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Efeito cerebral de longo prazo em usuários de Cannabis

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O site de notícias médicas, Medscape, publicou um artigo sobre efeito da maconha (Cannabis) a longo prazo, editado por Felipe Floresti, em 3 de fevereiro de 2025. Vamos dar uma olhada nas informações dele.

O uso de maconha aumentou globalmente, mas seus efeitos na função cerebral não são totalmente conhecidos. A legalização da produção e da venda de Cannabis para uso recreativo e médico tem sido associada a um aumento na potência dos produtos canabinoides, nas taxas de uso e na prevalência do transtorno do seu uso.

O site de notícias médicas, Medscape, publicou um artigo sobre efeito da maconha (Cannabis) a longo prazo, editado por Felipe Floresti, em 3 de fevereiro de 2025. Vamos dar uma olhada nas informações dele.

O uso de maconha aumentou globalmente, mas seus efeitos na função cerebral não são totalmente conhecidos. A legalização da produção e da venda de Cannabis para uso recreativo e médico tem sido associada a um aumento na potência dos produtos canabinoides, nas taxas de uso e na prevalência do transtorno do seu uso.

A maior facilidade de adquirir essa droga e, portanto, o aumento do seu consumo, parece ter relação com índices mais altos de acidentes de trânsito, além do fato de que seu uso frequente está associado a maior risco de síndrome de hiperemese (náuseas, vômitos, dor abdominal e ânsia de vômito) e mais doença cardiovascular.

Estudos científicos revelam que dentre os efeitos maléficos da maconha a curto prazo incluem a redução do desempenho cognitivo, embora essas reduções possam não persistir após 72 horas de abstinência.

Pesquisadores analisaram dados de 1.003 adultos jovens (idade média 28,7 anos; 46,9% homens) com imagens de ressonância magnética, toxicologia urinária e dados sobre uso de Cannabis do Projeto Conectoma Humano, coletados entre agosto de 2012 e 2015. Os participantes foram classificados como usuários intensos (88), moderados (179) ou não usuários (736) de Cannabis.

A ativação cerebral foi avaliada durante sete tarefas distintas administradas durante a sessão de ressonância magnética funcional, incluindo memória de trabalho, recompensa, emoção, linguagem, função motora, avaliação relacional e teoria da mente. Um modelo de regressão de efeitos mistos lineares foi utilizado para examinar a associação entre o histórico de uso de Cannabis ao longo da vida e o uso recente, com o valor médio de ativação cerebral em cada tarefa.

Conclusões da pesquisa: o uso intenso de Cannabis ao longo da vida foi significativamente associado a menor ativação na tarefa de memória de trabalho com efeitos mais pronunciados em certas regiões cerebrais. A associação entre uso intenso de Cannabis e menor ativação cerebral nessa tarefa permaneceu significativa mesmo após a exclusão de indivíduos com uso recente da droga.

O uso recente de Cannabis foi associado a um desempenho mais baixo e menor ativação cerebral nas tarefas de memória de trabalho e motora, embora essas associações não permaneceram significativas após a correção para taxa de descoberta falsa.

Os achados na pesquisa sugerem que o uso de Cannabis está associado a resultados negativos pelo seu uso intenso ao longo da vida e à memória de trabalho em jovens adultos saudáveis, consequências que podem ser duradouras.

O estudo foi liderado por Joshua Gowin, PhD, do Departamento de Radiologia da do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Foi publicado online em 28 de janeiro na JAMA Network Open. Este foi um estudo transversal não controlado, portanto as associações observadas entre Cannabis e desfechos da função cerebral não devem ser consideradas causais. Os participantes eram adultos jovens, então esses achados podem não ser generalizáveis para outras faixas etárias. Faltaram dados para se determinar quando ocorreu o uso mais recente ou para quantificar a concentração de metabólitos de THC.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Defesas no corpo e na mente

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025

A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Lendo de trás para a frente, ficaria assim: A violação das leis da saúde produz consequências que se apresentam na forma de uma doença. Repare que a definição diz que “A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar.” Doença não é algo negativo? Como ela pode ser positiva no sentido de ser um esforço para o corpo se recuperar?

A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Lendo de trás para a frente, ficaria assim: A violação das leis da saúde produz consequências que se apresentam na forma de uma doença. Repare que a definição diz que “A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar.” Doença não é algo negativo? Como ela pode ser positiva no sentido de ser um esforço para o corpo se recuperar?

Vou explicar com um exemplo primeiro na parte física do corpo e depois na área mental. Você ingere comida contaminada e surge diarreia. Vamos chamar diarreia de doença nessa explicação, porque ela é um sintoma. Ter diarreia por intoxicação alimentar é bom ou ruim? É ruim porque pode desidratar, é desconfortável, pode prejudicar seu trabalho, incomoda. Mas é bom porque é o organismo expelindo aquilo que o contamina. Nesse exemplo, a diarreia é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. A violação foi ingerir alimento contaminado. A defesa do corpo foi a diarreia.

Agora vamos ver um exemplo na área mental. Você ficou órfão de pai e mãe aos 7 anos de idade, na adolescência sofreu um acidente grave de carro, no início da vida adulta rompeu traumaticamente o noivado, na meia idade foi demitido do emprego injustamente e num momento economicamente difícil para você. Isto tudo aumentou sua ansiedade ao longo dos anos, gerando uma angústia difícil de suportar e de manter essa angústia na consciência. Para aliviar, a sua mente jogou as emoções ligadas a estes conflitos para debaixo do “tapete” da consciência, de modo que você “esqueceu” da angústia. Entretanto, surgiu uma fobia que o impede de viajar sozinho, de subir em elevador com ou sem acompanhante, além de outros sintomas.

Fobia é um medo exagerado. Pode ser fobia de altura, de certos animais, de estar em ambiente público como na rua, num shopping, e por isso a pessoa se retrai, passa a evitar sair de casa, ou só vai em locais que geram muita ansiedade com alguma companhia. A fobia é um deslocamento da angústia para um ponto em que a pessoa ainda tem algum controle. Por exemplo, se você desenvolveu fobia de altura, dá para ter algum controle sobre este sofrimento evitando locais altos, evitando viajar de avião e preferindo ônibus ou automóvel.

Assim, a fobia é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Que leis da saúde mental foram transgredidas, surgindo a fobia? As que tem que ver com os traumas vividos ao longo dos anos, resultando em comportamentos negativos, como os ligados ao respeito próprio, expressão e experimentação de afeto, colocação de limites, perdão, entre outros.

Se a pessoa se deprecia, se desvaloriza, se ainda não perdoou as pessoas que a traumatizaram no passado, se não se protege, se não coloca limites evitando assumir coisas demais, se tem dificuldade de expressar sentimentos, entre outros fatores, surge angústia e essa angústia pode ser disfarçada numa fobia ou em outro transtorno. A fobia é a defesa da angústia. E vai ser resolvida quando passo a passo a pessoa fóbica for entendendo seus traumas psicológicos e resolvendo o que é possível e aceitando o que não tem solução.

Então, comece a olhar os sintomas que aparecem em seu corpo e em sua mente como possivelmente sendo defesas que o corpo e a mente estão usando para tentar se libertar de algum problema, de alguma transgressão de uma lei da saúde. Tratar os sintomas tem seu lugar, pode aliviar, mas pode não resolver o problema básico.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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O que a droga não te deu?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

É engraçado (modo de dizer), como que gestores públicos, em vez de se concentrarem em como podem produzir coisas, leis, serviços, para ajudar a população, gastam tempo, energia, dinheiro público para discutirem ideologias e forçar notícias que favorecem suas ideologias, aliás, muitas de conteúdo destrutivo. O cinismo e conflitos de interesses cauterizam suas mentes e os fazem imunes à percepção da verdade.

É engraçado (modo de dizer), como que gestores públicos, em vez de se concentrarem em como podem produzir coisas, leis, serviços, para ajudar a população, gastam tempo, energia, dinheiro público para discutirem ideologias e forçar notícias que favorecem suas ideologias, aliás, muitas de conteúdo destrutivo. O cinismo e conflitos de interesses cauterizam suas mentes e os fazem imunes à percepção da verdade.

Alguns líderes do poder público, durante seu mandato, se empenham em tentar destruir seus opositores em vez de se empenharem em construir para a nação. Passam quatro anos no uso do poder somente para atacar seus oponentes e usufruir do conforto. Ao final do mandato construíram um patrimônio incompatível com o salário recebido e não fizeram nada significativo para a população. E nas próximas eleições voltam ao poder novamente para continuarem sua gestão pública inútil. Está claro que existe um poder que está por detrás disso que mantém a malignidade na ativa e reincidente no governo do povo em vários países. Como é difícil o bem vencer e se manter no poder. Forças mundanas o atacam, nessa mistura de mal com a aparência do bem, “bem comum”, “você não vai ter nada, mas vai ser feliz”, frases que você ouve constantemente pelos líderes mundiais ligados na implantação da new world order.

Uma pessoa com boa saúde mental vive sua vida com compenetração, honestidade, trabalho sério, procurando ser produtiva em seu negócio particular e também em seus relacionamentos. Ela tem interesse em compartilhar em vez de só acumular para si. Se esse tipo de pessoa comprometida com a verdade entra para a vida pública e quer ajudar a população, é atacada, perseguida, vira alvo de fake News, o tempo todo.

Uma pessoa com certas alterações em sua saúde mental vive sua vida fissurada em ter que enfiar pela garganta dos outros suas ideias que podem em grande parte ser delírios. Ela culpa alguém que pensa diferente, melhor e saudavelmente, acusando-a de ser preconceituosa. Alguns portadores de um transtorno mental que atuam na vida pública roubando e mentindo, podem se arrepender e mudar. Felizmente. Mas outros são portadores de defeitos crônicos de caráter sem interesse em melhorar, em cuja mente e ação predominam a ideação e a conduta de furto, acúmulo de bens com o dinheiro público desviado, conflitos de interesses nas escolhas das empresas que prestarão serviço para o governo, entre outras condutas ilegais e corruptas.

Se eu fosse um político, minha cabeça diz que eu iria pensar e defender a implementação na minha área de esfera (municipal, estadual, federal) aquilo que poderia diminuir o sofrimento das pessoas. Ponto. Não iria gastar minhas energias, tempo e dinheiro do povo, com obsessão por essa ou aquela ideologia, mas trabalharia para consertar os erros que prejudicam o bom funcionamento da sociedade. Sei que teria que ser forte e corajoso para enfrentar os empresários dominadores das licitações públicas via propina, os magistrados que vendem sentenças injustas e condenam inocentes criando narrativas fantasiosas com jeito de verdade, e políticos destruidores da pátria. Ilusão utópica? Creio que não, porque há gente do bem agindo assim nos poderes públicos, felizmente.

Sim, não é fácil ir contra a corrente do mal. Jesus certa vez disse que largo e fácil é o caminho destrutivo do mundo e estreito é o caminho das boas obras para a humanidade. Por fazer o bem, alguns de nós somos ameaçados não somente de ser processados juridicamente com argumentos falsos e distorcidos. Pior que isso, alguns são ameaçados de morte pelos poderosos que roubam a população, não querem sair do poder e não querem que o bem entre. Mas isso vai terminar.

Um jornalista entrevistou um traficante de drogas que ficou riquíssimo com a droga. Na entrevista o traficante estava encapuçado para não ser identificado. O jornalista lhe perguntou o que a droga tinha dado a ele. O traficante disse: “Iates, carrões, imóveis, mulheres, tudo o que o dinheiro pode comprar.” Em seguida, o repórter perguntou: “O que a droga não te deu?”. O traficante abaixou a cabeça, ficou quieto uns segundos, e disse: “A droga não me deu a paz.”

Só existe paz no bem e na verdade.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Olhe a si mesmo de outro ângulo

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

A pesquisadora e psicóloga Elaine Aron, cientista norte-americana que descreveu um traço de personalidade chamado “Pessoa altamente sensível”, comenta em seu site (http://hsperson.com) que é importante fazer um inventário de si mesmo para melhor se conhecer.

A pesquisadora e psicóloga Elaine Aron, cientista norte-americana que descreveu um traço de personalidade chamado “Pessoa altamente sensível”, comenta em seu site (http://hsperson.com) que é importante fazer um inventário de si mesmo para melhor se conhecer.

Conhecer melhor a nós mesmos facilita nossos relacionamentos e evita muitos problemas no contato com as pessoas. Quando você é sincero consigo mesmo certamente vai encontrar falhas em seu comportamento, mas não se apavore. Não existe nenhum ser humano perfeito. Pior do que verificar que você tem mesmo algum defeito de comportamento, é não admitir que tem.

Olhando a si mesmo nessa busca de autoconhecimento, você vai ver falhas, coisas que você gostaria de ser e não é, e pode ver as coisas ou características em si que você gosta. O que fazer ao observar as falhas ou limitações pessoais?

A dra. Elaine Aron sugere três passos: o primeiro é procurar reformular o comportamento. Por exemplo, em vez de se depreciar por descobrir que você é uma pessoa teimosa, olhe para isso, claro, como algo a ser melhorado no que tem de negativo nesse comportamento, mas descubra que, por exemplo, um lado positivo de ser teimoso pode ser a persistência. Se você percebe ser vulnerável, o outro lado disso pode ser a sensibilidade, que é boa para muitas coisas. Ou se você descobriu que é impulsivo, um aspecto bom disso é ser espontâneo.

Uma segunda opção para lidar com pontos problemáticos em seu comportamento, é eliminá-los se eles realmente forem hábitos que perturbam os relacionamentos, ou curar a fonte deles. O que produz esse comportamento? Tem uma causa que quando repete, você age de forma ruim para si e para os outros? Ou seja, existe um fator gatilho que dispara esse comportamento disfuncional? De repente, sofrimentos que você teve no seu passado infantil e na juventude, estão ainda mal resolvidos e você com frequência cria problemas com alguém na sua vida adulta porque a ferida do passado ainda sangra por super-reação sua no presente. Importante lembrar que as pessoas do seu presente não têm culpa do que você sofreu lá atrás. Mexendo e trabalhando conscientemente na fonte do problema, é possível consertar o efeito ou a consequência para não ferir injustamente pessoas agora.

E uma terceira solução, além de procurar praticar os passos um e dois, é aceitar essas falhas que ainda estão aí em sua pessoa. Como comentei, ninguém é perfeito. Outra pessoa pode valorizar essas suas peculiaridades. Pode até haver alguma maneira de colocá-los em bom uso — tornar-se um especialista nesse problema.

É comum encontrarmos profissionais de saúde que se especializam numa área de sofrimento humano porque eles mesmos sofrem disso. E mais comum ainda é alguém seguir uma especialidade médica porque um familiar sofreu ou morreu da doença a qual o profissional se especializa. Ou um empresário se tornar fissurado em ganhar dinheiro porque sofreu muita pobreza e privação na infância.

Então, olhe a si mesmo de um outro ângulo. Respeite as coisas boas que há em você. Não negue as más. Pense e trabalhe nelas para ver o que é possível, um dia de cada vez, melhorar esse defeito de comportamento. A luta é para sempre para aquilo que não dá para curar plenamente.

Se você negar que tem problemas no relacionamento com os outros, tendo mesmo, isso é autoengano, pode se tornar arrogância, hipocrisia e perturba a vida com as outras pessoas. Mas, admitindo que tem esse ou aquele defeito de comportamento, sem ficar culpando ninguém por isso, é honesto, um grande passo para a serenidade e favorece um melhor relacionamento com as pessoas.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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​Antidepressivos e ganho de peso

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

O Departamento de Medicina Populacional de Harvard publicou no Annals of Internal Medicine, em 2024, o resultado de um estudo simulado e verificou que quatro de oito medicamentos principais usados para tratar a depressão produziram ganho de peso e somente um causou diminuição.

Verificou-se que a sertralina, o escitalopram, a paroxetina e a duloxetina estiveram ligados ao aumento do peso corporal e com um risco 5% maior do paciente engordar. Por outro lado, o uso de fluoxetina não produziu alteração no peso, enquanto que a bupropiona teve relação com ganho reduzido.

O Departamento de Medicina Populacional de Harvard publicou no Annals of Internal Medicine, em 2024, o resultado de um estudo simulado e verificou que quatro de oito medicamentos principais usados para tratar a depressão produziram ganho de peso e somente um causou diminuição.

Verificou-se que a sertralina, o escitalopram, a paroxetina e a duloxetina estiveram ligados ao aumento do peso corporal e com um risco 5% maior do paciente engordar. Por outro lado, o uso de fluoxetina não produziu alteração no peso, enquanto que a bupropiona teve relação com ganho reduzido.

Porém, é importante considerar que os mesmos remédios produzem resultados diferentes em pessoas diferentes. Tive pacientes que usando a sertralina tiveram diminuição do apetite e, com isso, perda de peso, e outros não.

Na pesquisa de Harvard, os usuários de escitalopram, paroxetina e duloxetina ganharam de 0,3 a 0,4 kg de peso nos seis primeiros meses de tratamento, correndo o risco de 10% a 15% de ganhar 5% a mais do peso inicial.

Clinicamente já foi observado que a paroxetina dá ganho de peso em quase todos os pacientes que fazem uso dela por pelo menos dois a três meses. E se a pessoa é obesa, sedentária, tem síndrome metabólica, deve evitar o uso da paroxetina. Possivelmente, a fluoxetina seria melhor indicada para esse caso.

Após o lançamento da fluoxetina foi verificado que ela produzia perda de peso numa boa parte da população em uso da mesma. Por isso, alguns médicos clínicos, não psiquiatras, começaram a prescrever a fluoxetina para seus pacientes em dietas para emagrecer. Mas, com o tempo foi sendo verificado que alguns pacientes magros ou com peso normal, que não precisam perder peso, passaram a ter diminuição do peso corporal pelo uso da fluoxetina, enquanto que o mesmo não acontecia com alguns pacientes acima do peso normal.

Quando se avaliou o ganho de peso nas pessoas em uso da bupropiona, os pesquisadores verificaram que ocorreu uma queda de 0,22kg e chance 15% menor de aumento em 5% do peso inicial quando comparado com a sertralina. Mas é importante comentar que pelo fato da bupropiona produzir perda de peso em boa parte dos pacientes, isso não significa que ela é a melhor alternativa para o tratamento da depressão e de sintomas ansiosos. Ela está indicada para pacientes com riscos cardíacos, com sobrepeso ou obesidade assim como para os indivíduos com compulsão alimentar.

De forma geral e com exceções, os medicamentos com melhores resultados em boa parte de deprimidos são a sertralina e o escitalopram. Mas, como comentei, alguns deprimidos não reagem bem com estas drogas, e sim melhoram com outras, e alguns, infelizmente, não melhoram com nenhuma medicação.

Digno de nota, e triste informação, é que no Brasil e no mundo em geral, o consumo de antidepressivos aumentou muito após a pandemia de covid-19. O Conselho Federal de Farmácia declarou que a venda de antidepressivos e estabilizadores do humor no Brasil pulou de 82 milhões e 600 mil unidades para 112 milhões e 700 mil entre 2019 e 2022. A população está medicada demais, em parte porque profissionais e pacientes focam o tratamento de sofrimentos mentais e outros no uso de medicamentos. Porém, o remédio é apenas parte da melhora da saúde física e mental, quando realmente necessário.

Estudos científicos mostraram que o Brasil é o segundo país com mais depressão na América Latina e com mais ansiedade no mundo. Fatores sociais, incluindo gestão política corrupta ou deficiente para o bem do povo, contribuem para isso, além da genética, perdas graves na vida, traumas de infância, doenças físicas complicadas, sensibilidade pessoal. No núcleo da mente depressiva existem lutas contra a desesperança. Ao olhar para o mundo você sente esperança no que ocorre no geral?

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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A importância da autoconsciência

quinta-feira, 09 de janeiro de 2025

Muitas pessoas não têm noção de como, por exemplo, ocupam os outros por falar demais. São detalhistas não só porque talvez queiram dar características úteis de um assunto ou objeto, mas porque o próprio diálogo é uma forma delas se conectarem com os outros e de estar na realidade. Então, elas gastam tempo precioso da outra pessoa por não serem mais objetivas. E podem nem pensar que estão usando os outros como fonte de conexão com a realidade.

Muitas pessoas não têm noção de como, por exemplo, ocupam os outros por falar demais. São detalhistas não só porque talvez queiram dar características úteis de um assunto ou objeto, mas porque o próprio diálogo é uma forma delas se conectarem com os outros e de estar na realidade. Então, elas gastam tempo precioso da outra pessoa por não serem mais objetivas. E podem nem pensar que estão usando os outros como fonte de conexão com a realidade.

Ter autoconsciência auxilia muito para se construir boas relações humanas. Os indivíduos mais conscientes de si têm a chance de serem mais produtivos, mais honestos emocionalmente, mais eficazes e talvez úteis no contato com os outros.

Já escrevi um artigo sobre o fato de boa parte da população viver no automático, ou seja, sem ter adequada autoconsciência. Comentei, no texto, que viver no automático é normal no sentido do hábito ou do condicionamento das pessoas. Mas, sair do automático para ter autopercepção é mais saudável.

Desenvolver a autoconsciência ajuda a identificar nossos objetivos e a tomar decisões com melhor confiança e firmeza, evitando transgredir seus valores. O autoconhecimento ajuda a pessoa a conseguir melhor equilíbrio emocional, o que facilita a vida na família, no trabalho, na sua comunidade religiosa.

A melhora da autoconsciência também facilita a compreensão do que podemos e do que não podemos, ou seja, caminhamos rumo a admitir que somos impotentes diante de muitas coisas da vida, e que podemos algumas coisas. Uma das coisas paradoxais nessa vida é que quando admitimos nossa impotência em relação a algo, seja o comportamento de outra pessoa ou outro fator, descobrimos que isso nos relaxa. Até a Oração da Serenidade diz no seu início: “Deus, concedei-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso mudar.” Aceitando nossas impotências sem revolta, a serenidade pode surgir.

Você pode pensar: “Como desenvolver o autoconhecimento?” Primeiro, você precisa parar algumas vezes ao dia para refletir sobre seus pensamentos, sentimentos e atitudes em vez de seguir no automático o tempo todo sem fazer essa autorreflexão.

Um segundo passo envolve pedir que alguém de sua confiança falem com você o que ela acha de sua conduta nisso ou naquilo. Peça para a pessoa lhe dizer como ela percebe você. Isso se chama “pedir feedback”. Requer humildade, mas é uma boa opção para auxiliar a melhorar seu autoconhecimento.

Em terceiro lugar, a leitura, cursos e alguma terapia psicológica pode lhe ajudar a se compreender. Um quarto passo tem que ver com escrever um diário, ou vez ou outra, fazer anotações sobre sua conduta. Escrever ajuda a perceber. E perceber é o passo básico para o autoconhecimento.

Creio que a oração consciente, não decorada, pensada, usando suas próprias palavras dirigidas a um Ser Superior, que eu prefiro pensar em ser o Deus Criador do Universo, também facilita o autoconhecimento. A mente pode ficar mais clara com a oração frequente e costumeira, sincera e espontânea.

Nunca chegamos a um ponto da vida no qual atingimos o máximo de autopercepção. Sempre terá a necessidade de aprimorar isso. Dura a vida toda e a vida toda não é suficiente para nos conhecermos profundamente a nós mesmos. Mas quem se empenha nisso, vive melhor, produz com melhor qualidade, se relaciona melhor com as pessoas e para de usar os outros como fonte de escuta e manipulação consciente ou inconsciente.

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Ano Novo com menos angústia e tristeza?

sexta-feira, 03 de janeiro de 2025

Vou repetir algumas ideias nesse texto, usadas no ano passado, porque acho que precisamos persistir na mesma busca do ano que passou, agora no Novo Ano, que é a luta contra a angústia e a tristeza. Mas tem algo novo também aqui nesse artigo.

Vou repetir algumas ideias nesse texto, usadas no ano passado, porque acho que precisamos persistir na mesma busca do ano que passou, agora no Novo Ano, que é a luta contra a angústia e a tristeza. Mas tem algo novo também aqui nesse artigo.

A sensação de impotência produz angústia. E às vezes a angústia é um sentimento que vem misturado com tristeza. Angústia gera aflição, e tristeza gera desânimo. É ruim e desagradável se sentir impotente diante da injustiça, da impunidade, do abuso de poder de magistrados, políticos, empresários, que manipulam a opinião pública e também destroem pequenos empreendedores com sua megalomania.

Quando alguém bem informado vê tanta coisa ruim que já acontece e que se vislumbra que acontecerá, isso pode gerar um estado emocional doloroso, e se a pessoa não encontra saída para sua angústia e tristeza, ela pode entrar em depressão pela perda da esperança.

Dói pensar que a sociedade será afetada pela ideologia que fala do “bem comum”, a qual envolve o controle, a castração da liberdade, conflitos de interesses econômicos e ideológicos. Machuca pensar em injustiças sociais praticadas pela liderança política de qualquer país, pela ignorância de boa parte da população que decide erradamente em eleições, influenciada pela manipulação da opinião pública produzida por poderosas redes de comunicação que são, na verdade, dúbias, jogando para este ou aquele lado conforme o interesse do momento, interesse econômico e de liberdade transgressora de princípios saudáveis de conduta.

Li uma frase que me chamou a atenção que dizia: “Impotência não é desamparo.”

Somos amparados por aqueles que nos ajudam. E há os que nos ajudam. Aceitar a impotência diante de injustiças sociais não é o mesmo que ficar desamparado e omisso diante da dor social. Fazer o bem é o melhor remédio contra este e outros tipo de injustiça. A resposta está no bem e não no revide do mal com o mal ou do bem com o mal. O mal tem seu limite. Ele não avançará nem mais um segundo e nem mais um milímetro além do que está estipulado. A vida espera a prática do bem. O tempo mostrará o bem e o mal, de forma que ficará claro para todo o Universo esse assunto de justiça e injustiça, hoje manchado com narrativas construídas contra a verdade. O desafio é ter força para esperar o tempo certo da implantação da justiça, suportar a dor e evitar ser conivente na prática da injustiça.

Aceitar a impotência diante da injustiça de um povo que vota sem conhecimento, de governantes, de um conhecido ou parente, é o primeiro passo para o alívio da angústia e da tristeza. No Ano Novo que começa, levantemos a cabeça com humildade, mas com esperança. Não com arrogância que pode se manifestar às vezes por frases tipo “que venha o novo ano”.  Não há justiça nesse mundo mal, do qual o Jesus Cristo Se referiu ao dizer: “Agora se aproxima o príncipe desse mundo e ele nada tem em Mim.” Definitivamente o sistema desse mundo não funciona do lado do altruísmo e da justiça social.

Portanto, a saída não está na direita, na esquerda ou no centro. A saída vem de cima, do Pai das luzes, do Criador do Universo.

Bom Ano Novo para você com a força de cima para lidar com a angústia e a tristeza, até que a justiça surja e acabe de vez com a mentira, a fraude, a corrupção e a maldade de baixo, porque a maldade sempre vem de baixo! Não vai demorar. Bom 2025!

Atenção! Agora estou colocando vídeos curtos de no máximo 10 minutos no Tik-Tok.  Acesse: @claramentent

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Quando eu crescer

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Gostei dessa frase que li essa semana: “Quando eu crescer, eu quero ser uma criança.” Você quer ser uma criança? O que tem de bom numa criança que pode se tornar um desejo adulto de ter as mesmas qualificações dela?

A palavra “adulterar” também se relaciona com um produto adulterado, não sendo o original. Ao nos tornarmos adultos, de certa forma e até certo ponto, vamos nos adulterando, deixando coisas boas do jeito da criança ser e assumindo posturas esperadas pela tradição, de um jeito adulto de ser.

Gostei dessa frase que li essa semana: “Quando eu crescer, eu quero ser uma criança.” Você quer ser uma criança? O que tem de bom numa criança que pode se tornar um desejo adulto de ter as mesmas qualificações dela?

A palavra “adulterar” também se relaciona com um produto adulterado, não sendo o original. Ao nos tornarmos adultos, de certa forma e até certo ponto, vamos nos adulterando, deixando coisas boas do jeito da criança ser e assumindo posturas esperadas pela tradição, de um jeito adulto de ser.

Que boas características existem no jeito das crianças serem? Confiança é uma delas. A criança confia no pai e na mãe. Elas tendem a interpretar ao pé da letra o que lhe dizem. Um dia falei para um netinho meu que iria colocá-lo numa mala para viajar comigo. Ele, surpreso, disse: “Mas vô, não vou caber na mala!”

É lindo ver como a criança confia no adulto que cuida dela. Se esse adulto, pai, mãe ou outro cuidador, mente para ela, isso é doloroso para a mente da criança. Ela fica confusa. Criança é uma das pessoas para quem nunca se deveria mentir, aliás, não deveríamos mentir para ninguém. Jesus certa vez Se dirigiu aos líderes da igreja que se agarravam às tradições em vez de na verdade das Escrituras, que eles pertenciam ao pai deles, o Diabo. E Cristo continuou dizendo sobre o Maligno: “Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44. Quem vive mentido tem como pai espiritual o Maligno. Crianças pequenas falam a verdade.

Outra característica linda de crianças é a espontaneidade. Eu conversava com um norte-americano num campus de uma instituição educacional nos Estados Unidos, quando meu neto mais novo recém chegado ali, na época com uns 4 anos de idade, se aproximou de mim. O norte-americano perguntou a ele se ele estava gostando de morar ali. Ele ainda não sabia nada de inglês, e após eu traduzir para ele a pergunta do americano, ele fez um gesto com o dedinho da mão mostrando que não. Ele deu uma resposta espontânea e sincera. Alguns adultos não toleram a sinceridade e preferem viver no engano da falsidade. Crianças normais não são falsas.

Também admiro o fato de crianças não guardarem ressentimento. Você pode brigar com elas, elas podem ficar chateadas com você, mas se em seguida você pede desculpas e conversa com elas, a atitude delas é de imediata reconciliação! Um neurologista da USP – Universidade de São Paulo – comentando sobre o que ajuda a prevenir a Doença de Alzheimer, entre outros fatores, disse: cultivar gratidão, se envolver em trabalho voluntário filantrópico e não guardar ressentimentos. Criança não guarda ressentimentos.

Fará bem procurarmos desenvolver, aprimorar ou, quem sabe, resgatar características saudáveis das crianças para aplicá-las em nossa vida, com prudência, em nossos relacionamentos. Confiar em pessoas confiáveis, ser espontâneo, não guardar ressentimentos, isso ajuda nossa saúde mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O doutor disse ...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Não me refiro a situações de saúde cuja principal atuação para a recuperação do bem estar do paciente está nas mãos do médico, como, por exemplo, a realização de uma cirurgia necessária. Nesse caso, o médico é a principal fonte de busca de recuperação da saúde, mesmo sendo o próprio organismo que faz o restante, como cicatrizar a abertura cirúrgica e mesmo ativar aspectos fisiológicos num órgão para a melhora da saúde.

Não é raro pessoas que baseiam o tratamento de qualquer enfermidade que possuam, no uso de medicamentos sintéticos, ficando numa dependência exagerada do médico quanto à prescrição de medicações, em vez de entenderem que elas têm uma parte a executar no processo de recuperação da saúde.

Por exemplo, uma pessoa com diabetes tipo 2, não dependente de insulina, cuja causa tem muito que ver com estilo de vida, pode ficar pensando que a solução é o uso de drogas para diabetes. Mas, o que esta pessoa faz sem ser tomar o medicamento? Algumas não fazem nada mais, enquanto que, no caso do diabetes, é provável que possa melhorar, e até ficarem curadas, caso apliquem em sua vida práticas saudáveis, como atividades físicas aeróbicas ao ar livre de preferência, dieta vegetariana, redução ao máximo ou eliminação do consumo de gordura de origem animal, eliminação do açúcar, redução do estresse. Tomar o medicamento para diabetes sem praticar mudanças no estilo de vida como estas que citei, faz com que a pessoa fique dependente de remédio e daí dizem: “O doutor disse que preciso desse remédio!”, como se fosse a única coisa a fazer no tratamento dessa enfermidade. Isso é comum em pessoas que gostam de tomar remédios.

O mesmo acontece quanto a sofrimentos mentais, como depressão, crise de pânico, entre outros. Tecnicamente, na maioria dos casos de sofrimentos emocionais, o medicamento, se realmente necessário, é o número dois no tratamento. O número um é a psicoeducação que é aprender a lidar com os pensamentos e sentimentos para que eles sejam saudáveis, realistas, não distorcidos, nem pessimistas e agressivos. Tomar medicação “controlada” psiquiátrica sem agir para mudar a forma não saudável de pensar e sentir, adia a cura e mascara o problema.

Quanto mais uma pessoa supervaloriza o uso de medicamentos sintéticos ou não, para a recuperação de sua saúde, sem se interessar em fazer mudanças positivas em seu estilo de vida alimentar e outros cuidados com seu corpo e mente, e quanto mais for atendida por médicos com visão reduzida do ser humano, mais provável é que fique dependente do profissional e da medicação para a recuperação de sua saúde. O profissional iluminado entende o que o Pai da Medicina, Hipócrates (460-370 a.C) disse, quando declarou que: “É mais importante conhecer a pessoa que tem a doença do que a doença que a pessoa tem.”

O paciente iluminado pode seguir a instrução correta do médico quanto ao uso de medicação, mas escolhe praticar em sua vida princípios de saúde já comprovados pela ciência como benéficos, como dieta vegetariana, prática de exercícios físicos aeróbicos, uso de água pura longe das refeições, exposição adequada à luz solar, eliminar cafeína, álcool, tabaco, entre outros produtos, respirar ar puro, dormir

cedo, de 7 a 9 horas por noite em ambiente escuro, e desenvolver a espiritualidade.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Quer descansar sua mente?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

O planeta Terra veio da escuridão. Ele era sem forma e vazio. Havia trevas sobre a face do abismo (Gênesis 1:1,2). Em seguida veio a luz, mas, interessante, não foi a luz do sol! A luz do sol não muda o caráter maligno dos corruptos. Um ser humano, antes de nascer e estando na barriga da mãe, está na escuridão. Depois ele vem à luz. Na verdade, o dia começa com tarde, com escuridão, à noite, e depois vem a parte clara, a luz, o dia.

O planeta Terra veio da escuridão. Ele era sem forma e vazio. Havia trevas sobre a face do abismo (Gênesis 1:1,2). Em seguida veio a luz, mas, interessante, não foi a luz do sol! A luz do sol não muda o caráter maligno dos corruptos. Um ser humano, antes de nascer e estando na barriga da mãe, está na escuridão. Depois ele vem à luz. Na verdade, o dia começa com tarde, com escuridão, à noite, e depois vem a parte clara, a luz, o dia.

Na vida emocional é assim também. Na luta com a angústia existencial que todo ser humano possui, é assim também. Primeiro vem a escuridão, depois a luz. Primeiro vem a angústia, depois vem o alívio dela, e a força para lidar melhor com ela.

Tem pessoas sem angústia? Existem corruptos que fizeram riqueza pela fraude que parecem viver numa boa, sem depressão, sem angústia? Parece que sim. A mente do mentiroso, corrupto, acaba ficando cauterizada a ponto de ele perder a noção e a valorização do correto, da justiça, e vive só no dia, não conhece a noite que descansa, ainda que durma fisicamente bem. O descanso que vem pelo sono é diferente do descanso que vem da vida espiritual. Uma pessoa mentalmente cauterizada não sabe que não conhece a luz que produz serenidade. Ela parece feliz, sem angústia, mas há um bloqueio na mente dela porque ela fugiu tanto da verdade e da justiça, que não discerne mais com sanidade. Quando um pouco da luz da verdade aparece na mente do corrupto, ele se apavora. Não estava feliz?

Saúde mental depende de discernimento, de honestidade emocional, de aprender a ser resiliente, compassivo, justo, honesto. Sem isto o que há é falsa saúde mental. O cérebro procura morrer para aspectos saudáveis do corpo, do discernimento da luz da vida, se seu dono se mantém corrupto, passando, assim, a mensagem para sua mente: “Apaga a verdade da minha consciência! Não quero pensar nisto!” E às vezes o cérebro obedece de tal forma, que desliga funções importantes do Sistema Nervoso Central. Daí a pessoa pode ficar fria emocionalmente, autoritária sem noção da sua agressividade, muito impaciente, confunde mentira com verdade, dá desculpas erradas para sua maldade e, na hipocrisia, vai na igreja tomar a comunhão ou participar de um culto, saindo dali para continuar com a maldade, a qual atrofia o cérebro e pode produzir demência.

A noite pode ser um descanso das lutas do dia. Mas será bom descanso para a pessoa coerente com as verdades do psiquismo saudável, da fisiologia cerebral, da neurotransmissão normais. Assim o cérebro descansa. A melatonina aumenta de madrugada e o cortisol fica num nível baixo na noite para a saúde do organismo.

Na vida experimentamos momentos difíceis e agradáveis. O que sentimos de prazeroso, pode não durar muito tempo. Mas a dor também não precisa ficar o tempo todo porque a noite chega e promove o descanso para os que favorecem este descanso.

A maioria dos sofrimentos mentais pode ser melhorada com a psicoeducação que tem que ver com aprender a conhecer e lidar com suas emoções, com seus pensamentos, detectando quais são doentios, distorcidos, a fim de poder corrigi-los conscientemente, racionalmente. Não é fácil, mas é possível para quem se empenha nisso.

Psicoterapia é trabalhar com alguém treinado para ajudar você a conhecer a verdade sobre seus sofrimentos psicológicos. Pode ser doloroso e, assim, muitos preferem tomar remédios e não precisar pensar, refletir. Muitos escolhem ficar no dia, curtir os contatos virtuais e baladas que deixam um vazio depois, usam drogas que machucam o cérebro.

Mas a noite sempre volta para lhe perguntar: Você quer descansar? Quer a verdade ou prefere ficar nessa vida corrupta, materialista estressante? A noite é uma boa hora para você parar e pensar. E escolher se quer uma vida digna, que faz sentido para o bem, que promove o alívio do sofrimento das pessoas sem conflitos de interesses, que favorece a justiça social e que ilumina outras vidas. Você tem a escolha.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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