Apesar da torcida em contrário, o Brasil se supera

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Acho que o Brasil tem coisas mais importantes a serem discutidas, do que se ficar perdendo tempo com troca de farpas entre a oposição e a situação, como no caso do número de participantes da motociata de São Paulo, comandada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no último fim de semana. Aliás, não importa o número de motos, mas sim de que havia muita, mas muita gente mesmo. A situação fala em mais de um milhão de pessoas, a oposição se refere a no máximo 12 mil, no entanto, basta se ver as fotos do alto para observarmos que o número de motociclistas era muito grande. Quem diz o contrário ou é míope, cego ou não quer dar o braço a torcer.

Talvez, toda essa celeuma seja para esconder, não deixar vir a público, que apesar de toda a torcida contra, o Brasil dá mostras de sua pujança e consegue se superar, dentro dessa crise mundial causada pela gripe chinesa. De acordo com o site da Agência Brasil, publicação em 8 de abril de 2021, “A produção de grãos no Brasil deve chegar a 273,8 milhões de toneladas na safra 2020/21, de forma a bater, novamente, o recorde com um crescimento de 6,5% em relação à safra anterior, percentual que corresponde a um aumento de 16,8 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados na semana passada, em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao anunciar o 7º Levantamento de Grãos Safra.

Segundo a Conab, o destaque deve-se, sobretudo, à “consolidação do plantio das culturas de segunda safra e início de semeadura das culturas de inverno, com sustentação no aumento geral de 68,5 milhões de hectares e boa performance da soja e do milho”. O número apresenta um aumento de 1,5 milhão de toneladas na comparação com a previsão anterior – aumento sustentado principalmente pelo crescimento de 1,1% na área plantada de milho segunda safra. Houve também ganho na produtividade da soja”.

Na esteira desse crescimento surge o aumento do PIB (Produto Interno Bruto, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano). Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas). De acordo com publicação do portal de notícias G1, de 8 de junho de 2021, a economia brasileira deve crescer 4,5% este ano, segundo estimativa divulgada na semana passada pelo Banco Mundial. A previsão está em linha com a dos analistas de mercado brasileiros, que veem alta de 4,36%, segundo o boletim Focus do Banco Central.

É digno de se mencionar que o projeto de transposição do Rio São Francisco segue a todo vapor, com água chegando ao Ceará, após seu início e quatro presidentes, sendo o atual o quarto. A importância disso é que o estado passou a ser um grande produtor de trigo. Oswaldo Vasconcelos, pesquisador da Embrapa, disse: “Nunca imaginei colher trigo em apenas 75 dias. Isso é tempo de safra de feijão. Para comparar, na região sul, responsável pela produção de 85% do trigo nacional, a produtividade média é de 2.500 quilos por hectare e a colheita ocorre entre 140 e 180 dias após o plantio. No Cerrado, nesse mesmo período, a produtividade média é de 5.500 quilos por hectare, mas há plantios irrigados que chegam a 8.000 kg/ha. No Ceará, chegou a 5.300 quilos por hectare”.

Claro está que nem tudo são flores e o número de brasileiros mortos pela pandemia, que se aproxima dos 500 mil e do número de infectados que é de 17.374.818 casos, dados da última segunda feira, 14, é um caso concreto. Há de se levar em consideração que a tendência é de queda desses números, à medida que aumenta o percentual de vacinados no país. É o que acontece entre nós, em Friburgo, com relação à média de internados em enfermarias exclusivas para pacientes com Covid-19, que registrou queda de quase 40% e em UTIs Covid de quase 30%, em uma semana, à medida que cresce a população vacinada na cidade. Nova Friburgo estaria hoje na bandeira amarela.

Portanto, comparado aos demais países, o Brasil caminha e cabe a nós torcer a favor e rezar para um aumento da produção de vacinas pelo Instituto Butantã e pela Fundação Oswaldo Cruz, assim como a chegada das vacinas compradas pelo Governo Federal. Essa será a forma mais eficaz de diminuir a progressão da doença. Será também uma garantia do crescimento do mercado de trabalho e da volta do emprego, que tanto afeta o trabalhador brasileiro. Uma Ave Maria e um Pai Nosso antes de dormir, pelo Brasil, não nos custa nada.

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