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Você se lembra que é uma criatura?

quinta-feira, 09 de novembro de 2023

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Você se lembra que é uma criatura? Se puder, dê uma olhada agora ao redor onde possa ver pessoas. Repare os movimentos delas. Algumas falam, outras leem algo no computador, outras ainda andam pela calçada. Estão vivas como eu que escrevo esse texto e você que o está lendo.

Quanta história existe em cada um de nós! Genética, epigenética, família, infância, escola, amigos, igreja. Somos resultado de tudo isso. Uma complexidade, não é mesmo? Somos uma complexidade maravilhosa, e ao mesmo tempo frágeis porque de repente surge a morte. Chato pensar na morte, não é?

Parece que vamos vivendo no automático como se fôssemos viver para sempre, como se não existisse fim, morte, aniquilamento. É bom estar vivo. Mas é bom também pensar que vamos morrer porque isso pode nos ajudar em muitas coisas. Inclusive a pensar como viver com melhor qualidade de vida, que não tem que ver necessariamente com crescimento econômico.

Pensar que somos criatura ajuda. O que é uma criatura? É alguém que foi criado, que não tem existência própria, que não pode perpetuar a vida. Somos isso como raça humana. Não somos deuses. Não temos vida própria, inerente ao nosso ser. Temos vida emprestada. Temos um prazo de validade, o qual pode ser maior ou menor dependendo de vários fatores, principalmente os ligados ao estilo de vida.

Meditar por uns momentos, vez ou outra, em nossa finitude pode assustar, porque surgem pensamentos que nos lembram que estamos caminhando para a morte. Mas pode ajudar porque podemos pensar sobre o significado da nossa vida e corrigir a tempo aquilo que pode nos matar mais rápido.

Talvez nos tornaremos mais humildes e menos arrogantes ao pensar que somos criaturas. Talvez nossa vida poderá se tornar mais útil. Poderemos caminhar rumo ao desapego de bens materiais, evitar discussões improdutivas, atitudes corrompidas, competição destrutiva.

Matamos uns aos outros talvez porque nos esquecemos que todos somos criatura. Somos semelhantes. Como criaturas somos irmãos. Precisamos uns dos outros. A função na vida não é roubar os outros, não é agredir as pessoas, não é acumular riqueza para viver com egoísmo e depois morrer. Não é ficar competindo para ver quem é melhor nisso ou naquilo, seja no meio comercial, empresarial, vida artística e esportiva, mundo político, ambiente familiar.

Somos criaturas. Pense nisso com mais frequência. Acho que pode ajudar a viver melhor, com simplicidade serena, com menos ansiedade e menos tristeza.

 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Por que uma pessoa fica deprimida?

quinta-feira, 02 de novembro de 2023

Ainda existem perguntas sobre o por que as pessoas ficam deprimidas. Nem sempre encontramos todas as respostas para muitos casos. Sabemos que cada um tem temperamento, visão de vida, maneira de lidar com conflitos, recursos mentais, história da infância, perdas que diferem bastante um do outro.

Nem sempre uma perda atual explica a razão de um indivíduo entrar em depressão. Pessoas com o mesmo tipo de perda – divórcio, morte de pessoa querida, demissão de emprego etc. – reagem de forma diferente, algumas se deprimindo e outras não.

Ainda existem perguntas sobre o por que as pessoas ficam deprimidas. Nem sempre encontramos todas as respostas para muitos casos. Sabemos que cada um tem temperamento, visão de vida, maneira de lidar com conflitos, recursos mentais, história da infância, perdas que diferem bastante um do outro.

Nem sempre uma perda atual explica a razão de um indivíduo entrar em depressão. Pessoas com o mesmo tipo de perda – divórcio, morte de pessoa querida, demissão de emprego etc. – reagem de forma diferente, algumas se deprimindo e outras não.

Tem teorias que afirmam que uma pessoa entra em depressão se e quando vive nutrindo pensamentos de derrota, de desvalor, de ser rejeitada, de baixa autoestima. Ela teria distorções de pensamento que favorecem o sentimento de tristeza que leva à depressão.

Outras teorias falam da importância dos traumas infantis e perdas na vida adulta como causadoras do estado depressivo. Algumas crianças realmente viveram em ambiente familiar nos primeiros anos da infância onde havia abuso verbal, físico, emocional, em alguns casos houve abuso sexual, e juntando isso com a sensibilidade daquela criança, talvez maior do que a de um irmão, e anos adiante surgiu a depressão. A depressão, nestes casos, seria uma reação dolorosa diante de perdas importantes na vida de uma pessoa sensível, vulnerável.

Pais neuróticos podem ser inconsistentes, uma hora dizendo uma coisa para o filho, outra hora dizendo o oposto, sem ternura, irritados, cheios de necessidades egoístas criando um mundo imprevisível e hostil para a criança. Com isso, a criança se sente confusa, desamparada, surgindo a raiva. Mas, uma criança pequena, normalmente dependente dos pais para a vida, pode ter medo de expressar raiva para com eles e ser rejeitada. Com isso, ela pode reprimir a raiva e acabar direcionando a mesma contra si, se atacando. É como se dissesse para si mesma: “Meus pais estão certos e eu errado. Não tenho valor”, e surge a depressão.

A criança, vítima de pais (pai e mãe) nervosos, agressivos não consegue pensar: “Mamãe grita comigo porque ela não tem controle emocional e não porque eu sou uma pessoa má.” A tendência é a criança pensar que ela é que está errada. Se esta atitude ruim dos pais se torna repetitiva ao longo dos anos, esta criança cresce com uma autoimagem negativa, se sentindo sem valor, e lá na frente, no casamento, no trabalho ou em outro relacionamento ao se envolver com alguém também abusivo, isto é o fator gatilho que pode desencadear um estado depressivo.

Na tentativa da criança ser amada, ela pode adotar inconscientemente papéis que são ruins para ela, mas que crê que poderá agradar seus pais e, assim, receber amor deles. Então, se torna sofredora de ansiedade excessiva ou desenvolve um estado depressivo, porque perdeu parte de sua identidade tentando ser perfeita. Algumas crianças criadas em lares ditatoriais, rígidos, inflexíveis, se deprimem porque sentem que nunca são boas o suficiente, não importa o quanto elas tentem. O problema não está nelas, mas no comportamento dos pais que pode ser agressivo, frio, injusto, abusivo, imprevisível.

Essa necessidade de agradar, e a falha em fazê-lo, pode causar na criança um sentimento de necessidade doentia de ser amada por todos, colegas da escola, membros da família, na vida adulta ser amada por colegas de trabalho, e de forma obsessiva pelo cônjuge.

A resolução do estado depressivo, então, na vida adulta, precisa passar por conseguir ter uma visão e correção das maneiras erradas de pensar sobre seu valor pessoal, entender que houve o cultivo de uma crença de se ver de forma negativa, e aprender a se valorizar, se respeitar, ter autocompaixão, perdoar os pais pelos erros que eles cometeram na criação dos filhos, e evitar manter a ideia de que alguém poderá preencher tudo o que faltou de afeto lá atrás.

Existem outras teorias psicológicas na tentativa de explicar as causas da depressão. A melhora depende mais de compreender as causas e trabalhar nelas conscientemente, do que de medicamentos numa boa parte dos casos.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com  

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Halloween: brincadeira inocente?

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Halloween veio de Samhain, antigo festival criado pelos celtas no norte da Europa. Samhain significa “fim de verão”. O festival simbolizava o fim do verão e início de nova estação, o fim da luz e o início da escuridão, o fim da vida e o início da morte. Na verdade, derivava de raízes pagãs e sobrenaturais, envolvendo sacrifícios e oferendas aos deuses celtas e práticas pagãs de adivinhação.

Halloween veio de Samhain, antigo festival criado pelos celtas no norte da Europa. Samhain significa “fim de verão”. O festival simbolizava o fim do verão e início de nova estação, o fim da luz e o início da escuridão, o fim da vida e o início da morte. Na verdade, derivava de raízes pagãs e sobrenaturais, envolvendo sacrifícios e oferendas aos deuses celtas e práticas pagãs de adivinhação.

Segundo a crença dos celtas, na data do festival, queridos falecidos os visitariam, e eles definiam um lugar à mesa para estes falecidos preparando um banquete, e colocavam guloseimas do lado de fora de casa para os espíritos errantes. Para afastar espíritos malignos de casa, os celtas colocavam abóboras esculpidas (ou nabos) na frente de suas portas. Se saíssem à noite, usavam fantasias para que, ao encontrar um espírito maligno, fossem confundidos com um espírito maligno e, assim, seriam protegidos do mal e dos problemas.

Ao longo dos séculos, Samhain seguiu em formas variadas até cerca de 609 D.C., quando o papa Bonifácio IV declarou nova celebração. Inicialmente, ele criou o "Dia de Todos os Santos" que celebra mártires e santos que não receberam um dia especial no calendário da Igreja Católica Romana. Mais tarde, o Papa Gregório III mudou a celebração para o outono para coincidir com Samhain, e o Dia de Todos os Santos continuou sua evolução para a celebração moderna do Halloween (hallow significa “faça santo” ou “considerar algo sagrado”).

Halloween também é uma época do ano celebrada por defensores da Wicca, uma rede de bruxas, que prega que 31 de outubro marca o momento em que a separação entre os reinos espiritual e físico é a mais fina, sendo o Halloween o melhor momento para interagir com o sobrenatural. Indo mais longe, algumas dessas conexões de outro mundo se alinham com o satanismo. O Halloween sempre manteve uma relação com o ocultismo. Além disso, a premissa do Halloween inclui uma exibição intencional e pública de imagens, travessuras e comportamento geralmente desprezado em qualquer outra época do ano. A data adquiriu um significado sinistro, com fantasmas, bruxas, gatos negros, fadas e demônios de todos os tipos que se diz estar vagando, sendo a hora de aplacar os poderes sobrenaturais que controlam o processo da natureza.

O costume das crianças pedirem doces ou fazerem travessuras de porta em porta se liga aos antigos sacerdotes druidas, que iam de casa em casa exigindo comida para seu consumo, bem como para oferendas aos seus deuses. Se as pessoas numa casa não lhes dessem comida, era feita uma maldição demoníaca sobre a casa e, segundo a história, alguém da família morreria dentro de um ano.

Há elementos do Halloween que são inofensivos e divertidos. Enquanto em outro, contém influências sinistras e promove comportamentos com realidades preocupantes para famílias de todas as origens. Fora a exploração industrial e comercial da data, que em 2021 rendeu cerca de dez bilhões de dólares.

Na crença cristã bíblica, as Escrituras instruem os cristãos contra a participação em práticas pagãs que envolvam bruxaria, ocultismo e adoração de deuses pagãos. O Halloween e seus costumes não têm raízes bíblicas, estando enraizados nas práticas ocultas e pagãs. Qualquer prática derivada do ocultismo é incompatível com os ensinamentos das Escrituras (Levítico 20:6 e Deuteronômio 18:10-12).

Como muitos não acreditam na existência de demônios, sentem que não há mal em brincar com essas “relíquias religiosas do passado”. As crianças são ensinadas que não existem seres como bruxas e espíritos malignos e que é divertido se vestir como fantasmas ou duendes. Triste isso. A negação da existência de Satanás e das forças demoníacas é claramente contrária às Escrituras. De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia afirma a existência de Satanás e seres espirituais demoníacos (Gênesis 3:1; Jó 1:6; Mateus 8:31; Apocalipse 12:9). Na educação das crianças, é importante que não plantemos ideias falsas em suas mentes.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Você sabe de que espírito é?

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

“Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56

Tempos atrás vi um anúncio de um programa jovem numa igreja. O título do programa era: “As aparências não enganam.” De fato, muitas vezes as aparências não enganam porque escapa em nosso comportamento o que vai em nosso íntimo, na parte mais profunda da mente humana.

“Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56

Tempos atrás vi um anúncio de um programa jovem numa igreja. O título do programa era: “As aparências não enganam.” De fato, muitas vezes as aparências não enganam porque escapa em nosso comportamento o que vai em nosso íntimo, na parte mais profunda da mente humana.

Grande conhecimento é conhecer-se a si mesmo. Você conhece a si mesmo? Sabe de que espírito é? Entende por que tem explosões emocionais que ferem as pessoas ao redor, ainda que você ache que foi “normal” o que fez, negando seu descontrole? Ou ainda não entende por que é vítima de abusos sem saber se defender e proteger?

A guerra espiritual entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, a justiça e a injustiça existe em nossa mente, em nosso círculo familiar, nas igrejas, no mundo político, empresarial, na sociedade. Jesus tinha clara percepção disso. Aparentemente do nada ocorreu um episódio entre o Senhor Jesus e Judas narrado assim nas Escrituras: E, após o bocado, entrou nele [Judas] Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.” João 13:27. Para o Senhor da Luz – Jesus Cristo – as aparências não enganam mesmo. Não era mais Judas agindo sozinho.

Você sabe de que espírito é? Tem se perguntado sobre que espírito possui sua mente? Ser membro de uma igreja ou de uma sociedade secreta, ter alta posição eclesiástica, não é garantia de ter o Bem no comando de sua vida. Não há meio termo sobre quem comanda nossa mente, ou é o bem ou o maligno.

Mas há grande diferença entre pessoas responsivas ao Deus Criador do Universo e as que são resistentes a Ele. “E aconteceu que, completando-se os dias para a Sua Assunção, manifestou [Jesus] o firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou mensageiros diante da Sua face; e indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para Lhe preparem pousada. Mas não o receberam.... E os discípulos Tiago e João, vendo isso, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma... porém Jesus os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois...”. Lucas 9:51-56. Tiago e João nesse episódio representam aqueles que ainda possuem um espírito imaturo com doses de perversidade, mas tendo o coração sensível à voz de Deus. Aceitam a repreensão divina e mudam de atitude.

Por outro lado, há os que possuem não só um espírito imaturo com doses de perversidade também, mas sendo pessoas refratárias, insensíveis, resistentes à luz espiritual da verdade. São dolosas, rejeitando a luz com um ar de superioridade. Destas, o Deus da Bíblia Se refere dizendo: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.” Mateus 23:13.

Hoje a Luz dá a chance a você de dar uma examinada para saber de que espírito você é. Não resista à essa Luz. Se há algo em seu jeito de ser que precisa de urgente mudança, admita isso, peça perdão por funcionar assim, e tome a decisão de resistir aos impulsos doentios de sua mente, evitando repetir o mesmo comportamento destrutivo. Há promessas que o Criador deixou nas Escrituras que ajudarão você nessa tarefa que é individual e pessoal. E esta prática é o complemento que pode estar faltando em sua recuperação de sofrimentos comportamentais que a psicoterapia e/ou a psicofarmacoterapia ou tratamento medicamentoso não conseguem prover adequada e profunda ajuda.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Crianças: que maravilha!

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Crianças são seres maravilhosos. Falam a verdade, são sinceras, não guardam ressentimentos, enfrentam a tristeza e a ansiedade à seco, não possuem preconceitos, são espontâneas.

O que você faz quando está muito triste ou com uma ansiedade muito forte? Toma um medicamento? Compra compulsivamente? Ataca a geladeira? Bebe demais? Usa alguma droga ilícita? Mete a cara no trabalho para não pensar no que dói?

Crianças são seres maravilhosos. Falam a verdade, são sinceras, não guardam ressentimentos, enfrentam a tristeza e a ansiedade à seco, não possuem preconceitos, são espontâneas.

O que você faz quando está muito triste ou com uma ansiedade muito forte? Toma um medicamento? Compra compulsivamente? Ataca a geladeira? Bebe demais? Usa alguma droga ilícita? Mete a cara no trabalho para não pensar no que dói?

Crianças também sentem angústia e tristeza. E elas não lançam mão destas fugas da dor emocional. Como elas aguentam? Elas podem ter provações tão difíceis de suportar como as que pessoas adultas enfrentam em certos momentos da vida. A gente não escuta uma criança de 6 aninhos de idade dizendo: “Mamãe, estou com uma angústia ruim!”, mas ela pode sentir essa emoção difícil.

Geralmente as crianças manifestam suas dores emocionais pelo comportamento. Podem ficar mais isoladas, irritadas, reclamando de dor em alguma parte do corpo sem ter nada de fato ali. Algumas voltam a urinar na cama quando já conseguiam controlar. Outras ficam hiperativas e agitadas. Estas e outras são manifestações da presença de sentimentos difíceis nas crianças.

Os pais precisam prestar atenção para isso e quando um filho ou filha manifestar um comportamento diferente, eles devem sentar com ela, olhar no olho, parar com as tarefas, desligar o celular, e procurar conversar com a criança perguntando como ela se sente. Se a criança disser, por exemplo, que está triste, não tente resolver isso imediatamente prometendo dar um novo brinquedo ou um picolé, sem conversar com ela. Pergunte: “Conta para a mamãe (ou para o papai) o que você sente.” Você pode explicar para ela que gente grande sente tristeza, ansiedade, medo, raiva, e explique brevemente o que é cada uma destas emoções, num linguajar apropriado para a idade daquela criança.

Em seguida, volte à pergunta: “Conte para a mamãe (ou para o papai) o que você está sentindo. Alguém disse ou fez algo com você que foi ruim?”, “Você está com medo de alguma coisa?”. Se a criança está diferente ao voltar da escola, pergunte a ela se ocorreu alguma coisa lá que ela não gostou. O importante é o pai e a mãe, ambos, manifestarem interesse sincero pela queixa da criança e deixar que ela fale, incentivando-a a falar.

Nunca minta para uma criança, pois isso a deixará confusa quando ela descobrir a verdade. Vamos supor que você está muito ocupada em casa, seu bebê está chorando no berço, a roupa no varal precisa ser tirada porque vem chuva, o feijão está esquentando no fogão e pode queimar, e o telefone toca. Sua filha de 8 anos atende e diz: “Mamãe, é para você!”. E por estar ocupada, você diz: “Fala com a pessoa que não estou! Agora não posso atender!”.

Quando a menina escuta “Fala com a pessoa que não estou” ela fica confusa porque você está ali com ela, ela aprendeu que não se deve mentir. Melhor você dizer: “Fale com a pessoa para ligar depois porque mamãe está ocupada” Alguns pais e mães agem com os filhos sem pensar no impacto das palavras sobre as crianças.

Crianças pegam as coisas muito literalmente. Seja sempre verdadeiro com ela o que não quer dizer que você terá que falar tudo para ela sobre o assunto. Na sua frente está um ser pequeno em crescimento e precisa de atenção, valorização, manifestações físicas e verbais de carinho, precisa de limites também, mas colocados de maneira educada e não em explosões de descontrole emocional por parte do pai ou da mãe. Crianças são uma alegria na nossa vida, cuide bem delas.

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Cesar Vasconcellos de Souza – doutorcesar.com

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A morte vai acabar

quarta-feira, 04 de outubro de 2023

Existem dois tipos de morte biológica, a por necrose e a por apoptose. Não será pior a morte da confiança, da amizade, da afetividade, da verdade? O que cura a pessoa é a verdade e o amor. Jesus disse que vida eterna é conhecê-Lo, e que a morte é uma intrusa na vida. Ele disse que Ele é a Vida. Vai pensando nisso.

Existem dois tipos de morte biológica, a por necrose e a por apoptose. Não será pior a morte da confiança, da amizade, da afetividade, da verdade? O que cura a pessoa é a verdade e o amor. Jesus disse que vida eterna é conhecê-Lo, e que a morte é uma intrusa na vida. Ele disse que Ele é a Vida. Vai pensando nisso.

Os sucessos que geram fracasso quanto ao caráter são mortes patológicas. Nossa sociedade está cheia deste tipo de morte moral e ética. Na física quântica vemos que há partículas atômicas que são matéria, mas também energia. Elas ora surgem como energia, ora como partículas. Por aí podemos começar a ter um vislumbre do porque uma Pessoa – Jesus Cristo – poder ser matéria (matéria) e também Vida (energia). E isto não é uma questão panteísta. 

Quando se estuda a formação de um tumor cancerígeno, pode-se ver como o tecido canceroso é desorganizado, egoísta e feio, em contraste com o tecido saudável, que é organizado, ordenado, altruísta e bonito. A biologia fala da espiritualidade.

A morte por necrose de um tecido é uma morte patológica, doentia, acidental. É diferente da morte programada pelo organismo, que os cientistas chamam de “apoptose”. A morte por apoptose é o suicídio celular inteligente. Quanto você insiste em tratar mal seu corpo-mente, chega um ponto em que ele toma a decisão biológica de morrer por apoptose para evitar a morte por necrose e para evitar o prolongamento de um sofrimento maior.

A morte por necrose é como você arrancar uma folha ainda verde de uma árvore ou planta. Ela morre antes do tempo normal. Enquanto que a morte por apoptose é quando uma folha se desprende sozinha da árvore ou da planta e vai caindo ao solo, dançando como num balé final. 

A morte durará até o dia da ressurreição, pois veja o que Deus Criador diz através do apóstolo Paulo, “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos [a Bíblia compara a morte com um sono], mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; ..., e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós [os que estivermos vivos quando Jesus voltar em breve] seremos transformados, a trombeta soará e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. 1 Coríntios 15:51, 52 e 1 Tessalonicenses 4:16.

A morte é uma pessoa, assim como a vida é uma Pessoa. Um mau e o outro bom. Um criado e outro Criador. Nossas lutas pessoais e interpessoais não se restringem somente a questões psicológicas, sociais, políticas, econômicas, conjugais, familiares, biológicas. Elas estão envolvidas entre a morte e a vida, entre o mal e o bem. E seu papel nisto é sua escolha. Escolha a vida, o bem.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O que fazer com minha ansiedade excessiva?

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Quando alguém com ansiedade excessiva, seja fobia, crise de pânico, ansiedade generalizada ou outra, se submete a tratamento psicológico, aprende que o que é mais assustador para ela é o que ela precisa enfrentar. Muitos medos são vencidos enfrentando-os. A pessoa muito ansiosa pode ser ajudada ao pensar que não importa o quanto a ela se preocupa. Algumas coisas irão dar errado, algumas emoções serão desagradáveis e alguns problemas não poderão ser resolvidos. Quanto melhor e mais cedo aceitar isso, menos ansiedade surgirá.

Quando alguém com ansiedade excessiva, seja fobia, crise de pânico, ansiedade generalizada ou outra, se submete a tratamento psicológico, aprende que o que é mais assustador para ela é o que ela precisa enfrentar. Muitos medos são vencidos enfrentando-os. A pessoa muito ansiosa pode ser ajudada ao pensar que não importa o quanto a ela se preocupa. Algumas coisas irão dar errado, algumas emoções serão desagradáveis e alguns problemas não poderão ser resolvidos. Quanto melhor e mais cedo aceitar isso, menos ansiedade surgirá.

Preocupação excessiva produz ansiedade, e ansiedade conduz a pessoa para evitar o que ela precisaria enfrentar, e a leva a continuar com pensamentos negativos e condutas sofridas. Ansiosos podem ter intolerância para com a incerteza. Por isso, quanto mais uma pessoa for controladora, mais provável é que seja incomodada por preocupações que produzem muita ansiedade.

Michel J. Dugas é professor e diretor do Laboratório de Transtornos da Ansiedade do Departamento de Psicologia da Universidade Concórdia no Canadá e na técnica dele para o tratamento de transtornos de ansiedade existem fatores a seres trabalhados: 1 - Reconhecer a intolerância para com a incerteza; 2 - Reavaliar a utilidade da preocupação; 3 - Treinamento de solução de problemas, definindo o problema, criando metas para enfrentá-los, pensando nas alternativas, tomada de decisão e prática de soluções; 4 - Exposição com imagens do que produz ansiedade.

Preocupações inúteis travam a vida da pessoa. Se você compreende que sua preocupação com algo é inútil, não permita que este tipo de preocupação te prenda não a alimentando, questionando-a e a enfrentando.

Hábitos que ajudam a lidar com a preocupação: 1 - Identificar a preocupação que é produtiva e a que é improdutiva; 2 - Aceitar a realidade e se comprometer a mudar; 3 - Desafiar o pensamento olhando para o que no fundo produz a ameaça; 4 - Chegar a um acordo com o fracasso; 5 - Usar as emoções em vez de se preocupar com elas.

Algumas pessoas pensam que precisam ter que parar de se preocupar, e se estressam por “se preocupar com a sua preocupação”. Muitas crianças se tornam muito preocupadas porque seus pais também são muito preocupados, muito ansiosos, superprotetores, que enfatizam a vergonha e não elogiam o filho quando ele consegue vencer algo difícil para aquela criança.

Muitos adultos ansiosos tiveram problemas de apego na infância. Crianças que não experimentaram segurança, seja por negligência, abusos e falta de proteção, têm propensão a desenvolverem apegos inseguros, se tornando evitantes, com dificuldade de formar relações afetivas próximas, ou ansiosas que exigem muito contato e cuidado.

Pensar no que você pensa, melhora a autoconsciência o que por sua vez auxilia no combate à ansiedade excessiva. Pensando no que você pensa, ajuda a perceber que você pode ter pensamentos distorcidos, como a tendência de pensar em catástrofes, achar que estão todos contra sua pessoa, entre outros tipos de distorção de pensamento.

Pessoas muito preocupadas têm necessidade exagerada em controlar resultados, já que ligam o fracasso ao valor de quem elas são. Um fracasso não quer dizer que você não é uma pessoa de valor. Seu valor como pessoa não pode estar no que você faz, no que tem materialmente e nem no que as pessoas dizem de você. Seu valor é baseado no que o Deus Criador do Universo pensa de sua pessoa. E nosso valor como seres humanos é tão grande diante de Deus que Ele decidiu morrer em nosso lugar para termos vida eterna.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Vamos defender a liberação da maconha?

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Mês passado o presidente da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria, dr. Antônio Geraldo da Silva, fez um breve discurso no Senado Federal em Brasília falando sobre o tema da descriminalização da maconha. Em seguida coloco para você algumas das ideias dele, que foi corajoso no que falou o que precisava.

Mês passado o presidente da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria, dr. Antônio Geraldo da Silva, fez um breve discurso no Senado Federal em Brasília falando sobre o tema da descriminalização da maconha. Em seguida coloco para você algumas das ideias dele, que foi corajoso no que falou o que precisava.

Ele começou falando do cenário no Brasil sobre as doenças mentais, no qual 70 milhões de pessoas têm doenças mentais. Somos campeões mundiais em transtornos de ansiedade. Antes da pandemia já tínhamos 9,3% das pessoas sofrendo algum transtorno de ansiedade. Isto mostra que o Brasil é um país de pessoas ansiosas, não tranquilas. Antes da pandemia tínhamos 5,8% dos brasileiros com depressão. Só perdíamos para os Estados Unidos que tinha 5,9%, país de primeiro mundo!

Em 2022 a Vigitel liberou uma pesquisa que mostrou que pulamos de 5,8% para 11,3% da população com depressão no tempo pós-covid. Dr. Antônio mencionou sobre a esquizofrenia, uma doença mental grave, que pode ser desencadeada pelo uso da maconha, sendo vários casos sem retorno à normalidade mental.

No cenário mundial houve nos últimos anos uma queda dos índices de câncer e de Aids, mas em relação ao suicídio estamos crescendo assustadoramente, sendo uma causa importante o fácil acesso ao álcool e outras drogas. A segunda maior causa de suicídio é o uso e o abuso de substâncias psicoativas, álcool e outras drogas. E no cenário político se fala em liberação do uso de drogas, como pode?

Entre 48% a 50% da população brasileira consumia cigarros e não houve campanha para liberação do uso disso, mas restrição. E o trabalho feito para controlar o uso de cigarros resultou numa queda importante no consumo deles, caindo para 10%. E este é um dos melhores resultados no mundo quanto à saúde pública nesta área de dependência química.

Como, então, políticos querem a liberação e facilitação do acesso à maconha, uma droga perigosa, não inocente? Os que defendem esta ideia possivelmente são ignorantes quantos aos dados científicos sérios sobre o assunto, ou possuem outros conflitos de interesses.

No seu discurso no Senado, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria perguntou aos parlamentares: “Sabe qual é a quantidade prevista que é segura para o consumo da maconha?” E ele respondeu: “Zero!”. E completou dizendo: “Se há que banir uma droga da face da Terra, é a maconha!... Temos que diminuir a produção desta droga e a facilidade de distribuição. Foi possível fazer isso com o antibiótico, assim é possível fazer isso com todas as drogas.”, disse dr. Antônio Geraldo. E comentou que o Brasil não produz uma folha de coca, mas tem todos os insumos que transformam a folha na pasta base da cocaína.

“Por que não regulamentamos as substâncias usadas para fazer da folha de coca a pasta base da cocaína?” – pergunta ele. Não há nenhum benefício para a saúde em qualquer substância da maconha fumada. Por que esta planta é alvo deste desespero de alguns para ser liberada?

Dr. Antônio Geraldo terminou sua fala aos senadores, dizendo: “Pelo amor de Deus senadores, não permitam isso [a liberação da maconha], nós não podemos criar uma fábrica de loucos no Brasil.” E acrescentou que não acredita que por uma canetada os políticos irão liberar as drogas, porque isso iria destruir nossa população.

O espaço aqui não permite, mas já publiquei artigo mostrando os resultados de locais deste planeta (países e estados dentro de alguns países, como EUA) onde liberaram o uso da maconha e o desastre que foi e está sendo para a comunidade é imenso e muito destruidor.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Ansiedade tem influência genética?

quinta-feira, 07 de setembro de 2023

Os sofrimentos humanos ligados ao excesso de ansiedade têm raiz física ou biológica, emocional ou psicológica, social ou ambiental e espiritual. Na verdade, todos os nossos sofrimentos nessa vida estão envolvidos com estas quatro áreas: física, mental, social e espiritual. Será que a ansiedade tem base genética? Podem os pais transmitir a seus filhos um certo grau de ansiedade de forma hereditária?

Os sofrimentos humanos ligados ao excesso de ansiedade têm raiz física ou biológica, emocional ou psicológica, social ou ambiental e espiritual. Na verdade, todos os nossos sofrimentos nessa vida estão envolvidos com estas quatro áreas: física, mental, social e espiritual. Será que a ansiedade tem base genética? Podem os pais transmitir a seus filhos um certo grau de ansiedade de forma hereditária?

Sabemos que é mais provável alguém desenvolver um transtorno de ansiedade, seja crise de pânico, fobia, ansiedade generalizada ou até um sintoma físico de origem no estresse emocional, se houve experiências traumáticas na vida, especialmente durante a infância, se há uma doença física como problemas de tireoide, se parentes próximos como pai, mãe, tios, avós têm problemas com ansiedade excessiva, e se a pessoa nasceu com um perfil ansioso chamado de “ansiedade traço”. A ansiedade exagerada tem como causa influência genética, fatores ambientais e estrutura de personalidade daquele indivíduo.

Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIH) dos Estados Unidos em 2002 mostrou que certas características cromossomiais são ligadas a fobias e crise de pânico. Outro estudo do mesmo Instituto feito em 2015 avaliou doenças mentais em gêmeos e verificou que o gene RBFOX1 pode fazer com que uma pessoa seja mais propensa a desenvolver ansiedade generalizada, que é um dos diagnósticos ou maneiras como a ansiedade excessiva se manifesta.

No ano seguinte, em 2016, o NIH, encontrou num estudo que a ansiedade social ou fobia social, a doença do pânico e a ansiedade generalizada são todas ligadas a genes específicos. E mais recentemente, em 2017, outra pesquisa científica concluiu que a ansiedade generalizada pode ser herdada.

A ansiedade em si não é doença mental, mas um sentimento de apreensão, de medo, é um sintoma. Um sintoma mostra que tem algo funcionando mal e precisa reparo. Ansiedade todo mundo tem, mas não ansiedade excessiva que prejudica a vida. Quando a ansiedade fica excessiva ela pode se manifestar de modos diferentes. Por exemplo, pode surgir como ansiedade generalizada quando a pessoa se sente ansiosa a maior parte do tempo. Pode vir na forma de crises de pânico quando há sensação de despersonalização ou de morte iminente. Pode aparecer como fobia, que é um medo exagerado, uma defesa da ansiedade forte.

A ansiedade social é outro jeito da ansiedade excessiva aparecer, quando existe muito medo de situações sociais em que a pessoa se torna o alvo das atenções. E também existe a ansiedade de separação, comum em crianças, também presente em jovens e adultos que criaram um vínculo afetivo exagerado com certas pessoas importantes para eles. Sofrimentos como o transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático, estresse agudo, doenças psicossomáticas (no corpo mas com origem na mente), possuem muita ansiedade entre outros sintomas.

Ansiedade excessiva se manifesta por medo ou preocupação exagerada, dificuldades com memória e concentração, impaciência, crises agudas de ansiedade, problemas para dormir, tensão muscular, inquietude, angústia com sensação de aperto no peito ou bolo na garganta.

O tratamento para qualquer forma de ansiedade excessiva envolve psicoterapia, medicação em alguns casos, mudanças do estilo de vida como preferir o regime alimentar vegetariano, praticar atividades físicas ao ar livre como caminhadas, evitar cafeína, bebidas alcoólicas e outras drogas, dormir entre 22h e 7h, cultivar a espiritualidade, receber apoio de amigos e parentes. E também pensar que nessa existência não tem como eliminar 100% a presença da ansiedade ou da angústia que pode ter forte base genética, possuindo o fundamento na natureza humana contaminada espiritualmente.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com 

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O que conseguimos perceber nas relações familiares

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Às vezes as crianças em casa têm um comportamento que irrita os pais. Pode ser demorar a comer, deixar brinquedos desarrumados na sala ou no quarto, demorar a ir tomar banho mesmo depois de terem sido mandadas várias vezes tendo a criança idade suficiente para entender a ordem e obedecer. Isso é normal até certo ponto e acontece nas melhores famílias.

Às vezes as crianças em casa têm um comportamento que irrita os pais. Pode ser demorar a comer, deixar brinquedos desarrumados na sala ou no quarto, demorar a ir tomar banho mesmo depois de terem sido mandadas várias vezes tendo a criança idade suficiente para entender a ordem e obedecer. Isso é normal até certo ponto e acontece nas melhores famílias.

As crianças não nascem disciplinadas. É papel dos pais ensiná-las a desenvolverem ao longo da infância o autocontrole emocional. Não disciplinar adequadamente um filho pode significar negligência, ou seja, deixá-lo de lado. Crianças deixadas de lado, assim como as que são criadas por cuidadores controladores, sofrem e podem vir a ter transtornos mentais posteriormente ou mesmo na infância.

Vivemos no dia a dia mergulhados em nossas atividades familiares e de trabalho de uma forma que, em geral, não temos percepção de nosso próprio comportamento. Vamos vivendo no automático, sem parar aqui e ali para uma auto-observação. Parar para dar uma olhada e refletir sobre nosso comportamento na família exige tempo, paciência, honestidade e desejo de amadurecer para melhorar nossos relacionamentos. Isto é diferente de achar que já sabemos de tudo e que não temos nenhuma área de nosso comportamento que precisa aprimoramento. Não existem pessoas sem necessidade de melhorar seu comportamento. Sempre existe um ou outro aspecto de como funcionamos como pessoa que precisa ajuste, cura.

A falta de observação de como agimos com nossos familiares, especialmente em nossa família nuclear atual (pai, mãe e filhos), pode produzir uma série de distúrbios e sofrimentos neste relacionamento tão importante. Podemos praticar atitudes incoerentes, podemos cobrar do outro aquilo que não fazemos, ou podemos fazer o que insistimos que os outros não façam, sejam cônjuge ou filhos.

A coerência em nossas atitudes ajuda o bem-estar familiar. Mas para ter coerência precisamos desta auto observação para entender por que, onde, como, quando e de que maneira manifestamos incoerência. Sem isso, não podemos contribuir para a saúde mental da família do que depende de nós.

Por exemplo, vamos supor que você, pai ou mãe, seja uma pessoa não pontual e com isso costuma chegar atrasado em seus compromissos. Apesar dessa dificuldade sua, você pode se irritar com frequência com seu filho porque ele pode demorar a se preparar para ir à escola e chegar atrasado. Neste exemplo, você cobra com impaciência a pontualidade do filho, mas não considera sua tendência de ser impontual. Este é um exemplo de falta de autopercepção.

Outro exemplo, aliás muito comum nas famílias com acesso à tecnologia, é o uso do celular. Como pai e mãe você pode estar viciado no uso de celular e reclama que o filho quer ficar com este aparelho muito tempo. Importante lembrarmos que os filhos copiam os papéis dos pais, bons e ruins. Portanto, é incoerente cobrar de um filho um comportamento que nós mesmos não o praticamos bem.

Se como pai ou mãe exijo de meu filho uma atitude que eu mesmo não faço, isso é injusto, pode criar revolta na criança ou no jovem, ou pode gerar confusão na cabecinha dele.

Se lutarmos, como pai e mãe para melhorar nossa autoconsciência, se formos honestos ao observar que podemos dar exemplos ruins e ter atitudes contraditórias com nossos filhos e outras pessoas, isso facilitará a melhora dos relacionamentos. Poderemos amadurecer como indivíduos o que irá favorecer a qualidade de nossa vida, dentro e fora de nós.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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