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A vacinação em Friburgo avança lentamente, mas avança

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Segundo o informativo da TV Zoom veiculado na última segunda-feira, 26, a totalização de vacinados contra a Covid-19 em Nova Friburgo, até o último dia 22, era de 137.957 pessoas, sendo 98.106 delas vacinadas com a primeira dose e 35.637 com a segunda. Esses números significam que a metade da população do município já está imunizada com a dose inicial e cerca de um quinto do total de habitantes já estariam com a vacinação plena. Isso, com certeza, explica a diminuição da taxa de internação tanto em UTIs como em enfermarias específicas para a Covid-19 nos hospitais locais.

Segundo o informativo da TV Zoom veiculado na última segunda-feira, 26, a totalização de vacinados contra a Covid-19 em Nova Friburgo, até o último dia 22, era de 137.957 pessoas, sendo 98.106 delas vacinadas com a primeira dose e 35.637 com a segunda. Esses números significam que a metade da população do município já está imunizada com a dose inicial e cerca de um quinto do total de habitantes já estariam com a vacinação plena. Isso, com certeza, explica a diminuição da taxa de internação tanto em UTIs como em enfermarias específicas para a Covid-19 nos hospitais locais. É também o motivo, felizmente, para a queda do número total de óbitos no município.

Claro está que a vacinação não é o único motivo da queda de novos casos e internações, daí a necessidade de se bater sempre na tecla de que as demais medidas preventivas não devem ser abandonadas: distanciamento social, ventilação diária dos espaços fechados, higienização das mãos com água e sabão e uso de máscaras para sair, fazer compras ou receber pessoas estranhas é, ainda, uma necessidade e continuará a ser ainda durante um bom período de tempo.

Mas, não basta as autoridades fazerem campanhas explicativas o tempo todo, é preciso, também, que a população se conscientize e abrace essa ideia. Nas filas de banco, lojas e supermercados dificilmente a distância de um metro e meio, entre uma pessoa e outra é respeitada. A ideia que fica é de que quem está atrás acha que ao encurtar a distância, vai fazer a fila andar mais depressa.

O noticiário das grandes mídias têm mostrado muitas festas clandestinas, com o ajuntamento habitual das pessoas, ingestão liberada de bebidas alcoólicas e a maioria sem máscaras. O problema é que a transmissão, em muitos lugares, regrediu, mas ainda persiste. Mesmo naqueles países onde as medidas preventivas tinham sido minimizadas, como Inglaterra, França, Espanha, com o advento da cepa Delta, o número de infectados começou a aumentar e algumas medidas estão para serem adotadas. Parece que após dois anos de pandemia, a ficha ainda não caiu e muitas pessoas não entenderam a dimensão dessa tragédia do século 21.

O aparecimento de cepas novas durante uma pandemia não é novidade, o que foi demonstrado durante a crise da Gripe Espanhola, no início do século 20, em 1918. Felizmente, a maioria das vacinas atuais imuniza contra esta cepa; é interessante notar que a nova Gripe Chinesa teve início 101 anos depois. O diferencial entre o número de mortes das duas gripes é exatamente a vacina. Naquela época o que se conseguiu foi um soro anti estreptocócico, pois muitas mortes foram ocasionadas pela pneumonia pneumocócica, um comprometimento secundário, mas temível. Aliás, esse tipo de pneumonia tem, também, ceifado um grande número de vidas na atual pandemia.

Muitas pessoas têm feito testes de anticorpos depois de vacinadas e ficam surpresas com a possibilidade de testes negativos, ficam preocupados com a possibilidade de não estarem imunizadas e querem se revacinar com outro tipo de imunizante. A infectologista do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, Madjane Lemos, diz que a presença ou ausência de anticorpos não diz nada sobre a eficácia da vacina ou sobre a proteção. A pessoa pode não ter o IGG, que são os anticorpos que a gente consegue dosar, e ter proteção, assim como ter IGG e não ter proteção. Isso porque o sistema imunológico é composto por várias linhas de defesa e a formação de anticorpos é apenas uma delas. O fato dela não ter anticorpos não significa que ela não esteja protegida, assim como a pessoa pode ter anticorpos e mesmo assim ter uma infecção, embora dentro das estatísticas dos casos seja uma infecção leve, informou a médica. (http://www.agenciaalagoas.al.gov.br).

Portanto, não deixe de seguir o calendário de vacinas e tome as duas doses, no caso dela ser necessária. A primeira já produz certo grau de imunização, mas que não é a desejada. Só as duas doses garantem uma imunidade satisfatória.

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Mais frio para Nova Friburgo

quarta-feira, 21 de julho de 2021

A previsão é de temperaturas baixas para Nova Friburgo nos próximos dias, quando os termômetros não deverão ultrapassar os 23 graus de máximas e as mínimas deverão variar de 4 a 8 graus. Uma trégua é aguardada para o próximo fim de semana com a previsão das mínimas variarem entre 15 e 16 graus. Isso significa que os agasalhos têm que sair dos armários, mais uma vez. Gorros e cachecóis idem. As lareiras deverão funcionar a todo vapor, assim como os aquecedores ambientais. Não poderá faltar, também, um bom vinho, fondues e sopas bem quentes para ajudar a amenizar o frio.

A previsão é de temperaturas baixas para Nova Friburgo nos próximos dias, quando os termômetros não deverão ultrapassar os 23 graus de máximas e as mínimas deverão variar de 4 a 8 graus. Uma trégua é aguardada para o próximo fim de semana com a previsão das mínimas variarem entre 15 e 16 graus. Isso significa que os agasalhos têm que sair dos armários, mais uma vez. Gorros e cachecóis idem. As lareiras deverão funcionar a todo vapor, assim como os aquecedores ambientais. Não poderá faltar, também, um bom vinho, fondues e sopas bem quentes para ajudar a amenizar o frio.

Eu, particularmente, amo o frio e esse foi um dos motivos que me fizeram escolher Friburgo como local para fixar residência e iniciar minha vida profissional. E lá se vão 44 anos. Optei pelo bairro Cônego, que mesmo com a ocupação desenfreada dos últimos anos, ainda continua com aquele friozinho gostoso e aconchegante, principalmente ao entardecer e pela manhã. Sem falar que seu polo gastronômico consegue oferecer pratos típicos da estação fria, que são sempre muito saborosos. Aliás, até o final deste mês, o Festival Gastronômico de Inverno estimula muitos restaurantes da cidade a aderir a iniciativa promovida pela Secretaria de Turismo.

Se a cidade tivesse seguido a tradição das construções alemãs e suíças, nossos principais colonizadores, teríamos um sistema de calefação mais adequado para o nosso inverno e nossas fachadas seriam mais parecidas com aquelas do sul do país, tipo Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, e, mesmo, Campos do Jordão-SP. Essa colocação é importante porque desde a sua fundação e até a década de 1970, quando Nova Friburgo ainda não tinha atingido a marca de 100 mil habitantes, o frio era maior e no Cônego as geadas não eram incomuns. Em muitas manhãs os gramados amanheciam branquinhos. Um cenário de extrema beleza.  

No entanto, é preciso tomar algumas precauções uma vez que no inverno é muito comum o aparecimento das doenças respiratórias. Gripes, resfriados, bronquites, pneumonias e a asma são as mais comuns; mas, devemos lembrar também das alergias da pele, em função do uso de roupas de lã e moletom.  Por isso, alguns parâmetros devem ser seguidos para evitar problemas. Durante o dia, quando esquenta por causa de sol, devemos abrir a casa para que o ar circule e não haja acúmulo de poeira; usar roupas quentes, principalmente, à noite. Aqueles que têm o hábito de usar lareira ou aquecedor devem ter sempre à mão um agasalho mais pesado, se tiverem necessidade de saír de casa.

Na Europa toda casa tem um local onde os casacos ficam pendurados, isso porque com a calefação ligada, a diferença de temperatura entre o interior e o exterior é grande. Entre nós isso não acontece, mas a lareira aumenta a temperatura interior e sair de casa sem agasalho pode ocasionar um resfriado. Com o frio, é sempre bom usar um cachecol e um gorro ou algo que cubra a cabeça, no caso dos carecas é uma necessidade. Luvas nem sempre são necessárias, mas há pessoas que sofrem da doença de Raynaud, cuja característica principal é mãos frias e com tonalidade mais para o azulado. Nesses casos, manter as mãos aquecidas é muito importante.

É importante frisar que nesses tempos de pandemia deve-se evitar ao máximo uma gripe, isso porque como na maioria dos casos de Covid os sintomas iniciais são os típicos da gripe, se eles estiverem presentes, um teste será mandatário, para se fazer o diagnóstico diferencial.

 É importante aumentar o consumo de alimentos à base de vitamina C, mas a melhor prevenção ainda é um bom agasalho. Desfrute desse inverno que promete temperaturas baixas, mas não descuide dos cuidados preventivos causados pelas baixas temperaturas.

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Futebol medíocre na América do Sul e exuberante na Europa

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Na coluna de hoje, 14, abordo as duas finais do último fim de semana: a da Copa América que colocou frente a frente dois ex-protagonistas do futebol mundial, Brasil e Argentina, e no velho continente, também duas seleções de longa história, Itália e Inglaterra decidiram a Eurocopa de 2020. Chamou atenção o nível medíocre do atual futebol sul americano e aquele, exuberante, que é jogado no velho continente.

Na coluna de hoje, 14, abordo as duas finais do último fim de semana: a da Copa América que colocou frente a frente dois ex-protagonistas do futebol mundial, Brasil e Argentina, e no velho continente, também duas seleções de longa história, Itália e Inglaterra decidiram a Eurocopa de 2020. Chamou atenção o nível medíocre do atual futebol sul americano e aquele, exuberante, que é jogado no velho continente.

Brasil e Argentina foi um jogo duríssimo de se ver, com as costumeiras faltas grosseiras cometidas pelos portenhos e muitos erros, principalmente do Brasil, um futebol comparável ao da série C do Campeonato Brasileiro; mesmo assim, a Argentina derrotou o Brasil por 1 a 0, no último sábado 11, no Maracanã, e foi campeã da Copa América. O gol, aliás, um golaço, foi marcado por Ángel Di Maria aos 21 minutos do primeiro tempo, em falha grotesca de Renan Lodi que deu a bola de bandeja para Di Maria. Foi o primeiro título relevante do astro Lionel Messi pela equipe principal de seu país, um feito perseguido há muito tempo e que encerrou um jejum dos argentinos de 28 anos sem taças.

No domingo, 12, com Wembley cheio, foram vendidos 65 mil ingressos e foi a vez da decisão da Eurocopa entre a Itália, tetra campeã do mundo em 1934, 1938, 1982 e 2006 e a Inglaterra, campeã mundial em 1966. Aliás, ela é uma das duas mais antigas seleções nacionais de futebol do mundo; juntamente com a Escócia com a qual disputou a primeira partida oficial entre seleções em 1872; a casa da seleção inglesa é o estádio de Wembley, em Londres. Quis o destino que após 53 anos do seu primeiro e até hoje único título da Eurocopa, a Itália voltasse a sentir o gostinho de ser campeã continental de seleções. E foi com brio e jogando em território adversário que a Azurra saiu atrás da Inglaterra logo no começo da partida, mas igualou no segundo tempo e venceu nos pênaltis (3 a 2), contando com duas defesas do goleiro Gianluigi Donnarumma.

Como vários jogos dessa Eurocopa, a sua grande final não poderia ser diferente e mostrou um futebol de encher os olhos dos torcedores, estivessem eles no estádio ou diante de um telão. Como bom descendente de italianos, meus bisavós maternos eram de Florença e chegaram ao Brasil na virada do século 19 para o 20, minha torcida era toda para a Itália. Já no almoço, comi um talharim à bolonhesa, prato típico da região italiana da Bolonha; durante o jogo eu e um primo saboreamos um vinho italiano e, já com o título assegurado, lanchei melone e prosciutto, um prato típico da região de Siracusa, na Sicília.

Acho que o grande erro da Inglaterra foi fazer um gol muito cedo, logo aos dois minutos do primeiro tempo, com isso ela recuou o time, para jogar no contra ataque e deu campo para a Itália, que na minha maneira de ver futebol, tem um time superior. Mas, é daquelas partidas que mesmo o perdedor sai com a sensação do dever cumprido, já que a igualdade nos 90 minutos e mais os 30 da prorrogação, levou a disputa para os pênaltis. Nesse momento quem tinha mais equilíbrio emocional, levaria o título e a Inglaterra, jogando em casa e jamais tendo vencido uma Eurocopa, era a seleção mais fragilizada. Não deu outra coisa. A seleção italiana converteu três dos cinco pênaltis cobrados e a inglesa somente dois. A azurra foi a legítima vencedora, levando a taça para Roma, num jogo limpo, sem faltas grosseiras e muito disputado.

Como já disse, Brasil e Argentina fizeram um jogo de envergonhar torcedores, justamente no estádio do Maracanã, atual Mário Filho, que já foi o maior palco do futebol mundial e por onde passaram craques consagrados aqui e no exterior. Lamentável.

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Um inverno com cara de inverno

quarta-feira, 07 de julho de 2021

Não sei se o inverno deste ano vai entrar para a história como uma dos mais rigorosos ou não, mas é fato que na última semana de junho e nos primeiros dias de julho, o frio em Nova Friburgo foi de lascar. Estive em Brasília de 22 a 30 de junho e sofri com o frio à noite, quando os termômetros na capital federal registraram 8 graus. O pior é que eu não estava com roupas adequadas para temperaturas muito baixas e o jeito foi virar cebola, com várias blusas superpostas.

Não sei se o inverno deste ano vai entrar para a história como uma dos mais rigorosos ou não, mas é fato que na última semana de junho e nos primeiros dias de julho, o frio em Nova Friburgo foi de lascar. Estive em Brasília de 22 a 30 de junho e sofri com o frio à noite, quando os termômetros na capital federal registraram 8 graus. O pior é que eu não estava com roupas adequadas para temperaturas muito baixas e o jeito foi virar cebola, com várias blusas superpostas. Para caminhar pela manhã, o que me salvou é que tinha levado um conjunto de treino com calça e casaco, o que amenizou a situação, já que além do frio ainda tinha o vento, que nesta época está sempre presente.

Durante a viagem do aeroporto Santos Dumont para Friburgo, já de noitinha, eu e minha esposa enfrentamos muita neblina na serra e um frio de 9 graus, o que nos obrigou a ligar o ar quente do carro. Chegamos em casa, no Cônego com uma garoa enjoada e com muito frio. Nesta noite o termômetro marcou 10 graus. Mesmo com a conta de luz em bandeira vermelha, um aquecedor não pode ser desprezado. Aliás, nesta época, em lugares frios como Friburgo, a tendência é de se aumentar o consumo de energia, como aliás ocorre naqueles países em que o inverno é mais rigoroso, pois o risco de se contrair doenças típicas desta estação é maior. No final sai mais barato do que se gastaria com médicos e remédios.

Mas, a coisa ficou feia a partir da última quinta-feira, 1º, quando a temperatura variou entre 4 e 5 graus durante a madrugada. E o que é pior, durante o dia, na sombra o uso de agasalhos foi obrigatório, pois a sensação térmica era menor em função do vento. Aí, o uso da lareira e dos aquecedores elétricos, com direito a degustação de um bom vinho, se tornou uma realidade. A Energisa agradece, mas o que fazer, né?

De acordo com uma reportagem de A VOZ DA SERRA, publicada na edição do último fim de semana, há catalogados pela prefeitura, 38 pessoas que dormem na rua, sob marquises, em bancos da praça ou ao relento; e que, felizmente, existem grupos anônimos de cidadãos que ajudam este grupo com a distribuição de agasalhos, alimentos quentes, água, meias de lã e artigos de higiene pessoal. É uma atitude digna de ser mencionada e, o mais importante é que são de pessoas anônimas, ou seja se preocupam com o bem estar de seus semelhantes, mas não buscam os holofotes nem a fama, por tal cuidado.

No entanto, sabemos que nos lugares muito frios, as autoridades constituídas costumam criar abrigos para que essa população de risco possa se proteger durante a noite. Lá, além de alimentação encontram camas com cobertores para se aquecerem; nos países em que o inverno é rigoroso, estes abrigos são dotados, também, de calefação, pois com temperaturas abaixo de zero, haja cobertor.

Creio que a Prefeitura de Nova Friburgo deveria estudar a implantação destes abrigos, nos bairros mais populosos de nossa cidade. Esta população necessitada deve ser protegida sempre, principalmente nestes tempos sombrios de pandemia, pois o risco de contaminação pelo coronavírus é maior.

O inverno não deixa de ser uma estação charmosa, pois o uso de casacos, cachecóis e gorros deixam as pessoas bem vestidas. Isso sem falar que os pratos típicos dessa época, como fondue, raclete e as sopas, acompanhadas de um vinho tinto são uma grande pedida. Aliás, o Polo Gastronômico da cidade organiza a 4ª edição do Festival Gastronômico de Nova Friburgo, que tem a participação de mais de 70 estabelecimentos, entre eles, restaurantes, bares, hotéis, confeitarias e muito mais. Vai se estender por todo o mês de julho e moradores e turistas poderão desfrutar das delícias da terra do Cão Sentado.

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Mais um crime ambiental se delineia em Friburgo

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Da mesma maneira que o condomínio Eduardo Guinle, autorizado pela prefeitura, durante o governo de Rogério Cabral, foi um crime, mais um atentado se perpetra contra a já sofrida cidade de Nova Friburgo.

Da mesma maneira que o condomínio Eduardo Guinle, autorizado pela prefeitura, durante o governo de Rogério Cabral, foi um crime, mais um atentado se perpetra contra a já sofrida cidade de Nova Friburgo. De acordo com reportagem de A VOZ DA SERRA, publicada na edição do último dia 20, “a responsável pela licença ambiental que poderá permitir a derrubada de 12.560 metros quadrados de Mata Atlântica para a construção de um condomínio entre os bairros Tingly e Suíço, no centro de Nova Friburgo, a Superintendência Rio Dois Rios do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que a solicitação de autorização para supressão de vegetação nativa do bioma em questão ainda está em análise”.

De acordo ainda com a reportagem, “a prefeitura também já recebeu pedido de licenciamento da obra, que só depende agora da licença ambiental do Inea, entre outras condicionantes técnicas, para ser iniciada”. Creio que não haveria a mínima necessidade de estudos ambientais e de permissões, devendo tal pedido já ter sido cassado no nascedouro. Em princípio, a Mata Atlântica, deveria ser preservada, justamente ela que desde o descobrimento do Brasil vem encolhendo a olhos vistos. Um exemplo vivo da sua destruição é o desaparecimento da fruta Cambucá (Plínia Edulis), cujos únicos exemplares se encontram no parque municipal do Cambucá, em Cantagalo. Aliás, desde 2003 que ela foi transformada em árvore símbolo do município. A título de informação essa fruta é da família da jabuticaba, só que de coloração amarelada.

Mas, a ganância de empreiteiros e governantes não tem limites, principalmente num estado como o nosso, onde o vil metal tem uma importância decisiva. No caso do Cônego, é sabido que a fonte de abastecimento de água do bairro é pequena e, que o crescimento desenfreado de condomínios, vai levar nos próximos cinco anos a uma falta de água importante. Ainda mais ser sabido que uma parte dessa água foi desviada para o Alto de Olaria, durante o segundo governo Paulo Azevedo.

O Eduardo Guinle terá, quando pronto, 50 casas de três a quatro quartos, ou seja, em torno de 200 moradores. A preservação de vegetação nativa, obrigatória e fiscalizada pelo Inea, foi uma piada, porém recebeu o aval daquele importante órgão estadual. O mesmo que concedeu a licença para o crematório de lixo hospitalar, no Córrego Dantas. Foi o Ibama que embargou aquela transgressão, e a ordem veio de Brasília, não da sucursal do estado.

Acontece que com a degradação da cidade do Rio de Janeiro e de Niterói, muitas famílias estão descobrindo as delícias climáticas e gastronômicas de Friburgo, além da sua aparente tranquilidade se comparadas com aquelas duas cidades citadas. Daí a necessidade de se expandir o setor de moradias, sem nenhum estudo sério de impacto do meio ambiente e da dinâmica da mobilidade urbana. Em função do crescimento populacional dos bairros Cascatinha e Cônego, os engarrafamentos na Avenida Conselheiro Julius Arp, em direção ao Paissandu são frequentes e a qualquer hora do dia. O trânsito na Avenida Alberto Braune e nas avenidas que margeiam o Rio Bengalas, está sempre complicado. Imaginem um condomínio de 12.600 metros quadrados, em pleno centro da cidade, e com ruas estreitas para se chegar à Praça Getúlio Vargas. O que será da rede de água e esgoto já tão combalida naquela região, o que provoca constantes alagamentos nas ruas que desembocam nessa mesma praça?

Creio que está na hora de se pensar em sair do já tão populoso centro e adjacências e expandir a cidade para os arredores da estrada Teresópolis-Friburgo, ou criar vias alternativas de escoamento do trânsito. Do jeito que as coisas estão caminhando, a qualidade de vida do friburguense vai piorar cada vez mais.

Salvemos a Mata Atlântica, não a mais um condomínio no centro da cidade para degradar ainda mais aquela região.

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Apesar da torcida em contrário, o Brasil se supera

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Acho que o Brasil tem coisas mais importantes a serem discutidas, do que se ficar perdendo tempo com troca de farpas entre a oposição e a situação, como no caso do número de participantes da motociata de São Paulo, comandada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no último fim de semana. Aliás, não importa o número de motos, mas sim de que havia muita, mas muita gente mesmo. A situação fala em mais de um milhão de pessoas, a oposição se refere a no máximo 12 mil, no entanto, basta se ver as fotos do alto para observarmos que o número de motociclistas era muito grande.

Acho que o Brasil tem coisas mais importantes a serem discutidas, do que se ficar perdendo tempo com troca de farpas entre a oposição e a situação, como no caso do número de participantes da motociata de São Paulo, comandada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no último fim de semana. Aliás, não importa o número de motos, mas sim de que havia muita, mas muita gente mesmo. A situação fala em mais de um milhão de pessoas, a oposição se refere a no máximo 12 mil, no entanto, basta se ver as fotos do alto para observarmos que o número de motociclistas era muito grande. Quem diz o contrário ou é míope, cego ou não quer dar o braço a torcer.

Talvez, toda essa celeuma seja para esconder, não deixar vir a público, que apesar de toda a torcida contra, o Brasil dá mostras de sua pujança e consegue se superar, dentro dessa crise mundial causada pela gripe chinesa. De acordo com o site da Agência Brasil, publicação em 8 de abril de 2021, “A produção de grãos no Brasil deve chegar a 273,8 milhões de toneladas na safra 2020/21, de forma a bater, novamente, o recorde com um crescimento de 6,5% em relação à safra anterior, percentual que corresponde a um aumento de 16,8 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados na semana passada, em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao anunciar o 7º Levantamento de Grãos Safra.

Segundo a Conab, o destaque deve-se, sobretudo, à “consolidação do plantio das culturas de segunda safra e início de semeadura das culturas de inverno, com sustentação no aumento geral de 68,5 milhões de hectares e boa performance da soja e do milho”. O número apresenta um aumento de 1,5 milhão de toneladas na comparação com a previsão anterior – aumento sustentado principalmente pelo crescimento de 1,1% na área plantada de milho segunda safra. Houve também ganho na produtividade da soja”.

Na esteira desse crescimento surge o aumento do PIB (Produto Interno Bruto, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano). Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas). De acordo com publicação do portal de notícias G1, de 8 de junho de 2021, a economia brasileira deve crescer 4,5% este ano, segundo estimativa divulgada na semana passada pelo Banco Mundial. A previsão está em linha com a dos analistas de mercado brasileiros, que veem alta de 4,36%, segundo o boletim Focus do Banco Central.

É digno de se mencionar que o projeto de transposição do Rio São Francisco segue a todo vapor, com água chegando ao Ceará, após seu início e quatro presidentes, sendo o atual o quarto. A importância disso é que o estado passou a ser um grande produtor de trigo. Oswaldo Vasconcelos, pesquisador da Embrapa, disse: “Nunca imaginei colher trigo em apenas 75 dias. Isso é tempo de safra de feijão. Para comparar, na região sul, responsável pela produção de 85% do trigo nacional, a produtividade média é de 2.500 quilos por hectare e a colheita ocorre entre 140 e 180 dias após o plantio. No Cerrado, nesse mesmo período, a produtividade média é de 5.500 quilos por hectare, mas há plantios irrigados que chegam a 8.000 kg/ha. No Ceará, chegou a 5.300 quilos por hectare”.

Claro está que nem tudo são flores e o número de brasileiros mortos pela pandemia, que se aproxima dos 500 mil e do número de infectados que é de 17.374.818 casos, dados da última segunda feira, 14, é um caso concreto. Há de se levar em consideração que a tendência é de queda desses números, à medida que aumenta o percentual de vacinados no país. É o que acontece entre nós, em Friburgo, com relação à média de internados em enfermarias exclusivas para pacientes com Covid-19, que registrou queda de quase 40% e em UTIs Covid de quase 30%, em uma semana, à medida que cresce a população vacinada na cidade. Nova Friburgo estaria hoje na bandeira amarela.

Portanto, comparado aos demais países, o Brasil caminha e cabe a nós torcer a favor e rezar para um aumento da produção de vacinas pelo Instituto Butantã e pela Fundação Oswaldo Cruz, assim como a chegada das vacinas compradas pelo Governo Federal. Essa será a forma mais eficaz de diminuir a progressão da doença. Será também uma garantia do crescimento do mercado de trabalho e da volta do emprego, que tanto afeta o trabalhador brasileiro. Uma Ave Maria e um Pai Nosso antes de dormir, pelo Brasil, não nos custa nada.

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Ocupação de leitos de Covid não cai, mas quantos desses pacientes são moradores da cidade?

terça-feira, 08 de junho de 2021

Há pelo menos um mês que a taxa de ocupação dos hospitais de Nova Friburgo, seja de enfermarias, seja de UTIs específicas para os pacientes acometidos pela gripe chinesa (Covid-19) não ficam abaixo dos 75%. Talvez, uma das explicações para tal fato possa ser a chegada das baixas temperaturas trazidas pelo outono. É sabido que o SARS-CoV-2 se adapta melhor ás temperaturas frias; isso não significa que não haja contaminação no verão, mas as taxas costumam diminuir nessa estação.

Há pelo menos um mês que a taxa de ocupação dos hospitais de Nova Friburgo, seja de enfermarias, seja de UTIs específicas para os pacientes acometidos pela gripe chinesa (Covid-19) não ficam abaixo dos 75%. Talvez, uma das explicações para tal fato possa ser a chegada das baixas temperaturas trazidas pelo outono. É sabido que o SARS-CoV-2 se adapta melhor ás temperaturas frias; isso não significa que não haja contaminação no verão, mas as taxas costumam diminuir nessa estação.

No entanto, uma coisa que chama a atenção nos boletins distribuídos pela prefeitura, é a não informação de quantos pacientes internados nos setores de Covid são de outros municípios. Não que se defenda o fechamento dos hospitais de Friburgo para pacientes de fora; isso não só seria uma desumanidade, como uma afronta a Carta Magna do país, que assegura textualmente o direito do cidadão de ir e vir por todo o território nacional.

Porém, essa informação seria importante, pois num determinado dia, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, do Hospital Raul Sertã era de 100%, mas somente 12 pacientes residiam em Nova Friburgo. Dos oito remanescentes, cinco eram de Teresópolis e três de municípios vizinhos. Isso se aplica também ao número de mortos, pois proporcionalmente, nossa cidade chegou a mais de 600 óbitos até agora; mas, nessa cifra trágica, quantos são de Friburgo e quantos são os de fora?

O significado disso, infelizmente, é o descaso de prefeitos com a saúde de seus conterrâneos, muitos deles seus eleitores. Pasmem! Teresópolis do alto de seus mais de 185 mil habitantes, não possui um hospital municipal; lá existem leitos disponíveis pelo SUS nos hospitais particulares e quando esses se esgotam o jeito é exportar pacientes para municípios vizinhos.

O grave disso tudo é que a pandemia já perdura por um ano e quatro meses, no Brasil, e os prefeitos de determinados municípios nada fizeram para preparar suas cidades. O enfrentamento a uma moléstia dessa dimensão, não se traduziu pela construção de hospitais e o consequente aumento de leitos. Se fizermos uma comparação com a pandemia de 1918 e 1919, a da gripe espanhola (não vi ainda nenhum comuna reclamar dessa denominação, como reclamam daqueles que chamam a atual de gripe chinesa), a atual mata muito mais gente, em termos relativos, levando-se em consideração os recursos da medicina daquela época e os de 2020 e 2021.

Aliás, cabe aqui uma explicação do porquê da denominação de gripe espanhola. Na realidade os primeiros casos começaram nos Estados Unidos, no entanto, como o país acabara de entrar na guerra de 14, a divulgação da gripe ficou proibida ou restrita. Como a Espanha era um país neutro, sua imprensa não se fartou de divulgar a gravidade da situação, citando números de contaminados, mortos, países mais acometidos etc. Daí, se pensar que os primeiros casos foram originários do país de Cervantes. Na realidade, foi nos acampamentos de treinamento do exército americano que se registraram os primeiros casos e de onde ela se alastrou para todo o país. Findo o treinamento, muitos soldados já contaminados, mas sem sintomas, disseminaram a doença nos navios transportando a tropa e vieram se somar aos milhares de casos do continente europeu. Como na atualidade, a Índia foi um dos países que teve mais óbitos. O total, no mundo inteiro chegou a 50 milhões de pessoas.

Se repararmos bem os números de Friburgo, eles nos colocariam no mínimo na bandeira vermelha, referencial que foi abandonado pela prefeitura. Mas, o que notamos é uma cidade que pouco a pouco está voltando à normalidade, apesar do alto índice de contaminação. Para nossa felicidade, o nosso número de vacinados aumenta a cada dia e, talvez, sejamos entre os municípios do interior do estado do Rio de Janeiro, um dos que mais vacinou até agora.

O que se verifica em todo o mundo é a diminuição dos casos, à medida que se atinge pelo menos a metade da população vacinada. Que esse dia para o Brasil e para Friburgo, chegue logo.

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Tarifa de luz mais cara a partir de junho

quarta-feira, 02 de junho de 2021

Atenção consumidores, pois a conta de luz que iremos receber já virá com aumento. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em anúncio feito na última sexta-feira, 28 de maio, será acionada neste mês a bandeira vermelha patamar 2; com isso a tarifa extra embutida nas contas de luz sofrerá um aumento de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora (Kwh) consumidos, fazendo com que as contas fiquem mais caras.

Atenção consumidores, pois a conta de luz que iremos receber já virá com aumento. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em anúncio feito na última sexta-feira, 28 de maio, será acionada neste mês a bandeira vermelha patamar 2; com isso a tarifa extra embutida nas contas de luz sofrerá um aumento de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora (Kwh) consumidos, fazendo com que as contas fiquem mais caras.

Apesar das chuvas recentes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, onde estão localizados os nossos maiores reservatórios hídricos, passam por um grande período de seca o que compromete a produção de energia elétrica do país. Isso faz com que as concessionárias de energia sejam obrigadas a lançarem mão das usinas termoelétricas, o que encarece em muito o Kwh produzido, já que funcionam com óleo diesel. Em épocas de barril de petróleo com preço reduzido e dólar menos valorizado, esse custo seria menor. Assim, o impacto médio do Encargo de Aquisição de Energia Emergencial  nas contas de energia elétrica residenciais no Brasil será de aproximadamente 1,9%.

A lei 10.438/02 prevê isenção de pagamento aos consumidores residenciais com consumo mensal inferior a 350 kWh e rurais que consumam menos de 700 kWh por mês. A energia elétrica é vital para o desenvolvimento dos países, pois tanto a indústria quanto a produção rural dependem desse elemento para sua sobrevivência e progresso. As outras fontes de geração de energia mais conhecidas como a eólica, a solar e a nuclear são válidas, mas têm lá suas particularidades.

No Brasil temos apenas as usinas Angra 1 e Angra 2, no município de Angra dos Reis, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, mas a tendência é a de sua extinção, pois é uma energia altamente poluente, em caso de acidente, como foi com os ocorridos na usina de Chernobyl, na Ucrânia e Fukushima, no Japão. Ambos chegaram ao nível 7 na Escala Internacional de acidentes Nucleares. Tanto a Alemanha quanto a França, maiores produtores desse tipo de energia, na Europa, estão desativando suas usinas de produção.

Com relação à energia eólica, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem um potencial de geração estimado em cerca de 500 gigawatts (GM), o suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia do país. Este número é mais de três vezes superior à produção de energia elétrica provinda de outras fontes. Ela ainda é pequena, já que os investimentos nacionais nesse campo são recentes, o nordeste é o seu maior produtor, sendo responsável, atualmente, por 85% de sua geração.

Já a energia solar corresponde àquela proveniente da luz e do calor emitidos pelo sol. Essa fonte de pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando energia elétrica e térmica, respectivamente. No entanto, ela contribui, no momento, com apenas 0,1% da produção total da energia elétrica do país.

Assim, como ainda dependemos muito das usinas hidrelétricas para nosso consumo, enquanto as chuvas não chegam é bom economizar, para a conta não vir salgada no final do mês. Seguem algumas dicas que podem ajudar na economia:

  1. Chuveiro elétrico: Tome banhos de, no máximo, dez minutos. Coloque a chave na posição verão para economizar até 30% da energia. Limpe os buracos por onde a água sai, para aumentar a vazão.
  2. Geladeira: Faça o degelo na época certa; o gelo acumulado faz o motor trabalhar mais. Não seque roupas na grade traseira. Cheque se a borracha da porta está boa. Evite guardar alimentos quentes. Abra a geladeira o mínimo possível; abri-la faz com que o ar frio escape e o motor trabalhe mais para esfriá-la de novo. Instale a geladeira em local ventilado, longe do fogão e de áreas expostas ao sol.
  3. Iluminação: Prefira lâmpadas fluorescentes ou de LED. Mantenha os lustres limpos, para evitar o uso de lâmpadas mais potentes. Apague a luz sempre que sair de um cômodo. Evite apagar e acender a luz o tempo todo. O consumo maior das lâmpadas fluorescentes está no ato de acender.
  4. Ferro de passar: Junte a maior quantidade de roupas possível para passá-las de uma só vez. Passe as roupas que precisam de menos calor por último, depois de desligar o ferro, aproveitando enquanto ele ainda está quente.

Se você desconfia que seu consumo é menor do que mostra a conta de luz, faça um teste para saber se há fuga de energia na sua casa. Apague todas as luzes e desligue todos os aparelhos elétricos. Após alguns minutos, o medidor de luz deve ficar parado. Se ele continuar girando, procure um eletricista. Problemas na fiação podem estar causando fuga de energia.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A batalha pela vida

quarta-feira, 26 de maio de 2021

A semana que passou foi muito triste para mim, pois perdi dois amigos, cujas vidas foram ceifadas por esse maldito vírus chinês. Anselmo, eu conhecia desde os sete anos de idade, vizinho que era da minha avó, em São Paulo; César, morador de Serra, no Espírito Santo, foi meu amigo de juventude, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Apesar de me comunicar, sempre, com a sua irmã, o último contato que tive com Anselmo foi há mais ou menos um mês, por telefone; com César falava sempre pelo “Face”, ainda mais que ele estava na Comunicação Social, com um programa de calouros na TV local.

A semana que passou foi muito triste para mim, pois perdi dois amigos, cujas vidas foram ceifadas por esse maldito vírus chinês. Anselmo, eu conhecia desde os sete anos de idade, vizinho que era da minha avó, em São Paulo; César, morador de Serra, no Espírito Santo, foi meu amigo de juventude, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Apesar de me comunicar, sempre, com a sua irmã, o último contato que tive com Anselmo foi há mais ou menos um mês, por telefone; com César falava sempre pelo “Face”, ainda mais que ele estava na Comunicação Social, com um programa de calouros na TV local. Rômulo, meu primo irmão, faleceu há mais ou menos um mês, em Niterói.

Minha irmã e meu cunhado, desde a última quinta feira, 20, sem falar no meu caseiro e seu filho, também testaram positivos para a praga que veio da China. O mais angustiante é que meu cunhado, minha irmã e Anselmo já estavam vacinados com as duas doses e César iria tomar a segunda dose no dia em que foi internado. Meu caseiro tomou a primeira dose a mais de 15 dias. Aliás, alguns relatos mostram que mesmo com teste positivo pode-se tomar a vacina, pois esta vai aumentar o número de anticorpos contra a virose.

Casos de pessoas que contraíram o coronavírus, mesmo imunizadas, têm causado dúvidas acerca da eficiência das vacinas disponíveis. Afinal, estarei protegido contra a doença se tomá-la? Como explicar o caso de pessoas que foram internadas ou morreram mesmo após serem imunizadas?

Para entender essas e outras questões, é preciso saber, em primeiro lugar, que é possível contrair o coronavírus mesmo que já se esteja vacinado. Isso porque nenhum imunizante disponível, atualmente no mundo tem eficácia de 100% contra o vírus Sars-CoV-2, o que significa que algumas pessoas podem ser infectadas mesmo depois de tomar as duas doses, afirma Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

No entanto, grande parte das vacinas disponíveis previne casos graves e óbitos por Covid-19, desde que haja tempo para o organismo desenvolver a imunidade necessária, após a segunda dose. Não dá para esperar eficácia semelhante ao divulgado nas pesquisas com apenas uma dose ou antes do tempo sugerido pelos pesquisadores, explica o infectologista Rodrigo Mollina, professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Mas, é possível que muitos adoeçam após tomarem a vacina por que como ela não previne a infecção, as pessoas podem ter Covid-19 e se contaminarem, se não houver tempo hábil para resposta do organismo à vacinação. E, apesar dos estudos apontarem que os imunizados podem ter sintomas mais leves, os casos graves que aparecem entre eles, geralmente, estão relacionados com pacientes idosos, cujas doenças prévias são pioradas com a Covid-19, ou entre doentes crônicos com diabetes, problemas cardíacos ou pulmonares, que têm seus quadros agravados enquanto a vacina ainda não fez efeito.

 Poderia ser indagado o porquê de muitas pessoas morrerem após serem imunizadas; na maioria das vezes isso tem relação com outras doenças ou comorbidades existentes antes do diagnóstico de Covid-19. Essas pessoas costumam ter o sistema imune debilitado e, por isso, nos casos de óbitos entre pessoas que tomaram a vacina, deve ser levado em conta o histórico médico e de doenças, além do tempo de imunização. É importante avaliar cada caso, investigar as comorbidades e a faixa etária.

Na realidade, ao sermos contaminados, passamos a travar uma grande batalha que é a manutenção da vida. Como em toda guerra há pessoas que saem ilesas, outras feridas (no caso aqui, sequelas) e, infelizmente, aqueles que pagam com a própria vida. Se lamentamos a morte daqueles que não conhecemos, imagine a dos nossos amigos, parentes e entes queridos. É uma dor profunda que nos deixa tristes e sem palavras.

Rômulo, Anselmo, César, vocês deixam muitas saudades e um vazio enorme no coração de seus parentes e amigos, pois por mais que saibamos que a morte é uma consequência da vida, jamais nos acostumaremos a ela. Mesmo que as religiões tentem minimizar esse fato, nos prometendo a vida eterna. Descansem na paz do Senhor e zelem por nós.

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Nova Friburgo, uma senhora de 203 anos

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Pelo segundo ano consecutivo, não tivemos como comemorar o aniversário da cidade. Nova Friburgo completou 203 anos no último domingo, 16, sem festas ou desfiles em virtude da pandemia que nos assola e transtorna a nossa existência. Nova Friburgo foi a primeira colônia não lusitana a ser fundada no Brasil em caráter oficial, no dia 16 de maio de 1818. D. João VI recém-coroado rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, ansioso por desenvolver a agricultura e intensificar a colonização no interior do Brasil. D.

Pelo segundo ano consecutivo, não tivemos como comemorar o aniversário da cidade. Nova Friburgo completou 203 anos no último domingo, 16, sem festas ou desfiles em virtude da pandemia que nos assola e transtorna a nossa existência. Nova Friburgo foi a primeira colônia não lusitana a ser fundada no Brasil em caráter oficial, no dia 16 de maio de 1818. D. João VI recém-coroado rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, ansioso por desenvolver a agricultura e intensificar a colonização no interior do Brasil. D. João VI assinou um decreto em que autorizava o agente do Cantão de Fribourg, na Suíça, a estabelecer uma colônia de 100 famílias na antiga Fazenda do Morro Queimado, no alto da serra.

Acreditava-se naquela época que o clima da região seria mais favorável para os imigrantes suíços apesar do terreno escolhido não ser o mais apropriado para a agricultura. A sede da colônia recebeu o nome de Nova Friburgo em função da procedência dos seus primeiros colonizadores, oriundos em maior quantidade do cantão suíço de Fribourg.

Como a patifaria é universal, Sebastien Nicolas Gachet incluiu mais 161 famílias do que havia sido combinado nos contratos firmados entre Portugal e a Suíça e, de 1819 a 1820, chegavam à Fazenda do Morro Queimado, pertencente ao município de Cantagalo, 261 famílias, pois Gachet quis lucrar mais do que o combinado. Talvez a confusão em se falar que Nova Friburgo foi colonizada por suíços advenha do fato de que a maioria das famílias que aqui chegaram, ser de colonos. Eles vieram para cá fugindo da fome e de dois invernos rigorosos que destruíram suas lavouras.

Assim, na realidade, eles foram os fundadores da cidade, pois, até 1818, o Brasil era uma colônia portuguesa, já que Pedro Alvares Cabral, nosso descobridor, era português e, quando aqui chegou em 1500, estava a serviço de D. Manuel, rei de Portugal.

A chegada de mais 161 pessoas foi um transtorno já que as acomodações não previam esse número, o que obrigou as autoridades a colocar mais de uma família por casa. Esse fato além da qualidade das terras disponíveis não ser adequada ao cultivo, desagradou os recém-chegados e muitos migraram para Lumiar, Bom Jardim e Santa Maria Madalena. O bisavô do meu sogro, um dos Voirol que aqui chegou, migrou para Sumidouro. O sobrenome da família foi aportuguesado para Warol.

São 203 anos de puro encanto, deixando uma marca no coração até de quem não é filho da terra. E desde os tempos mais antigos, essa cidade de temperatura amena no verão e fria no inverno, dona de belas paisagens vem conquistando fãs. Eu, por exemplo, vivo aqui desde 1977.

Tive de conhecer a história da cidade desde sua fundação, para entender o seu dinamismo, sua caminhada para o sucesso, suas conquistas. Foi de grande importância para escrever minha monografia de conclusão da faculdade de Comunicação Social, cujo título era “Rádio Sociedade de Nova Friburgo: A mídia falada chega a Friburgo”.

Além de ter sido um grande polo industrial até a crise do petróleo em 1982, a cidade foi e continua sendo um centro importante de cultura. Para se ter uma ideia dessa afirmação contávamos com pelo menos três bons teatros (hoje são quatro) e vários cinemas sendo os mais conhecidos o São José, o Leal e o Marabá, todos desaparecidos (hoje são seis, três no Friburgo Shopping e outros três no Cadima Shopping). Grandes colégios contribuíram e contribuem para o ensino não só de friburguenses como de jovens de outras cidades, pois o Anchieta em sua fase inicial era um internato, assim como Fundação Getúlio Vargas cujas atividades foram encerradas em 1977.

Além dos colégios mais tradicionais como o Nossa Senhora das Dores, o Mercês, o Jamil El-Jaick, o Ribeiro de Almeida (hoje Instituto de Educação de Nova Friburgo, Ienf), a cidade tem outros que contribuem para a educação dos futuros friburguenses.

Tudo isso, sem falar do seu potencial turístico não só por suas belezas (nossas montanhas, nossos vales e nosso visual principalmente ao entardecer), sua gastronomia, seu polo de moda íntima, o teleférico, a Queijaria Escola e muitas outras atrações.

Parabéns Nova Friburgo e que sua população reflita sobre o seu passado e projete um futuro ainda melhor.

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