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Tarifa de luz mais cara a partir de junho
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Atenção consumidores, pois a conta de luz que iremos receber já virá com aumento. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em anúncio feito na última sexta-feira, 28 de maio, será acionada neste mês a bandeira vermelha patamar 2; com isso a tarifa extra embutida nas contas de luz sofrerá um aumento de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts/hora (Kwh) consumidos, fazendo com que as contas fiquem mais caras.
Apesar das chuvas recentes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, onde estão localizados os nossos maiores reservatórios hídricos, passam por um grande período de seca o que compromete a produção de energia elétrica do país. Isso faz com que as concessionárias de energia sejam obrigadas a lançarem mão das usinas termoelétricas, o que encarece em muito o Kwh produzido, já que funcionam com óleo diesel. Em épocas de barril de petróleo com preço reduzido e dólar menos valorizado, esse custo seria menor. Assim, o impacto médio do Encargo de Aquisição de Energia Emergencial nas contas de energia elétrica residenciais no Brasil será de aproximadamente 1,9%.
A lei 10.438/02 prevê isenção de pagamento aos consumidores residenciais com consumo mensal inferior a 350 kWh e rurais que consumam menos de 700 kWh por mês. A energia elétrica é vital para o desenvolvimento dos países, pois tanto a indústria quanto a produção rural dependem desse elemento para sua sobrevivência e progresso. As outras fontes de geração de energia mais conhecidas como a eólica, a solar e a nuclear são válidas, mas têm lá suas particularidades.
No Brasil temos apenas as usinas Angra 1 e Angra 2, no município de Angra dos Reis, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro, mas a tendência é a de sua extinção, pois é uma energia altamente poluente, em caso de acidente, como foi com os ocorridos na usina de Chernobyl, na Ucrânia e Fukushima, no Japão. Ambos chegaram ao nível 7 na Escala Internacional de acidentes Nucleares. Tanto a Alemanha quanto a França, maiores produtores desse tipo de energia, na Europa, estão desativando suas usinas de produção.
Com relação à energia eólica, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Brasil tem um potencial de geração estimado em cerca de 500 gigawatts (GM), o suficiente para atender o triplo da demanda atual de energia do país. Este número é mais de três vezes superior à produção de energia elétrica provinda de outras fontes. Ela ainda é pequena, já que os investimentos nacionais nesse campo são recentes, o nordeste é o seu maior produtor, sendo responsável, atualmente, por 85% de sua geração.
Já a energia solar corresponde àquela proveniente da luz e do calor emitidos pelo sol. Essa fonte de pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando energia elétrica e térmica, respectivamente. No entanto, ela contribui, no momento, com apenas 0,1% da produção total da energia elétrica do país.
Assim, como ainda dependemos muito das usinas hidrelétricas para nosso consumo, enquanto as chuvas não chegam é bom economizar, para a conta não vir salgada no final do mês. Seguem algumas dicas que podem ajudar na economia:
- Chuveiro elétrico: Tome banhos de, no máximo, dez minutos. Coloque a chave na posição verão para economizar até 30% da energia. Limpe os buracos por onde a água sai, para aumentar a vazão.
- Geladeira: Faça o degelo na época certa; o gelo acumulado faz o motor trabalhar mais. Não seque roupas na grade traseira. Cheque se a borracha da porta está boa. Evite guardar alimentos quentes. Abra a geladeira o mínimo possível; abri-la faz com que o ar frio escape e o motor trabalhe mais para esfriá-la de novo. Instale a geladeira em local ventilado, longe do fogão e de áreas expostas ao sol.
- Iluminação: Prefira lâmpadas fluorescentes ou de LED. Mantenha os lustres limpos, para evitar o uso de lâmpadas mais potentes. Apague a luz sempre que sair de um cômodo. Evite apagar e acender a luz o tempo todo. O consumo maior das lâmpadas fluorescentes está no ato de acender.
- Ferro de passar: Junte a maior quantidade de roupas possível para passá-las de uma só vez. Passe as roupas que precisam de menos calor por último, depois de desligar o ferro, aproveitando enquanto ele ainda está quente.
Se você desconfia que seu consumo é menor do que mostra a conta de luz, faça um teste para saber se há fuga de energia na sua casa. Apague todas as luzes e desligue todos os aparelhos elétricos. Após alguns minutos, o medidor de luz deve ficar parado. Se ele continuar girando, procure um eletricista. Problemas na fiação podem estar causando fuga de energia.
Max Wolosker
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