vergonha saudável nos ajuda porque ao nos ajudar a conhecer melhor nossos limites – o que podemos e o que não podemos – evita que nos desgastemos indo em busca de metas que não podemos alcançar, fazer coisas que não podemos mudar ou querer controlar o incontrolável.

Pense: cada ser humano precisa de outro ser humano. Você não teria chegado aonde chegou se alguém não tivesse lhe ajudado.

Crianças muito pequenas e ainda indefesas para saberem fazer certas coisas, podem ter recebido de pais nervosos, bombardeios: “Vamos lá, seu vagabundo, levante da cama e vá comprar pão na padaria!”. Tornaram-se crianças assustadas, desenvolvendo nelas uma vergonha tóxica. Pai, ou mãe, que teve um pai, ou mãe, também desumano, que faz a mesma coisa ruim, leva à repetição da mesma história de dor, medo, susto para a geração seguinte. Não está errado uma criança ter medo de comprar pão, sozinha na padaria porque ela ainda é pequena. Então, a criança passa a ser obrigada a ter de dissimular a vergonha e a insegurança, se rejeitar, por sentir que a insegurança é um erro seu em vez de um limite normal para a idade, e passa a ter uma vergonha tóxica, com medo do deboche dos adultos, tendo prejuízo na construção de seu autorrespeito.

John Bradshaw no seu livro “Curando a Vergonha que Impede de Viver”, página 24, diz: “Não podemos vencer sozinhos. Nenhum ser humano pode. Mesmo depois de termos alcançado algum senso de domínio, mesmo quando somos independentes, ainda teremos necessidades. Precisaremos amar e crescer. Precisaremos nos preocupar com outras pessoas e precisaremos de que necessitem de nós. Nossa vergonha funciona como um sinal saudável de que precisamos de ajuda, e de que precisamos amar e manter um relacionamento carinhoso com outras pessoas”. E acrescenta: “Nossa vergonha saudável é a base psicológica da nossa humildade.” (p.26). Ser humilde não é ser pobre materialmente. É reconhecer nossas limitações e nos aceitar apesar disto.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Aceitar suas limitações produz alívio

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

“A auto-importância é nosso maior inimigo. Pense sobre isso – o que nos enfraquece é nos sentirmos ofendidos pelos atos e delitos de nossos semelhantes. Nossa auto-importância requer que gastemos a maior parte de nossa vida ofendidos por alguém.” (Carlos Castaneda, Touchstones: A Book of Daily Meditations for Men”).

“A auto-importância é nosso maior inimigo. Pense sobre isso – o que nos enfraquece é nos sentirmos ofendidos pelos atos e delitos de nossos semelhantes. Nossa auto-importância requer que gastemos a maior parte de nossa vida ofendidos por alguém.” (Carlos Castaneda, Touchstones: A Book of Daily Meditations for Men”).

Você se sente ofendido por alguém hoje? Está guardando algum ressentimento por comentários ou descuidos desagradáveis que fizeram com sua pessoa? Você se sente tenso ou desconfortável pela maneira como foi tratado por alguém? Pode ser que você se sinta justificado ao se sentir magoado e acredita que sua reação está correta. Pode surgir dentro de sua pessoa um sentimento de que “estou certo e a outra pessoa está errada”.

O autor Castaneda explica que mesmo que você se sinta justificado ao ter o sentimento de mágoa, não importa, manter o ressentimento pode encher você de orgulho e desperdiçar sua energia. Sendo até agora uma pessoa muito sensível, isso geralmente pode produzir uma postura de autojustificação a qual conduz para longe, por exemplo, de um despertar espiritual importante para sua serenidade. Com isso sua força diminui.

No texto da meditação “Touchstones: A Book of Daily Meditations for Men”, Carlos comenta sobre quão melhor é abandonar a retidão no sentido de exigência rígida, cruel e perfeccionista, abandonar a grandiosidade ou orgulho e aceitar as imperfeições dos outros. E, claro, aceitar suas imperfeições também. Lembrando que aceitar é diferente de concordar. Aceitar tem que ver com parar de negar uma realidade, admiti-la embora não concorde com ela.

Quando, então, abandonamos nossa autojustificação, quando aceitamos que erramos, que não somos perfeitos, que não somos deuses e, portanto, temos importantes limitações que o poder econômico ou outro poder humano não resolve, quando aceitamos também as limitações dos outros e paramos de esperar deles a perfeição, nos tornamos melhores pessoas, nossa força e energia podem, então, serem focadas em alcançar metas mais significativas e valorosas na vida.

Interessante que no livro de Eclesiastes no Antigo Testamento, na Bíblia, escrito pelo Rei de Israel, Salomão, tem um versículo que diz assim: “"Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?" Eclesiastes 7:16.

Pegue leve com as pessoas e consigo mesmo. Isso diminui a ansiedade. É possível fazer isso e ao mesmo tempo ser responsável, produtivo, assertivo. Abandone ressentimentos porque deixá-los de lado favorece sua saúde mental e até sua saúde física. Aceite suas limitações, pois isso diminui o estresse e produz alívio.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Estamos destruindo nossa casa

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Fritjof Capra, foi professor de física quântica na Universidade da California em Berkeley. É um físico teórico e escritor que tem desenvolvido um trabalho sobre a promoção da educação ecológica. Décadas atrás num de seus livros ele falava sobre a importância de uma vida simples, consumo frugal, consciência ecológica para a sobrevivência de nosso planeta. Ele comenta: “O conhecimento vem sendo dominado por grandes corporações mais interessadas em retornos financeiros do que no bem-estar da humanidade.

Fritjof Capra, foi professor de física quântica na Universidade da California em Berkeley. É um físico teórico e escritor que tem desenvolvido um trabalho sobre a promoção da educação ecológica. Décadas atrás num de seus livros ele falava sobre a importância de uma vida simples, consumo frugal, consciência ecológica para a sobrevivência de nosso planeta. Ele comenta: “O conhecimento vem sendo dominado por grandes corporações mais interessadas em retornos financeiros do que no bem-estar da humanidade. Sendo assim, precisamos urgentemente de uma ciência e tecnologia que respeitem a unidade de toda a vida, reconheçam a fundamental interdependência de todo fenômeno natural e nos reconectem com a Terra” (https://ideiasustentavel.com.br/entrevistas-abaixo-o-humanismo-individualista/ Visita em 18/10/2024).

Capra defende a ideia de que todas as formas de vida natural, células, animais, plantas, seres humanos, funcionam melhor em redes e não de forma individualista. Para nossa sobrevivência como raça humana seria necessário uma integração com a Natureza em vez de destruição dela por interesses econômicos egocêntricos.

No mundo capitalista a ideia é que lucrar é mais importante do que a preservação da Natureza, incluindo a vida humana. A política pode usar a tecnologia para fins egocêntricos e de enriquecimento pessoal em vez de usá-la para o desenvolvimento da comunidade, especialmente dos menos favorecidos.

Não iremos seguir muitos anos de vida nesse planeta não tanto porque os gananciosos estão destruindo a vida na Terra, mas também porque a profecia bíblica aponta para o fato de estarmos no fim do fim, antes do retorno de Jesus para o Juízo Final e estabelecimento de uma nova Terra e nova vida com justiça e a morte não mais existirá (ver Daniel capítulo 2 e João capítulo 14 na Bíblia).

O professor Capra fala em “alfabetização ecológica” que é o ensino de como praticar a sustentabilidade para diminuir ou interromper a destruição da Natureza. A ganância material produz burrice ecológica porque com a mente embotada pelo egoísmo o indivíduo segue destruindo para criar seus empreendimentos com fim de lucro. Ele destrói a própria casa onde mora para ter mais dinheiro nos bancos.

Importante para a preservação da vida na Terra não é o que podemos extrair dela, mas como preservá-la. O que a Natureza nos ensina? O que os sintomas de destruição dela trás de lições para nós? Se não atentarmos para os sintomas e partir em busca das suas causas, a destruição prossegue e como consequência temos alimentos contaminados cheios de defensivos químicos, alguns cancerígenos, poluição do ar, aumento dos alimentos super processados feitos com produtos geneticamente modificados, prejudiciais à saúde, entre outros malefícios. Capra explica sobre a importância de obtermos conhecimentos sobre como produzir materiais e tecnologia com uso de produtos biodegradáveis e recicláveis.

A fissura por crescimento econômico faz dos seus participantes pessoas que ficam cegas para o bom senso e chegam ao ponto de violência caso alguém ou uma instituição queira proteger o meio ambiente. Conheço gente que foi ameaçada de morte por empreendedores imobiliários por defender a não destruição de lagoas e vegetação em seus relatórios sobre determinadas áreas.

Importante distinguir o bom crescimento do ruim. Capa explica: “O bom crescimento relaciona-se a processos de produção e serviços mais eficientes com energias renováveis, emissões zero, reciclagem contínua de recursos naturais e restauração dos ecossistemas terrestres. As companhias precisam reavaliar seus processos de produção e serviços para determinar quais deles são ecologicamente destrutivos e, por essa razão, devem ser substituídos. Ao mesmo tempo, as empresas precisam diversificar seus portifólios na direção de produtos e serviços verdes.”

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Só a verdade cura

quinta-feira, 07 de novembro de 2024

Não tem saída para problemas emocionais pessoais, familiares, sociais, políticos e até empresariais, sem o conhecimento e a prática da verdade. A verdade é corretora, preserva a saúde, pessoal, familiar, social, política, corporativa, espiritual. A meta da psicoterapia, que é um tratamento psicológico para resolução de conflitos e sintomas emocionais, é a busca da verdade de como se lida com pensamentos, sentimentos, decisões, motivações, necessidades de afeto, para ver o que funciona mal nisso e o que precisa conserto.

Não tem saída para problemas emocionais pessoais, familiares, sociais, políticos e até empresariais, sem o conhecimento e a prática da verdade. A verdade é corretora, preserva a saúde, pessoal, familiar, social, política, corporativa, espiritual. A meta da psicoterapia, que é um tratamento psicológico para resolução de conflitos e sintomas emocionais, é a busca da verdade de como se lida com pensamentos, sentimentos, decisões, motivações, necessidades de afeto, para ver o que funciona mal nisso e o que precisa conserto. Conhecer a verdade, então, pode libertar a pessoa do sofrimento que ela não mais precisa continuar a ter.

Mas você precisa querer a verdade se deseja cura. Não se pode impor a verdade para quem não a quer. A mentira destrói e seus resultados são desastrosos para a pessoa, para a família, para a sociedade. Nosso organismo funciona bem na base da verdade. Por exemplo, a mentira diz que o vinho faz bem ao coração. A verdade diz que é o resveratrol da uva que pode dilatar artérias e ajudar o coração e a circulação, e que o álcool do vinho continua sendo tóxico para o corpo e o cérebro.

A mídia, por conflitos de interesse, pesquisa superficial, ideologias, ignorância no assunto, muitas vezes divulga para milhões de pessoas informações mentirosas como se fossem verdades científicas. Ou anunciam meia verdade. Mas ninguém precisa continuar sendo enganado se realmente quiser a verdade e se tiver a disposição procurar por ela.

Não tome decisões importantes na sua vida baseado nos seus sentimentos, nas suas emoções, mas no conhecimento racional da verdade, a qual não é algo relativo. Ela tem solidez, conteúdo certo, parâmetros equilibrados, e é estável.

Na estrutura de nosso caráter, se você professa ou não uma religião, existe a mentira e a verdade misturadas. De repente surge de dentro de você um impulso destrutivo que você desconhecia. Daí você agride alguém com uma palavra, uma atitude ou uma omissão. E surge um bom pensamento de ajudar alguém sem nenhum interesse por detrás. O eu não pode curar o eu. Precisamos do poder da verdade que vem de fora e de cima para que ela vá acabando com nossas mentiras se quisermos que ela faça isso e se a escolhermos para governar nossa mente e nossa vida. O que tem escolhido para dirigir sua vida, a mentira ou a verdade?

Os erros existentes na sociedade só podem ser corrigidos pela verdade. Não devemos ter simpatia pelos ricos que oprimem os pobres e nem encorajar os pobres em ações contra os ricos por causa do ciúme e inveja dos ricos. Não apoie aquilo que leva os poderosos a atropelar os fracos e indefesos. Precisamos aprender a ser imparciais e mais que isso, aprender a abrir a mão aos necessitados e ter compaixão pelos aflitos e pelos que estão sofrendo necessidade.

A verdade coloca seu selo sobre as pessoas não em função da posição delas, não devido à riqueza material ou grandeza intelectual delas, mas em função da incorporação da verdade na vida pessoal. É a pureza do coração operada pela verdade que constitui o verdadeiro valor dos seres humanos. E perguntas importantes para você fazer a si mesmo são: Quero a verdade? Quero a verdade para melhorar meu caráter? Quero a verdade para praticá-la e amadurecer em vez de egoistamente só querer tirar benefícios dela? Quero a verdade para ela administrar minha vida? Quero para ela me curar, ou quero a cura na mentira? Não tem cura na mentira, nem pessoal, nem familiar, nem nos poderes sociais.

Você e eu recebemos vida por um tempo para ver se aceitaremos e praticaremos a verdade. Nela obtemos alívio, conseguimos progresso, ajudamos os oprimidos e construímos um estado de coisas na sociedade que favorece a justiça social. O sistema do mundo não funciona baseado na verdade. Mas você pode evitar seguir nessa onda, resistir à mentira, e escolher a verdade que produz cura. Vivendo a verdade você vai ser perseguido, mas ajudará muita gente e terá paz interior que nenhum poder desse mundo poderá tirá-la da sua mente.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Forçar a barra

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Procurar entender de onde vem sua tendência para controlar, é um bom primeiro passo para a recuperação que alivia o peso na vida. Talvez você cresceu se sentindo inseguro por dificuldades em se sentir amado, aceito e valorizado. E essa insegurança pode estar empurrando você para querer controlar tudo na ideia de que o controle resolve a insegurança e o que faltou emocionalmente. Não resolve. A insegurança emocional pode ser resolvida com aceitação das suas limitações, perdas, sem revolta. Tem que ver com perdoar pessoas que não conseguiram lhe dar a nutrição afetiva que produziria segurança. E tem que ver com valorizar sua pessoa pelo que você consegue ser e fazer, mesmo lutando com a sensação de insegurança.

Esta carência (real ou imaginária) pode estar há anos causando em sua pessoa uma sensação de abandono, de falta de identidade. Mas é possível romper esse padrão de comportamento para que a vida se torne leve, sem você ter que forçar as coisas para que se tornem como você quer. Importante entender que não temos poder de controlar outra pessoa. Nesse caso cabe pensar que ela vai ser o que ela consegue ser e não o que você queria que ela fosse.

Procure pensar e detectar que coisas em sua vida você está tentando forçar a barra, especialmente no sentido de atitudes de manipulação de pessoas e também de forçar a si mesmo sem se permitir relaxar e descansar. Decida interromper este comportamento seu. Abra mão de querer controlar. Evite ficar obsessivo quanto ao comportamento de outra pessoa e se volte para viver sua vida, um dia de cada vez.

Vai ficar mais leve sua existência. As pessoas com quem você convive se sentirão mais à vontade com sua presença. Isso pode facilitar o afeto delas chegar até você e, até certo ponto, melhorar algumas de suas carências. E você pode conseguir gostar mais de si de forma não egocêntrica.

Você não precisa controlar ninguém hoje. Controlar é uma ilusão e acabar com a ilusão é um grande passo para encarar a realidade e aprender a viver com ela de modo melhor. Não somos deuses. Não podemos tudo. Não conseguimos tudo dos outros, mesmo dos que nos amam de verdade.

Comece agora mesmo a desmontar seu jeito de ser controlador ou forçador de barra em qualquer sentido que isso existe em sua vida. Sente no banco do carona. Olhe para as montanhas. Faça seu melhor, se esforce para praticar hábitos saudáveis, e para de forçar a barra. É aliviante.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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