Blog de maxwolosker_18841

Cidadão friburguense faça uma reflexão antes de votar, em outubro

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Eleitor friburguense hoje eu me dirijo a você. Como todos sabemos 2020 é um ano eleitoral e em outubro estaremos escolhendo os futuros vereadores, assim como o cidadão que será o responsável pelos destinos do município, nos próximos quatro anos. Aliás, Nova Friburgo abandonada, esburacada, mal iluminada, com escândalos, principalmente, na saúde pipocando por todos os lados, merece um destino melhor que o atual.

Eleitor friburguense hoje eu me dirijo a você. Como todos sabemos 2020 é um ano eleitoral e em outubro estaremos escolhendo os futuros vereadores, assim como o cidadão que será o responsável pelos destinos do município, nos próximos quatro anos. Aliás, Nova Friburgo abandonada, esburacada, mal iluminada, com escândalos, principalmente, na saúde pipocando por todos os lados, merece um destino melhor que o atual.

Antes de escolher os futuros políticos que comandarão a cidade, procure estudar um pouco da história de Nova Friburgo, do quanto ela já foi importante e do quanto representou no cenário cultural e turístico do antigo Estado do Rio de janeiro, quando já foi considerada a quarta cidade do estado. Na realidade, ela só perdia para Niterói que era a capital, para Campos e para Petrópolis, em função do seu passado de cidade imperial até a proclamação da República.

Eu cheguei na terra do Cão Sentado lá se vão 43 anos, em janeiro de 1977, quando a cidade já começava a mostrar os sinais de decadência, que se agravariam a partir do final da década de 80 do século passado. Posso falar de cadeira, pois minha monografia do curso de Comunicação Social, da Universidade Candido Mendes, versou sobre a fundação da rádio Sociedade de Friburgo, na época ZYE-4, em 1946. Isso me obrigou a conhecer a história da cidade, desde o seu início até o momento em que a emissora passou a transmitir seu sinal, inclusive para municípios próximos.

Foi a partir dessas consultas que soube de existência de pelo menos três teatros, sendo que um, o Teatro Dona Eugênia, onde hoje é o prédio da loja Maçônica Indústria e Caridade, tinha uma das melhores acústicas entre os teatros da província do Rio de janeiro. Conta a história que ele recebeu cantores e artistas famosos da época, inclusive uma apresentação do maestro Heitor Villa Lobos.  Por incrível que pareça, cada bairro da cidade, naqueles tempos, tinha seu próprio cinema. Só no centro da cidade eram três.

Outra característica de Friburgo era a existência de colégios de gabarito, como o Anchieta fundado em 1886 e o Nossa Senhora das Dores, fundado em 1893. Mas, em 1918 tínhamos 11 escolas municipais e seis estaduais; mais tarde chegou o colégio da Fundação Getúlio Vargas, grande formador de jovens de talento e inteligência. Dessa maneira, em termos culturais, a cidade só perdia para a capital do Estado.

Creio, e isso não está escrito, mas é uma constatação minha, que o diferencial está no gabarito de vereadores e prefeitos da época, cuja visão de cidadania e trabalho pelo desenvolvimento do município, deixam os atuais num nível tão inferior, que não merece comparações. Para se ter uma ideia de como, mas coisas mudaram, logo após a fundação da rádio, houve a eleição para prefeito; de um lado, José Eugênio Muller, um dos seus fundadores, e do outro, Amâncio Azevedo, político já bem conhecido. Pois bem, esse último, comprou um espaço na programação da ZYE-4, fez sua propaganda eleitoral e ganhou as eleições. Nos dias de hoje, isso é impensável.

Infelizmente, com o passar do tempo o nível intelectual e moral de nossos candidatos foi mudando e assistimos a uma infinidade de vereadores e prefeitos sem o menor tino administrativo coletivo, pois no que diz respeito ao tino individual, todos conhecem bem o pulo do gato.

Portanto, achar que fulano é bonzinho, sem conhecer seu caráter, seu nível cultural e sua disposição para trabalhar pelo bem da comunidade, não são suficientes para uma boa escolha. O inferno está cheio de “bonzinhos”. A recente intervenção da Polícia Federal no Hospital Raul Sertã, em função das denúncias de superfaturamento na compra de medicamentos e material hospitalar, mostra o nível de insensatez a que chegou a classe política friburguense. Pouquíssimos são os que se salvam.

Assim, eleitor friburguense, faça um exame de consciência e vote não em pessoas, mas nas ideias daqueles que realmente querem o melhor para Nova Friburgo para que a cidade consiga voltar a ser um arremedo do que já foi num passado recente.

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Escolas cívico-militares

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Além disso, a maioria dos alunos é constituída por filhos de militares e um dos objetivos, mas não obrigatório, é tornar a carreira militar mais atraente e de atender as especificidades e exigências dessa formação para a vida militar. Portanto, os alunos desses estabelecimentos são obrigados a respeitar regras que são a base da formação de um soldado. Têm de usar fardas, corte de cabelos padronizados, as meninas não podem pintar suas unhas nem seus cabelos. Existe respeito às normas básicas de educação, quando os professores são chamados de senhores ou professor fulano de tal, sendo que esses também têm a obrigação de se dirigirem respeitosamente aos alunos e se vestirem de maneira adequada.

Ao chegarem ao colégio, os alunos entram em fila, cantam o hino nacional, assistem ao hasteamento da bandeira brasileira e se dirigem às salas de aula de modo disciplinar. Não é preciso dizer que esse culto à disciplina e à educação como preceito fundamental da vida em sociedade, se reflete no alto nível de aproveitamento dos alunos seja ao ingressarem nas academias militares, seja nas faculdades ou escolas técnicas de gabarito.

Nos últimos anos, talvez desde os anos 80 do século passado, assistimos a uma degradação do ensino público que começou na falta de investimento governamental na educação, no despreparo e, porque não, numa banalização na formação dos professores, além do mais mal remunerados e sem estímulos na carreira e, o que é pior, numa falta de educação e respeito por parte dos alunos. Isso talvez seja reflexo de uma descaracterização do conceito básico do que seja família, na dificuldade enfrentada por pais e mães em educarem os filhos, pelas exigências da vida profissional de ambos, pelo desserviço muitas vezes prestado pela mídia e pelas más companhias que influenciam, negativamente, jovens de boa índole, levando-os para uma vida desregrada onde impera o uso de drogas, os roubos, as agressões, o desrespeito para com o próximo, principalmente os mais velhos.

Foi assim que surgiu a ideia das escolas militarizadas, que seria um retorno aos bons costumes que grassaram, na sociedade, até o final da década de 80. Ao contrário das escolas militares, as militarizadas que inicialmente eram geridas pelas secretarias de Educação, passaram para a gestão da Polícia Militar, tornando-se cívico-militares. No Brasil, já existem estabelecimentos desse tipo, financiadas por secretarias estaduais de Segurança Pública e de Educação.

No início deste mês, o governo Bolsonaro anunciou o Plano Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que pretende implementar o modelo em 216 escolas até 2023, começando em 2020. O Governo Federal investirá cerca de R$ 1 milhão por escola para o pagamento dos militares e professores, na melhoria da infraestrutura das unidades e materiais escolares, incluindo computadores, quadras poli esportivas e o que mais for necessário na formação dos alunos.

Nestas escolas, policiais militares e civis partilham a administração e, de acordo com o novo modelo proposto por Bolsonaro, os militares atuarão como monitores para auxiliar na gestão educacional e administrativa. Os professores serão civis, responsáveis pela gestão da organização didático-pedagógica, bem como da financeira.

 E qual os benefícios desse tipo de administração? A volta da velha disciplina e dos bons costumes, onde meninos e meninas não poderão usar cabelos pintados, nem com cortes aberrantes, onde o uso dos celulares será restrito, os agarramentos, beijos e demais abusos tão corriqueiros nos dias de hoje serão coibidos durante o recreio e salas de aulas. A volta do uniforme ou farda será obrigatório, para que a decência no se vestir seja restabelecida, além de formarem fila e cantarem o hino nacional, antes de se dirigirem às salas de aula.

É uma volta ao passado, talvez, mas uma tentativa de recriar o senso cívico e o respeito pelos símbolos nacionais e pelos mais velhos. Diga-se de passagem, que nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, esse modelo já existe e o aproveitamento dos alunos, nos exames do Enem é muito superior ao das escolas públicas que seguem o modelo antigo.

Claro está que os partidos de esquerda, os pseudos comunistas tupiniquins e esquerdistas em geral são contra, pois tudo aquilo que restabeleça a ordem, a disciplina e a educação, aqui como ganho de cultura, contrariam seus objetivos de lavagem cerebral de nossos jovens. Pessoas cultas e educadas não se deixam influenciar por falsas promessas. Por isso, os próprios professores dessas escolas terão de se enquadrar no velho conceito, que era mostrar as diversas formas de governo existentes, seus prós e contras, deixando aos alunos a opção de escolha. Deveriam também admitir a existência dos transexuais, incutindo o respeito à orientação sexual de cada um sem, no entanto, influenciá-los nessa opção ou tentar convencê-los de que isso é normal.

Temos de ter sempre em mente que países em que a educação dos jovens é levada a sério são aqueles que mais progridem e que garantem uma melhor qualidade de vida a seus cidadãos.

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