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Desde que você se sinta bem ... está tudo certo!

quinta-feira, 08 de julho de 2021

As filosofias pós-modernas defendem ideias estranhas para a vida útil, saudável, ética e de bom senso. Uma delas afirma que se você faz algo que o faz se sentir bem, então tudo bem, é válido. Mas está tudo bem mesmo? E a saúde? E os relacionamentos importantes que precisam ser preservados? E a conduta honesta? E o bem estar da comunidade? E o respeito pela propriedade privada? E a preservação da família?

As filosofias pós-modernas defendem ideias estranhas para a vida útil, saudável, ética e de bom senso. Uma delas afirma que se você faz algo que o faz se sentir bem, então tudo bem, é válido. Mas está tudo bem mesmo? E a saúde? E os relacionamentos importantes que precisam ser preservados? E a conduta honesta? E o bem estar da comunidade? E o respeito pela propriedade privada? E a preservação da família?

O perigo desta postura na vida, de que é válido fazer tudo aquilo que faça você se sentir bem, é colocar o sentimento como padrão para se medir condutas saudáveis. Se você se sente bem cheirando cocaína, então está tudo certo, não importa se você torra todo o seu dinheiro e se arrebenta com a família. Se você se sente bem tendo uma ou um amante por fora do casamento, então está tudo certo, não tem problema seu cônjuge e filhos sofrerem ao saberem disso. Se você se sente bem recebendo vultuosas propinas em seu cargo político, então está tudo certo, não importa o povo sofrer. Se você se sente bem trabalhando exageradamente para aumentar sua fortuna e isto o priva de estar com sua família, então está tudo certo, mesmo errando com negligência para com seus filhos. Vê o absurdo desta ideologia do prazer baseado só no que uma pessoa sente?

Maturidade não é seguir os sentimentos sem uma avaliação racional do certo e do errado, do honesto e do desonesto, do verdadeiro e do enganoso, do construtivo e do destrutivo. Um fim bom não justifica um meio mau. Não estou dizendo que nunca devemos tomar esta ou aquela conduta baseado no que sentimos. Isto seria caminhar para o outro extremo de exagero.

Parece que está havendo um aumento do número de pessoas, especialmente jovens e adultos jovens seguindo uma vida baseada nos sentimentos e os resultados não são bons. Filhos frustram seus pais com condutas disfuncionais, aumento do alcoolismo e outras dependências químicas, gravidez indesejada, relacionamentos descartáveis, divórcio com suas dores difíceis de enfrentar, filhos sem base espiritual para enfrentarem as ideologias corruptoras de muitas escolas e universidades, aumento da corrupção generalizada, crimes, violência social, superficialidade do sentido da vida, materialismo,  e por aí vai.

Liberdade não é você fazer o que você sente. É fazer o que é saudável para o corpo, para a mente, para o espiritual e para o social. Invadir terras é doença social, assim como enriquecimento ilícito é patologia mental. A liberdade tem seu limite natural. O mar tem liberdade para jogar suas ondas sobre a praia. Mas e se ele sentisse desejo de avançar mais com suas ondas? Lembre o que ocorreu em algumas cidades com os tsunamis.

Há uma luta dentro de todos os seres humanos, que a filosofia séria chama de “angústia existencial”. De onde vem esta angústia? O que ela faz com a gente? O que fazemos com ela? Sören Kierkegaard, um dos filósofos que estudou a angústia humana, diz em seu livro “O Conceito de Angústia” que aquele que aprendeu a lidar corretamente com sua angústia, aprendeu o mais importante na vida. Você acredita nisso?

Muitas pessoas nem sabem o que é angústia. Negam tê-la e vivem praticando atitudes insalubres motivadas pela própria angústia que negam ter. Que loucura! Chamam de liberdade o que, na verdade, em seu comportamento é a tentativa de fugir desta angústia. A gente se torna aquilo que causa menos dor. Mas como isso é geralmente feito de forma inconsciente, podemos cair na ideologia pós-moderna que prega o conceito de “se sinto bem fazendo isso, então está tudo certo”. Quando, na verdade, isso que a pessoa se torna e que a faz se sentir bem, pode ser a doença, ou parte da doença não percebida e/ou não admitida.

Daí se segue um monte de ideologias doentias e seus defensores promovem um protocolo de normalidade do que é doentio. E querem enfiar pela garganta a dentro da sociedade que aquilo que é o sofrimento, passa a ser o normal, que o alterado ou o desviado é o correto e isto gera o que chamam de “orgulho sadio”. Fazem até paradas com milhares de pessoas, equivocadas, não honestas em suas reflexões consigo mesmas, fugitivas da verdade e da liberdade genuínas. Que mundo estamos!

Não será o correto dizer: desde que você se sinta bem e quer praticar o que é saudável do ponto de vista físico, emocional, espiritual e social, então está tudo bem?

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Poliamor: opção de vida ou desvio?

quinta-feira, 01 de julho de 2021

"Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” - (Eclesiastes 7:29). Poliamor é uma teoria psicológica que envolve sexo e ligada a sentimentos entre muitas pessoas ao mesmo tempo. É oposto à monogamia, padrão de relacionamento entre um homem e uma mulher, na visão judaico-cristã. É uma opção ou forma de viver relacionamentos oferecendo aos que o adotam experiências de envolverem-se em relações íntimas que podem ser de longo prazo com várias pessoas ao mesmo tempo, de sexos diferentes.

"Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” - (Eclesiastes 7:29). Poliamor é uma teoria psicológica que envolve sexo e ligada a sentimentos entre muitas pessoas ao mesmo tempo. É oposto à monogamia, padrão de relacionamento entre um homem e uma mulher, na visão judaico-cristã. É uma opção ou forma de viver relacionamentos oferecendo aos que o adotam experiências de envolverem-se em relações íntimas que podem ser de longo prazo com várias pessoas ao mesmo tempo, de sexos diferentes.

As modalidades no poliamor incluem: 1- Primário-plus: um casal, homem e mulher, casados ou coabitantes, decide procurar individualmente outras relações com outras pessoas de qualquer sexo, passando a se relacionar entre si, ou o marido ou a esposa mantém um relacionamento extraconjugal, individual, com aprovação do casal. Outro formato é a 2 - Tríade, que significa três pessoas que se comprometem a manter um relacionamento estável, ou um casal que já vivem juntos aceitam uma terceira pessoa no seu relacionamento.

Outro tipo é o 3 – Individual, com vários primários: uma pessoa sem vínculos sérios com outros, passa a ter um relacionamento forte com parceiros que já eram íntimos. Depois vem o 4 - Casamento de grupo ou polifamília: vários indivíduos fazem um acordo de exclusividade sexual no grupo, podendo ter parceiros fora do grupo desde que seja aceito por todos. Outro formato é 5 - Redes Íntimas: “amigos" eróticos que podem praticar de qualquer tipo de relacionamento íntimo. Em seguida ainda vem o 6 - Polinamoro, que é quando se assume compromissos de namoro com vários parceiros com relacionamento íntimo livre de compromisso entre eles.

O movimento poliamor defende o sentimento de felicidade que a pessoa experimenta ao ver que seu companheiro(a) ama ou é amado(a) por outra pessoa. Defensores do poliamor dizem que a monogamia não é natural ou normal entre humanos e que há evidências biológicas e antropológicas disso, o que é um absurdo sem comprovação científica. Qual é a base teórica que defensores do poliamor usam para determinar que monogamia é anormal e poligamia é normal? Só pode ser o sentimento desvirtuado de gente movida pela emoção e por uma mentalidade pervertida. O fato de que sempre existiu pessoas adúlteras, polígamas, mesmo na cultura judaico-cristã, não faz desta prática uma normalidade. Seria o mesmo que dizer que já que sempre existiram ladrões, então furtar é normal e natural.

As relações de poliamor parecem ser relacionamentos descompromissados com o amor maduro, e se tornam relações movidas pelo sentimento, enquanto que o amor maduro e saudável envolve o sentimento, mas é mais que isto, inclui o uso da razão, da ética, do respeito. Ao amor maduro não é uma emoção, não é o sexo, não é o apego excessivo, não é a paixão. O sentimento flutua, mas o amor verdadeiro não.

Adeptos do poliamor pregam a liberdade. Mas a liberdade genuína não é fazer o que seus sentimentos pedem, porque podemos ter sentimento doentios, egocêntricos, narcisistas, de domínio e perversidade. Liberdade tem que ver com verdade, ética, viver dentro da lei justa. Uma criança criada por pais amorosos para com ela, não pode ter liberdade de fazer o que quer dentro de casa seguindo os sentimentos dela, porque isto faria do lar uma anarquia, já que qualquer criança experimenta sentimentos de egoísmo, de pirraça, por ainda não estar amadurecida. A lei que rege relacionamentos maduros não pode ser o desejo, a emoção, o sentimento, todos isolados.

Não é verdade que a monogamia é uma ditadura, pelo contrário, é neste tipo de relacionamento, entre um homem e uma mulher comprometidos com o amor maduro, que a felicidade conjugal pode surgir. É verdade, como escreveu o psicanalista Erich Fromm, que o amor maduro é por todas as pessoas, mas isto é totalmente diferente da ideologia do poliamor, porque no amor maduro por todos a ênfase é no tratar bem as pessoas, sem intimidade afetiva, a não ser em sua família e sem sexo, a não ser entre os cônjuges. Jesus, ao ordenar amar o próximo como a nós mesmos, não estava falando de amor erótico, sexual, e muito menos de poliamor.

 Pela limitação de espaço nessa coluna, trarei em outro artigo informações sobre os perigos e enganos do poliamor. Esta ideologia serve para destruir famílias e fazem parte de uma agenda de grupos políticos e filosóficos na guerra entre o bem e o mal.

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Cheguei primeiro!

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Há um texto na Bíblia que fala de um comportamento que se todos nós e, especialmente, os líderes de nossa nação adotassem, em breve seríamos um país de primeiro mundo com justiça social. O texto está na carta de Paulo aos Filipenses e diz assim: “Não faça nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando uns aos outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.

Há um texto na Bíblia que fala de um comportamento que se todos nós e, especialmente, os líderes de nossa nação adotassem, em breve seríamos um país de primeiro mundo com justiça social. O texto está na carta de Paulo aos Filipenses e diz assim: “Não faça nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando uns aos outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.

Uma maioria dos políticos que dirigem nossa nação parece que tomam decisões mais preocupados e interessados em defender o partido do qual são membros e em garantir benefícios pessoais do que atender às necessidades do povo a quem dizem representar. É como aquele ditado que diz: você quer ser feliz ou ter razão? Uma pessoa pode ficar tão fissurada, cega e obsessiva com uma ideologia que ela perde a noção do direito, do justo, do correto, do útil para todos. Por que agem assim? Por que são tomados cegamente por uma ideia egoísta? Não podem ser pessoas felizes.

O texto de Paulo também recomenda considerar os outros superiores a si mesmo. Isto não tem nada que ver com você se deixar ser passado para trás, ter ingenuidade que prejudica sua vida, tolerar abusos que não devem ser tolerados, e nem se sentir inferior aos outros. Tem que ver com compartilhar, com ajudar, ser útil, não se exaltar como se você fosse um deus.

Mas o que isso tem a ver com o título de hoje – Cheguei primeiro! – com estes assuntos? Vou explicar. Esta frase “Cheguei primeiro!” é muito comum em crianças quando estão juntas e correm num parquinho até um alvo, que pode ser o balanço, o escorrega. Por que elas dizem isso? Porque está impregnado em nossa mente, desde o nascimento, uma motivação egocêntrica. A cultura ocidental, e em grande parte oriental, defende a ideia de fama e fortuna como fonte de felicidade. Prega-se a filosofia individualista, a “cultura do eu”, que nos empurra para a competição, ou seja, cheguei primeiro!

Esta cultura do eu quer nos conduzir a ver e lidar com os outros como sendo objetos, como degraus e até como impedimento para nosso sucesso. Um quer derrubar o outro. Isto é um câncer social, assim como na biologia (oncologia) vemos a célula cancerígena querendo destruir a outra. A solução não é também invadir terras e desapropriar o que pessoas trabalhadoras e que dão duro na vida têm conseguido. Se o que você tem conseguido de bens materiais tem vindo de corrupção, a Justiça tem o direito e deveria confisca-los e dar para causas nobres, após provar os atos dolosos.

Paulo levanta a bandeira da justiça comunitária, do compartilhar, ao usar a expressão “uns aos outros”. A palavra em grego para esta expressão é allelous que aparece no Novo Testamento 54 vezes relacionada com interação fraternal. Imagina se todos, políticos, empresários, religiosos, empregados, patrões, magistrados, pobres, ricos, praticássemos isto! Seria um alívio para nossa vida.

Tem muitas citações no texto bíblico neste contexto. Só para citar alguns: “Não nos julguemos mais uns aos outros”, Romanos 14:13; “Não mintais uns aos outros”, Colossenses 3:9; “Não faleis mal uns dos outros”, Tiago 4:11; “Não vos queixeis uns dos outros”, Tiago 5:9; “Ameis uns aos outros”, João 13:24 e veja também 1 João 4:7 e 11 e “Acolhei-vos uns aos outros”, Romanos 15:7; “Sede, antes, servos uns dos outros” Gálatas 5:13; “Cooperem uns com os outros”, 1 Coríntios 12:25; “Levai as cargas uns dos outros”, Gálatas 6:2.

Será tudo isso utopia, impossível de ser praticado? Não mesmo. Mas concordo que é algo individual. Tem que ver com escolha pessoal. Não temos que chegar primeiro. Temos que chegar, mas não passando por cima dos outros, não movidos por corrupção, desejo de se exaltar, acumular bens como se fossemos viver 200 anos ou muitas vidas. Ajudando uns aos outros temos o prazer de chegar junto com nossos semelhantes, uns ajudando no alívio de dores e lutas dos outros. Saúde mental vem da prática disso.

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Gratidão e saúde mental

quinta-feira, 17 de junho de 2021

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

Vou compartilhar com você, leitor, algumas ideias dele. Expressar gratidão é um fator de recuperação e prevenção de sofrimentos mentais para muita gente. Gratidão tem que ver com um agradecimento que você faz pelo que recebeu, seja algo físico ou não físico. Muitas vezes você recebe bênçãos que vêm de fora de suas capacidades, habilidades e recursos. Assim pode reconhecer que a fonte da bondade está, pelo menos em parte, fora de si mesmo. E isto gera gratidão que pode ser para com alguém humano ou para com um ser superior que podemos chamar de Deus.

Em estudos feitos especialmente pela chamada Psicologia Positiva, a gratidão tem relação com experimentar maior felicidade. A gratidão ajuda você sentir emoções mais positivas, desfrutar boas experiências, melhorar sua saúde, lidar melhor com adversidades e construir relacionamentos fortes. Você pode ser grato pelo passado, recuperando memórias positivas e ser grato por elementos da infância ou bênçãos passadas; pelo presente, com aquilo que tem ocorrido e lhe ajudado, e pelo futuro, mantendo atitude esperançosa e otimista. 

Os psicólogos Robert A. Emmons, da Universidade da Califórnia, em Davis, e Michael E. McCullough, da Universidade de Miami, pesquisaram muito sobre a gratidão. Em um estudo pediram aos participantes que escrevessem frases a cada semana, com tópicos específicos. Um grupo escreveu sobre coisas pelas quais era grato ocorridas na semana. Outro grupo escreveu sobre irritações diárias ou o que os desagradaram, e o terceiro grupo escreveu sobre eventos que os afetaram sem ênfase em serem positivos ou negativos. Após dez semanas os que escreveram sobre gratidão ficaram mais otimistas e se sentiram melhor com suas vidas, e também se exercitaram mais e tiveram menos consultas médicas do que os que se concentraram em assuntos desagradáveis.

Outro pesquisador nesse campo, Martin Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia, testou o impacto de intervenções de psicologia positiva em 411 pessoas, cada uma com uma tarefa de escrever sobre memórias. Quando a tarefa semanal era escrever e entregar pessoalmente uma carta de gratidão a alguém que nunca havia sido agradecido por sua bondade, os participantes logo exibiram grande aumento nas pontuações de felicidade e os benefícios duraram um mês. E estudos mostram que os gerentes ou chefes que se lembram de dizer "obrigado" às pessoas que trabalham sob seu comando descobrem que esses funcionários se sentem motivados a trabalhar mais.

A gratidão é uma forma de você valorizar o que têm, em vez de sempre buscar algo novo na esperança de que isso o faça mais feliz, ou pensando que não pode se sentir satisfeito até que todas as necessidades físicas e materiais sejam atendidas. A gratidão ajuda as pessoas a se concentrarem no que têm em vez de no que lhes falta. E embora possa parecer artificial no início, esse estado mental se fortalece com o uso e a prática.

Você pode cultivar a gratidão assim: 1)Você pode se tornar mais feliz e cultivar seu relacionamento com outra pessoa escrevendo uma carta de agradecimento expressando sua satisfação e apreciação pelo impacto dessa pessoa em sua vida. Envie, ou melhor ainda, entregue e leia pessoalmente, se possível. Crie o hábito de enviar pelo menos uma carta de agradecimento por mês. De vez em quando, escreva uma para si mesmo.

2)Sem tempo para escrever? Pode ajudar apenas pensar em alguém que fez algo de bom por você e agradecer mentalmente a essa pessoa. 3) Crie o hábito de escrever ou compartilhar com um ente querido os pensamentos sobre os benefícios que recebeu todos os dias. 4) Escolha um momento toda semana para sentar e escrever sobre suas bênçãos, refletindo sobre o que deu certo ou do que você é grato. Defina um número, como três a cinco coisas, que você identificará a cada semana. Ao escrever, seja específico e pense sobre as sensações que sentiu quando algo bom aconteceu com você. 5)Use a oração para cultivar a gratidão. 6) Medite em textos religiosos como a Bíblia, imaginando as cenas dos relatos e se colocando nelas como recebendo bênçãos dos personagens do texto. Cultive gratidão e sua saúde mental irá melhorar.

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Meu passado influi nas minhas escolhas do presente?

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Mesmo casando por amor, o casamento é um desafio no campo das relações humanas. Uma das explicações para isto é que quando entramos na vida conjugal não podemos apagar as influências boas e ruins vividas em nossa família de origem. Vem tudo junto ao entrarmos com o companheiro ou companheira pela porta da sala de uma nova casa ou apartamento para começar uma vida à dois.

Mesmo casando por amor, o casamento é um desafio no campo das relações humanas. Uma das explicações para isto é que quando entramos na vida conjugal não podemos apagar as influências boas e ruins vividas em nossa família de origem. Vem tudo junto ao entrarmos com o companheiro ou companheira pela porta da sala de uma nova casa ou apartamento para começar uma vida à dois.

Mas uma maioria dos casais não considera que o passado influi no presente. A tendência é pensar que está tudo certo com cada um, esposo e esposa, e que a nova vida de casados será uma maravilha sem que o passado individual de ambos contribua para dificuldades e conflitos matrimoniais. Mas contribui. Problemas de casamento têm duas grandes origens: conflitos emocionais do passado que cada um trouxe para dentro do relacionamento e que estão mal resolvidos e conflitos do casamento em si no presente.

O sofrimento conjugal ocorre por várias razões. Uma delas tem que ver com não só pelo que falta do outro para você, mas também se no seu conjunto de desejos e expectativas sobre o que você queria que seu cônjuge fosse para você, existe algo exagerado, idealizado e até injusto de esperar do outro.

Se você não percebe isto, ou seja, se você não tem consciência de que parte de seus desejos e expectativas do que seu cônjuge lhe daria contém algo exagerado, possivelmente você continuará a se frustrar neste relacionamento e com isso, com a frustração, o que você irá fazer? Agredir verbalmente seu cônjuge? Maltratar? Desprezar? Trair? Viver provocando briga? Se deprimir?

Neste contexto faz sentido aquele pensamento que diz: se você não se curar do que ou de quem lhe feriu no passado (infância e adolescência), você vai sangrar no presente em cima de quem não lhe cortou.

Seu esposo ou sua esposa não tem culpa do que lhe machucou em sua vida como criança e adolescente. Abra os olhos e veja se você está esperando do outro um preenchimento daquilo que lhe faltou lá atrás com seu pai, sua mãe ou outro cuidador quando você era criança e jovem. O amor no relacionamento conjugal não tem que suprir tudo aquilo que faltou em seu passado. Isto significa que algum vazio surge. Este vazio é seu. Ele já estava dentro de você antes da sua união com esta pessoa aí na sua vida.

Uma das consequências que pode ocorrer quando uma pessoa casada não considera e não aceita que já trouxe coisas mal resolvidas do passado para dentro do relacionamento, e por isso fica um vazio, é começar a pensar que talvez alguém “lá fora” poderá encher este vazio e acabar com ele.

A verdade é que uma pessoa “lá fora” também tem problemas, também tem vazio. Às vezes isto só é descoberto quando passa algum tempo de relação extraconjugal, depois de se ter destruído muita coisa, estragado a família, machucado um monte de gente.

O passado influi no presente. Elaborar, entender, aprender a lidar com isso é importante para que a história de sofrimento evitável não se repita. Quando se faz um genograma fica mais claro entender estas coisas. Genograma é um mapeamento de famílias, algo feito por psicólogos que trabalham com terapia de casal e de família. Ao montar um genograma se pode ver que a avó do rapaz, a mãe dele e a esposa dele, todas estas três mulheres e talvez a bisavó também, podiam ter sido autoritárias, repetindo em quatro gerações o mesmo comportamento. Ou se pode ver que o avô da moça, o pai dela, e o marido são irritados e impacientes. Repete-se a história de geração em geração, e a única maneira de interromper isso tem que ver com olhar a verdade, entender o que do seu passado ficou mal solucionado e empurra você para repetir o mesmo no presente.

Repetir o passado sofrido é doloroso, mas acontece porque pode ser uma maneira de você reviver o que já conhece. O desafio é evitar esta repetição para que a história atual seja melhor do que a que já aconteceu antes. Isto não é algo automático. Temos que pensar, desligar a novela da TV e gastar tempo para analisar estas questões com serenidade, verdade, e interesse em amadurecer.

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Mas eu sinto amor...

quinta-feira, 03 de junho de 2021

O que é amor? É um sentimento? Tem que envolver sexo? Depende sempre de boas emoções? Quando amamos uma pessoa sentimos o mesmo tipo e intensidade de sentimento agradável o tempo todo? Será possível uma pessoa confundir amor com sentimento e achar que se ela sente algo bom, isso é amor? Quando amamos uma pessoa nunca sentimos algo desagradável por ela? Nunca algum aspecto de nosso egoísmo inato afeta nosso relacionamento com pessoas que dizemos que amamos?

O que é amor? É um sentimento? Tem que envolver sexo? Depende sempre de boas emoções? Quando amamos uma pessoa sentimos o mesmo tipo e intensidade de sentimento agradável o tempo todo? Será possível uma pessoa confundir amor com sentimento e achar que se ela sente algo bom, isso é amor? Quando amamos uma pessoa nunca sentimos algo desagradável por ela? Nunca algum aspecto de nosso egoísmo inato afeta nosso relacionamento com pessoas que dizemos que amamos?

Será o amor o oposto de raiva? Ou será que o contrário de amor é a indiferença? Se um homem tem forte atração física por uma mulher, isso é amor? Se uma mulher tem uma sensação forte de paixão romântica por um homem, isso é amor?

O melhor conceito de amor que conheço é o que o define assim: o amor é sofredor, paciente, é benigno ou seja, exercita a bondade, não é invejoso, não arde em ciúmes, não trata os outros com leviandade, não se exalta, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita descontroladamente, não se exaspera, não suspeita mal, não se agrada da malícia, não se alegra com a injustiça, se alegra com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor nunca falha do que depende dele. Você consegue amar desse jeito? Você tem este tipo de amor aí em sua mente, em seu coração? Você consegue gerar esta qualidade de amor por si mesmo, por si mesma em seu ser?

Muita gente inteligente confunde amor com sentimento. Mas vendo esta definição de amor e me diga: Amor é mesmo sentimento? Então, o dia em que seus sentimentos por aquela pessoa que você diz amar, que diz ser o “amor da minha vida” não está bem, não está agradável, isso significa que você perdeu o amor pela pessoa?

Muita gente inteligente parece viver num encharcamento emocional em sua mente, semelhante a uma esponja de lavar louça quando está repleta de água e detergente, e jura que tem amor por todo mundo, vive mandando beijinhos nas redes sociais, fala muito em “eu amo”, “o amor é lindo”, vive lendo romances muitos dos quais tipo “água com açúcar”, ou seja, muito superficiais, vive assistindo novelas, sonhando com paixões românticas. E acreditam que possuem amor maduro. Mas, de repente, explode com alguém num descontrole emocional, de uma aparente dócil pessoa, se torna um dragão. Perdeu o amor? O que ela tem e jura que sabe amar, é mesmo amor maduro?

Nossa mente funciona com cognição, emoção e volição. Podemos trocar estas três palavras por: pensamento, sentimento e decisão ou escolha. Então, qualquer e todo ser humano deste planeta, pensa, sente e decide ou age. Lembrando que não agir, não decidir é também uma decisão.

Quando, então, pensamos nesse tripé da mente humana, pensar, sentir e agir, podemos começar a entender que o amor não pode ser só pensar, nem só sentir e muito menos só agir. Você pode pensar que ama, mas seus sentimentos pela pessoa podem denunciar que existe rejeição, exigência de condições para amá-la, e manifestações de indiferença. Você pode sentir que ama, mas faltar respeito pela outra pessoa, e valorização do outro. Você pode tomar atitudes em nome do amor por alguém, como comprar um presente caro para esta pessoa a quem você diz amar, e ser infiel, tendo casos por fora do relacionamento conjugal.

Não creio que exista nenhum ser humano que consiga ter amor maduro perfeito. O ser humano é perfeitamente imperfeito. Alguns possuem muita dificuldade de amar maduramente. Outros conseguem isto com melhores resultados, mas mesmo assim não de forma ideal que seria como descrevi o amor acima nesse texto.

Talvez um primeiro passo para evoluirmos quanto à nossa capacidade para amar é admitir que não temos amor maduro, que não conseguimos de nós mesmos produzir amor ideal em nossa mente. Admitindo isso, aí podemos caminhar para amadurecer no amor. Podemos entender melhor a verdade sobre nossa real condição afetiva, e a verdade vai acabando com nossas mentiras e confusões sobre amar e sobre o amor.

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Primeiro no coração

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Podemos ter coisas em nossa mente que não estão em nosso coração. Podemos ter desejos, sentimentos, o que achamos que é amor num nível consciente, mas não ser isso que está lá no mais profundo de nosso ser que, poeticamente, chamamos de coração.

Podemos ter coisas em nossa mente que não estão em nosso coração. Podemos ter desejos, sentimentos, o que achamos que é amor num nível consciente, mas não ser isso que está lá no mais profundo de nosso ser que, poeticamente, chamamos de coração.

Certa vez Jesus explicou para seus ouvintes que o que perturba as pessoas, os relacionamentos pessoais e, por extensão, a sociedade como um todo, é o que sai do coração das pessoas, da parte mais profunda de nossa mente. E ele nomeou algumas destas coisas problemáticas que estão em nosso coração e que quando saem dele produzem corrupção, dor, sofrimento, estresse, morte. Ele falou de maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. (Mateus 15.9).

Num tratamento psicológico buscamos verdades que existem na mente da pessoa, na história dela que produzem o sofrimento que motivou a consulta. Um tratamento psicológico, psicoterapia ou terapia psicológica, especialmente a chamada “psicoterapia psicodinâmica” ou “psicoterapia psicanalítica” tem como meta ajudar a pessoa a entender suas verdades, ver o que está em seu inconsciente e que produz dificuldades comportamentais. Mas parece que o coração, este espaço virtual em nossa mente do qual Jesus se referiu como sendo a central dos problemas humanos, é algo além do consciente, da consciência, e do inconsciente. É mais do que o psicológico.

O coração precisa ser mudado se não a sociedade não funciona com justiça. Você conhece aquele ditado popular que diz que a boca fala do que o coração está cheio. Quando olhamos o cenário mundial de corrupção podemos pensar: o que existe no coração de líderes que se aproveitam dos cargos para enriquecimento pessoal? Quando pensamos em eleições políticas também podemos pensar: o que existe no coração dos candidatos? Eles podem dizer coisas bonitas em seus discursos, podem prometer benefícios para a sociedade caso sejam eleitos. Estas palavras que eles falam saem da mente, mas o que está no coração deles? A gestão, o mandato mostra.

Muitos vivem romantizados, fissurados em novelas de TV, livros de romance, creem que em sua mente há amor maduro. Mas por que gostam de brigar, manipular, trair o companheiro, a companheira? É porque o coração delas é a fonte destes problemas. Se o coração não mudar para melhor, nada funciona em justiça, em verdade, em equidade.

Você consegue mudar seu coração? Será que um transplante cerebral mudaria o caráter (coração) de uma pessoa? Um medicamento psiquiátrico tem poder para mudar nosso coração, ou só muda o sintoma da dor emocional?

Uma ficha dos Alcoólicos Anônimos nos Estados Unidos numa face diz: “To thine own self be true.” Uma tradução literal é: “Para ti mesmo seja verdadeiro”. Ser verdadeiro pode ser entendido como ser honesto. Você pode ter honestidade em sua mente e em seu coração a desonestidade. Lobo em pele de ovelha, como certos membros de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que são lobos vorazes contra a sociedade. E quem escolhe estes corruptos para serem membros de uma CPI são ingênuos? Difícil romper com a corrupção de um país, não é?

Primeiro no coração. Se a justiça, o amor, a verdade, não procedem do coração, de nada adianta discursos decorebas, atitudes superficiais, promessas demagógicas. Primeiro tem que haver mudança no coração, no conteúdo dele, para que você seja verdadeiro, para que seus relacionamentos familiares, profissionais, políticos, religiosos sejam eficazes para o bem de todos.

Se você percebe que há uma contradição, um paradoxo, entre o que está em sua mente consciente, que parece bom, e o que está em seu coração, que é maligno, você precisa de um novo coração caso queira ser feito uma pessoa que merece viver com dignidade. Se preferir manter a corrupção interna e agir superficialmente como se fosse do bem, você não vale nada. Primeiro no coração, depois na conduta. O que contamina o homem é o que sai do coração.

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A importância da relação pai-mãe-bebê

quinta-feira, 20 de maio de 2021

A função dos pais no cuidado dos filhos é muito mais importante do que imaginamos. O cientista R. Winston diz: “Ainda que eu tenha publicado mais de 300 artigos em revistas médicas e trabalhado no desenvolvimento de técnicas de fertilização in vitro (IVF), se eu for realmente honesto, minha mais importante realização é sem dúvida meus três filhos. Não tenho nenhuma dúvida sobre isto.

A função dos pais no cuidado dos filhos é muito mais importante do que imaginamos. O cientista R. Winston diz: “Ainda que eu tenha publicado mais de 300 artigos em revistas médicas e trabalhado no desenvolvimento de técnicas de fertilização in vitro (IVF), se eu for realmente honesto, minha mais importante realização é sem dúvida meus três filhos. Não tenho nenhuma dúvida sobre isto. E todos nós de diferentes formas somos capazes de contribuir para a próxima geração tanto como pais e profissionais de saúde, como uma sociedade.” www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5330336/

O desenvolvimento do cérebro humano ocorre principalmente na gestação e infância. Pai e mãe precisam criar bom e forte vínculo com o filho, sem isso as crianças são menos prováveis de crescerem para se tornar adultos felizes, independentes e resilientes. Na idade de 3 anos, o cérebro de uma criança tem atingido quase 90% do tamanho adulto. As experiências que o bebê tem com seus cuidadores são cruciais para a rede de neurônios e habilita milhões e milhões de novas conexões no cérebro para serem feitas. Se experiências positivas não ocorrem entre o bebê e seus pais, os circuitos cerebrais necessários para a vivência de experiências humanas normais podem ser perdidos.

Ainda que bebês tenham profunda predisposição genética para unirem-se a um pai amoroso ou mãe amorosa, isto pode ser quebrado ou prejudicado se um pai, mãe ou outro cuidador do bebê for negligente, descuidado e inconsistente no lidar com a criança. Por exemplo, num momento a mãe abraça o bebê e o beija com carinho, e horas depois se irrita e age com frieza com ele. Você faz isso com sua criança? Descarrega frustrações que tem com seu marido ou esposa sobre seus filhos? Você grita ou bate nos seus filhos mais por causa da desavença com seu esposo ou esposa do que por erros cometidos pelas crianças?

Se você faz isso, pare com este abuso para não prejudicar o cérebro destas crianças e para não criar uma base emocional para doenças mentais no futuro nelas. De fato, estudos científicos têm mostrado que a habilidade de uma criança para formar e manter relacionamentos saudáveis na vida pode ser significativamente prejudicada por ter um vínculo inseguro com um cuidador primário, geralmente o pai e a mãe.

O cientista F. A. Champagne e a equipe do laboratório de Neuroendocrinologia Desenvolvimental da Universidade MgGill, em Montreal, Canadá, mostraram que ratos colocados sob o cuidado de mães afetivas, que davam atenção e lambiam seus filhotes carinhosamente, cresciam para ser melhores mães ao terem no futuro os filhotes. Este efeito é tão forte que pode se estender por duas gerações. A rata neta é melhor mãe e mais hábil para lidar com o estresse, tudo porque a avó rata cuidou bem da mãe desta rata neta. Fonte deste estudo: Champagne FA, Francis DD, Mar A, Meaney MJ. Variations in maternal care in the rat as a mediating influence for the effects of environment on development. Physiol. Behav. 2003.

As atitudes carinhosas das mamães ratos afetam seus filhotes de forma positiva de maneira que na geração seguinte e na próxima, os cientistas observaram que as ratinhas que receberam carinho da mãe, ao se tornaram mães, também foram mais carinhosas com seus filhotes e tendo melhor desempenho em situações de estresse. Você é uma mãe assim, carinhosa com seus filhotes? Ou é ríspida, impaciente, tão fissurada por romance e talvez sexo, a ponto de negligenciar o cuidado de seus filhos? Você é um pai amoroso com seus filhos, ou é fissurado em ganhar dinheiro e acha que dando presentes materiais para eles, isto cobre as necessidades de afeto e tempo seu para eles? As crianças precisam do afeto do pai e da mãe. Do pai e da mãe. Do homem e da mulher.

Estudos de cérebros de pessoas que praticaram o suicídio e foram vítimas de abusos quando crianças, mostram os mesmos modelos químicos encontrados nos ratinhos que foram abandonados pelas mães. Labonté B, Turecki G. Epigenetic effects of childhood adversity in the brain and suicide risk. In: Dwivedi Y. The neurobiological basis of suicide. pp. 275–290.

Crianças precisam de coisas simples na sua interatividade com os pais, como serem mimadas, receber colo, ganhar sorrisos, conversar com elas, dar atenção para a criança ao invés de um olho nela e outro no celular. Ao estar com a criança, desligue-se de tudo. Este vínculo mãe-bebê é essencial para a saúde física, mental e espiritual da criança.

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Você precisa perdoar seu pai ou sua mãe?

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Escrevi este texto no domingo passado, 9, Dia das Mães. Quero deixar umas palavras sobre as mães, mesmo já tendo passado a data dedicada a elas. Veja que lindo texto: “A esfera de atividade de mãe pode ser humilde, mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra.” E.G.White, O Lar Adventista, p. 240.

Escrevi este texto no domingo passado, 9, Dia das Mães. Quero deixar umas palavras sobre as mães, mesmo já tendo passado a data dedicada a elas. Veja que lindo texto: “A esfera de atividade de mãe pode ser humilde, mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra.” E.G.White, O Lar Adventista, p. 240.

Parece que o tipo de amor que mais se aproxima do amor divino é o de mãe. Minha mãe morreu em 2011. Hoje senti muita saudade dela. Faz muita falta. A gente aprende a lidar com a perda de um ente querido para a morte. Mas a falta fica, a saudade volta. Que coisa estranha é a morte. Ela leva a pessoa que amamos e da noite para o dia ela não está mais ali perto de nós. Ela é tirada de nossa vida. Fica o vazio, a falta, a dor, a tristeza, a saudade. A morte é o pior inimigo do ser humano. E a Bíblia diz que é o último inimigo a ser vencido. A morte será vencida pela vida.

Aproveite a presença de sua mãe que ainda vive. Seja carinhoso com ela. A ajude nas aflições e fardos dela ao invés de colocar mais peso sobre ela. Perdoe os erros que ela tem cometido. Ela pode morrer primeiro do que você, e ficará a saudade, mas você terá a consciência tranquila de que fez o melhor por quem trouxe você à vida.

Em algum momento da vida precisamos perdoar nossos pais pelos erros deles em nossa educação. Como você quer ser perdoada pelos seus erros se não perdoa os erros de outras pessoas? Mesmo que você tenha sofrido com sua mãe ou pai por problemas emocionais deles, cabe o perdão. O perdão não é para quem merece, mas para quem precisa. Perdoe primeiro em seu coração. Não guarde mágoas contra eles. Sua mãe e seu pai fizeram no passado o que podiam, fazem no presente o que podem, o que sabem, o que seus recursos emocionais permitiam e permitem. Pense nisso. Entenda isso.

Vou focar agora na relação com sua mãe, mas o que comento envolve o pai também. Sim, você pode sentir a falta do lado amoroso da mãe. E é uma falta difícil de lidar. Geralmente buscamos compensar esta falta com coisas na vida, como muito trabalho para ganharmos aplausos, relacionamentos afetivos, apego excessivo a uma pessoa, entre outros meios. Mas a falta nunca será preenchida plenamente. Temos que lidar com ela. Aceitá-la.

Alguns sofrem não só pela falta e saudade da mãe que morreu, mas também pela falta da mãe carinhosa, paciente que não existiu. É uma dor dupla, não é? E pode doer bastante, especialmente em datas especiais, como o dia das mães, a data de aniversário dela, no Natal, e em outros momentos que marcaram quanto ao seu relacionamento com sua mãe.

Ajudará a perdoar sua mãe se e quando você olhar a maneira como ela lidou ou lida com você e pensar em como foi a infância dela com a mãe dela, sua avó. Ela sofreu lá atrás com a mãe e talvez com o pai dela? A infância dela foi fácil? Ao perdoar sua mãe você se libertará. Tenha um olhar compassivo para com ela. Ela é um ser humano com lutas, defeitos de caráter, conflitos, angústias e tristezas talvez difíceis de enfrentar e conviver.

A compaixão nos auxilia a ver uma outra pessoa sob uma ótica diferente. Sendo compassivos podemos ver o lado dolorido do outro e ao invés de rejeitar a pessoa, atacá-la, depreciá-la, podemos nos aproximar dela em nossa mente e, se possível, presencialmente, com uma nova atitude, com desejo de ajudá-la.

Sim, algumas mães foram cruéis para com seus filhos. Algumas os abandonaram, física ou emocionalmente, por causa de um romance idealizado. Outras eram tão imaturas que não tinham condição emocional de serem mães, precisando de uma mãe. Mas mesmo assim cabe o perdão. O perdão é algo grandioso, libertador, talvez seja a única atitude que pode causar a interrupção das atitudes agressivas através das gerações.

Nós somos perdoados por Deus, criador e bondoso. Então podemos aprender a perdoar também. Sua aflição pode desaparecer quando você perdoar quem lhe feriu e talvez continue ferindo, seja sua mãe, pai ou outra pessoa.

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quinta-feira, 06 de maio de 2021

Vivemos numa sociedade competitiva, e nas famílias ocorre também competição. O que é competição? Qual o problema de competirmos nas relações familiares e sociais? É natural competir? O que a competição produz?

Vivemos numa sociedade competitiva, e nas famílias ocorre também competição. O que é competição? Qual o problema de competirmos nas relações familiares e sociais? É natural competir? O que a competição produz?

Nem tudo o que é natural em nossa natureza humana imperfeita é saudável. Competir parece ser algo entranhado em nosso ser e difícil de evitar. Irmãos pequenos competem pelo amor dos pais. Esposa e esposo competem em várias coisas, com ou sem consciência de fazerem isso. No comércio se compete para ter preços melhores das mercadorias. Na escola tem jogos estudantis onde alunos competem com alunos. Na indústria uma companhia compete com a outra para ganhar o mercado. Competição em tudo. Até igrejas fazem competição querendo ganhar mais membros.

O que é competição? Um dicionário define competição como sendo uma disputa ou concorrência entre duas ou mais pessoas que buscam a vitória ou, simplesmente, superar quem os desafiam. Também é luta ou conflito e eventos ou obstáculos que essas pessoas precisam superar para saírem vitoriosas. Pense numa competição de corrida de automóveis. O que o ganhador do primeiro lugar ganha sem ser dinheiro, fama e troféu? Se torna ele melhor pessoa do que seu colega que ficou em segundo lugar ou daquele que parou a corrida porque o carro quebrou?

No mundo do futebol se usa palavras agressivas na competição entre os times. A mídia e comentaristas dizem: “O time A massacrou o time B.” “O time C humilhou o adversário.” Levanto a mesma pergunta: as pessoas da equipe que ganhou a partida se tornam melhores do que as do time perdedor?

Para que você compete? Para provar que é melhor que os outros? Por que precisa disto? A motivação que nos leva a fazer o que fazemos é tudo para a saúde ou para a doença, para a paz ou para a angústia e ausência de saciedade. É possível parar com a competição devido à obsessão pelo crescimento econômico antes que ela acabe com sua vida.

No casamento disfuncional em geral existe competição. Um quer mandar no outro. Um critica o outro pelo seu sofrimento, atribuindo ao outro todo a sua frustração. Um se acha melhor que o outro. Um diz: “Jamais faria isso como meu marido/minha esposa fez!”. E anos depois ele/ela faz o mesmo.

A primeira competição surgiu no mundo espiritual quando um anjo não aceitou sua condição de criatura e começou a competir com o Criador. E isto, esta competição, tem produzido tanta tragédia, dor, tristeza, angústia e mortes até hoje.

Não fomos criados para competir, mas para compartilhar. Competir estressa, piora a saúde mental e física. As células normais em nosso organismo não competem entre si, elas se ajudam com harmonia. Já as células tumorais são competitivas, se agridem, daí surge o tumor. O tumor é o resultado de competição, de egocentrismo de células doentes.

O problema da competição nas relações familiares e sociais é que ela causa tensão, estresse, brigas, comparações injustas, discriminação, ironia, e isto machuca, dói e pode matar. Não competir é ajudar, é olhar o outro com compaixão.

Se olharmos nossa natureza humana sob o ponto de vista da contaminação espiritual, então podemos dizer que é natural competir. Mas se olharmos sob a ótica da criação original, não é natural. Jesus não competia com as pessoas ao viver aqui. E ele foi o único ser humano saudável mentalmente que já existiu e existirá nesse mundo adoecido.

Pare de competir consigo. Dê sossego a si mesmo. Pare de competir com seu familiar, vocês são parecidos em várias coisas, embora diferentes em outras. Evite competições no trabalho. Faça o melhor que puder, se aprimore, estude, leia, não para competir, e sim para se tornar uma pessoa melhor, um melhor profissional, alguém que ajuda a aliviar o sofrimento do outro que pode ser meio parecido com você em alguma coisa.

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