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Eu olho para você e sigo

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Não é anormal sentirmos vez ou outra tristeza, ansiedade, medo. Sentir isso se torna fora do normal quando e se experimentamos essas emoções com frequência e forte intensidade.

Não é anormal sentirmos vez ou outra tristeza, ansiedade, medo. Sentir isso se torna fora do normal quando e se experimentamos essas emoções com frequência e forte intensidade.

Por exemplo, sentir tristeza vez ou outra é normal, mas quando uma pessoa a experimenta e junto da tristeza vem perda de prazer em tudo, falta de energia, insônia ou dormir demais, alteração no apetite para mais ou para menos, ideias de culpa, morte e talvez suicídio, então dizemos que ela passou a ter um estado depressivo se estes sintomas permanecem por duas semanas ou mais e deve procurar ajuda profissional com médico psiquiatra.

Outro exemplo pode ser o fato de alguém sentir-se ansioso em certas circunstâncias, o que é normal. Mas quando essa ansiedade se torna frequente e exagerada, atrapalhando trabalhar, estudar, ter vida social devido à insegurança ou medo excessivo (fobia), então este indivíduo passou a ter um transtorno de ansiedade que requer tratamento.

Alguns têm lutas com pensamentos e sentimentos desagradáveis bem mais do que outros. Essa é uma das razões pelas quais precisamos aprender a exercer compaixão por todas as pessoas. Você talvez não saiba a luta mental que o outro tem e olha só o exterior que pode enganar.

Diante de sofrimentos existenciais, como a angústia que todos possuímos, conscientemente ou não, e momentos talvez de tristeza difícil de enfrentar, precisamos ter um motivo que nos anima a seguir na vida. Se o motivo for para ser útil e ajudar pessoas, da família ou não, é menos difícil seguir adiante.

O que você está fazendo com sua vida? Perdendo-a ao acumular bens e curtir festas e viagens? O que você pode fazer para melhorar a qualidade de vida no local onde você atua, no trabalho, em casa, na comunidade religiosa, no seu bairro ou cidade?

Não deixe que o medo tome conta de sua mente e paralise você. Tenha esperança de que o alívio chegará, talvez não de forma geral na sociedade, mas em sua pessoa individualmente. Serenidade é muito pessoal e não deve depender do que você tem e nem de amizades. E se essas coisas acabarem? E se as pessoas a quem você se apegou forem embora ou morrerem?

Se cidadãos comuns, políticos, empresários, religiosos, colocarem seu ego de lado e pensar o que podem fazer para o bem da comunidade, isso contribuirá para o alívio do sofrimento de todos. Mas quando o ego toma conta, então surgem as guerras e disputas entre a direita e a esquerda, entre a esquerda e a direita, e com isso todos perdem, mesmo quem juntou fortuna com desonestidade. Porque não existe dinheiro que possa comprar a paz dentro da pessoa. E corruptos não têm paz.

Está você sofrendo alguma dor emocional difícil? Tem vontade de parar, abandonar tudo, morrer? Olhe para essa pessoa importante que está aí em sua vida. Pode ser seu filho, sua filha, seu pai, sua mãe, seu irmão, sua irmã, seu amigo sincero. Ela precisa de você. Você é importante para ela. Ela pode sobreviver sem sua presença e ajuda, mas você é muito importante para ela. Não existe ninguém que possa substituir sua pessoa para ela.

Uma menina sensível e dócil, em idade escolar, já com alguma lucidez sobre problemas familiares, socais e até políticos, em seus 11 anos de idade, olhando a luta da mãe para cuidar da casa, cuidar dela como filha querida, do trabalho, das dificuldades no casamento, das decepções no governo que prejudicam as famílias, perguntou a ela: “Mamãe, como você consegue aguentar tudo isso?” A mãe, pessoa sensível, coerente, afetiva, respondeu com carinho: “Eu olho para você e sigo.” E você?

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Cesar Vasconcellos de Souza

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A mensagem da dor emocional

quinta-feira, 08 de maio de 2025

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

É muito importante e até libertador passar e pensar que a dor é amiga, não inimiga. A dor indica que algo está errado em nós e que, assim, precisa ser verificado. É como estar dirigindo seu carro e uma luz vermelha acende no painel. Essa luz vermelha que acendeu é algo bom ou ruim? Os dois. É bom porque indica que há um problema a ser consertado talvez a tempo de não prejudicar mais gravemente o veículo. E é ruim porque surgiu um defeito e você tem que parar para consertá-lo.

Então, a dor emocional, ou mesmo a física, é um alarme, uma informação, serve para chamar a atenção, para que possamos parar, refletir sobre o estilo de vida que estamos vivendo e tentar entender onde está o problema, a fim de que o mesmo seja corrigido.

Talvez você precisará de ajuda profissional para entender a causa da sua dor emocional. Mas se já sabe e o sofrimento ainda existe, então o que está faltando pode ser uma atitude em favor de sua saúde emocional e relacional. Tome uma decisão de fazer aquilo que você já entendeu que precisa fazer para melhorar, mesmo sentindo alguma insegurança ou meio fraco para fazer a coisa. Vá com calma, mas vá.

Mudar a forma de pensar é muito importante para corrigir muitos tipos de dores emocionais que existem justamente porque a pessoa pode possuir crenças psicológicas doentias, pensamentos com conteúdos ruins. Então, se ela insiste em pensar negativo, o sofrimento persiste. Mudar os pensamentos é mais importante do que acreditamos. E é possível escolher pensar diferente, mais saudavelmente, independentemente dos seus sentimentos.

Os sentimentos são também importantes para nossa saúde ou doença mental. Mas eles em geral dependem da qualidade de nossos pensamentos. Escolha pensamentos saudáveis, de perdão, de misericórdia, de gratidão, de elogios sinceros aos outros, de incentivo, paciência, inclusive para com você mesmo, pois isso influi no que você sente.

Muitos sofrimentos emocionais têm mais que ver com as pessoas atacarem a si mesmas se depreciando, se menosprezando, do que devido a problemas com os outros. O mais importante para resolver sua dor emocional não é o que as pessoas fazem ou fizeram com você, mas o que você faz com o que elas fizeram ou estão ainda fazendo.

Então, aprenda a olhar sua dor emocional, que pode ser tristeza, irritação, ansiedade, medos exagerados, excessiva timidez, vergonha, como um sinal de que algo precisa ser mudado na sua maneira de ser como pessoa. A dor está aí lhe dizendo: “Vamos dar uma parada na vida para melhorar seu jeito de pensar, de sentir, de agir?”

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Você consegue ter esperança olhando o mundo?

quinta-feira, 01 de maio de 2025

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

No final do século 19 surgiu a sensação de que o progresso humano despontaria de modo que teríamos paz e crescimento social. A Exposição de Paris ou Exposição Universal, uma feira mundial em Paris, na França, entre 14 de abril e 12 de novembro de 1900 celebrou as conquistas do século 19 e anunciava o desenvolvimento para o século 20. A ideia era que, com avanços tecnológicos e científicos, muitos problemas humanos seriam resolvidos.

Mas, de 1914 a 1918 a primeira guerra mundial destruiu tais sonhos e no século 20 mais de 200 milhões de pessoas morreram em guerras. O setor tecnológico avança, e a decadência moral também. Martin Luther King Jr. disse: “Temos mísseis teleguiados, mas pessoas desnorteadas.” Algumas delas governam cidades, Estados e países. Se você não é insensível à justiça social, isso assusta, não é?

Charles Darwin, Karl Marx e outros pensadores do século 19 tentaram convencer o povo de que a humanidade progredia biológica e socialmente. Mesmo admitindo que a humanidade melhorou em alguns aspectos, em tratamentos de doenças, tecnologia da informação, comunicação virtual, vislumbrando o futuro próximo do mundo, analisando como agem governantes corruptos e cruéis, não dá para ter uma visão otimista, de paz, segurança e prosperidade. Fala-se disso, por exemplo, no Fórum Econômico Mundial, mas sendo propaganda falsa de paz, porque a ideia é tirar a liberdade humana de escolha, criando a nova ordem mundial.

Nabucodonosor foi rei de Babilônia e sonhou com uma estátua com cabeça de ouro, peitos e braços de prata, quadris e coxas de bronze, pernas de ferro e os pés com mistura de ferro e barro. Babilônia foi o império áureo, a cabeça de ouro da estátua, durando de 626 até 539 antes de Cristo (aC). Depois veio outro império, o Medo-Persa de 539 até 331 aC. Em seguida veio a Grécia de 331 até 168 aC. Depois veio o Império Romano que dominou o mundo de 168 aC até 476 depois de Cristo. O sonho, descrito no livro de Daniel, capítulo 2, no Antigo Testamento na Bíblia, foi dado a Nabucodonosor uns 600 anos antes de Cristo e descreveu os impérios mundiais que surgiram após Babilônia. A História seguiu exatamente assim.

Vivemos clara decadência nos valores morais, com corrupção aumentada, violência, vida superficial materialista, dependência química, aumento da depressão (prevista ser a doença número 1 do mundo em 2030 pela OMS), distorções da verdade praticadas por igrejas que visam lucro material em vez de defesa da piedade ou que colocam a tradição acima da verdade revelada.

Babilônia afundou e acabou porque em sua prosperidade deixou de lado a verdade, a justiça e atribuiu sua glória à realização humana. O Império Medo-Persa desmoronou por rejeitar os princípios da justiça e compaixão, predominando, como hoje em muitos países, a maldade, a corrupção e a perseguição contra quem faz o bem. Os reinos que se seguiram na história mundial foram ainda mais vis e corruptos, afundando da escala de valor moral.

Mas o sonho de Nabucodonosor não terminou com a descrição dos impérios que surgiriam no mundo, como de fato surgiram. No final do sonho havia uma pedra vindo de encontro aos pés da estátua, esmiuçando os reinos representados por eles (países atuais). Essa pedra é um novo reino, justo, compassivo, sem corrupção, sem maldade, que assumirá o governo mundial e não será destruído. Essa é a única esperança para quem quer que o bem governe para sempre. Aliás, cultivar a atitude mental de esperança ajuda a prevenir e a tratar o estado mental depressivo.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Um centímetro é importante

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O que faz a diferença entre obter sucesso ou fracassar? Será que tem que ver com condições ideais? Será na dependência de você colocar bem mais esforço? Será que pode ser usar uma porção dobrada do seu talento? Ou será que algumas pessoas simplesmente têm o que é preciso e outras não?

O que faz a diferença entre obter sucesso ou fracassar? Será que tem que ver com condições ideais? Será na dependência de você colocar bem mais esforço? Será que pode ser usar uma porção dobrada do seu talento? Ou será que algumas pessoas simplesmente têm o que é preciso e outras não?

Um técnico de futebol americano conseguiu tirar seu time de quinze temporadas ruins para campeonatos mundiais consecutivos. Como ele conseguiu isso? “Ele acreditava que o sucesso era uma questão de centímetros, pouca coisa de cada vez. Um pouco mais de concentração, um esforço extra nos treinos, um segundo esforço consistente para um pequeno ganho adicional. Ele não pedia que seus jogadores fossem algo diferente do que eram – ele pedia que melhorassem seu melhor centímetro por centímetro. Ele sabia que os centímetros se somam na vida, assim como nos esportes.” (Days of Healing, Days of Joy: Daily Meditations for Adult Children, 12/04/2025).

Na vida, como no esporte, muitas vezes são as pequenas coisas que contam, são elas que nos ajudam a superar algo difícil. Isso pode se relacionar com, por exemplo, se levantar e ir assistir a uma palestra educativa numa área que interessa a você em vez de ficar em casa. Pode ser dar sua opinião, expressar seu ponto de vista mesmo quando algum pensamento seu diz que o que você tem a dizer não é tão importante e por isso em geral você fica calado. Dar um passo de um centímetro apenas pode ser evitar aquela porção extra de comida quando você já comeu o suficiente. Ou fazer mais cinco minutos de exercício físico quando já queria parar.

Essa expansão na capacidade de melhorar seu desempenho na vida como pessoa, a melhora da habilidade em lidar com a frustração pode ser praticada. Outro exemplo, ao decidir arrumar seu armário em vez de se exigir que tenha que arrumar tudo, os cabides de roupas, todas as gavetas internas, as prateleiras, você decide ajeitar duas gavetas hoje e dá esse passo. Arruma pelo menos duas gavetas, quando o desejo era fechar as portas do armário e não mexer em nada lá dentro.

Um exemplo que melhora sua saúde e tem que ver com avançar um centímetro simbolicamente é respirar fundo puxando o ar pelo nariz e quando chegar no máximo que parecer possível ao puxar o ar para dentro dos pulmões, puxe um pouquinho mais. Isso fará com que o oxigênio inspirado chegue em mais partes do pulmão. Em seguida, expire o ar pela boca indo até o final e ao chegar no final, sopre um pouco mais o ar para fora. Esse “centímetro” a mais ajuda a expelir aquilo que precisa sair do corpo pela expiração. Esses pequenos centímetros a mais não são difíceis de serem praticados e ao longo do tempo fazem diferença no processo respiratório e, portanto, na oxigenação do seu corpo, incluindo do cérebro. São centímetros que fazem a diferença quando somados juntos.

Vamos trazer isso para o aspecto mental. Um primeiro exemplo pode ser quando você está irritado e quer soltar uma palavra irada contra alguém. O centímetro a ser avançado aqui é pensar consigo: “Não vou falar com essa pessoa de forma agressiva. Vou dar um tempo para eu mesmo me acalmar.” Outro exemplo pode ser ao você estar desanimado, entristecido e não querer sair da cama para dar uma caminhada, faz um esforço sem se concentrar em como se sente, e vai andar o que for possível naquele dia. Esse é o centímetro a ser avançado.

Tente fazer um progresso hoje, pequeno, mas importante progresso, dando um passo com um centímetro a mais em algo que você pode decidir fazer por escolha consciente e pessoal.

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Mídias sociais, internet, vídeos e sua saúde

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Vício é aquilo que se torna um deus para você, domina sua pessoa, seus sentimentos e atitudes. Drogas psicotrópicas (que afetam o cérebro) bloqueiam a percepção consciente de emoções que precisariam ser experimentadas e expressadas. Isto causa repercussão no comportamento e complica as relações do usuário com ele mesmo, com sua vida interior, e com as pessoas ao redor. Um vício isola a pessoa dela mesma.

Vício é aquilo que se torna um deus para você, domina sua pessoa, seus sentimentos e atitudes. Drogas psicotrópicas (que afetam o cérebro) bloqueiam a percepção consciente de emoções que precisariam ser experimentadas e expressadas. Isto causa repercussão no comportamento e complica as relações do usuário com ele mesmo, com sua vida interior, e com as pessoas ao redor. Um vício isola a pessoa dela mesma.

Qualquer um pode se viciar em coisas sem ser álcool, maconha, cocaína, crack, e outras drogas. Há vício sexual, de comida, compras, romance, de pessoas, de fama, de estética corporal. Veremos agora sobre o vício de Internet, pelo computador ou celular.

Cinco características que indicam que o uso da Internet pode ter se tornado um problema: 1)Você tem ficado na Internet mais do que o previsto? Pensa em ficar minutos e fica horas? Se irrita se seu tempo on-line é interrompido? 2)Você vê roupas sujas se acumulando e deixa faltar produtos alimentícios em casa, por ter estado on-line? Fica até mais tarde quando todos já foram para casa para usar a Internet livremente? 3)Sua vida social e familiar está sofrendo pelo excesso de tempo gasto on-line? 4)Se sente mal se seu parente procura te incentivar a desligar o computador ou largar seu celular e passar tempo juntos? Você mente para seu chefe e parente sobre a quantidade de tempo que gasta on-line? 5)Usa a Internet como escape ao estar estressado, triste, angustiado, ou para gratificação prazerosa? Você tenta limitar seu tempo de Internet, mas não consegue?

Se você respondeu “sim” a um destes 5 itens, já é um forte indicativo de vício de Internet. Há também sintomas físicos deste vício: a)Síndrome do túnel do carpo (dor e dormência nas mãos e pulsos); b)Olhos secos ou visão tensa; c)Dores no pescoço e fortes dores de cabeça; d)Distúrbios do sono; e)Ganho ou perda de peso.

Susan Greenfield, Ph.D., neurocientista da Universidade de Oxford, comenta, na revista do Conselho Estadual de Medicina no Estado de São Paulo, “Ser Médico”, Jan/Mar 2013, que o imediatismo das imagens de Internet prejudica o desenvolvimento mental em crianças pequenas e adolescentes e que muito tempo na Internet infantiliza o cérebro, podendo produzir uma geração de jovens incapazes de pensar por si.

Porém, a criança que usa a Internet sob o controle dos pais e também brinca com as mãos, sobe em árvores, brinca no quintal ou playground do edifício, corre na praia, tem contato frequente com a Natureza, é melhor protegida contra os malefícios do excesso de exposição à Internet e vídeos. Essa cientista afirma que para evitar prejudicar o cérebro de crianças pequenas por, precocemente, colocá-las em contato com vídeos e imagens da Internet, é importante voltar ao que se fazia antigamente, quando avós ou pais contavam histórias com princípio, meio e fim, com significado, com boas lições para a vida, pois ajudam o cérebro a pensar em sequência, entender da causa para o efeito, e produz melhor funcionamento das estruturas nobres do encéfalo.

O cientista Fuchun Lin (2012) da Academia Chinesa de Ciências declarou: “Os jovens que navegam demais nas redes apresentam mudanças cerebrais semelhantes àquelas verificadas em compulsivos por jogos de azar.”

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O que é procrastinação e o que fazer com isso?

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Procrastinar é o ato de adiar ou atrasar tarefas, às vezes até o prazo final, geralmente porque você pode não gostar da tarefa e a deixa de lado mesmo sabendo que isso produzirá resultados ruins depois.

Você pode adiar um monte de coisas, uma pilha de roupa já lavada que precisa ser dobrada e guardada, arrumar as gavetas do seu guarda-roupa que está uma bagunça ou sua mesa de trabalho cheia de papéis e outros objetos, consertar um problema no carro, pagar uma conta, levar o eletrodoméstico para o conserto.

Procrastinar é o ato de adiar ou atrasar tarefas, às vezes até o prazo final, geralmente porque você pode não gostar da tarefa e a deixa de lado mesmo sabendo que isso produzirá resultados ruins depois.

Você pode adiar um monte de coisas, uma pilha de roupa já lavada que precisa ser dobrada e guardada, arrumar as gavetas do seu guarda-roupa que está uma bagunça ou sua mesa de trabalho cheia de papéis e outros objetos, consertar um problema no carro, pagar uma conta, levar o eletrodoméstico para o conserto.

Na prática não existe ninguém que nunca procrastina em algum momento. E isso é normal quando o que você adia não é urgente e surgiu algo mais necessário de ser feito agora.

Um passo que ajuda a resolver gradativamente o ato de procrastinar pode ser não pensar muito na tarefa e partir para a ação. Agir imediatamente, sentindo ou não vontade e ânimo, auxilia a não adiar o que precisa ser feito. E é importante perceber que você pode se ocupar de atividades que são mais prazerosas e deixar de lado as que são menos agradáveis. Nesse caso, não espere pelo sentimento de agradabilidade para fazer a tarefa. Faça com ou sem sensação agradável.

Outro ponto é que você pode descobrir que adia coisas e coloca no lugar as que podem ser adiadas, enquanto se enrola porque adiou as que não podiam ficar para depois. Em algum momento do dia pare e pense: “Isso que vou fazer agora precisa ser feito mesmo agora ou tem algo mais urgente a ser feito?” Pense e decida agir pensando nas coisas que não podem ser feitas amanhã, têm que ser hoje.

Você pode fazer uma lista por escrito de tarefas que dá para concluir rapidamente, talvez em cinco, quinze ou vinte minutos, e deixar para o fim da lista aquelas que podem esperar mais tempo. Daí decida começar por aquelas que são de rápida execução e têm prioridade.

É importante enfatizar que quem procrastina talvez pense demais na tarefa. Por isso, evitar esse excesso de raciocinar sobre o assunto, ajudará a tomar uma atitude para resolvê-lo. Quando pensamos demais numa coisa, podem surgir dúvidas, cansaço e isso prejudica a realização da atitude necessária, adiando-a.

Vamos supor que você olhe seu armário e veja que precisa arrumá-lo. Mas para deixá-lo todo organizado você gastaria um tempo longo e tem outras coisas para fazer. Você pode começar imediatamente a arrumar o armário pensando: “Vou usar vinte minutos nessa tarefa. Depois vou parar e retorno em outro momento.” Pronto. Essa é uma estratégia que tira você da procrastinação sobre essa arrumação necessária porque você dá um primeiro passo sem se exigir que terá que deixar tudo arrumado naquele momento.

Dar um pequeno passo para não mais adiar alguma tarefa pode ser o suficiente para sair da inércia e da procrastinação sem grandes autoexigências de fazer tudo. E é importante compreender que para evitar procrastinar você precisa enfrentar o sentimento desagradável que empurra para adiar as tarefas, podendo ser tristeza, angústia, ansiedade. Enfrentando um sentimento doloroso e fazendo pelo menos uma parte da tarefa, isso vai animar você para a próxima vez que sentir vontade de procrastinar, não adiar, mas entrar em ação já.

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Crianças são presentes, se as aceitarmos

quinta-feira, 03 de abril de 2025

Com esse título a escritora Kathleen Turner Crilly comenta sobre um texto de Melody Beattie, especialista sobre codependência afetiva. Vou citar parte do texto junto com ideias minhas, para nossa reflexão hoje.

Com esse título a escritora Kathleen Turner Crilly comenta sobre um texto de Melody Beattie, especialista sobre codependência afetiva. Vou citar parte do texto junto com ideias minhas, para nossa reflexão hoje.

Não tenho dúvidas de que crianças são presentes. Elas são como flores que enfeitam nossa casa. Alegram o ambiente com sua espontaneidade e pureza. Nossos filhos, se tivermos filhos, são um presente para nós. Pense bem que nós, como filhos, éramos presentes para nossos pais, não é mesmo? Entretanto, é verdade e uma infelicidade, que muitos de nós não recebemos a mensagem de nossos pais de que éramos presentes para eles e para o Universo. Talvez nossos pais estivessem sofrendo; talvez eles estivessem esperando que fôssemos seus cuidadores; talvez tenhamos nascido em um momento difícil na vida deles; talvez eles tivessem seus próprios problemas e simplesmente não foram capazes de aproveitar, aceitar e nos apreciar pelos presentes que somos.

Atendi em meu consultório ao longo do tempo muitas pessoas que sofriam com uma insegurança emocional de tal maneira que ao terem filhos se sentiam despreparados para isso e por causa dessa fraqueza emocional, não puderam curtir seus filhos, pelo menos nos anos em que o problema emocional os perturbava.

Muitos têm uma crença profunda, às vezes subconsciente, de que eram e são um fardo para o mundo e as pessoas ao redor. Essa crença pode bloquear a capacidade de aproveitar a vida e relacionamentos com os outros. Essa crença pode até prejudicar o relacionamento com Deus, o Criador do Universo.

Tem gente que sente ser um fardo para Deus. Essa sensação pode ser mesmo baseada nas experiências vividas ao longo da infância com pai e mãe, um ou outro, ou ambos, despreparados para a paternidade e a maternidade. Esse despreparo emocional é muito comum hoje em dia em milhares de jovens rapazes que engravidam garotas e nessas jovens que dão à luz crianças que sofrerão por falta de condições emocionais dos pais cuidarem delas.

Se você tem essa crença de ser um fardo para as pessoas e até para Deus, é hora de deixá-la ir embora. É hora de acabar com ela. É hora de começar a lutar para não permitir que ela fique em sua consciência perturbando. Você não é um fardo. Nunca foi, ainda que tenha sido uma criança mais peralta. Se você recebeu essa mensagem de seus pais, é hora de reconhecer que esse problema é deles para eles resolverem. Eles é que precisariam ou precisarão refletir sobre isso e aceitar que erraram com os filhos de uma forma que favoreceu o surgimento da crença psicológica na mente das crianças que diz que elas são um fardo.

Você tem o direito de lidar consigo mesmo como um presente para si, para os outros, para o mundo e para o Universo. Eu e você estamos aqui na vida e temos esse direito que nos foi dado pelo Criador.

Se você luta com este tipo de crença destrutiva, se achando um fardo, pense e decida agir com você mesmo dizendo assim: “Hoje, tratarei a mim mesmo e a quaisquer filhos que eu tiver como sendo um presente. Deixarei de lado quaisquer crenças que eu tenha sobre ser um fardo, e isso para meu Deus, para meus amigos, minha família e para mim mesmo.” E sendo pai ou mãe, pense: “Meus filhos são presentes especiais para mim.”

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Existe mulher violenta?

quinta-feira, 27 de março de 2025

Cerca de 48% das mulheres agredidas dizem que a violência ocorreu em sua residência (Pnad IBGE, 2009). Três em cada cinco mulheres jovens sofreram violência em relacionamentos (Instituto Avon, parceria com Data Popular - nov/2014).

Cerca de 48% das mulheres agredidas dizem que a violência ocorreu em sua residência (Pnad IBGE, 2009). Três em cada cinco mulheres jovens sofreram violência em relacionamentos (Instituto Avon, parceria com Data Popular - nov/2014). 77% das mulheres que vivem sob violência, sofrem agressões a cada semana ou dia, em mais de 80% dos casos, cometidas por homens ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes das vítimas. (Balanço do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.) www.compromissoeatitude.org.br/dados-e-estatisticas-sobre-violencia-contra-as-mulheres/(22Junho2016). Existe mulher violenta? Violência feminina é ideia irreal machista?

No estudo “A violência das mulheres: supressões e narrativas” Coline Cardi e Geneviève Pruvost, vol.VIII, 2011, par.13, citam que o primeiro trabalho científico que ousou combinar o estudo da violência contra as mulheres e violência produzida por elas foi feito por A. Farge e C. Dauphin. Citam a antropóloga Marie-Élisabeth Handman que disse: “… é necessário dizer que as mulheres não são menos violentas que os homens; simplesmente as causas da violência delas e as formas que elas assumem são usualmente diferentes daquelas dos homens e que o exercício de sua [das mulheres] violência cai dentro das margens deixadas para elas pelos homens (Handman, 2003, 73).”

Coline e Geneviève, dizem: “… quando pensarmos sobre violência feminina, devemos não somente estar interessados em exclusivas participações das mulheres em formas listadas de violência, mas também focar em mais formas sutis, mais microscópicas formas de violência (Handman, 1955) - … a violência pode pegar outros caminhos.” (par.21)

Liliane Daligand, psiquiatra professora de Medicina Legal na França, publicou o livro “La violence feminine”, Editora Albin Michel, 2016, e respondendo ao jornalista do Le Figaro sobre se é verdade que mulheres violentas foram vítimas de violência na infância, disse: “A grande maioria dessas mulheres foi vítima de violência e de rejeição. Elas experimentaram um caminho que é muito parecido com o das suas vítimas.” http://www.brasil247.com/pt/saude247/saude247/223091/Mulheres-violentas-Elas-estão-em-busca-de-poder-fálico.htm , visitado em 22Junho2016.

No trabalho “Mulheres e Práticas Violentas: Silêncio e Desvelamentos”, apresentado no Seminário Internacional Fazendo Gênero, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013, Claudia Priori, professora da Universidade Estadual do Paraná, cita Elizabeth Badinter que escreveu: “[...] do lado feminista, o assunto é tabu. Permanece impensável e impensado tudo aquilo que diminui o alcance do conceito de dominação masculina e da imagem das mulheres vítimas. Quando se fala disso, é sempre da mesma maneira: primeiro, a violência feminina é insignificante; segundo, é sempre uma resposta à violência masculina; por último, essa violência é legítima. (“Rumo Equivocado. O feminismo e alguns destinos.” Civiliz. Brasileira, 2005.)

Claudia afirma: “A ideologia dominante nos discursos e representações é a de uma feminilidade passiva e amistosa em oposição a uma masculinidade ativa e violenta. Um dualismo que coloca a mulher sempre como vítima e o homem sempre como o agressor, o algoz. A violência parece ser inerente à masculinidade, ao desejo de dominação masculina. Entretanto, não podemos negar a violência feminina, ela sempre existiu, existe e se manifesta de várias formas tanto na esfera privada quanto na pública.” http://www.fazendogenero.ufsc.br/10/resources/anais/20/1384359615_ARQUIVO_ClaudiaPriori.pdf

A jornalista russa Cathy Young, no artigo “A Surpreendente Verdade Sobre Mulheres e Violência” (Time, 25 junho 2014), relatou casos como o da goleira da seleção norte-americana de futebol, Hope Solo, 32 anos, que numa explosão emocional agrediu a irmã e o sobrinho de 17 anos, e também citou o caso do jovem, David Vazquez, 25 anos, morto pela namorada que não aceitou o fim do namoro. Ao matar o rapaz, esfaqueando-o no peito, ela gritava: “Se não posso ter você, ninguém pode!”. Cathy termina o artigo na revista Time assim: “Se queremos que nossa cultura reconheça a capacidade das mulheres para liderança e competição, é hipocrisia negar e minimizar a capacidade das mulheres para a agressão e mesmo maldade. ... É tempo de ver as mulheres como completamente humanas – o que inclui o lado sombrio da humanidade.” http://time.com/2921491/hope-solo-women-violence/

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Precisamos de todos

quinta-feira, 20 de março de 2025

Alguns indivíduos nascem com melhor constituição física e mental do que outros e com habilidade de serem mais assertivos. Desde pequenos enfrentam a vida com mais força. Os problemas não os abalam como abalam outros até da mesma família. Realmente alguns têm lutas interiores que outros não têm metade disto. Por que algumas crianças nascem mais vulneráveis, mais sensíveis emocionalmente? Ou, mudando o lado da moeda, por que algumas crianças nascem mais guerreiras, mais autoprotetoras, com mais vantagens mentais para enfrentar a vida?

Alguns indivíduos nascem com melhor constituição física e mental do que outros e com habilidade de serem mais assertivos. Desde pequenos enfrentam a vida com mais força. Os problemas não os abalam como abalam outros até da mesma família. Realmente alguns têm lutas interiores que outros não têm metade disto. Por que algumas crianças nascem mais vulneráveis, mais sensíveis emocionalmente? Ou, mudando o lado da moeda, por que algumas crianças nascem mais guerreiras, mais autoprotetoras, com mais vantagens mentais para enfrentar a vida?

Não sabemos ainda bem a razão disto. Não temos todas as respostas. A genética não explica tudo. Talvez a epigenética explique mais, mas ainda faltam respostas. Ajudará muito se os pais destas crianças conseguirem pensar que seu filho, sua filha, pode ser uma destas crianças mais sensíveis, que naturalmente tem menos força para viver não conseguindo ser proativa, assertiva, como os pais gostariam que fosse. Não leve seu filho a um médico querendo uma medicação, ou a um psicólogo para ele ficar “esperto”, porque o perfil dele pode ser normal mesmo não sendo proativo! É uma crueldade a sociedade e a mídia exaltarem pessoas produtivas, batalhadoras na vida, como se este padrão de ser ou de estar na realidade fosse a única normalidade. Não é.

Se você é assertivo, toma decisões e age na vida, não deprecie alguém que não funciona assim. Seu cérebro trabalha de modo diferente da outra pessoa. O mundo precisa do indivíduo assertivo e do pensador. Um é bom para agir, e outro é bom para pensar e criar estratégias. Um ajuda a manter o ambiente sereno, outro agita todo mundo.

Têm empresários cruéis com seus funcionários porque a preocupação com a produção faz com que exijam deles agirem como máquinas. Querem faturar muito e rápido, e pode ser que demorem décadas para descobrir que o dinheiro é caro. Lá na frente podem ter conseguido muito dinheiro, mas perderam muita coisa preciosa pelo caminho. Então, fica caro. Evite cair na teia capitalista insana de ter que ser máquina de fazer dinheiro. Bem estar mental tem mais que ver com o desapego do que com acúmulo de bens.

Viva com serenidade. Você é uma destas pessoas não assertivas? Faça seu melhor. Faça o que pode hoje. Não deixe de fazer o que você pode mesmo não sendo uma destas pessoas mais bem “equipadas” para uma vida “agressiva no mercado de trabalho”. Não se acomode. Estude. Leia bons livros. Ajude alguém. Seja um instrumento para aliviar o sofrimento de alguma pessoa. Coloque isto como um dos alvos na sua vida. Assim você, proativo ou não, terá uma vida com significado valioso.

Por outro lado, você que se sente “poderoso”, “poderosa”, que já montou empresas, já adquiriu imóveis, tem uma fortuna nos bancos que daria para viver cinco vidas com pleno conforto, já viajou muito em cruzeiros ou voos de primeira classe, pare e pense: respeite as pessoas que são diferentes do seu jeito de ser. Elas são legais também. Elas têm coisas bonitas também. Elas são valiosas também. Dê uma olhada atenta, e veja que você está circundado de algumas delas que lhe ajudaram a conseguir sua riqueza. Já pensou nisso? Já demonstrou gratidão a elas por isto? Você não é um deus autossuficiente. “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas?” (Mateus 6.25).

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Você está viciado em tranquilizantes?

quinta-feira, 13 de março de 2025

É comum ficarmos preocupados com a dependência de drogas como o álcool, a maconha, anfetaminas, cocaína, e não pensarmos no vício em tranquilizantes prescritos por médicos e comprados em farmácias, chamados de “tarja preta”.

A verdade é que os tranquilizantes ou calmantes, cientificamente chamados de “benzodiazepínicos”, podem se tornar danosos para a saúde, se usados de forma abusiva, junto com outras drogas ou na retirada deles.

É comum ficarmos preocupados com a dependência de drogas como o álcool, a maconha, anfetaminas, cocaína, e não pensarmos no vício em tranquilizantes prescritos por médicos e comprados em farmácias, chamados de “tarja preta”.

A verdade é que os tranquilizantes ou calmantes, cientificamente chamados de “benzodiazepínicos”, podem se tornar danosos para a saúde, se usados de forma abusiva, junto com outras drogas ou na retirada deles.

No Brasil os tranquilizantes mais conhecidos e prescritos são: Alprazolam (Apraz, Frontal), Clonazepam (Rivotril), Diazepam (várias marcas), Lorazepam (Lorax) e, Bromazepam (Lexotan). Eles são usados para o tratamento de ansiedade, insônia, abstinência alcoólica, convulsões, sedação. Apesar de serem medicamentos com certa segurança no uso em doses normais, os abusadores deles correm risco não só de dependência física, mas também de terem que ser atendidos em emergência por causa de overdose, sendo que alguns podem morrer por isso.

Estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) com 1.460 pessoas em 23 estados mostrou que os casos de depressão aumentaram 90%, estresse agudo 40% e crises de ansiedade 71% durante a pandemia da covid-19. As vendas do Rivotril (Clonazepam) aumentaram 22% em março e abril de 2020 comparado ao mesmo bimestre de 2019, pulando de 4,6 milhões para 5,6 milhões de caixas. Os benzodiazepínicos estão sendo prescritos em níveis alarmantes.

Estes medicamentos não são perigosos se usados em dose normal, por tempo limitado e com orientação médica. O vício pode surgir por eles aumentarem os níveis de dopamina, uma substância química cerebral responsável por sentimentos de prazer. Um cérebro normal não medicado controla a liberação de dopamina, mas sob uso de benzodiazepínicos, esses medicamentos alteram o mecanismo cerebral para a regulação da dopamina e permitem que ela inunde o cérebro.

Os efeitos colaterais mais frequentes devido ao uso destes tranquilizantes incluem: tontura, sonolência, confusão, fraqueza muscular, sedação, fala meio arrastada, boca seca, perturbação na memória de curto prazo, visão embaçada, sensação de muita ansiedade quando tenta deixar a medicação e reflexos motores diminuídos.

Quando a pessoa em uso de um benzodiazepínico ingere bebidas alcoólicas ou outras drogas com função depressora do sistema nervoso central, ela pode apresentar respiração lenta ou interrompida, perda da função cognitiva (dificuldade de pensar), reflexos lentificados, aumento da probabilidade de ficar dependente do remédio e pode ter outras reações graves como entrar em coma.

Se você está viciado em tranquilizantes, peça ajuda a seu médico para ele fazer um plano de “desmame” sem que você passe pela síndrome de abstinência, que é um conjunto de sinais e sintomas que surgem pela falta da medicação ou da dosagem que sedava a pessoa. Podem surgir dores no corpo, contrações musculares, sudorese, perda de peso, respiração ofegante, crises de ansiedade, náusea, vômito, depressão, insônia, alucinações, dificuldade de concentração, tremores.

Os benzodiazepínicos têm indicações médicas precisas. Nem todos que começam a usar estes medicamentos por recomendação médica terão problemas com eles desde que sigam a prescrição corretamente. O problema surge quando se usa por conta própria ou se aumenta a dose sem indicação médica. E também quando a pessoa tem a ideia de que seu sofrimento mental será resolvido só com medicação, sem precisar ajuda para compreender as causas dele e trabalhar nelas, que é feito no tratamento psicoterápico.

A medicação ajuda a aliviar os sintomas, e a psicoterapia ajuda a entender as causas deles e aprender técnicas de autocontrole e autoconhecimento que produzirão alívio dos sintomas e evitará o surgimento de dependência do medicamento.

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