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Codependente e dependente químico

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Codependência não significa, como parece indicar, que você está dependente de algo junto com outra pessoa. Em psicologia, codependência é fazer por uma pessoa o que ela pode e deve fazer por si mesma.

Codependência não significa, como parece indicar, que você está dependente de algo junto com outra pessoa. Em psicologia, codependência é fazer por uma pessoa o que ela pode e deve fazer por si mesma.

Vamos supor que você esteja lutando com um membro da família viciado em cocaína, álcool ou outra droga. O codependente que convive com esse dependente químico, devido ao seu papel de codependente, em vez de permitir que o viciado enfrente as consequências do vício, tenta proteger seu ente querido dos problemas pelo uso da droga. Por exemplo, pode pagar o aluguel ou a dívida do viciado, pode mentir para as pessoas sobre ele usar substâncias, pode pagar fiança para tirá-lo da prisão, ou seja, o codependente acoberta os erros de comportamento que o viciado apresenta pelo consumo da droga.

A fim de parar a codependência, deixe que o viciado assuma as consequências do vício, mesmo que possa parecer não ter amor por ele ou ser maldade. Quando o dependente químico percebe que o uso das drogas é problemático, ele pode pedir ou esperar que você mantenha isso em segredo para que o vício dele permaneça imperturbável. Ou você pode se sentir tentado a guardar segredos para manter a paz, o que poderá fazer você não tocar no assunto. Porém, ficar calado ajuda a manter o vício. É preciso conversar com todos da família sobre as preocupações com as consequências do uso da droga e pensar que será útil o familiar do dependente químico participar de um grupo Al-Anon ou Nar-Anon que orienta sobre o que fazer com o sofrimento pelo convívio com um viciado em substância. Esses são grupos de apoio gratuitos que oferecem importante ajuda. No site deles, se descobre onde tem um grupo, qual dia e horário se reúnem.

No diálogo entre o viciado e membros da família da mesma casa, deixe claro o que você quer que ele faça em casa e incentive-o a respeitar isso. Explique que se ele desrespeitar as regras do que foi conversado, a disciplina explicada será praticada, mesmo que ao aplicá-la seja doloroso. Deixar o viciado transgredir as leis do funcionamento familiar que ele sabe quais são, passa a mensagem para ele de que não há consequências para o comportamento dele, e que pode manter o vício.

É comum um viciado em substância agir com negação, dizendo que não tem problema com álcool ou outras drogas e não estar disposto a mudar. Essa negação afeta você e a família como um todo, causando dor. Então, mostre que ele precisa seguir o tratamento por ter comportamentos inaceitáveis para a família e ruins para ele mesmo. Pense sobre seu comportamento para com o dependente químico para ver se você tem atitudes de codependência que é ruim para você e todos.

Outros sinais de codependência incluem: dar dinheiro ao viciado sem ele merecer ou sem ganhar por trabalho; culpar os outros pelo comportamento do parente viciado; ver o vício e comportamentos alterados pela droga como causados por outra coisa sem ser a substância; tentar controlar coisas fora do seu controle.

Às vezes, o familiar não terá escolha porque o viciado age mal talvez com violência física ou emocional. Isso é complicado e, embora alguém possa estar "endossando passivamente" o vício de um ente querido através do silêncio ou de outras atitudes de codependência, cada familiar deve cuidar da própria saúde e pode precisar entrar em contato com autoridades capacitadas para pedir ajuda.

Um viciado não aprende com seus erros se for superprotegido. A família é impotente para controlar o dependente químico, e não pode forçá-lo a se recuperar. Em muitas famílias os membros dela vem tentando mudar seu ente querido faz tempo, e não funcionou. Não conseguimos impedir que uma pessoa beba álcool ou use drogas. Mas quando a família se recusa a assumir a responsabilidade das consequências do uso que o viciado faz de álcool ou outras drogas, ela permite que ele enfrente as consequências naturais de seu comportamento. Esse pode ser o começo da recuperação.

Fonte: Fundação Hazelden Betty Ford – 07/09/2021

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Violência feminina

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Viu na mídia algo sobre violência feminina contra homens? Não são só homens frágeis vítimas de agressão feminina. Mulheres agressivas dão socos, pontapés nos testículos, beliscões, agridem o homem com ele dirigindo um veículo. Ele se defende bloqueando golpes, porque sabe que se revidassem iriam ferir a agressora.

Viu na mídia algo sobre violência feminina contra homens? Não são só homens frágeis vítimas de agressão feminina. Mulheres agressivas dão socos, pontapés nos testículos, beliscões, agridem o homem com ele dirigindo um veículo. Ele se defende bloqueando golpes, porque sabe que se revidassem iriam ferir a agressora.

Há argumentos de que o abusador é maior e mais forte, e a vítima é menor e mais fraca. Alguém de 1,60 de altura, violenta e raivosa pode causar mais dano em alguém de 1,80 de altura não violento. A abusadora não precisa ser grande ou forte para jogar um facão, chicotear, picotar a roupa, chamar a polícia mentindo que está sendo abusada. Mulheres disparam tiros de arma de fogo em homens, agridem com objetos pesados, quebrando o braço dele, jogam o carro contra eles, esfaqueiam.

Mulheres usam violência só em autodefesa? Não. Homens atacados por mulheres agressivas contam: “Liguei meu carro, ela colocou o bebê no chão da garagem onde eu não o podia ver, e não podia sair.” “Ela usou cocaína e me esfaqueou na barriga. Não denunciei porque não queria ver a mãe de meus filhos presa”.

Homens vítimas de mulheres abusivas ficam no lar para proteger os filhos da mãe cruel, e porque ela promete mudar e procurar ajuda para o descontrole dela; eles a amam, eles querem ficar com ela, mas sem os abusos. Existem delegacias para crianças, adolescentes e mulheres adultas. Você conhece em nosso país alguma Delegacia do Homem? Mesmo em número muito menor, homens também são violentados por mulheres agressivas no Brasil e no mundo.

Coline Cardi e Geneviève Pruvost no texto “O controle social das mulheres violentas”, citam que o primeiro trabalho científico que ousou combinar o estudo da violência contra mulheres e produzida por elas, foi feito por A. Farge e C. Dauphin. Coline, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas na Universidade Paris-VIII, e Pruvost, socióloga do Centro de Pesquisa Sociológica em Direito e Instituições Penais, citam Marie-Élisabeth Handman, antropóloga: “… é necessário dizer que as mulheres não são menos violentas que os homens; simplesmente as causas da violência delas e as formas que elas assumem são usualmente diferentes daquelas dos homens e que o exercício de sua [das mulheres] violência cai dentro das margens deixadas para elas pelos homens.” (Marie-Élisabeth Handman, (Handman, 2003, 73).

Em “Mulheres e Práticas Violentas: Silêncio e Desvelamentos”, do Seminário Internacional Fazendo Gênero, Univ. Fed. de Santa Catarina, Florian., 2013, Claudia Priori, da Universidade Estadual do Paraná, cita Elizabeth Badinter: “[...] do lado feminista, o assunto é tabu. Permanece impensável e impensado tudo aquilo que diminui o alcance do conceito de dominação masculina e da imagem das mulheres vítimas. Quando se fala disso, é sempre da mesma maneira: primeiro, a violência feminina é insignificante; segundo, é sempre uma resposta à violência masculina; por último, essa violência é legítima.” (UFSC 2013), cita Elizabeth Badinter, Rumo Equivocado, O feminismo e alguns destinos, Editora Civilização Brasileira, 2005.

C. Priori afirma: “A ideologia dominante nos discursos e representações é a de uma feminilidade passiva e amistosa em oposição a uma masculinidade ativa e violenta. Um dualismo que coloca a mulher sempre como vítima e o homem sempre como o agressor, o algoz.” www.fazendogenero.ufsc.br/10/resources/anais/20/1384359615_ARQUIVO_ClaudiaPriori.pdf.

“Se queremos que nossa cultura reconheça a capacidade das mulheres para liderança e competição, é hipocrisia negar e minimizar a capacidade das mulheres para a agressão e mesmo maldade. ...É tempo de ver as mulheres como completamente humanas – o que inclui o lado negro da humanidade.”

Cathy Young, “The Surprising Truth About Women and Violence”, [“A Supreendente Verdade Sobre Mulheres e Violência”], Time 25 Junho 2014 http://time.com/2921491/hope-solo-women-violence.

Provérbios 27:15 diz: “O gotejar constante e ruidoso num dia de chuva e uma mulher implicadora [rixosa] têm muito em comum. Conter uma pessoa assim? Seria mais fácil reter o vento ou apanhar um objeto liso com as mãos cheias de óleo.” (versão “O Livro”).

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De que fonte você bebe?

quinta-feira, 12 de junho de 2025

É incrível como boa parte da juventude se deixa levar por influenciadores com uma vida às vezes cheia de devassidão, com apologia ao tráfico de drogas e outras violências, vida superficial, inútil. Que modelos ruins a juventude aplaude e copia!

Adultos também ficam fissurados com novelas de TV, muitas com personagens com comportamento disfuncional, banalizando o sexo e o afeto ou mostrando uma exacerbação doentia de romance. Você se torna parecido com o que mais contempla. No que ou quem você mais contempla? Quem é seu modelo de conduta?

É incrível como boa parte da juventude se deixa levar por influenciadores com uma vida às vezes cheia de devassidão, com apologia ao tráfico de drogas e outras violências, vida superficial, inútil. Que modelos ruins a juventude aplaude e copia!

Adultos também ficam fissurados com novelas de TV, muitas com personagens com comportamento disfuncional, banalizando o sexo e o afeto ou mostrando uma exacerbação doentia de romance. Você se torna parecido com o que mais contempla. No que ou quem você mais contempla? Quem é seu modelo de conduta?

Rodrigo Silva, arqueólogo, foi duas vezes ao Programa do Jô Soares. Apresentador do programa “Em Busca de Evidências” na TV Novo Tempo, professor doutor do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus 2, tem doutorados em Arqueologia Clássica e em Teologia Bíblica.

Em seu novo livro “Descobertas da Fé” (Casa Publicadora Brasileira – www.cpb.com.br), ele comenta algumas coisas interessantes. Vou citar alguns pensamentos dele num texto que ele intitulou de “Atração Fatal”, na página 156 (2025). Tenho dois livros publicados nessa mesma editora, um é o “Consultório Psicológico” e outro é o “Saúde Total.”

O Dr. Rodrigo explica: “Deus quer salvar todos, mas o mundo que a fama constrói é perigoso. A vida ilusória dos perversos é como um caminho escorregadio rumo à destruição. É comparável a um restaurante de luxo com uma cozinha suja. Se os clientes vissem como a comida é feita, jamais comeriam ali, não importa quão requintado fosse o salão e o cardápio”.

“Veja os bastidores do showbiz, quantos casos de abuso sexual e psicológico! Quantas mulheres contam do horror a que se submeteram para ganhar fama. Nem mesmo as crianças e adolescentes escapam; basta olhar as denúncias de famosos mirins depois que se tornam adultos.”

“Até mesmo cineastas admitem a perversão. Em 2007, o seriado Californication, cujo nome já diz tudo, fez uma crítica ácida de como Hollywood é podre por dentro. Nas palavras de um diretor de cinema: “O showbiz é podre, pedófilo e sem critérios morais.” Aliás, quem quiser assistir ótimas palestras em vídeo de um ator jovem ex-cineasta de Hollywood, de nome Scott Mayer, basta acessar www.terceiroanjo.com e procurar os vídeos dele. Estando no site, digite Scott Mayer na lupa e surgem os vídeos sobre esse ex-ator de Hollywood.

Dr. Rodrigo continua dizendo: “É dessa cozinha imunda que saem os sofisticados pratos que divertem fregueses e, ao mesmo tempo, tornam sem gosto a culinária divina. É preciso que cada um avalie os efeitos dessas influências em sua própria vida espiritual, sem fanatismos ou julgamentos alheios. Assim como o vício em açúcar deturpa o paladar, tornando o refrigerante ‘gostoso’ e a água ‘sem graça’, a ânsia por adrenalina e dopamina pode transformar qualquer culto em monotonia”.

E ele termina assim: “Para aqueles que se voltam às fontes pervertidas, a água da vida pode se tornar bem desinteressante. Precisamos decidir: Onde saciaremos nossa sede? Trocaremos o Jordão e Canaã para regressar à escravidão junto ao rio Nilo?”

De que fonte você tem bebido e que contribuem para a construção do seu caráter? De modelos nobres, éticos, de bons princípios, ou de lixo coberto de fama, de pessoas famosas e poderosas, mas contaminadas com veneno ideológico destrutivo? É sério isso. Porque a saúde da sua mente depende muito do conteúdo que você coloca nela dia a dia. De onde você tem tirado o conteúdo que alimenta sua mente, influi em seu caráter e determina sua conduta?

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O caos vem, e a justiça também

quinta-feira, 05 de junho de 2025

A humanidade está sofrendo. O sofrimento aumenta. A Organização Mundial da Saúde prevê que a depressão será a primeira doença do mundo em 2030. A angústia cresce de forma individual e entre as nações, com guerras, corrupção, violência, regimes ditatoriais. Mesmo as novas drogas psiquiátricas não dão conta de curar as pessoas. Mídias sociais seguem com postagem de fotos e frases produzidas que mascaram a realidade do sofrimento. Caminhamos para o caos.

A humanidade está sofrendo. O sofrimento aumenta. A Organização Mundial da Saúde prevê que a depressão será a primeira doença do mundo em 2030. A angústia cresce de forma individual e entre as nações, com guerras, corrupção, violência, regimes ditatoriais. Mesmo as novas drogas psiquiátricas não dão conta de curar as pessoas. Mídias sociais seguem com postagem de fotos e frases produzidas que mascaram a realidade do sofrimento. Caminhamos para o caos.

Segundo o ranking World Happiness Report (Relatório de Felicidade Mundial), associado à Organização das Nações Unidas, a Finlândia, no norte da Europa,  é outra vez considerada o país com melhor índice de felicidade no planeta. Isso se deve a vários fatores, tais como: bom sistema de bem-estar social com cuidados de saúde e educação de qualidade acessível a todos, sistema de proteção social que oferece seguro-desemprego, auxílio à maternidade/paternidade e subsídios habitacionais. A Finlândia tem um dos menores índices de desigualdade social do mundo, proporcionando às pessoas oportunidades justas. A população tem bom nível de confiança na sociedade e no governo, que se destaca pela transparência e baixo nível de corrupção. Os finlandeses têm muito contato com a natureza em florestas, lagos, espaços verdes, atividades ao ar livre e lazer gratuito, bibliotecas comunitárias. Sua cultura valoriza o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, em vez de se concentrar só em ganhos financeiros. A população da Finlândia é de cerca de 5 milhões 608 mil habitantes, sendo 94% composta de protestantes, e destes, 72% são membros da Igreja Evangélica Luterana.

O conceito de felicidade para os finlandeses é diferente de outros países, já que eles valorizam mais a paz, a simplicidade e o contato com a natureza, em vez de só sucesso financeiro. Esse conceito pode variar de cultura para cultura e pode ser diferente mesmo em pessoas numa mesma cultura. Para um a felicidade é estar conectada com a família, enquanto que para outro da mesma cultura e até da mesma família, a felicidade é ver sua empresa crescendo economicamente. Na cultura finlandesa o mais importante não é aumentar a renda, mas se sentir seguro de ter uma renda suficiente para custear suas necessidades. Os finlandeses têm até um provérbio que diz: “Quando você sabe o que é suficiente, você fica feliz.”

Por outro lado, há problemas lá também, depressão e outros transtornos psiquiátricos. Em 2019, o índice na Finlândia foi de 15 mortes por suicídio a cada 100 mil habitantes, enquanto a média da União Europeia foi de 10 casos a cada 100 mil. Em 1990 houve 1.512 mortes por suicídio na Finlândia, e depois de um trabalho do governo, em 2020 caiu para 740 suicídios. Mas essa mudança não tem sido linear, às vezes sobe, depois abaixa, depois sobe de novo.

O projeto nacional de prevenção ao suicídio contribuiu para a queda da taxa de suicídio na Finlândia, o qual envolveu melhora no tratamento da depressão, detecção mais rápida e precoce do estado depressivo e implantação de tratamentos mais eficazes. Houve melhora no tratamento do abuso do álcool e de transtornos de personalidade. Uma limitação é que alguns pacientes não procuram ajuda e outros interrompem o tratamento. A diminuição dos suicídios na Finlândia tem relação direta com a queda do abuso do consumo de bebidas alcoólicas. Mas, apesar dos esforços do governo para reduzir a taxa de suicídio, infelizmente, dados recentes mostram que os jovens são um grupo particularmente vulnerável. A taxa de suicídio entre jovens de 14 a 25 anos aumenta, e o número de suicídios entre menores de 14 anos também aumentou no “país da felicidade”. 

O sofrimento aumenta no mundo. Ditaduras explícitas ou disfarçadas de democracia, violência social ligada à desestruturação familiar, desigualdade social cruel, consumismo, ideologia pré-moderna que prega que o que vale é o que você sente, secularismo, afastamento dos princípios do Criador do Universo que envolvem misericórdia, justiça, verdade, tudo isso está destruindo a civilização. Estamos no fim do fim antes que, como diz o credo católico, Deus venha julgar os vivos e os mortos, para, finalmente, acabar com a impiedade e estabelecer um mundo no qual habitará a justiça. Falta bem pouco.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Congruência e coerência

quinta-feira, 29 de maio de 2025

A palavra “congruência” relacionada com comportamento humano significa que o indivíduo congruente tem uma harmonia entre o que pensa, sente e se comporta. Ele é coerente. Existe muita incongruência e incoerência em vários tipos de agrupamento humano. Não podemos julgar o que vai no mais profundo da mente de uma pessoa, e tem alguma verdade no ditado popular que diz que “as aparências enganam”, porém muitas vezes elas não enganam, porque a pessoa, ou grupo de pessoas de poder social e político pratica a incoerência e a incongruência.

A palavra “congruência” relacionada com comportamento humano significa que o indivíduo congruente tem uma harmonia entre o que pensa, sente e se comporta. Ele é coerente. Existe muita incongruência e incoerência em vários tipos de agrupamento humano. Não podemos julgar o que vai no mais profundo da mente de uma pessoa, e tem alguma verdade no ditado popular que diz que “as aparências enganam”, porém muitas vezes elas não enganam, porque a pessoa, ou grupo de pessoas de poder social e político pratica a incoerência e a incongruência.

Na família ou em outro grupo social, é comum ter incongruências. Exemplo: pais viciados em mídias sociais e celular, cobram que o filho precisa usar menos o celular. Não faz sentido cobrar dos outros o que a pessoa que cobra não faz.

Tornar-se verdadeiro consigo mesmo é parte do caminho de restauração da saúde mental. Não é possível ter esse tipo de saúde e manter-se numa conduta com repetidas mentiras nas palavras, sentimentos e ações. Psicoterapia eficaz ocorre quando a ajuda profissional leva o paciente a encontrar as verdades do psiquismo dele para que entendendo essas verdades, seja gradativamente liberto daquilo que o faz sofrer.

Conhecendo a verdade, ela pode libertar, mas só se a pessoa praticá-la e ir acabando com as mentiras. Cura é um processo, e no caminho da cura emocional genuína quem a busca e a quer de todo o coração, precisa passar pela tomada de consciência de suas incongruências e incoerências para reconhecer que tem agido assim e decidir acabar com isso.

Muitos permanecem incoerentes e incongruentes por causa de conflitos de interesses, egoísmo, por manter um estilo de vida consumista e por causa de ideologias que ela defende, mas muitas vezes não vive. Isso é extremamente comum no mundo político.

Essa semana, após apresentar palestras em São Luís, no Maranhão, fiz um voo de conexão entre Brasília e Guarulhos. Enquanto aguardava meu voo no aeroporto de Brasília, notei duas figuras fora do padrão brasileiro de vestuário. Ambos eram de pele negra com roupa típica de algum país africano, e chapéu também da região.

O outro, que estava junto dele, era muito alto, usava um chapéu tipo “Indiana Jones” com as abas presas nas laterais, e usava uma roupa externa semelhante a uma capa grande, do ombro aos pés. O vi andando no saguão do aeroporto e ele tinha um porte imponente, talvez com um metro de noventa de altura, com aquela capa em tons de marrom, parecia um super-herói.

Entrei no avião e quando procurei meu assento, vi que iria sentar ao lado do primeiro que citei, que usava a roupa africana e o outro com a capa majestosa sentaria na fileira da frente. Ofereci trocar de lugar para eles ficarem juntos, mas ele não quis. Puxei assunto perguntando se falava inglês, mas eles eram de um país no noroeste africano, onde se falam vários dialetos e um tipo de francês.

Resumindo, o homem alto de capa era ministro de um tipo de “ministério da agricultura e alimentos gerais” do governo daquele país e o que estava ao meu lado era seu assistente. Eles tiveram reuniões com autoridades do governo brasileiro em Brasília para fazerem acordos sobre produtos alimentícios entre estes dois países e agora iriam regressar para sua pátria, com escala em Adis-Abeba, Etiópia.

Na viagem internacional para resolver assuntos político-comerciais no Brasil, quantas pessoas haviam na comitiva do governo daquele país africano? Duas. Só o ministro e seu assistente. E eles estavam usando um voo comercial em vez de gastar uma soma imensa numa viagem com aeronave do governo. Isso é coerência e congruência para com o uso do dinheiro público por quem está no poder dizendo que cuida dos interesses da população.

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Como não atrofiar sua mente?

quinta-feira, 22 de maio de 2025

 

A mente humana tem sido ameaçada de atrofiar ou encolher por causa do ser humano gastar enorme quantidade de tempo em redes sociais, games, tablets, computadores, celulares, fazendo isso de forma passiva, recebendo muitas vezes alimento de baixa qualidade nos conteúdos que assiste. Mas uma nova preocupação surge com a IA – Inteligência Artificial.

 

A mente humana tem sido ameaçada de atrofiar ou encolher por causa do ser humano gastar enorme quantidade de tempo em redes sociais, games, tablets, computadores, celulares, fazendo isso de forma passiva, recebendo muitas vezes alimento de baixa qualidade nos conteúdos que assiste. Mas uma nova preocupação surge com a IA – Inteligência Artificial.

Agora mesmo, ao precisar pensar no que escreveria para essa coluna, lembrei da IA. Seria fácil colocar um título nela e ela me daria um texto pronto. Penso em usar a IA em alguns momentos para pesquisar alguns assuntos, mas não pretendo usá-la para produzir textos para o jornal, revista, programa de rádio ou de televisão e palestras nas quais tenho trabalhado. Ainda quero usar minha mente para que ela seja preservada, não atrofie e até possa se expandir mais.

Poderosas mídias querem pensar por você. Basta conectar e, pronto, ali está tudo feito e preparado para o consumo. Mas você se preocupa em quem produziu o conteúdo que vai assistir ou ler? Conhece o que esta pessoa pensa sobre a vida, sobre ética, sobre moral e sobre a guerra entre o bem e o mal na mente humana? Sabe qual é a ideologia do conteúdo? Sabe se fala de verdades ou de mentiras disfarçadas de ciência, qualquer ciência, até ciência política? Conhece a motivação por detrás do conteúdo no qual você mergulha? O maior desafio para a preservação da saúde mental não é ser enganado por mentiras ideológicas sem base científica alguma e que são explicitamente danosas, ainda que aplaudidas pelo grande público, mas é ser enganado por verdades misturadas com mentiras e isso existe em abundância nas produções literárias, cinematográficas, grupos ideológicos.

Cuidado para você não expor sua mente a conteúdos destrutivos da filosofia pós-moderna que prega o hedonismo, que diz que você tem direito de se sentir bem e tudo o que o faz sentir-se bem, é válido. A palavra "hedonismo" deriva do grego "hedonê", que significa prazer. O hedonismo é uma filosofia que prega que o prazer é o objetivo principal da vida humana e anuncia que a felicidade é obtida através da busca e da experiência do prazer. 

Isso é uma ilusão porque nessa existência o normal é conviver com o que produz prazer junto com o que produz dor. Não tem como fugir da angústia existencial inerente ao existir humano. Não existe medicação que acabe com esse tipo de angústia. Ela vai além do psicológico e entra no campo espiritual, por isso os instrumentos para lidar com ela são de origem espiritual, e não farmacológicos.

A Natureza mostra isso claramente. Basta olhar o processo de morte de um vegetal. A folha, a flor ou o fruto de uma árvore vai murchando naturalmente. Caminha para a morte. Evolui para em seguida involuir. Assim ocorre com os seres humanos. Estamos indo para a morte. Existem dois tipos de morte biológica, a necrose e a apoptose. A primeira, a necrose, é uma morte antecipada, precoce, destrutiva dos tecidos e órgãos, como um câncer. A segunda, a apoptose é a chamada morte por suicídio celular inteligente. Ela ocorre naturalmente, dentro da célula ela se processa de forma organizada, ao contrário da morte por necrose que é uma bagunça agressiva.

Quer preservar seu cérebro e, portanto, sua mente? Evite bebidas alcoólicas, coma alimentos naturais, beba água pura ao longo do dia, pratique atividade física ao ar livre com frequência, respire ar puro, se exponha à luz solar sem exagero, use com moderação o que é saudável, durma entre 7 a 9 horas por dia em ambiente ventilado, escuro e sem barulho. Filtre os conteúdos que você assiste na mídia. Leia algo proveitoso. Assista vídeos educativos de bom conteúdo. Se ofereça para algum trabalho voluntário que alivie o sofrimento das pessoas. Aprenda a lidar com a angústia sem querer fugir dela com substâncias, sexo, comida, compras, jogos, corrupção. Separe um momento a cada dia para oração e meditação.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Eu olho para você e sigo

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Não é anormal sentirmos vez ou outra tristeza, ansiedade, medo. Sentir isso se torna fora do normal quando e se experimentamos essas emoções com frequência e forte intensidade.

Não é anormal sentirmos vez ou outra tristeza, ansiedade, medo. Sentir isso se torna fora do normal quando e se experimentamos essas emoções com frequência e forte intensidade.

Por exemplo, sentir tristeza vez ou outra é normal, mas quando uma pessoa a experimenta e junto da tristeza vem perda de prazer em tudo, falta de energia, insônia ou dormir demais, alteração no apetite para mais ou para menos, ideias de culpa, morte e talvez suicídio, então dizemos que ela passou a ter um estado depressivo se estes sintomas permanecem por duas semanas ou mais e deve procurar ajuda profissional com médico psiquiatra.

Outro exemplo pode ser o fato de alguém sentir-se ansioso em certas circunstâncias, o que é normal. Mas quando essa ansiedade se torna frequente e exagerada, atrapalhando trabalhar, estudar, ter vida social devido à insegurança ou medo excessivo (fobia), então este indivíduo passou a ter um transtorno de ansiedade que requer tratamento.

Alguns têm lutas com pensamentos e sentimentos desagradáveis bem mais do que outros. Essa é uma das razões pelas quais precisamos aprender a exercer compaixão por todas as pessoas. Você talvez não saiba a luta mental que o outro tem e olha só o exterior que pode enganar.

Diante de sofrimentos existenciais, como a angústia que todos possuímos, conscientemente ou não, e momentos talvez de tristeza difícil de enfrentar, precisamos ter um motivo que nos anima a seguir na vida. Se o motivo for para ser útil e ajudar pessoas, da família ou não, é menos difícil seguir adiante.

O que você está fazendo com sua vida? Perdendo-a ao acumular bens e curtir festas e viagens? O que você pode fazer para melhorar a qualidade de vida no local onde você atua, no trabalho, em casa, na comunidade religiosa, no seu bairro ou cidade?

Não deixe que o medo tome conta de sua mente e paralise você. Tenha esperança de que o alívio chegará, talvez não de forma geral na sociedade, mas em sua pessoa individualmente. Serenidade é muito pessoal e não deve depender do que você tem e nem de amizades. E se essas coisas acabarem? E se as pessoas a quem você se apegou forem embora ou morrerem?

Se cidadãos comuns, políticos, empresários, religiosos, colocarem seu ego de lado e pensar o que podem fazer para o bem da comunidade, isso contribuirá para o alívio do sofrimento de todos. Mas quando o ego toma conta, então surgem as guerras e disputas entre a direita e a esquerda, entre a esquerda e a direita, e com isso todos perdem, mesmo quem juntou fortuna com desonestidade. Porque não existe dinheiro que possa comprar a paz dentro da pessoa. E corruptos não têm paz.

Está você sofrendo alguma dor emocional difícil? Tem vontade de parar, abandonar tudo, morrer? Olhe para essa pessoa importante que está aí em sua vida. Pode ser seu filho, sua filha, seu pai, sua mãe, seu irmão, sua irmã, seu amigo sincero. Ela precisa de você. Você é importante para ela. Ela pode sobreviver sem sua presença e ajuda, mas você é muito importante para ela. Não existe ninguém que possa substituir sua pessoa para ela.

Uma menina sensível e dócil, em idade escolar, já com alguma lucidez sobre problemas familiares, socais e até políticos, em seus 11 anos de idade, olhando a luta da mãe para cuidar da casa, cuidar dela como filha querida, do trabalho, das dificuldades no casamento, das decepções no governo que prejudicam as famílias, perguntou a ela: “Mamãe, como você consegue aguentar tudo isso?” A mãe, pessoa sensível, coerente, afetiva, respondeu com carinho: “Eu olho para você e sigo.” E você?

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A mensagem da dor emocional

quinta-feira, 08 de maio de 2025

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

“Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os Teus estatutos.” (Sal 119:71)

É comum a pessoa que sente um desconforto mental pensar em usar algum medicamento para obter alívio. Claro que sentir dor emocional, seja tristeza, angústia, medo, é desagradável e todos queremos sentir alegria, serenidade, segurança. Querer alívio não é errado. Mas será que o alívio de nossas dores emocionais tem que vir só e principalmente pela ação de medicamentos?

É muito importante e até libertador passar e pensar que a dor é amiga, não inimiga. A dor indica que algo está errado em nós e que, assim, precisa ser verificado. É como estar dirigindo seu carro e uma luz vermelha acende no painel. Essa luz vermelha que acendeu é algo bom ou ruim? Os dois. É bom porque indica que há um problema a ser consertado talvez a tempo de não prejudicar mais gravemente o veículo. E é ruim porque surgiu um defeito e você tem que parar para consertá-lo.

Então, a dor emocional, ou mesmo a física, é um alarme, uma informação, serve para chamar a atenção, para que possamos parar, refletir sobre o estilo de vida que estamos vivendo e tentar entender onde está o problema, a fim de que o mesmo seja corrigido.

Talvez você precisará de ajuda profissional para entender a causa da sua dor emocional. Mas se já sabe e o sofrimento ainda existe, então o que está faltando pode ser uma atitude em favor de sua saúde emocional e relacional. Tome uma decisão de fazer aquilo que você já entendeu que precisa fazer para melhorar, mesmo sentindo alguma insegurança ou meio fraco para fazer a coisa. Vá com calma, mas vá.

Mudar a forma de pensar é muito importante para corrigir muitos tipos de dores emocionais que existem justamente porque a pessoa pode possuir crenças psicológicas doentias, pensamentos com conteúdos ruins. Então, se ela insiste em pensar negativo, o sofrimento persiste. Mudar os pensamentos é mais importante do que acreditamos. E é possível escolher pensar diferente, mais saudavelmente, independentemente dos seus sentimentos.

Os sentimentos são também importantes para nossa saúde ou doença mental. Mas eles em geral dependem da qualidade de nossos pensamentos. Escolha pensamentos saudáveis, de perdão, de misericórdia, de gratidão, de elogios sinceros aos outros, de incentivo, paciência, inclusive para com você mesmo, pois isso influi no que você sente.

Muitos sofrimentos emocionais têm mais que ver com as pessoas atacarem a si mesmas se depreciando, se menosprezando, do que devido a problemas com os outros. O mais importante para resolver sua dor emocional não é o que as pessoas fazem ou fizeram com você, mas o que você faz com o que elas fizeram ou estão ainda fazendo.

Então, aprenda a olhar sua dor emocional, que pode ser tristeza, irritação, ansiedade, medos exagerados, excessiva timidez, vergonha, como um sinal de que algo precisa ser mudado na sua maneira de ser como pessoa. A dor está aí lhe dizendo: “Vamos dar uma parada na vida para melhorar seu jeito de pensar, de sentir, de agir?”

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Você consegue ter esperança olhando o mundo?

quinta-feira, 01 de maio de 2025

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

No final do século 19 surgiu a sensação de que o progresso humano despontaria de modo que teríamos paz e crescimento social. A Exposição de Paris ou Exposição Universal, uma feira mundial em Paris, na França, entre 14 de abril e 12 de novembro de 1900 celebrou as conquistas do século 19 e anunciava o desenvolvimento para o século 20. A ideia era que, com avanços tecnológicos e científicos, muitos problemas humanos seriam resolvidos.

Mas, de 1914 a 1918 a primeira guerra mundial destruiu tais sonhos e no século 20 mais de 200 milhões de pessoas morreram em guerras. O setor tecnológico avança, e a decadência moral também. Martin Luther King Jr. disse: “Temos mísseis teleguiados, mas pessoas desnorteadas.” Algumas delas governam cidades, Estados e países. Se você não é insensível à justiça social, isso assusta, não é?

Charles Darwin, Karl Marx e outros pensadores do século 19 tentaram convencer o povo de que a humanidade progredia biológica e socialmente. Mesmo admitindo que a humanidade melhorou em alguns aspectos, em tratamentos de doenças, tecnologia da informação, comunicação virtual, vislumbrando o futuro próximo do mundo, analisando como agem governantes corruptos e cruéis, não dá para ter uma visão otimista, de paz, segurança e prosperidade. Fala-se disso, por exemplo, no Fórum Econômico Mundial, mas sendo propaganda falsa de paz, porque a ideia é tirar a liberdade humana de escolha, criando a nova ordem mundial.

Nabucodonosor foi rei de Babilônia e sonhou com uma estátua com cabeça de ouro, peitos e braços de prata, quadris e coxas de bronze, pernas de ferro e os pés com mistura de ferro e barro. Babilônia foi o império áureo, a cabeça de ouro da estátua, durando de 626 até 539 antes de Cristo (aC). Depois veio outro império, o Medo-Persa de 539 até 331 aC. Em seguida veio a Grécia de 331 até 168 aC. Depois veio o Império Romano que dominou o mundo de 168 aC até 476 depois de Cristo. O sonho, descrito no livro de Daniel, capítulo 2, no Antigo Testamento na Bíblia, foi dado a Nabucodonosor uns 600 anos antes de Cristo e descreveu os impérios mundiais que surgiram após Babilônia. A História seguiu exatamente assim.

Vivemos clara decadência nos valores morais, com corrupção aumentada, violência, vida superficial materialista, dependência química, aumento da depressão (prevista ser a doença número 1 do mundo em 2030 pela OMS), distorções da verdade praticadas por igrejas que visam lucro material em vez de defesa da piedade ou que colocam a tradição acima da verdade revelada.

Babilônia afundou e acabou porque em sua prosperidade deixou de lado a verdade, a justiça e atribuiu sua glória à realização humana. O Império Medo-Persa desmoronou por rejeitar os princípios da justiça e compaixão, predominando, como hoje em muitos países, a maldade, a corrupção e a perseguição contra quem faz o bem. Os reinos que se seguiram na história mundial foram ainda mais vis e corruptos, afundando da escala de valor moral.

Mas o sonho de Nabucodonosor não terminou com a descrição dos impérios que surgiriam no mundo, como de fato surgiram. No final do sonho havia uma pedra vindo de encontro aos pés da estátua, esmiuçando os reinos representados por eles (países atuais). Essa pedra é um novo reino, justo, compassivo, sem corrupção, sem maldade, que assumirá o governo mundial e não será destruído. Essa é a única esperança para quem quer que o bem governe para sempre. Aliás, cultivar a atitude mental de esperança ajuda a prevenir e a tratar o estado mental depressivo.

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Um centímetro é importante

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O que faz a diferença entre obter sucesso ou fracassar? Será que tem que ver com condições ideais? Será na dependência de você colocar bem mais esforço? Será que pode ser usar uma porção dobrada do seu talento? Ou será que algumas pessoas simplesmente têm o que é preciso e outras não?

O que faz a diferença entre obter sucesso ou fracassar? Será que tem que ver com condições ideais? Será na dependência de você colocar bem mais esforço? Será que pode ser usar uma porção dobrada do seu talento? Ou será que algumas pessoas simplesmente têm o que é preciso e outras não?

Um técnico de futebol americano conseguiu tirar seu time de quinze temporadas ruins para campeonatos mundiais consecutivos. Como ele conseguiu isso? “Ele acreditava que o sucesso era uma questão de centímetros, pouca coisa de cada vez. Um pouco mais de concentração, um esforço extra nos treinos, um segundo esforço consistente para um pequeno ganho adicional. Ele não pedia que seus jogadores fossem algo diferente do que eram – ele pedia que melhorassem seu melhor centímetro por centímetro. Ele sabia que os centímetros se somam na vida, assim como nos esportes.” (Days of Healing, Days of Joy: Daily Meditations for Adult Children, 12/04/2025).

Na vida, como no esporte, muitas vezes são as pequenas coisas que contam, são elas que nos ajudam a superar algo difícil. Isso pode se relacionar com, por exemplo, se levantar e ir assistir a uma palestra educativa numa área que interessa a você em vez de ficar em casa. Pode ser dar sua opinião, expressar seu ponto de vista mesmo quando algum pensamento seu diz que o que você tem a dizer não é tão importante e por isso em geral você fica calado. Dar um passo de um centímetro apenas pode ser evitar aquela porção extra de comida quando você já comeu o suficiente. Ou fazer mais cinco minutos de exercício físico quando já queria parar.

Essa expansão na capacidade de melhorar seu desempenho na vida como pessoa, a melhora da habilidade em lidar com a frustração pode ser praticada. Outro exemplo, ao decidir arrumar seu armário em vez de se exigir que tenha que arrumar tudo, os cabides de roupas, todas as gavetas internas, as prateleiras, você decide ajeitar duas gavetas hoje e dá esse passo. Arruma pelo menos duas gavetas, quando o desejo era fechar as portas do armário e não mexer em nada lá dentro.

Um exemplo que melhora sua saúde e tem que ver com avançar um centímetro simbolicamente é respirar fundo puxando o ar pelo nariz e quando chegar no máximo que parecer possível ao puxar o ar para dentro dos pulmões, puxe um pouquinho mais. Isso fará com que o oxigênio inspirado chegue em mais partes do pulmão. Em seguida, expire o ar pela boca indo até o final e ao chegar no final, sopre um pouco mais o ar para fora. Esse “centímetro” a mais ajuda a expelir aquilo que precisa sair do corpo pela expiração. Esses pequenos centímetros a mais não são difíceis de serem praticados e ao longo do tempo fazem diferença no processo respiratório e, portanto, na oxigenação do seu corpo, incluindo do cérebro. São centímetros que fazem a diferença quando somados juntos.

Vamos trazer isso para o aspecto mental. Um primeiro exemplo pode ser quando você está irritado e quer soltar uma palavra irada contra alguém. O centímetro a ser avançado aqui é pensar consigo: “Não vou falar com essa pessoa de forma agressiva. Vou dar um tempo para eu mesmo me acalmar.” Outro exemplo pode ser ao você estar desanimado, entristecido e não querer sair da cama para dar uma caminhada, faz um esforço sem se concentrar em como se sente, e vai andar o que for possível naquele dia. Esse é o centímetro a ser avançado.

Tente fazer um progresso hoje, pequeno, mas importante progresso, dando um passo com um centímetro a mais em algo que você pode decidir fazer por escolha consciente e pessoal.

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