Blog de maxwolosker_18841

Eleição é coisa séria. Que em 15 de novembro saibamos separar o joio do trigo

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Depois de um mês de imobilização em função de uma cirurgia do ombro e do falecimento de minha mãe, já me sinto em condições de voltar a escrever meus artigos aqui todas as quartas-feiras. Como as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores estão próximas, 15 de novembro para o primeiro turno e também no dia 29 para o segundo turno (nos municípios com mais de 200 mil eleitores, o que não é o caso de Friburgo), resolvi abordar esse tema, de importância capital para o país como um todo e para nossa cidade, em especial.

Depois de um mês de imobilização em função de uma cirurgia do ombro e do falecimento de minha mãe, já me sinto em condições de voltar a escrever meus artigos aqui todas as quartas-feiras. Como as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores estão próximas, 15 de novembro para o primeiro turno e também no dia 29 para o segundo turno (nos municípios com mais de 200 mil eleitores, o que não é o caso de Friburgo), resolvi abordar esse tema, de importância capital para o país como um todo e para nossa cidade, em especial.

A importância dessa eleição, nem sempre levada a sério, como deveria ser. A população brasileira, cerca de 200 milhões de habitantes, vive hoje, em 5.570 municípios e a qualidade de vida e o bem estar social, cultural e da saúde dependem desses senhores que serão eleitos em novembro e tomarão posse em janeiro de 2021.

Sabemos, principalmente os mais velhos, já destituídos das ilusões e dos arroubos típicos da juventude, que eleição é um comércio sujo, onde o toma lá dá cá é a tônica; e o que é pior, a maioria dos candidatos entram na disputa porque a mamata é muito boa. Não fosse assim, Nova Friburgo não teria 16 candidatos inscritos, uma cidade com pouco menos de 200 mil habitantes. Pasmem, a terra do cão sentado tem mais postulantes que a do Rio de Janeiro, com seus 6,32 milhões de cidadãos; lá são 14 os postulantes ao cargo de prefeito da Cidade Maravilhosa.

Portanto, cabe a nós eleitores tentarmos separar o joio do trigo, aliás, coisa dificílima quando orçamentos graúdos estão em jogo, principalmente com a percepção caolha de nossos políticos, de que o dinheiro público não tem dono. Daí a gastança irresponsável de nossos políticos, sejam eles de que nível forem (prefeitos, governadores, presidentes etc.) Não estou exagerando haja visto os milhões de reais que foram gastos com estádios para a Copa do Mundo de 2014, para as Olimpíadas de 2016, nos hospitais de campanha na atual pandemia, que sequer foram inaugurados, nas inúmeras obras públicas iniciadas a peso de ouro e jamais terminadas.

O eleitor tem obrigação de conhecer o candidato no qual vai votar. Não se basear apenas em dados fornecidos na pré-campanha, pois são muito superficiais. E qualquer marqueteiro experiente sabe muito bem como dourar a pílula. Vejam esse exemplo: “O partido X oficializou a candidatura de fulano de tal à Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio”.” O anúncio aconteceu em convenção realizada na quarta-feira,16. Ele tem 49 anos, é vereador e iniciou a carreira política em 1992, quando foi candidato pela primeira vez. Foi secretário municipal por seis vezes, em diversos governos”. É muito pouco, pois nada fala de sua formação profissional e se a exerceu a contento, antes de se tornar político. Faltam dados sobre sua vida pessoal, pois antes de mais nada, a vida pública é um espelho do que acontece na vida privada. Daí ser fundamental uma pesquisa sobre quem vai receber nosso voto, sobre aquele em que depositaremos nossa confiança durante os próximos quatro anos.

Vi, recentemente, numa publicação a seguinte pérola: “Se o mesário é voluntário, o político também deveria ser. Com isso, muitos males seriam evitados”. Não chegaria a tanto já que todo trabalho merece uma remuneração, só que elas deveriam ser repensadas. Tem muito vereador em Nova Friburgo que não ganharia, em sua profissão, a metade do que ganha como representante do povo. Daí que seria necessário um estudo profundo sobre o ganho de nossos políticos. Não é possível que um membro do STF receba R$ 11 mil a título de auxílio moradia e R$ 90 mil de auxílio alimentação, por mês, fora um funcionário para arrumar a toga e puxar a cadeira quando esses senhores tomam assento para o início das sessões.

Apesar de ocuparem cargo na mais alta corte do país, a atividade é muito mais política do que jurídica. E quantos trabalhadores conseguem ganhar mais do que R$ 11 mil como salário mensal? Estamos numa encruzilhada, pois nossos prefeitos e vereadores, dos últimos anos prestaram um desserviço à cidade e é preciso uma tomada de posição por parte dos eleitores. Friburgo precisa de uma mudança radical para voltar a ser um arremedo do que já foi. Votemos com consciência e conhecimento.

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In memoriam de minha mãe

quarta-feira, 02 de setembro de 2020

Mesmo sendo difícil escrever, em função da reconstrução de três tendões rompidos do meu braço direito, precisei fazer um esforço e deixar registrado o que me vai no coração. Na última quarta-feira, 26 de agosto, minha mãe partiu para sempre, e só nos reencontraremos, de novo, se realmente existir uma vida, numa outra dimensão. As lágrimas vão secando aos poucos, mas o aperto no coração, a certeza de não mais vê-la, no nosso dia a dia, ainda permanecerão por muito tempo e, só ele será capaz de aliviar, em parte, essa angústia.

Mesmo sendo difícil escrever, em função da reconstrução de três tendões rompidos do meu braço direito, precisei fazer um esforço e deixar registrado o que me vai no coração. Na última quarta-feira, 26 de agosto, minha mãe partiu para sempre, e só nos reencontraremos, de novo, se realmente existir uma vida, numa outra dimensão. As lágrimas vão secando aos poucos, mas o aperto no coração, a certeza de não mais vê-la, no nosso dia a dia, ainda permanecerão por muito tempo e, só ele será capaz de aliviar, em parte, essa angústia.

É claro que aos 96 anos a saúde de todos é uma linha tênue que pode se romper a qualquer momento, principalmente, numa pessoa que há cerca de dois anos teve um enfarte que comprometeu 50% do coração. Mas, quanto a essa ruptura, a gente sempre finge que ela nunca será possível, pois nós, humanos, não estamos preparados para esse tipo de perda. Mas, aconteceu e ela se foi, deixando aquele vazio que já citei.

Na realidade, minha mãe foi uma vítima indireta da Covid-19, pois até o início de março, ela levava numa boa, sua vida pós-enfarte. Mesmo deixando de ser aquela mulher ativa, que até os 93 anos ainda frequentava aulas de artesanato e nos deixou trabalhos lindos, que estão espalhados na minha casa, na de minha irmã e de netos, sobrinhos e amigos.

No entanto, o confinamento que foi imposto às pessoas de risco, como era o seu caso, começou a minar o seu equilíbrio emocional e mesmo da percepção, pois na última semana de vida, ela já não reconhecia suas cuidadoras e mesmo a nós, seus filhos. Ela chegou a ter um surto psicótico, sendo obrigada a usar medicação específica, tamanha foi sua agitação e até a visão de bichos lhe saindo pelo corpo. Na sua mente, eram os corona vírus. Muito triste para quem a conhecia e assistiu essas crises.

Mas, nem tudo é lamentação, pois afinal ela viveu intensamente a vida e criou a mim e a minha irmã, dentro dos princípios da ética, da honestidade e do amor ao próximo, o que na realidade é um conceito religioso forte, mesmo que ela não fosse uma católica praticante. Minha irmã e eu tudo devemos a nossa mãe, que sempre esteve ao nosso lado nos bons e maus momentos e é por isso que a ficha vai demorar a cair, mas essa é a realidade das coisas e só nos cabe aceita-las.

Um agradecimento em meu nome e da minha irmã a Katia, Paula, Cristiane e Marli, suas cuidadoras que se desdobraram no dia a dia nos cuidados de que ela necessitava. E um agradecimento de coração também aos amigos, parentes e aos nossos filhos, em especial, que nos consolaram nesse momento tão difícil.

Minha mãe quis ser cremada em Nova Friburgo e sua vontade foi por nós cumprida. Fica aqui registrado também nossos agradecimentos à SAF e ao Crematório Luterano, pela atenção que nos foi dada.

Vá em paz D. Maria, que você seja recebida nos braços do Senhor e que continue a velar por nós lá do alto, onde mais uma estrela começou a brilhar, no firmamento.

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Prezados leitores

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Conforme informei aqui em uma coluna publicada em fevereiro deste ano, tomei um tombo quando caminhava, no final da Via Expressa, no Cônego, em virtude de uma falha no calçamento daquela via. Aliás, ruas e calçadas de Friburgo estão em lastimável estado, em função do desgoverno atual que certamente vai tentar a reeleição, na certeza de que os eleitores dessa cidade há muito desaprenderam como votar.

Conforme informei aqui em uma coluna publicada em fevereiro deste ano, tomei um tombo quando caminhava, no final da Via Expressa, no Cônego, em virtude de uma falha no calçamento daquela via. Aliás, ruas e calçadas de Friburgo estão em lastimável estado, em função do desgoverno atual que certamente vai tentar a reeleição, na certeza de que os eleitores dessa cidade há muito desaprenderam como votar.

Por causa desse tombo rompi três ligamentos do ombro direito, um caso tipicamente cirúrgico, mas que ficou em compasso de espera, pois com a pandemia da Covid-19, as cirurgias eletivas ficaram suspensas por um bom tempo. Agora, com o processo de flexibilização em curso, meu ortopedista conseguiu um horário para mim e, nesta terça-feira, 18, eu finalmente vou conseguir reparar a ruptura desses tendões.

A cirurgia em si não é complicada, feita por vídeo laparoscopia e o período de internação, se tudo correr bem é de menos de 24 horas. O problema, e isso me deixa preocupado, é que a anestesia será geral e serei entubado porque será necessário uma dose alta de relaxante muscular para facilitara vida do cirurgião e, sem respiração assistida, o pulmão não funcionaria. Se por um lado a cirurgia não é tão complicada, por outro o pós-operatório é composto de uma imobilidade da articulação do ombro por 40 dias, seguido de pelo menos dois meses de fisioterapia, a fim de que a mobilidade e os movimentos do braço se normalizem. Com o braço direito na tipoia e só usando o braço esquerdo vou virar canhoto na marra.

Assim sendo, tirarei umas férias de 15 dias, uma semana para cicatrização e eliminação do trauma cirúrgico e mais uma semana, para me exercitar e conseguir digitar a contento, com o braço esquerdo. Creio que é apenas uma questão de treinamento, mas não quero assumir um compromisso com o jornal e depois não poder cumprir. Assim, em teoria, ficarei afastado do dia pelo menos até o dia 2 de setembro. Se por acaso não conseguir me virar com uma mão só, terei de estender o tempo de ausência, mas, como o ser humano tem a capacidade de a tudo se adaptar, creio que em breve estarei de volta. Aliás, tempo é o que não me vai faltar, pois terei de ficar mais tempo em casa. Oh vida!. Oh destino! Quarentena por causa do vírus chinês e agora por causa do tombo. Ninguém merece, mas vida que segue.

Deixo aqui um grande abraço para todos, tomem cuidado quando andarem pelas ruas dessa cidade tão maltratada por prefeitos inconsequentes, que prometem tudo na campanha, sabedores de que como não existe, a nível do regime democrático, uma maneira de serem cobrados pelo mau desempenho, se lixam para os eleitores.

Rezem por mim e até breve, se Deus quiser.

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Mais três acusados soltos por Gilmar Mendes

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

“Outros três acusados de praticar desvios em verbas federais destinadas à área da saúde foram soltos pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São o ex-presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Rodrigo Sérgio Dias; o presidente da Juceg (Junta Comercial de Goiás), Rafael Bastos Lousa Vieira, e o médico Guilherme Franco Netto”.

“Outros três acusados de praticar desvios em verbas federais destinadas à área da saúde foram soltos pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São o ex-presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Rodrigo Sérgio Dias; o presidente da Juceg (Junta Comercial de Goiás), Rafael Bastos Lousa Vieira, e o médico Guilherme Franco Netto”.

O argumento para soltar os três foi o mesmo usado na soltura de Alexandre Baldy, secretário (licenciado) de Transportes de São Paulo: a falta de razão para prisão. “Segundo o ministro, não há motivos que justifiquem os atos porque os fatos narrados na acusação ocorreram de 2014 a 2018”.

“A prática de conduzir coercitivamente o investigado para interrogatório atenta contra o princípio da presunção de inocência”, afirmou Gilmar Mendes na decisão que soltou Baldy. Ao que respondo a esse pseudojurista de que ladrões de verbas públicas, destinadas à saúde, não deveriam ter nenhuma compaixão. Mas, habeas corpus para bandidos, tem alto valor, no caso para quatro, nem se fala. Lembrem-se de que já publiquei uma tabela da própria OAB, em que o preço mínimo desse instrumento jurídico, para simples mortais, é de R$ 12 mil.

Assinado por um membro do STF, ainda mais para pessoas influentes, deve ser proporcional ao montante desviado. No entanto, isso são apenas ilações, pois na realidade o sr. Gilmar Mendes deveria ser investigado por obstrução da Justiça ou por injúria aos cidadãos de bem desse país, que tentam viver sob a tutela da lei. Um acusado de desvios de verba, solto, vai tentar apagar as provas do seu delito, se utilizando de todos os meios que tiver ao seu dispor. Preso, isso é mais difícil.

Aliás, talvez fosse o caso de um exame de sanidade mental, uma vez que o referido membro do STF é o campeão de HCs distribuídos a pessoas acusadas de corrupção, seja de implicados na Lava Jato, seja de políticos implicados por mal feitos. A vontade de aparecer, de estar sempre nos noticiários, de ser objeto de comentários, pode explicar esse tipo de comportamento. Sem falar na sua fisionomia sempre carregada, típica dos que estão de mal com a vida.

O comportamento de Gilmar Mendes é, também, um espelho do STF de hoje, um grupo de 11 membros que ao contrário de darem à população a tranquilidade que o cumprimento da Justiça e a salvaguarda da Constituição requerem, a mantem em constante sobressalto, diante das aberrações que cometem. Chegados ao mais alto posto da Justiça nacional, a maioria pelas mãos de presidentes comprometidos, tem como norte a “integridade” desses ex-mandatários, haja visto a maneira como manobram para livrar Luís Inácio da cadeia. Não satisfeitos em tentar inocentá-lo das suas condenações, farão o possível para propiciarem sua possível volta ao palácio do Planalto, com o objetivo de acabar de vez com a democracia brasileira, lançando o país na esteira dos países de esquerda. Grande número desses senhores são esquerdistas assumidos.

Sem falar que ao se colocarem contra o presidente atual, numa posição política que vai na contra mão do objetivo da instituição a que pertencem, tentam inviabilizar o governo, numa clara demonstração de que não têm nenhuma preocupação com os destinos do país. Isso é patente no posicionamento que adotaram na condução das diretrizes de combate à pandemia do Covid-19. Foi uma brincadeira de mau gosto deixar a orientação das ações nas mãos de governadores e prefeitos. Haja visto a gastança desenfreada de vários deles, sem que isso tenha trazido ganhos importantes para a saúde da população. Chegaram ao cúmulo, como o governador do Rio de Janeiro, a gastarem rios de dinheiro na construção de hospitais de campanha que nunca foram usados. Vide o de Nova Friburgo.

Se hoje temos mais de 100 mil brasileiros mortos pelo coronavírus, o ônus dessas mortes passa, também, pelo STF ao se intrometer aonde não devia. Usaram a pandemia para tentar desestabilizar um governo, em detrimento do bem maior do cidadão, que é a sua vida.

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A independência do Poder Judiciário

quarta-feira, 05 de agosto de 2020

Aqui como na França, e me refiro à França porque sempre disse que aquele país será o Brasil de hoje, a justiça passa por uma forte perda de credibilidade, como vemos acontecer aqui entre nós. A assembleia legislativa francesa concluiu um estudo, com 40 sugestões que serão apresentadas e debatidas em setembro, para discussão e possível implantação.

Aqui como na França, e me refiro à França porque sempre disse que aquele país será o Brasil de hoje, a justiça passa por uma forte perda de credibilidade, como vemos acontecer aqui entre nós. A assembleia legislativa francesa concluiu um estudo, com 40 sugestões que serão apresentadas e debatidas em setembro, para discussão e possível implantação.

Mas, sem saber o teor dessas sugestões, em função do descrédito e ridicularização porque passa a corte suprema brasileira, com componentes completamente politizados e sem o devido respeito que, em teoria, seus membros deveriam merecer, precisamos com urgência de um reposicionamento do que deveria ser um STF, e a implantação de freios ou de maneiras de censurar ou punir aqueles que se afastam do objetivo principal do STF, que é a defesa inconteste da Constituição nacional e a salvaguarda de decisões judiciais, sem que isso caísse na banalização. Do jeito que a coisa vai daqui a pouco os seus componentes estarão discutindo até briga de marido e mulher.

A coisa chegou a tal banalização, que um deputadinho mineiro entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente da República, pois ele exibia uma caixa de hidroxicloroquina, após a negativação dos seus exames da Covid 19. Ora bolas, médicos ainda podem receitar os medicamentos que julgarem necessários e não vai ser um deputadinho que vai contestá-lo. Se existem estudos prós e contra tal medicamento, cabe ao médico e, somente, a ele decidir o que é melhor para o paciente que o procura.

A primeira coisa que deveria ser discutida é o famoso jeitinho brasileiro, muito usado pelos membros do STF, para interpretar a nossa Carta Magna. Afinal, a constituição foi feita para se cumprida, não interpretada. Aliás, foi o que fez o dr. Ricardo Lewandowsky, ao cassar o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e manter seus direitos políticos intactos. Lá está escrito no artigo 85: 4º – efeitos da condenação por crime de responsabilidade.

A Constituição Federal, quanto ao processo e julgamento do processo de impeachment, estabelece que funcionará como presidente, o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Outro ponto que deveria ser levado em consideração é a obrigatoriedade dos membros do STF serem juízes togados e não simples advogados. Querem excrecência maior do que seu atual presidente, dr. Dias Toffolli, que é bacharel em Direito, mas sem nenhum outro predicado. Pelo menos eu não encontrei, após várias buscas. O exemplo que sempre uso para esse disparate é indicar um médico, que nunca foi cirurgião, para titular da cadeira de Cirurgia Geral, de uma faculdade de medicina. Ou, nas Forças Armadas, um sargento dar ordens num general.

Mas, os pontos mais polêmicos dessa instituição são a vitaliciedade do cargo e o critério de escolha. Deus me livre se deputados e senadores fossem vitalícios, o país já estaria quebrado desde a instalação da República. Como qualquer cargo público, deveria ter um princípio, meio e fim. Poderia ser de oito anos, como é o mandato dos senadores. Com isso, teríamos uma alternância de poder e de ideias. E, aí, cairíamos no critério de escolha. Continuaria sendo de indicação exclusiva do presidente da República, mas baseado numa lista tríplice saída através do Congresso Nacional, da Associação de Juízes Federais (Ajufe) e do chefe do Poder Executivo. Mas, a sabatina por que passa o escolhido, no senado, deveria ser uma avaliação rigorosa e não uma simples homologação, como é atualmente.

Com relação ao afastamento de um membro do STF, por infringir conceitos éticos e morais, poderia continuar nas mãos do Senado, mas seu presidente não poderia engaveta-los, como é feito sistematicamente. Esse teria a obrigação de colocar em plenário, para deliberação, pedidos de impeachment de membros do STF, cujas ações fossem incompatíveis com sua atuação. Creio que com isso, teríamos um STF muito mais enxuto e cumprindo sua verdadeira função.

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Olívia de Havilland morre aos 104 anos

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Morreu no último domingo, 26, aos 104 anos, em Paris, a última estrela da época de ouro de Hollywood, atriz do famoso e épico filme “E o vento levou”, de 1939, no papel de Melanie Hamilton e ganhadora de dois Oscar, prêmio máximo do cinema americano. Suas duas estatuetas são uma de 1946 com o filme “Só resta uma lágrima” e outra de 1949, “Tarde demais”. Curioso que sua atuação num dos filmes campeões de bilheteria e mais assistidos no mundo, da qual foi uma atriz coadjuvante de grande importância, não lhe rendeu nenhum prêmio, apesar da indicação.

Morreu no último domingo, 26, aos 104 anos, em Paris, a última estrela da época de ouro de Hollywood, atriz do famoso e épico filme “E o vento levou”, de 1939, no papel de Melanie Hamilton e ganhadora de dois Oscar, prêmio máximo do cinema americano. Suas duas estatuetas são uma de 1946 com o filme “Só resta uma lágrima” e outra de 1949, “Tarde demais”. Curioso que sua atuação num dos filmes campeões de bilheteria e mais assistidos no mundo, da qual foi uma atriz coadjuvante de grande importância, não lhe rendeu nenhum prêmio, apesar da indicação.

Nascida em Tóquio, em 1916, inglesa por parte de mãe, americana por adoção e francesa de coração, pois morava em Paris desde 1953, foi na cidade luz que seus olhos se fecharam para sempre; longe de seus contemporâneos desde há muito já falecidos e numa solidão, talvez maior do que a própria morte. Aliás, poucos são aqueles que ultrapassam a marca dos 100 anos e, na realidade, talvez isso seja mais motivo de tristeza do que alegrias, mesmo que a capacidade mental e a saúde não estejam comprometidas em demasia.

Num mundo em que os valores estão em constante mutação, mesmo aqueles que são cinéfilos por natureza, terão que forçar a memória para se lembrarem dela num filme lançado em 1939. Aliás, a trajetória dele é curiosa, pois surgiu nas telas no início da segunda guerra mundial e teve sucesso imediato. Além de ter sido o primeiro filme mais longo da história do cinema, com mais de três horas de duração, foi também campeão de bilheteria e, talvez assim o permaneça, se corrigidos os valores dos ingressos ao longo desses 81 anos de existência. Sem falar na sua música tema, que durante muitos anos fez parte da lista das músicas mais tocadas nas paradas de sucesso, nas décadas de 50, 60 e 70.

Na vida tudo passa, principalmente, num mundo em constante evolução, ainda mais depois da banalização da internet, onde os valores se transformam e as novidades são efêmeras, sendo em pouco tempo substituídas por outras. Assim, aqueles com idade acima de 40 anos ainda se lembram de fatos passados, de “E o vento levou” e de Olívia de Havilland. Os mais novos, e aqui não incluo nenhuma crítica por isso, só o saberão se rendeu frutos de trabalhos escolares ou universitários, ou ainda, aqueles que amam a chamada sétima arte (1ª arte – arte sonora (som), 2ª arte – artes cênicas (dança), 3ª arte - pintura (cor), 4ª arte -escultura/arquitetura, 5ª arte - teatro, 6ª arte - literatura (palavra), 7ª arte – artes audiovisuais). Mas, mesmo estes deverão cavar fundo na memória, em função do grande número de títulos que se acumularam durante toda a cinematografia americana e mundial.

Lembro-me que há mais ou menos um mês, quando as notícias sobre a Covid-19 deixavam aparecer alguma outra informação, ter comentado com minha mulher uma matéria sobre Olívia de Havilland. Tal matéria dizia estar ela ainda viva, aos 104 anos de idade, e ser a última remanescente da época de ouro de Hollywood, pois Kirk Douglas, outro gigante dessa época, também nascido em 1916, falecera em 5 de fevereiro de 2020.

Olívia pode ter morrido envolta na solidão, mas permanecerá viva na história da cinematografia mundial e na memória daqueles que ainda se lembram de “E o vento levou”. Descanse em paz.

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Uso de máscaras é indispensável numa epidemia

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

É interessante lembrar que na Ásia o seu uso é um hábito enraizado na população, há muito tempo, nos períodos de epidemia e, talvez, isso tenha contribuído na redução da taxa de contaminação do SARS-CoV-2, em Taiwan, Singapura e Coréia do Sul. Aliás, o grau de preocupação dos indivíduos, nesse continente, é tanta, que mesmo num simples resfriado, o cidadão sai com sua proteção facial, evitando assim propagar a doença.

“Na ausência de vacinas e medicamentos específicos contra a Covid-19, a única maneira de impedir sua progressão é tentar bloquear a transmissão do vírus de pessoa para pessoa. De acordo com a AFM, os últimos estudos mostram que somente 6% dos franceses teriam contraído a doença se a proteção facial tivesse sido utilizada desde o início”. Por isso, o presidente do conselho de administração da academia francesa de medicina, Jean Françoise Matéi, declarou que 80% da população francesa deveria usar a máscara, para que numa segunda onda de contaminação, a taxa fosse abaixo de um, que é o limite de propagação populacional.

É preciso, no entanto, lembrar sempre para o perigo do falso sentimento de segurança pelo fato de estar com a máscara. Não podemos esquecer nunca das medidas básicas de higiene como lavar as mãos e manter o distanciamento social. Esse distanciamento é importante, pois a maioria das viroses respiratórias é transmitida pelo ar, nas gotículas que nele são lançadas seja através da conversação, do ato de tossir ou espirrar. São as chamadas emissões de perdigotos.

Aqui no Brasil não temos esse hábito e me lembro de que, em Friburgo, as primeiras pessoas que saíram às ruas, com máscaras, foram olhadas como alienígenas. E mesmo, hoje, quando as autoridades passaram a cobrar o seu uso dentro de locais públicos ou mesmo na rua, muitos ainda insistem em não portá-las, ou o que é pior, a usam no queixo. Devemos nos lembrar do ditado popular de que máscara no queixo ou no pescoço é que nem colocar a camisinha nos testículos, ou seja, ineficaz.

Não adianta essa celeuma em torno do uso delas, inclusive com ocorrência de agressões e, até mesmo, de mortes por parte de pessoas que se recusam a utilizá-las. Ficamos 15 dias em bandeira amarela e desde a última segunda-feira, 20, houve a determinação de passarmos para a vermelha, pois a taxa média de utilização de leitos de UTI ficou acima dos 70 %. A população, com essa quarentena interminável, não vai aguentar mais esse abre e fecha a que estaremos sujeitos. Por outro lado, temos que nos conscientizar de que nossa colaboração é indispensável. Há de se ter em mente que o pós-pandemia, por um período talvez longo, não será mais como o pré-pandemia e que devemos evitar aglomerações e sair de casa desnecessariamente.

O que vimos nos 15 dias de bandeira amarela, em Friburgo, foi a Avenida Alberto Braune como em dias que antecedem o Natal, com lojas cheias, sem respeito às normas que foram determinadas, uns se jogando em cima dos outros, esquecendo-se do distanciamento de um metro e meio entre as pessoas. Em Olaria foi a mesma coisa, com as lojas de moda intima repletas. O trânsito, então, nem se fala, voltando ao normal ou pior, pois aqueles que não costumam sair de carro aproveitaram, também, para dar uma voltinha. Um horror.

Acho que nosso prefeito deveria vir à público e alertar a população sobre as medidas que a prefeitura está adotando e a necessidade da ajuda mútua; somente a união do esforço municipal e da população podem nos trazer dias melhores.

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Em boca fechada não entra mosca nem sai besteiras

quarta-feira, 15 de julho de 2020

De acordo com notícia publicada no Jornal da Cidade on-line, o ministro Gilmar Mendes, em transmissão da revista Isto É, afirmou no último sábado, 11, que há um vazio de comando no Ministério da Saúde. Também disse que se o objetivo de manter à frente da pasta o general Eduardo Pazuello é reduzir o desgaste do Governo Federal na crise, “o Exército está se associando a esse genocídio”. A fala do ministro do STF foi extremamente mal recebida pelo Ministério da Defesa e pelos demais comandantes das Forças Armadas.

De acordo com notícia publicada no Jornal da Cidade on-line, o ministro Gilmar Mendes, em transmissão da revista Isto É, afirmou no último sábado, 11, que há um vazio de comando no Ministério da Saúde. Também disse que se o objetivo de manter à frente da pasta o general Eduardo Pazuello é reduzir o desgaste do Governo Federal na crise, “o Exército está se associando a esse genocídio”. A fala do ministro do STF foi extremamente mal recebida pelo Ministério da Defesa e pelos demais comandantes das Forças Armadas.

Antes de mais nada existe um ditado que diz: “Em boca fechada não entra mosca nem sai besteiras”. Na história recente do país tivemos vários ministros polivalentes, escolhidos para pastas que nada tinham a ver com suas formações. Delfim Neto, economista, foi além de ministro da Fazenda, de 1967 a 1974,  embaixador do Brasil na França entre 1974 e 1978, ministro da Agricultura em 1979 e do Planejamento, de 1979 a 1985. José Serra, também economista, com Fernando Henrique Cardoso ocupou a pasta do Planejamento, Orçamento e Gestão e, também, a da Saúde. Foi  ministro das Relações Exteriores do Brasil, no governo Michel Temer. Portanto, o general Pazuello ser ministro da Saúde do atual governo não deve provocar maiores chiliques. O importante é saber indicar seus assessores, que sendo competentes, tornarão a gestão tão profícua como se um especialista fosse.

Aliás, diga-se de passagem, duas coisas: a primeira, que médicos não são, em princípio, bons administradores, a não ser aqueles que se especializam em administração e gestão. Claro que há exceções. Segundo, o primeiro mandato de Luís Inácio teve o seu mérito, não pelos conhecimentos do presidente, mas pelas escolhas que fez, dos componentes do primeiro escalão.

Foi perfeita a resposta dada pelo atual ministro da Defesa: “O Ministério da Defesa informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil militares.... O Ministério da Defesa tem o compromisso com a saúde e com o bem–estar de todos os brasileiros.... A mobilização desta pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34 brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro.

A Operação Covid-19, criada em 19 de março de 2020, estabeleceu dez comandos conjuntos espalhados por todo o Brasil, além do Comando Aeroespacial (Comae). Os resultados mostram que a operação está atingindo os objetivos a que se propõe. De lá para cá, foram descontaminados 3.348 locais públicos; realizadas 2.139 campanhas de conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026 doações de sangue; distribuídos 728.842 cestas básicas; produzidos 20.315 litros de álcool em gel e capacitadas 9.945 pessoas para realizar ações de descontaminação.

É ainda importante destacar que já foram transportadas 17.554 toneladas de pessoal  equipamentos médicos via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo.... Este ano, em face à pandemia causada pelo novo coronavírus, os Ministérios da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram a assistência à saúde prestada a indígenas em diversas localidades carentes e isoladas do país.

As mais de 200 missões em aldeias indígenas somente na Amazônia Ocidental, realizam atendimentos de saúde, promovem cuidados básicos de saúde e orientam sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia.” 

Gilmar Mendes é conhecido por declarações polêmicas e acintosas o que nos dá direito também de questionar a composição do STF. No atual, apenas dois ocupantes são juízes togados, sendo os demais advogados, o que para mim é uma aberração, pois em se tratando da suprema corte, ela deveria abrigar apenas juízes concursados, advindos de um concurso sabidamente rigoroso. Poderíamos, portanto, seguir a mesma linha de raciocínio de Gilmar Mendes, afirmando que o STF, promulga sentenças ou habeas corpus estapafúrdios, pois seus membros não têm o conhecimento nem o traquejo de um magistrado. Muitas das vezes, seus atos são muito mais políticos do que jurídicos, o que é condenável.

A bem da verdade, se houvesse um exame psiquiátrico na admissão dos membros do STF, seguramente, Gilmar Mendes seria reprovado.  As suas declarações que geraram todo esse desconforto seriam, também, passíveis de enquadramento no processo de Alexandre de Moraes, pois não passam de fake-news.

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Friburgo dá início à flexibilização

quarta-feira, 08 de julho de 2020

Que a população já não aguentava mais ficar em casa não é novidade para ninguém; que os três meses com comércio, restaurantes, outros estabelecimentos não essenciais e indústrias fechadas, restrição nos horários dos ônibus municipais e suspensão dos interestaduais representaram um baque na economia do município, ninguém tem dúvidas.

Que a população já não aguentava mais ficar em casa não é novidade para ninguém; que os três meses com comércio, restaurantes, outros estabelecimentos não essenciais e indústrias fechadas, restrição nos horários dos ônibus municipais e suspensão dos interestaduais representaram um baque na economia do município, ninguém tem dúvidas. A taxa de desemprego aumentou e os casos de fechamento de lojas, renegociação nos contratos de aluguéis e inadimplência de muitos foi mais um adicional nesse caos que transtornou a nossa vida desde fevereiro desse ano, com a chegada da gripe chinesa.  Sem falar nos estudantes de todos os níveis cujo ano letivo ficou comprometido e, apesar das aulas via internet, as autoridades responsáveis pelo ensino não sabem como reorganizar a vida dos alunos. A coisa ficou tão séria que os psiquiatras e psicólogos não têm espaço nas suas agendas.

Mas, desde a última sexta feira, 3, o prefeito de Nova Friburgo conseguiu, por via judicial, iniciar a flexibilização gradual da economia, com a reabertura dos serviços considerados não essenciais e a retomada gradativa das atividades normais da cidade. Isso vai obedecer a uma escala de cores relativas à ocupação dos leitos de UTI, dos quatro hospitais (Raul Sertã, Unimed, São Lucas e Serrano) que compõem a rede de saúde do município. Assim bandeira vermelha significa a taxa média de ocupação acima de 70% dos leitos de UTI disponíveis; laranja, entre 60% e 70%; amarela, entre 50% e 59% e verde, taxa abaixo de 50%.

De acordo com as informações de Leonardo Braz Penna, secretário municipal de Governo, Friburgo está hoje, 8, na bandeira amarela e essa cor vai nortear a vida da cidade até a próxima sexta feira, 10.  Nessa data será feita uma reavaliação e estabelecidas novas normas com validade a partir da próxima segunda-feira, 13. O decreto diz que, caso o município entre na bandeira vermelha de novo, apenas as atividades essenciais estarão autorizadas a funcionar.

O comércio e prestadores de serviços em geral já funcionam desde a última sexta-feira, 3, obedecendo a seguinte escala: bandeira laranja – funcionamento das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira, com o acesso dos clientes de forma controlada e com o atendimento na proporção de um cliente para cada funcionário, observando as medidas sanitárias (uso de máscara, disponibilização de álcool em gel nos estabelecimentos além do distanciamento de um metro e meio entre os clientes). Na bandeira amarela – das 12h às 18h, de segunda a sábado, com o acesso dos clientes de forma controlada e com o atendimento na proporção de um cliente para cada funcionário, observando as medidas sanitárias. Na bandeira verde - funcionamento pleno, observadas as regras sanitárias vigentes.

Já as atividades de restaurantes, bares, lanchonetes e congêneres também estão autorizadas a funcionar na bandeira laranja, com até 50% da capacidade máxima de ocupação com distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas. Na bandeira amarela, a capacidade máxima autorizada sobe para 70%. Já na bandeira verde, os estabelecimentos podem funcionar com 100% da capacidade, observando as medidas sanitárias.

Estão incluídos no novo decreto estacionamentos e estabelecimentos especializados na lavagem de veículos assim como barbearias, salões de beleza, estética e congêneres, os quais deverão, obrigatoriamente, prestar serviço na forma de agendamento, sendo vedada a espera de clientes no interior do estabelecimento. Com relação aos shoppings o funcionamento foi retomado na última segunda-feira, 6, das 12h às 20h, mas os frequentadores só podem ter acesso às lojas e à praça de alimentação quando o município estiver com as bandeiras amarela ou verde. Já as indústrias respeitarão o seguinte organograma: bandeira vermelha, funcionamento com até 50% da mão de obra, no caso da laranja até 65%; na amarela pode chegar a 80% e na verde capacidade plena.

É importante frisar que o uso de máscaras é obrigatório e que as normas de distanciamento deverão ser mantidas, assim como as medidas de higienização com a presença de álcool em gel em todos os estabelecimentos. Nos bares e restaurantes o não uso da máscara só será permitido quando o cliente estiver comendo ou bebendo (se existisse uma máscara com fecho éclair na altura da boca seria bem vinda).

É preciso que nós todos tenhamos consciência de que a vida pós-flexibilização não será a mesma de antes do início da pandemia, pois o respeito às normas estabelecidas será fundamental para que tudo se normalize. Eventos com grande frequência de público como shows, desfiles de modas ou exposições levarão, ainda, algum tempo para serem liberados. Naquelas cidades onde a população foi com muita sede ao pote, os níveis de contaminação aumentaram e tiveram de voltar à bandeira vermelha.

Em Friburgo tudo vai depender de nossa adesão e colaboração, portanto, mãos a obra, no entanto, evite sair de casa sem necessidade.

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A importância do tratamento precoce na Covid 19

quarta-feira, 01 de julho de 2020

O jornalista Alexandre Garcia, promoveu no último fim de semana uma live, no YouTube, com vários médicos, de várias especialidades com o título: “Covid-19, o tratamento precoce salva vidas”. Um dos objetivos foi o de tranquilizar a população, estressada pelo confinamento prolongado, para mostrar que na fase de replicação do vírus, na primeira semana de contaminação, o tratamento precoce é de suma importância e salva vidas.

O jornalista Alexandre Garcia, promoveu no último fim de semana uma live, no YouTube, com vários médicos, de várias especialidades com o título: “Covid-19, o tratamento precoce salva vidas”. Um dos objetivos foi o de tranquilizar a população, estressada pelo confinamento prolongado, para mostrar que na fase de replicação do vírus, na primeira semana de contaminação, o tratamento precoce é de suma importância e salva vidas. É importante frisar isso, pois minha enteada, morando em Teresópolis, quando apresentou os primeiros sintomas e procurou o ambulatório específico recebeu apenas uma receita de antitérmicos e a recomendação de repouso e afastamento das outras pessoas de sua casa.

Essa live foi organizada em conjunto com o grupo Covid-19 DF, um dos muitos que existem no país, que é a reunião de vários médicos em torno de um objetivo comum, ou seja, o de salvar vidas. Aliás, o de Brasília é o segundo do Brasil, com 290 médicos.

A dra. Hercília Pimenta, idealizadora do grupo, é uma sobrevivente da virose. Além de mostrar as três fases da doença, a inicial cujos sintomas principais seriam: febre (que pode estar ausente), dor de cabeça, congestão nasal, coriza, desconforto na garganta, tosse seca, dores nos olhos e no corpo, fraqueza, cansaço, anosmia (perda do olfato), disgeusia (perda do paladar), tontura, poliúria, aumento do número de evacuações e manchas no corpo. As duas outras são a de inflamação e a de super inflamação.

Ela enfatizou que na fase 1 forma utilizados medicamentos com potencial efeito anti viral como a Hidroxicloroquina, Ivermectina, Azitromicina, Nitazoxanida associada ao zinco que tem um efeito imuno modulador e antiviral e Hemoxiheparina, um antitrombótico, pois muitas vezes esses pacientes têm uma atividade pró trombótica aumentada.

Em seguida, falou o dr. Cássio Prado, prefeito de Porto Feliz, uma cidade há 90 quilômetros de São Paulo, com 50 mil habitantes, que implementou bem precocemente um protocolo tratando os pacientes com os primeiros sintomas, os contactantes e a profilaxia do pessoal de saúde; foi baseado nos protocolos de Madri, Bergamo e Marselha. O diagnóstico foi feito com a sintomatologia, testes e tomografia pulmonar.

Desde 28 de março (quando foi registrado o primeiro caso) até hoje foram distribuídos 1.500 kits, o que foi muito criticado no início, com os medicamentos que já foram citados. Desses 1.500 tratados precocemente, ninguém evoluiu para tubo, respirador, UTI ou óbito. As três mortes registradas, são exatamente daqueles que não fizeram o tratamento na fase 1. Os que passaram para a fase 2 evoluíram bem com o tratamento indicado para esse momento. Uma coisa importante é que os contactantes passaram por uma profilaxia com ivermectina, eram em número de 4.500, com Covid em casa. Hoje, o número deve ser maior. Essa profilaxia foi estendida para trabalhadores em alojamento que tinham alguém infectado entre eles. Nenhum desses contactantes desenvolveu a doença.

Foi feita uma experiência de profilaxia numa quadra com cerca de 290 moradores. Nas quadras ao redor houve casos, naquela específica ninguém se contaminou. Segundo ele, foi uma experiência de sucesso e o que preocupa a Secretaria de Saúde, no momento, são aquelas pessoas que só procuram atendimento já na fase 2 e que demandariam leitos de UTI, como é o caso atualmente. No protocolo constam: Hidroxicloroquina 400 mg de 12 em 12 horas no primeiro dia e 400 mg diários por mais quatro dias ou Ivermectina 6 mg ao dia por quatro dias associado a Azitromicina 500mg por cinco dias. Plasil, Celocoxibe 500 mg diários por cinco dias (no lugar do zinco) e Clexane 40 mg por quatro dias podendo estender por 14 dias.

A profilaxia do pessoal da saúde é feita com Hidroxicloroquina ou Ivermectina. No caso da hidroxi, dois comprimidos no primeiro dia e depois um por semana. Os contactantes usam Ivermectina. Ninguém, felizmente, desenvolveu a doença, exceto dois médicos que se recusaram a fazê-la.

A cardiologista Alexandra Mesquita disse que os pacientes sem arritmia, que usaram a Hidroxicloroquina, nessa dose, não tiveram problemas, comprovado por eletrocardiograma. Enfatisou que essa droga é usada por mais de 70 anos e, se fosse perigosa, na dosagem correta, já teria sido tirada de mercado. A dra. Vânia Brilhante, da Unimed de Belém-PA, mostrou que o colapso hospitalar da cidade só foi resolvido quando eles iniciaram o tratamento precoce, com distribuição de kits com Cloroquina. Em uma semana, a situação melhorou muito, com diminuição importante das internações. A Unimed de Belém, atualmente, está distribuindo esses kits para as cidades do interior, pois a demanda na capital diminuiu.

Portanto, é preciso que a população saiba que deve procurar um serviço de saúde aos primeiros sintomas e que o tratamento precoce e o uso de máscaras, diminui de maneira exponencial o número de internações e o que é mais importante, salva vidas. 

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