Há muitas dúvidas sobre as vacinas contra a Covid-19 e, talvez, essa seja a razão de um grande número de pessoas serem reticentes aos apelos das autoridades, em todo o planeta, para aderirem ao programa de vacinação. E o que é mais grave, o índice de absenteísmo por ocasião da segunda dose é muito elevado não só entre nós brasileiros, mas em outras partes do planeta Terra. Procurando um tema para o meu artigo da semana, deparei-me com uma publicação da Organização Mundial da Saúde intitulado “Perguntas e respostas sobre as vacinas contra a doença por coronavírus”.
Há muitas dúvidas sobre as vacinas contra a Covid-19 e, talvez, essa seja a razão de um grande número de pessoas serem reticentes aos apelos das autoridades, em todo o planeta, para aderirem ao programa de vacinação. E o que é mais grave, o índice de absenteísmo por ocasião da segunda dose é muito elevado não só entre nós brasileiros, mas em outras partes do planeta Terra. Procurando um tema para o meu artigo da semana, deparei-me com uma publicação da Organização Mundial da Saúde intitulado “Perguntas e respostas sobre as vacinas contra a doença por coronavírus”. Não só achei-o muito interessante como transcrevo aqui alguns tópicos, pois pode ajudar muita gente a ficar mais tranquila. Essa publicação foi feita pelo escritório regional da OMS para a África, mas tem validade a nível mundial.
Quais são as vantagens de ser vacinado contra a Covid-19?
Elas protegem contra as formas graves da doença e reduzem o risco de morte causado pelo vírus ajudando o organismo a desenvolver defesas imunitárias. Também ajudam a reduzir a propagação do vírus entre as pessoas. Elas são, também, uma ferramenta essencial para acabar com a pandemia e permitir às sociedades regressarem à normalidade. As campanhas de vacinação em massa deverão também ajudar a reduzir a pressão exercida nos profissionais de saúde e nos hospitais, permitindo-lhes tratar os pacientes que têm outros problemas de saúde.
Os ensaios clínicos dessas vacinas foram apressados?
Os ensaios clínicos das vacinas não foram apressados. Dada à necessidade urgente de imunização, a forma como as vacinas são desenvolvidas alterou-se graças a um investimento e a uma colaboração científica sem precedentes. Algumas etapas do processo de investigação e de desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 tiveram lugar em paralelo, sem deixar de respeitar as rigorosas normas clínicas e de segurança em vigor. Por exemplo, alguns ensaios clínicos avaliam várias delas ao mesmo tempo, mas isto não torna os estudos menos rigorosos do que o normal.
As vacinas contra a Covid-19 são seguras?
São sim. Foram tomadas medidas de proteção rigorosas para garantir a segurança de todas as vacinas. Antes de serem autorizadas pela OMS e pelas agências reguladoras nacionais, elas são submetidas a testes rigorosos no âmbito de ensaios clínicos para comprovar que cumprem as normas internacionais em termos de segurança e eficácia.
As vacinas Oxford-AstraZeneca, Pfizer-BionTech, Moderna, Johnson & Johnson, Sinopharm e Sinovac receberam a aprovação da OMS. Elas foram submetidas a ensaios e testes, demonstrando que são seguras. No mundo, já foram administradas mais de dois bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A OMS e as agências reguladoras checam constantemente a segurança delas.
As vacinas contra são eficazes?
São sim. Os dados obtidos através de ensaios clínicos e os dados recolhidos em situações da vida real mostram que aquelas, cuja utilização tenha sido autorizada, são altamente eficazes, assegurando uma proteção contra formas agudas da doença e precavendo a morte causada pelo vírus.
As vacinas protegem contra as variantes da Covid-19?
Volumes crescentes de dados sugerem que a maioria delas confere um grau de proteção contra todas as variantes, especialmente contra formas agudas da doença e a morte. No entanto, os primeiros dados de muitos países indicam que a proteção contra as variantes Beta e Delta pode ser mais baixa do que contra a estirpe original do vírus, em particular após a primeira dose numa vacina de dose dupla, porém uma resposta definitiva carece de mais investigação.
Pode-se contrair a doença após ser vacinado?
O organismo desenvolve uma imunidade geralmente algumas semanas após a vacinação, daí ser possível contaminação imediatamente antes ou logo após, e depois adoecer, porque a vacina não teve tempo suficiente para reforçar as defesas imunitárias.
Todos devem continuar a cumprir as medidas de segurança cuja eficácia já foi comprovada, como a limpeza/lavagem regular das mãos, a utilização de máscaras e a prática do distanciamento social, a fim de reduzir a transmissão do vírus.
Quais são os tipos de vacinas existentes e como funcionam?
Cientistas do mundo inteiro estão desenvolvendo diversas vacinas potenciais contra o coronavírus. Essas vacinas são todas concebidas para ensinar o sistema imunitário do organismo a reconhecer e a bloquear, com segurança, o vírus que provoca a Covid-19. Estão em desenvolvimento vários tipos distintos: Vacinas com vírus inativado ou enfraquecido, que utilizam uma partícula do vírus que foi inativada ou enfraquecida para não provocar a doença, mas ainda assim ser capaz de gerar uma resposta imunitária; Vacinas baseadas em proteínas, que utilizam fragmentos inócuos de proteínas ou invólucros de proteínas, que replicam o vírus da Covid-19 para gerar uma resposta imunológica segura; Vacinas de vector viral, que utilizam um vírus seguro que não pode provocar a doença, mas serve de plataforma para produzir proteínas do corona vírus de modo a gerar uma resposta imunitária; Vacinas de ARN e ADN são uma técnica de ponta que utiliza ARN ou ADN geneticamente modificado para gerar uma proteína que desencadeia, ela própria, uma resposta imunitária segura.
É claro que existem muitas outras dúvidas. Tentei escolher os tópicos mais importantes e por isso recomendo a leitura, na íntegra, no site: https:www.afro.who.int/pt/health-topics/coronavirus-covid-19/vaccines/qa, escrito em português.
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