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Corrupção e sua saúde mental

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Estudos científicos têm mostrado que quando uma pessoa se envolve em atitudes corruptas, ela tem um aumento do nível de estresse em seu corpo e mente. Há um excesso de produção dos hormônios do estresse, como a adrenalina e a cortisona. E este excesso lesa órgãos vitais de nosso organismo, e quando o estresse se torna repetitivo, ele conduz à doenças variadas, desde depressão até câncer.

Estudos científicos têm mostrado que quando uma pessoa se envolve em atitudes corruptas, ela tem um aumento do nível de estresse em seu corpo e mente. Há um excesso de produção dos hormônios do estresse, como a adrenalina e a cortisona. E este excesso lesa órgãos vitais de nosso organismo, e quando o estresse se torna repetitivo, ele conduz à doenças variadas, desde depressão até câncer.

Quando você está envolvido em atividades corruptas, está destruindo a si mesmo. Acúmulo obsessivo de bens materiais, seja pelo trabalho honesto ou pela fraude, não promove saúde. Produz patrimônio, mas não saúde. Não é a presença de uma doença mental no indivíduo que o faz corrupto. Mas será que corruptos possuem defeitos de personalidade possíveis de serem mensurados pela ciência? O que conduz às atitudes corruptas são as fragilidades de caráter ligadas ao interesse da pessoa de estar numa posição na qual pode obter benefícios pessoais.

A lesão no caráter chega num ponto em que corruptos praticam atos ilegais, geralmente em grupo, criando um conceito para eles de que a violação da honestidade é justa. Você deve se lembrar da absurda hipocrisia de parlamentares religiosos no Brasil envolvidos em propinas fazerem uma oração agradecendo a Deus pelo dinheiro ilícito obtido.

O poder não corrompe necessariamente, mas revela tendências comportamentais pré-existentes no indivíduo. Os que desde sempre se preocupam em ser corretos e éticos, que sempre pensam em ajudar a aliviar o sofrimento das pessoas da comunidade, ao assumirem o poder mantêm atitude honesta. E o contrário é verdadeiro, os que sempre se comportam sem ética, mesmo em pequenas coisas, assumindo o poder farão o mesmo.

O dr. John R. Schafer é analista comportamental do FBI, polícia secreta norte-americana. Em seu artigo “A Psicopatologia da Corrupção” – psicopatologia é o estudo das doenças mentais – publicado em 2 de agosto de 2018 na revista Psychology Today (Psicologia Hoje), ele afirmou que a corrupção serve como uma "máscara de poder" para esconder inseguranças pessoais. Explica que pessoas corruptas e suscetíveis à corrupção não são felizes e que a corrupção serve como forma de obter felicidade por meio do poder.

Diz ele que o poder coloca uma pessoa ou grupo acima de outra pessoa ou grupo, criando uma ilusão de felicidade por meio do controle. Dominar as pessoas não pode trazer felicidade. A corrupção apenas mascara as inseguranças. A “máscara de poder”, quando retirada, revela inseguranças pessoais. A pessoa ou grupo corrompido procura manter ou aumentar o controle do poder para manter a ilusão de felicidade.

Dr. Schafer afirma que “membros de grupos corrompidos juram lealdade a seus grupos, ignorando seu dever para com a comunidade em geral. Os valores pessoais substituem os valores da comunidade.” E ele continua: “A maneira mais rápida das pessoas inseguras se sentirem bem consigo mesmas é colocar-se acima dos outros. Tanto no governo quanto no setor privado, o poder é a maneira mais rápida de elevar uma pessoa acima de outra. Enquanto pessoas inseguras permanecerem no poder, elas podem se esconder atrás da "máscara de poder". Líderes inseguros não aceitam novas ideias porque outra pessoa pode obter o reconhecimento e usurpar o poder dos grupos corruptos. Pessoas que apresentam novas ideias ameaçam líderes inseguros. ... Como uma droga viciante, o poder anseia por um poder cada vez maior. Líderes inseguros muitas vezes não têm as habilidades necessárias para se sobressair, por isso recorrem à corrupção para manter e ganhar mais poder. Líderes inseguros não podem abrir mão do poder, pois fazer isso exporia suas inseguranças.”

Uma boa liderança ligada ao bem impede a corrupção. Com boa liderança, as pessoas respeitam seus líderes e recebem respeito em troca. A boa liderança cria um ambiente onde as pessoas se sentem bem consigo mesmas e com o grupo ao qual pertencem.  Mas a malignidade conduz pessoas a serem doentiamente ambiciosas quanto ao dinheiro, a quererem ser os primeiros de uma forma orgulhosa que os leva a ficarem obsessivos pelo posto mais alto, e também conduz indivíduos a ficarem murmurando e reclamando de tudo, deixando a gratidão de lado. Estas pessoas ainda são escravas da corrupção. Não sabem o que é liberdade.

O poder da bondade precisa ser recebido a cada dia, caso contrário cairemos na corrupção em quaisquer de suas formas. O eu não tem capacidade para administrar bem o eu nos caminhos do bem. Somente a bondade pode nos fazer pessoas de caráter nobre, não corruptas, e, assim, nos tornamos úteis à sociedade. 

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Será que não estou percebendo algumas coisas?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Na hora do almoço Maria abre a embalagem de molho de tomate para colocar no macarrão e deixa a parte do pacote cortado na pia até o fim da tarde, a menos que seu marido veja e coloque no lixo antes disso. Ela não viu aquele pedaço de embalagem em cima da pia? João acaba de tomar banho de manhã e deixa a toalha embolada e úmida no banheiro até a hora do almoço, a não ser que sua esposa pegue a toalha e a estenda no varal logo após o banho dele. Será que ele não pensou que tinha usado a toalha e que ela precisa ser estendida no varal?

Joana abre a geladeira, pega a última azeitona do vidro e o deixa vazio só com o líquido. Ela não percebeu que seria adequado tirar o vidro de lá já que não tinha mais azeitonas? Augusto acaba de almoçar, pega o prato e os talheres que usou para sua refeição, coloca dentro da pia e não os lava, sendo que não há empregada em sua casa, onde vive só ele e sua esposa. Será que ele sente que ela é empregada dele?

Na geladeira tem um pedaço de queijo que já mofou e Rita só vai perceber isto três semanas depois que ela colocou o queijo ali. Como ela esqueceu do queijo mesmo tomando café da manhã todos estes 21 dias? Rodrigo grita lá da garagem de sua casa para sua esposa que está ocupada atendendo alguém ao telefone, berrando: “Onde está a chave do meu carro?” E ainda fica irritado porque ela demorou cinco segundos para responder porque ela estava engolindo a saliva! O carro é dele e ele havia colocado a chave em algum lugar. Será que ele acha que sua esposa é mordoma dele?

Angélica quer tudo mastigado em suas mãos. Não faz nada útil na vida, vive visitando redes sociais, fazendo fofocas, assistindo novelas, comendo besteira mesmo não tendo saúde boa, não ajuda ninguém, e fica mandando seu marido comprar o que ela quer ao invés dela fazer isso. Mateus é também descansado, vive na zona de conforto, quer mandar em todo mundo, em casa e no trabalho, de forma autoritária. Será que ele acha que as pessoas estão aí na vida para servi-lo como se ele fosse um rei?

Casamento é uma união de duas pessoas diferentes. Diferentes. As pessoas têm percepções diferentes. Viviane abre seu imenso guarda-roupas lotado de vestidos, blusas, saias, casacos, e grita para o marido que está compenetrado num cálculo de despesas familiares: “Onde está aquele vestido cor de rosa que você me deu no Natal?” O vestido está um pouco para a direita dos olhos dela. Mas ela não o viu. Não viu e nem pensa que o marido pode estar ocupado. É isto ser uma pessoa folgada, espaçosa?

Autoritários vivem como se fossem reis e todos ao redor tivessem que prestar serviço a elas. Parece mais difícil um autoritário admitir que tem problemas de comportamento do que as pessoas mais mansas. Será que o homem mandão e a mulher mandona acreditam que se admitirem suas falhas deixarão de ter valor como pessoa? Você se casou para ter um companheiro, uma companheira ou querendo um empregado ou empregada?

Não somos iguais. Gêmeos idênticos agem de forma diferente. Um pode ser explosivo, e outro sereno. Geralmente nos casamentos pessoas de temperamentos diferentes se unem. Um quer sexo três vezes por semana, e outro a cada 15 dias. Um quer cinco filhos e outro no máximo um. Um gosta de férias na praia e outro numa fazenda. Um é sentimental demais e outro é racional. Um fala alto, e outro fala baixo. Um quer parentes e amigos em casa com frequência, e o outro só quer os que vivem ali no lar.

Conseguimos ver falhas nos outros e ficamos meio que cegos para nossos defeitos de comportamento e de caráter. É difícil olhar para nós mesmos e ver nossos erros, não é? Geralmente temos uma desculpa ou justificação para eles. Isto começou no Éden, quando Adão disse a Deus que havia sido Eva que o induzira a comer a maçã. E Eva disse que foi a serpente que fez isso com ela. A escada rolante da vida e dos relacionamentos precisa parar em algum momento para você ver melhor, especialmente a si mesmo.

Crescimento pessoal, melhora em relacionamentos no lar, no trabalho, na comunidade religiosa onde você congrega, entre seus amigos e outros parentes, só ocorre se cada um der uma olhada para si, ver onde está falhando e machucando as pessoas, mesmo aquelas que são mais íntimas e que você diz que ama, e decidir lutar para vencer o que hoje, neste momento da sua vida, você já consegue perceber como sendo falhas suas. E tem mais coisas para serem percebidas por você sobre sua conduta.

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Comece o novo ano com iluminação

quinta-feira, 07 de janeiro de 2021

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Nosso cérebro é atrofiado. O encéfalo humano, conhecido como cérebro, num adulto pesa cerca de um quilo e meio. Quando Deus criou Adão, ele tinha quase quatro metros de altura, as pessoas viviam em média 900 anos. Imagina o cérebro de Adão! Não se gabe de sua inteligência. Também não a deprecie. Seja humilde o suficiente para admitir que somos atrofiados, encolhidos, lesados, mesmo sendo você uma pessoa brilhante em termos de aquisições culturais, financeiras, espirituais.

Quando começamos um novo ano, zeramos o calendário e iniciamos a contagem dos dias e meses novamente. Janeiro, Fevereiro, Março, até Dezembro. E a experiência dos anos vividos? O que tem acontecido em nossa mente com o passar dos anos? Estamos mais iluminados para compreender melhor detalhes do sentido da vida? Ou continuamos, ano após ano, com uma visão tacanha, materialista, consumista, egoísta?

Se você amadurece ao longo do tempo, com certeza surge em seu caráter humildade como contrário de arrogância, misericórdia em lugar de rigidez e agressividade, prontidão para perdoar ao invés de condenar, desapego material como oposto de ganância e outras coisas bonitas da Luz.

A aquisição de iluminação para uma qualidade de existir proveitosa é um milagre. Não vem por um mestrado, doutorado ou pós-doutorado. A compreensão intelectual não é suficiente para a iluminação chegar em nosso cérebro. Parafraseando o segundo passo dos doze sugeridos pelos Alcoólicos Anônimos e outros grupos de ajuda mútua, viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia nos conduzir para a sanidade.

Não há luz inerente em nossa mente produzida ou gerada por nós mesmos. Impossível. Se você quer começar um novo ano com iluminação para que sua vida melhore e seja mais frutífera do que nos anos passados, é preciso acreditar e pedir esta luz ao Poder Superior que eu chamo de Deus Criador do Universo. Só assim, na luz, é possível qualquer político, empresário, clérigo, leigo, magistrado agir em benefício da comunidade. Sem isso só existe conflito de interesses pessoais e corrupção.

Analisando seus pacientes cardíacos o dr. Dean Ornish, ligado à Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, verificou que faltava luz neles para que seus problemas cardíacos pudessem ser curados. Ele percebeu, em seus estudos, que era necessário algo mais além de uma dieta vegetariana, prática de atividades físicas, redução do colesterol e do estresse também para haver melhora da função cardiovascular. Ele começou a entender a importância dos aspectos emocionais e espirituais para a pessoa. Por isso teve sucesso com seus pacientes.

Quando ele, como cardiologista e pesquisador, colocou um grupo de pacientes com doença cardíaca na qual artérias coronárias estavam entupidas em graus diferentes, em um programa de reabilitação que envolvia exercícios físicos, dieta vegetariana, grupo de apoio para lidar com o estresse, redução do colesterol, aprendizado sobre como lidar com as emoções e desenvolvimento espiritual, houve uma redução das placas de ateroma (gordura) nas artérias coronárias! Sabe lá o que é isso? Imagina que maravilha é uma pessoa poder evitar ter que se submeter a uma cirurgia cardíaca usando método assim, simples, não invasivo?

Dr. Ornish, em seu importante livro “Amor e Sobrevivência - A Base Científica para o Poder Curativo da Intimidade”, colocou este texto: “Comecei a compreender que a escolha não está entre trabalhar ou não trabalhar, realizar ou não realizar, mas é a intenção por trás da ação, não a ação propriamente dita, que determina se o trabalho conduz à cura e à alegria ou ao sofrimento e à doença. Um dos meus provérbios zen favoritos diz: ‘Antes da iluminação, corte lenha, carregue água; depois da iluminação, corte lenha, carregue água.’ As ações parecem iguais, o trabalho pode ser pesado, mas a motivação é completamente diferente.” Completamente diferente.

Sugestão para você ter uma vida útil, produtiva, eficaz para seu bem e o das pessoas: procure a iluminação. Vai fazer toda a diferença entre uma vida que vale à pena para si e para sua comunidade e uma vida medíocre, vergonhosa e corrupta.

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Viver um dia de cada vez no Ano Novo

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Aqui estão informações que podem nos ajudar a viver de maneira mais serena e produtiva em termos de experimentar melhor qualidade de relacionamentos um dia de cada vez no novo ano que chega.

Comece o novo ano pensando e decidindo cada dia que você pode só por hoje tentará viver este dia apenas, e não enfrentará todos os seus problemas de uma vez. Dê um passo de cada vez, um dia de cada vez, só por hoje.

Aqui estão informações que podem nos ajudar a viver de maneira mais serena e produtiva em termos de experimentar melhor qualidade de relacionamentos um dia de cada vez no novo ano que chega.

Comece o novo ano pensando e decidindo cada dia que você pode só por hoje tentará viver este dia apenas, e não enfrentará todos os seus problemas de uma vez. Dê um passo de cada vez, um dia de cada vez, só por hoje.

Diga a si mesmo em cada dia do ano novo: Só por hoje vou ser feliz. Lembrando que ser feliz não é o mesmo que ficar eufórico e agitado. E também não significa se sentir bem só quando compra algo ou adquire um bem material. Ser feliz tem muito que ver com evitar se concentrar no lado difícil da vida e dos relacionamentos. E valorizar as pequenas coisas que são bênçãos em sua vida, como ter água na torneira, comida na mesa, um trabalho, um lar, amigos, parentes que ajudam, uma fé religiosa saudável, entre outras coisas.

Cada dia que você acordar no novo ano, tome estas resoluções, que serão só por um dia. Não precisa pensar nelas como se fossem algo a ser feito a vida toda, mas só por hoje. Estas coisas vão te dar satisfação. No entanto, eles exigem força de vontade. Você não precisa de força de vontade para fazer o que é fácil. Mas com boa vontade e algum esforço é possível fazer algo sem desejo, mas necessário. Faça o seguinte:

1. Só por hoje, tentarei viver este dia apenas, e não enfrentarei todo o meu problema de uma vez. Posso fazer algumas coisas por doze horas que me chocariam se eu sentisse que precisava mantê-las ativas pelo resto da vida.

2. Só por hoje, serei feliz. E além do que comentei acima, a felicidade tem mais que ver com seu interior do que com questões externas, tem que ver com atitude mental.

3. Só por hoje, vou me ajustar ao que é, ao que está na realidade, e não vou tentar ajustar tudo aos meus próprios desejos. 

4. Só por hoje, vou cuidar do meu corpo. Vou exercitá-lo, cuidar bem dele e nutri-lo, e não abusar dele nem negligenciá-lo; para que ele seja uma máquina perfeita para minha vontade.

5. Só por hoje, vou tentar fortalecer minha mente, vou estudar. Vou aprender algo útil, não vou ser um preguiçoso mental o dia todo. Vou ler algo que exige esforço e concentração.

6. Só por hoje, vou exercitar minha mente de três maneiras: a)Farei uma boa ação para alguém sem anunciar nas redes sociais ou de outra forma. b)Farei pelo menos duas coisas que não tenho vontade de fazer mas que sei que são úteis. c)Não vou mostrar a ninguém que meus sentimentos estão feridos. Eles podem estar feridos, mas hoje não vou mostrar.

7. Apenas só por hoje vou ter a melhor aparência que puder, irei me vestir o mais apropriadamente possível, sem querer ser objeto de desejo sexual, vou falar baixo, agir com cortesia, sem buscar exaltação própria, sem ficar exaltando ou bajulando as pessoas, não vou criticar nem um pouco, nem encontrar defeitos em nada, e não tentarei controlar e nem melhorar ninguém.

8. Só por hoje, terei um programa. Vou escrever apenas o que espero fazer a cada hora. Posso não segui-lo exatamente, mas o terei. Isso vai me salvar de duas coisas ruins: a pressa e a indecisão.

9. Só por hoje, terei pelo menos meia hora tranquila, sozinho, e relaxarei. Durante esta meia hora, algum tempo, vou pensar em Deus, vou orar, para ter um pouco mais de perspectiva e sentido para a minha vida.

10. Só por hoje, não terei medo. Sobretudo não terei medo de ser feliz, de desfrutar o que é belo, de amar e de acreditar que aqueles que amo me amam.

Este programa “só por hoje”, sendo praticado, irá ajudar muito na construção de sua felicidade independentemente se você vive com alguém que seguirá isto ou não. Seguindo este programa diário de pensamento alegre e construtivo, seu novo ano, um dia de cada vez, será melhor. Feliz Ano Novo só por hoje.

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Lições da perda

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Alguém disse: “Quando você perder, não perca a lição.” Os únicos erros que estamos condenados a repetir são os que falhamos em tentar aprender com eles. Cometer erros ocorre com todos nós em relação a muitas coisas, compras, vendas, decisões, relacionamentos. As pessoas mais brilhantes cometem erros. As pessoas inteligentes cometem erros. As pessoas com inteligência emocional e humildade cometem erros e aprendem com eles. Isto porque elas pensam no que fizeram e no que erraram. E tentam se lembrar disto mais adiante na vida delas.

Alguém disse: “Quando você perder, não perca a lição.” Os únicos erros que estamos condenados a repetir são os que falhamos em tentar aprender com eles. Cometer erros ocorre com todos nós em relação a muitas coisas, compras, vendas, decisões, relacionamentos. As pessoas mais brilhantes cometem erros. As pessoas inteligentes cometem erros. As pessoas com inteligência emocional e humildade cometem erros e aprendem com eles. Isto porque elas pensam no que fizeram e no que erraram. E tentam se lembrar disto mais adiante na vida delas.

As pessoas mais impulsivas, as que vivem muito no automático rotineiro podem ter mais dificuldade em perceber seus erros e aprender com eles. Viver no automático significa não pensar sobre seu próprio comportamento, falta de auto-observação, necessidade de melhor e mais abrangente consciência de si. É possível conseguir isto.

A vida prática (não idealizada) tem mais que ver com a busca de atingirmos alvos e menos com sempre acertar. Acertar é um processo. Por exemplo, você consegue acertar o tempo todo sem cometer erros em todos os seus relacionamentos? Em muitas coisas na vida nós arriscamos e falhamos mesmo querendo acertar. Daí se faz necessário redimensionar a diferença entre o que almejamos e o que realmente alcançamos. Alguém disse que a vida deveria ser duas, uma para ensaiar e outra para viver. Mas como é uma só, acertamos e erramos. E o mais importante, então, é aprender com o que erramos para que possamos tentar evitar repetir os mesmos erros depois com seus consequentes sofrimentos.

Se você somente lamentar pela perda ou falha cometida ou se atacar por ter errado e nunca usar isto como aprendizado, terá perdido algo importante. Provavelmente cometerá o mesmo erro várias vezes e terá sofrimentos desnecessários em si e os provocará nos outros. Se você não se curar do que te feriu, você vai sangrar em cima de pessoas que não te cortaram. Ou seja, se você não aprende com seus erros, vai machucar pessoas que não tem nada que ver com eles.

Um ditado usado em grupos de ajuda mútua diz que insanidade é você repetir os mesmos erros e querer resultados diferentes. E muitos fazem isso. Repetem os mesmos erros vez após vez. Por que não aprendem? Será que só aprenderão com a dor?

Infelizmente sim. Muitos aprendem somente com o sofrimento e quando chegam no fundo do poço. Quando você chega no fundo de um poço não tem mais para onde descer. Fundo de poço pode ser coisas diferentes para pessoas diferentes. Para uns pode ser o divórcio, para outros a prisão, ou a falência financeira, uma doença grave por descuido da saúde, uma internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de um hospital devido à uma overdose de álcool ou outra droga, entre outras coisas.

Mas podemos aprender. Podemos aprender com nossos erros. Podemos aprender. Mas a pergunta é: Está você aberto, aberta para aprender? Quer aprender com seus erros? Ou ainda não está pronto (ou pronta), para amadurecer naqueles aspectos nos quais você mais repetidamente erra?

Quando é que uma pessoa não está pronta para evitar erros? Quando ela permanece na negação, o que significa não admitir que tem problemas e negar que causa problemas para os outros devido ao seu jeito de agir. Uma pessoa não está ainda pronta para evitar erros quando ela é orgulhosa, arrogante, corrupta contumaz, e carente de humildade, mansidão e honestidade.

Quando você perder, não perca a lição. Abra os olhos da consciência. Ao invés de se perguntar: “Por que isto ocorreu comigo?”, troque para: “Para que isto ocorreu comigo? O que posso aprender com isto?” Esta é uma postura sábia que promoverá alívio de sofrimentos desnecessários na vida.

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Tudo tem seu tempo determinado

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir. Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar. Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar. Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir. Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar. Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar. Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.
(Eclesiastes 3:2-8)

Especialmente a juventude tem acelerado o tempo das coisas. Meninas menstruam mais cedo, jovens querem ganhar milhões de reais antes dos 30 anos de idade, querem pular etapas e se tornarem gerentes e empresários cedo. Moças e rapazes querem ter sexo genital fora da época. Tudo precoce. Mas a sabedoria diz que para tudo tem um tempo apropriado. Veja a Natureza. Na sabedoria dela existe tempo para cada estação do ano, tempo de plantar e só colher após o período designado pelo criador para aquele tipo de planta. O sol não acelera seu percurso pelo céu de cada dia. Nem a lua corre ou retarda seu ciclo noturno.

Nós, seres humanos, em função de ganância, imaturidade, obsessão pelo crescimento material, fissura por prazer, aceleramos tudo, agimos de forma precoce. Empresários produzem alimentos transgênicos, forçam animais a crescerem rápido para o abate e venda em alta produção. É impossível forçar a natureza, seja no reino animal ou vegetal, a sair do seu ritmo natural de desenvolvimento e amadurecimento sem que se produza prejuízos nela, os quais afetarão a saúde dos humanos e do planeta.

Quem escreveu o texto no primeiro parágrafo acima foi o Rei Salomão. Rei em Israel nos tempos do Antigo Testamento, um dos homens mais sábios que já existiu. Sua vida teve três períodos. Um inicial no qual ele se submeteu ao Deus criador e o obedecia, quando então era feliz. Depois se afastou do caminho do bem, se envolveu em vicissitudes. Ficou o indivíduo mais rico da terra. Mas foi vendo que todo o seu poder econômico, empresarial, político em seu reinado não lhe deram paz no coração e felicidade.

Daí retornou à Jeová, o criador do universo, e conclui que tudo é vaidade. Neste capítulo 3 de Eclesiastes ele colocou os pensamentos de sabedoria ao mostrar que tudo tem seu tempo apropriado. Mas faz tempo que estamos atropelando isto em nossa sociedade. A maravilha do avanço da tecnologia não está sendo acompanhada do avanço do amadurecimento do caráter da pessoas, especialmente dos que dirigem as nações. Todos sabemos que a corrupção impera neste planeta. E o conceito de vida que a juventude vem desenvolvendo em suas mentes é que a felicidade depende de você ter o mais rápido possível sexo, muito dinheiro, propriedades, fama, prazer, domínio.

Salomão experimentou tudo isso e concluiu que tudo é vaidade. E hoje é precocidade também. Então temos um preço alto a pagar. Síndrome do Pensamento Acelerado na qual muitas pessoas não conseguem relaxar a mente, e que tem que ver com excesso de exposição à eletrônicos, telas e excesso de atividades. Temos a depressão que tem muito que ver com pensamentos e sentimentos de perda que em alguns casos se relaciona com uma necessidade de afeto exagerada que quando não suprida, leva a pessoa a decair, entre outros transtornos mentais mais frequentes numa sociedade agitada, que anda fora do tempo correto.

Tudo tem seu tempo. A gravidez humana leva nove meses. Cada estação do ano tem três meses. O coração humano saudável bate em média 70 a 80 vezes por minuto. Respiramos normalmente (inspiração e expiração) 20 vezes por minuto. Um dia tem 24 horas e originalmente começa no por do sol e vai até o por do sol seguinte. Os jovens podem estar prontos para terem sexo na adolescência só sob o ponto de vista anatômico e fisiológico, mas não psicológico.

Não atropele o tempo em sua vida. Não acelere o amadurecimento de seus filhos querendo que eles precocemente comecem a estudar, a ter celular, tablets. Espere. Vá com calma. Viva cada período da vida no seu tempo e modo melhor. O ritmo correto de viver, os conceitos de existência, de sentido para a vida atuais propagados pelas mídias são, com algumas exceções, doentios. O tempo correto de fazer e ser é o natural.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A maconha é uma erva medicinal segura?

quinta-feira, 03 de dezembro de 2020

Dr. James Rippe, formado em medicina na Universidade de Harvard, autor do livro “Lifestyle Medicine” (“Medicina do Estilo de Vida”), e o dr. Hildermar Santos, professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, Califórnia (EUA), falam do assunto sobre o uso da maconha (cannabis sativa) como erva medicinal num artigo interessante (Órion, segundo caderno, p. 4, março 2015), e aqui cito algumas informações deles.

Dr. James Rippe, formado em medicina na Universidade de Harvard, autor do livro “Lifestyle Medicine” (“Medicina do Estilo de Vida”), e o dr. Hildermar Santos, professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, Califórnia (EUA), falam do assunto sobre o uso da maconha (cannabis sativa) como erva medicinal num artigo interessante (Órion, segundo caderno, p. 4, março 2015), e aqui cito algumas informações deles.

De forma geral a indicação da maconha para tratamento é relacionada com a tentativa de diminuir o vômito e náusea de pacientes com câncer ou Aids e aumentar o apetite nestes pacientes (pessoas com certos tipos de câncer e Aids perdem muito peso). Também é usada para alívio de dor, podendo produzir alívio nos sintomas da esclerose múltipla, dor forte na neuropatia periférica, e para pessoas que são epilépticas graves e que não tiveram melhora com o tratamento convencional.

Os achados científicos revelam um efeito terapêutico modesto, mais ligados ao controle da dor, alívio de náuseas e vômitos, e estimulação do apetite. (Arch Gen Psychiatry 2000; 57:547-552 – Vol.57 nº 6, june 2000.) O canabidiol, extraído da maconha, não cura os problemas de saúde, e sim tem efeito sintomático. E há os efeitos danosos pelo seu uso, dentre eles pode desencadear um tipo de surto psicótico em algumas pessoas sensíveis, com surgimento de alucinações auditivas e visuais, “contato” com pessoas invisíveis.

A maconha pode causar depressão, taquicardia, arritmia cardíaca, problemas reprodutivos, dependência e câncer. Pessoas que fumam um cigarro de maconha por dia têm o mesmo risco de câncer de pulmão que aqueles que fumam um maço de cigarros por dia. Produz também prejuízos no sistema imunológico e há evidências de aumento do risco de câncer da boca, língua, garganta e pulmões.

É desaconselhável o uso da cannabis sativa em pessoas com problemas coronários por aumentar o risco de morte por enfarto, que é a causa número um de morte no mundo. Importante para rapazes adultos jovens é a informação de que a maconha produz a redução do esperma, com a consequente diminuição do número de espermatozoides, queda da produção de testosterona e diminuição do tamanho dos testículos. E para as mulheres a maconha pode causar alterações no ciclo menstrual e facilitar o câncer de mama.

Como a maconha diminui os reflexos e altera a percepção das coisas em movimento, isto pode estar na causa dos acidentes de automóveis. Além disso, de 8% a 20% de seus usuários ficam dependentes da erva. Os sintomas principais da abstinência da maconha incluem: irritabilidade, agressividade, ansiedade, depressão, insônia, sudorese, náusea, vômito, taquicardia e “fissura” para usar a droga de novo.

Estudos feitos na Universidade da Carolina do Sul sobre os efeitos da maconha, dr. Prakash Nagarkatti e sua equipe, verificaram que um grupo de compostos desta erva suprime funções do sistema imune “fazendo com que o usuário seja mais suscetível a infecções e a alguns tipos de câncer". Afirmou ainda o dr. Nagarkatti: "Acreditamos que a chave para essa supressão seja um único tipo de célula imunológica, que só recentemente foi identificada, chamada célula supressora derivada da mieloide, MDSCs". Parece que estas células MDSCs suprimindo o sistema imunológico, promovem o crescimento do câncer. (http://emedix.com.br/not/not2010/10nov24imu-eji-nsr-maconha.php, visitado em 5 maio 2015).

Já que estudos mostram que a maconha afeta o sistema de defesa de nosso corpo, entre outros efeitos sérios, compensa usá-la para fins medicinais, ainda mais em período de pandemia?

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Pandemia maluca

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Um rapaz buzinou no portão de casa. Era um conhecido jovem que estava trazendo algumas compras de supermercado para mim. Como sou do grupo de risco para esta pandemia maluca e cheia de conflitos de interesses por parte de empresários, governo, laboratórios farmacêuticos, eu havia solicitado que trouxesse algo para mim. Isto foi no início da pandemia em março e abril deste ano.O rapaz deixou as sacolas no portão. Agradeci e disse que faria a transferência para a conta dele do valor das compras e acrescentaria um pouco mais como agradecimento.

Um rapaz buzinou no portão de casa. Era um conhecido jovem que estava trazendo algumas compras de supermercado para mim. Como sou do grupo de risco para esta pandemia maluca e cheia de conflitos de interesses por parte de empresários, governo, laboratórios farmacêuticos, eu havia solicitado que trouxesse algo para mim. Isto foi no início da pandemia em março e abril deste ano.O rapaz deixou as sacolas no portão. Agradeci e disse que faria a transferência para a conta dele do valor das compras e acrescentaria um pouco mais como agradecimento. Com um sorriso simpático ele se despediu, entrou no carro e partiu.

Aí começou e continuou a ansiedade. Meus pensamentos estavam à mil. Pensava comigo mesmo: Preciso pensar que estas sacolas de supermercado podem estar contaminadas. Eu havia separado um local específico para colocar qualquer compra que chegasse para ali fazer o processo de higienização. Que coisa chata! Que realidade desagradável!

Meus pensamentos continuaram acelerados pensando em mil coisas. Tirei as coisas das sacolas, e fui higienizando produto por produto. Coloquei frutas e verduras numa vasilha com água misturada com água sanitária. Precisava abrir a torneira da pia da cozinha, mas pensava: Não posso me esquecer que toquei naquelas compras, e assim preciso higienizar minhas mãos para não correr o risco de contaminar a torneira. Não podia me esquecer também da maçaneta da porta da cozinha. De dentro e de fora da porta!

A loucura continuou. Agora preciso limpar o balcão onde havia colocado as compras. Depois, pensei, preciso limpar minhas mãos novamente, afinal tinha tocado no balcão. Não! Não precisava, porque havia lavado as mãos com sabão. Sim, precisava, porque havia tocado nas sacolas para jogá-las no lixo. Então, vou lavar novamente as mãos.

Agora preciso deixar as frutas, verduras e legumes de molho um tempo suficiente para matar o danado do vírus que poderia estar ali. Onde está este cara? Na sola do sapato? Na sacola do mercado? Na embalagem do biscoito? Na casca da maçã? No troco que o caixa da padaria me deu? Na maçaneta do meu carro? No volante? Que maluquice!

Minha ansiedade e medo diminuíram após uns três meses de início da pandemia. Comecei a sair, ainda vigilante, ou seja, sem relaxar, para comprar algo, com máscara, mantendo distância das pessoas, coisa nem sempre possível num supermercado. Usando álcool em gel na entrada da loja, na saída, ao sentar no banco do meu carro. Seria bom se o álcool em gel limpasse uma mente ansiosa e a corrupção de líderes da nação, não é?

Certo dia, também lá pelo terceiro ou quarto mês da pandemia, meus netinhos vieram me visitar com a mãe, minha filha, e meu genro. Eu morria de saudades deles. Senti uma ambivalência. Que bom que eles vieram, e que preocupante eles terem vindo! Meu netinho mais novo, de 3 anos de idade, em certo momento correu para mim, para me abraçar, e eu corri dele com medo da contaminação, minha e dele. Ele chorou, foi para o colo da mãe que o acolheu e meu coração ficou partido. Vírus maldito que parte nosso coração e não só infecta nossos pulmões!

A ansiedade diminuiu mais, o medo de contaminação reduziu muito. Troquei uma ideias com colegas médicos. E recomecei a abraçar meus netinhos, todos com máscara ainda, mas, ufa!, um alívio, para mim e para eles. Afinal, estamos todos num mesmo barco. Somos frágeis. Não temos vida em nós mesmos de modo que possamos, como disse Jesus: “Tenho poder para dar a minha vida, e poder para tornar a tomá-la.” (João 10:18).

Ricos, pobres, pretos, brancos, religiosos, não-religiosos, todos estamos na mesma situação de fragilidade quanto à este vírus e tantas outras coisas. Vírus este que invadiu o planeta porque pessoas se contaminaram ao comerem animais proibidos por Deus como alimento, como descrito em Levíticos capítulo 11 na Bíblia, não sendo coisa só para judeus do Antigo Testamento. As leis de saúde descritas ali quanto à alimentação são para sempre. O exclusivo para os judeus eram as leis cerimoniais. Não o Decálogo (Êxodo 20), não as Leis da Saúde (Levítico 11).

Não se iludam. A pandemia do vírus corona pode passar, mas virão outras situações dolorosas para a humanidade. Isto não é pessimismo, é realismo. Um mundo onde a corrupção, a mentira (fake news), a fraude, o materialismo domina, não é democrático, não é justo, não evolui para o bem e não durará para sempre. O mal sempre destrói o mal. Mas hoje você pode escolher o bem e praticá-lo. Isto pode fazer diferença para um grupo de pessoas, mesmo que pequeno, sob sua influência. Pode diminuir sua ansiedade, culpa, medo de ser descoberto. E você poderá abraçar as pessoas com paz no coração. E com máscara. Ainda.

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Por que ser honesto?

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Existe um motivo para ser honesto que realmente nos impeça de mentir? O médico Alex Lickerman escreveu um interessante artigo com o título acima que foi publicado em 23 de fevereiro de 2014 no site www.psychologytoday.com. ,Vou compartilhar com você agora algumas ideias dele e minhas sobre este tópico.

Existe um motivo para ser honesto que realmente nos impeça de mentir? O médico Alex Lickerman escreveu um interessante artigo com o título acima que foi publicado em 23 de fevereiro de 2014 no site www.psychologytoday.com. ,Vou compartilhar com você agora algumas ideias dele e minhas sobre este tópico.

Podemos mentir de formas variadas e às vezes meio subconscientemente. Porém, a maioria de nós mesmo mentindo se considera honesta. Há alguns anos li um artigo excelente no Jornal do Brasil onde foi explicado sobre a razão pela qual políticos mentem de forma cínica sem aparentar nenhum remorso ou preocupação com isso. O articulista dizia que eles mentem porque acreditam na mentira como sendo verdade.

Talvez isso seja verdade para alguns. Só para alguns. Quando um político promete que vai construir hospitais, creches, estradas, parques públicos, viadutos, escolas, pode não necessariamente sofrer de megalomania, mas acreditar que será capaz de fazer tudo isso em quatro anos de mandato. É como se fosse uma ingenuidade. Mas a maioria não é ingênua quando promete isto nas campanhas para serem eleitos. Eles mentem conscientemente e querem ludibriar os indivíduos movidos pela emoção, ou por alguma doação miserável de cesta básica, tijolos e cimento para construção, ou algo correspondente.

No livro “The (Honest) Truth About Dishonesty”, “A (honesta) verdade sobre desonestidade”, Dan Ariely oferece evidências de que somos capazes de acreditar que somos honestos, embora mentimos ou trapaceamos fazendo isso às vezes apenas de pequenas maneiras. Portanto, somos capazes de dizer a nós mesmos que somos honestos e que só somos desonestos das maneiras que achamos não importar. É possível você mentir ou trapacear de pequenas maneiras que lhe dê vantagens, mas ainda assim ver a si mesmo como fundamentalmente honesto. Que maluquice, não é?

Lickerman afirma que há bons motivos para você ser honesto, mesmo quando acha que não precisa ser. Vejam três deles: Ao contar uma pequena mentira você corre o risco de ser desmascarado e ser revelado como mentiroso, o que não só prejudica sua reputação, mas também reduz a tendência dos outros confiar em você. Além disso, uma mentira frequentemente leva à necessidade de contar outra mentira talvez maior, com risco de consequências negativas mais complexas serem descobertas. Você não pode prever as consequências de contar uma pequena mentira e, se essas consequências forem mais ruins do que você esperava, seu senso de responsabilidade e, portanto, a culpa pode causar muito mais angústia do que você imagina.

Mas cabe uma pergunta: será que os corruptos sentem angústia devido aos seus atos desonestos? Será que quando deitam em sua cama de noite para dormir surge tristeza por pensar que está roubando a população? Os corruptos têm remorso? O que é, e quem é que os domina a ponto de arranjarem desculpa para suas atitudes corruptas e não terem senso de culpa, arrependimento? Será que o corrupto domina a si mesmo, ou será que é dominado, e, equivocadamente alega ser livre?

Dr. Alex levanta uma pergunta parafraseada aqui: “O que torna a mentira tão atraente que leva o corrupto a praticá-la frequentemente? Em geral é para obter a vantagem da proteção. Que proteção? De si mesmo. O corrupto mente para se proteger da maldade que pratica ou está intencionando a praticar. Mente cinicamente diante de uma CPI para evitar constrangimento, vergonha, conflito, perda da função, prisão.

Mente por causa de conflitos de interesses, para conseguir o que deseja, geralmente para obter riqueza material de modo fácil e rápido. Mente para tentar passar uma imagem boa de si para a comunidade, para tentar obter respeito das pessoas, para fingir que é virtuoso, escondendo, temporariamente, a verdade de seu caráter corrupto. O que você, que é corrupto, diz para seu filho e para sua filha, ambos adolescentes, que vê a mansão que você comprou roubando dinheiro público, e pergunta: “Papai, como você conseguiu comprar esta imensa casa neste condomínio de luxo?”

Viver na mentira perpetua o estresse. Embota o cérebro. Prejudica o sistema imunológico. Rouba a paz mental. Produz mais sofrimento na comunidade. É verdade, pode fornecer um nível econômico de vida de classe social alta. Mas há uma imensa diferença entre boa qualidade de vida (física, mental e espiritual) e alto padrão de vida. Uma coisa não está necessariamente atrelada à outra. Os corruptos não são felizes e não possuem paz.

Sendo honesto e honesta, na sua família, no trabalho, na sua comunidade religiosa, na sua função no Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, muitas pessoas serão ajudadas, e você prestará imenso benefício para o alívio do sofrimento humano comunitário. Não é esta uma das melhores gratificações na vida?

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Aspectos emocionais da infertilidade

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A infertilidade é causada por uma variedade de fatores. Dentre eles e do ponto de vista de alterações biológicas, estão a síndrome do ovário policístico, endometriose e homens com baixa quantidade de esperma. Porém, cientistas têm verificado a importância do fator emocional na dificuldade para engravidar.

A infertilidade é causada por uma variedade de fatores. Dentre eles e do ponto de vista de alterações biológicas, estão a síndrome do ovário policístico, endometriose e homens com baixa quantidade de esperma. Porém, cientistas têm verificado a importância do fator emocional na dificuldade para engravidar.

Não é raro que um casal que tenta ter filhos por vários anos, ao decidir adotar uma criança, depois da adoção ocorre a gravidez. Isto possivelmente pode ser explicado pela diminuição do estresse após adotar uma criança, sendo que esta redução do estresse produz reações neuroendocrinológicas no casal. E temos que compreender que decidir ter um filho é algo sério, por envolver muita coisa na vida do pai e da mãe. Por isso é importante que o casal esteja em harmonia quanto a querer mesmo um filho. Se o marido ou a esposa não estão ainda decididos a ter uma criança, é melhor esperar o momento apropriado que é quando ambos queiram.

Muitas vezes a pressão para engravidar vem da pessoa que quer o filho. Neste caso, a mulher que quer engravidar pode se tornar muito estressada e tensa sobre isto, e este nervoso prejudica a concepção. Muita ansiedade prejudica a fisiologia. Quanto menos estressada a mulher ficar, quanto melhor conseguir crer que seu organismo funcionará bem, quanto mais confiar na natureza e no Deus da natureza, mais provável é que engravide, desde que sejam afastados diagnósticos clínicos que impedem a concepção.

Estudos verificaram que as mulheres inférteis tendem a ter uma personalidade mais dependente, são mais ansiosas do que as férteis e apresentam conflitos quanto à sua feminilidade e medo associado com a reprodução. Nos homens se têm verificado que existe uma relação entre estresse emocional e oligospermia ou presença de pouco esperma. A impotência produz estresse no homem o que contribui para a infertilidade também. Estudos sugerem que cerca de 10% da infertilidade pode ser parcial ou completamente explicadas devido à impotência, que é uma disfunção sexual masculina.

Já que a infertilidade é experimentada pelo casal com grande tensão emocional, a psicoterapia é indicada como parte do tratamento, a qual pode resultar na correção do que emocionalmente contribuía para a infertilidade ou pode ser usado para ajudar o casal e aceitar a perda e a impossibilidade de engravidar pela presença de doença física.

As mulheres em geral aceitam melhor o problema de infertilidade, enquanto que os homens tendem a ver isto como uma vergonha para sua masculinidade. Mas na verdade pode ocorrer com ambos uma série de sentimentos, além da ansiedade e medo, podendo ser culpa, frustração, inveja, vergonha, desesperança ou raiva.

Dois médicos ginecologistas e obstetras pesquisadores, Machelle Seibel e Melvin Taymor, do setor de Endocrinologia Reprodutiva do Hospital Beth Israel e da Faculdade de Medicina de Harvard, publicaram um trabalho científico com o título “Aspectos emocionais da infertilidade”, no qual comentam que de 40% a 50% dos casos de infertilidade podem ser relacionados com fatores emocionais. Alguns casais possuem traços de personalidade que favorecem a inabilidade para conceber. Por exemplo, casais inférteis têm uma postura mais ambivalente quanto a crianças, ou seja, têm uma mistura de emoções, quer e não quer, deseja e não deseja, gosta mas não gosta, sim e não.

A situação de um casal pode ficar tão tensa quanto à infertilidade, que ambos passam a ter muito estresse na hora das relações sexuais, porque na cabeça deles ao invés de existir um relax para “fazer amor”, surge uma tensão para ter que “fazer um bebê.” E esta tensão pode prejudicar a fisiologia da concepção. Por exemplo, o excesso de produção dos hormônios catecolaminas prejudica a atividade do óvulo fecundado na trompa. O estresse pode afetar os nervos do útero, das trompas e dos ovários prejudicando a ovulação, o transporte do ovo e a implantação dele no útero.

Uma equipe de cientistas liderados por SSC Yen (1978) descreveu que muitas pessoas com problemas numa região do cérebro chamada hipotálamo tiveram falta de ovulação crônica, e este problema surgiu após problemas psicossexuais e traumas ambientais ocorridos antes ou em torno da puberdade, ou início da adolescência.

Se você luta com problemas de infertilidade ou conhece alguém assim, cuja causa não parece ser física, está indicado a procurar aconselhamento profissional para corrigir possíveis problemas com relacionamento conjugal, dificuldades sexuais, ansiedade excessiva, estresse exagerado, estados depressivos.

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