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Respeito sobre crenças

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Gabriele Kuby é pesquisadora e crê que a agenda LGBT tem criado um novo tipo de intolerância que classifica de homofóbico qualquer pessoa que discorde das ideias deste grupo. Elogiada pelo papa Bento XVI por ser uma guerreira que batalha contra ideologias destrutivas do ser humano, diz que pior do que a exploração do sexo em filmes, é a sexualização precoce das crianças imposta por governos nas políticas de educação para creches e escolas.

Gabriele Kuby é pesquisadora e crê que a agenda LGBT tem criado um novo tipo de intolerância que classifica de homofóbico qualquer pessoa que discorde das ideias deste grupo. Elogiada pelo papa Bento XVI por ser uma guerreira que batalha contra ideologias destrutivas do ser humano, diz que pior do que a exploração do sexo em filmes, é a sexualização precoce das crianças imposta por governos nas políticas de educação para creches e escolas.

Ela fala do contraste espantoso na sociedade com capacidade tecnológica sem precedentes, mas com uma fraqueza moral também sem precedentes. Em seu livro “Revolução do Gênero”, ela explica que a ideologia de gênero tem precursores como Friedrich Engels, Simone de Beauvoir, Wilhelm Reich, Alfred Kinsey e os filósofos Adorno e Horkheimer, entre outros. Gabriele crê que a base filosófica para a ideologia do gênero é o marxismo. Diz ela: “Friedrich Engels afirmava que o primeiro conflito de classes era ‘o antagonismo entre o homem e a mulher’. E, para que ele fosse superado, a família tradicional deveria ser abolida. Essa é a base e o objetivo do generismo.”

Em seu livro “Revolução Sexual Global”, a socióloga explica: “O extermínio de quase toda norma moral da sexualidade nos é vendido como “liberdade” ou “libertação”. Mas um ser humano que não é capaz de controlar seu apetite sexual se torna escravo desse impulso. … é fundamental distinguir entre as formas de sexualidade que favorecem o casamento, a família e dão testemunho da vida e aquelas que são contrárias a isso.” Como cristã diz que os cristãos devem “odiar o pecado e amar o pecador. Por trás da agressão cultural se encontram pessoas com histórias dolorosas.”

Ideologia de gênero é uma ideia de que seres humanos não nascem com gênero masculino e feminino, que isto é construção cultural, e que cada um pode construir seu gênero como quiser. É uma ideia, assim como a teoria evolucionista, ambas sem comprovação científica. A igreja cristã sofre constrangimentos e perseguição por parte dos defensores da ideologia de gênero. Isso aconteceu com o Colégio Batista Getsêmani, em Belo Horizonte-MG, investigado pelo Ministério Público por postar um vídeo nas redes sociais criticando esta ideologia.

O diretor do colégio é autor de vários livros best-sellers, presidente do Conselho de Pastores e Ministros do Estado de Minas Gerais, bacharel em Teologia e em Psicanálise, pós-graduado em Gestão de Empresas e doutor em História. Publicou um documento sobre a confessionalidade das escolas cristãs, a crença cristã sobre sexualidade e família, o respeito à liberdade religiosa e laicidade, o discurso de ódio, a homofobia e o crime de racismo.

Sobre o discurso de homofobia, o documento afirma: “Ao que parece, a tentativa em enquadrar este fato ao crime de racismo e discurso de ódio configura um ato arbitrário, injusto, ilegal, repugnante e de perseguição religiosa beirando até mesmo, em tese e salvo melhor juízo, a possibilidade de configuração do crime de racismo religioso, previsto no artigo 20 da lei 7716/89.” Mais adiante diz: “É evidente que o caso em tela da exibição do vídeo pela escola não configura discurso de ódio, crime e homofobia ou racismo, como equivocadamente entendeu o denunciante, pois a escola confessional exerce sua atividade didática e manifesta sua opinião fundamentada nos princípios ético-cristãos inseridos na bíblia. Reitera-se, a doutrina cristã histórica ensina que existem somente dois tipos de seres humanos, o homem do sexo masculino e a mulher do sexo feminino, sendo considerado família a união do homem e da mulher, a partir do casamento.”

A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, contempla a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, sendo cláusulas pétreas e garantias fundamentais de todo e qualquer cidadão. No vídeo da Escola Batista foi veiculada a posição cristã sobre a sexualidade humana, sem ofender a ninguém, e sendo uma escola confessional, dentro de sua confessionalidade é protegida nos termos da Constituição Federal.

Uma poderosa empresa de fast-food multinacional veiculou na mídia um vídeo apoiando a ideologia de gênero, usando crianças, jovens e adultos. Você soube de algum processo jurídico contra esta empresa por causa deste vídeo-propaganda? O respeito tem que ser de todos os lados. Devemos respeitar que o mundo LGBT tenha suas ideias. Mas o mundo LGBT precisa também respeitar os que acreditam no texto bíblico que afirma que Deus criou homem e mulher, dois gêneros, dois sexos. Os que professam a religião cristã têm o direito de crer que menino é menino e menina é menina. A constituição brasileira dá este direito.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ter compaixão é bom para sua saúde mental

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Compaixão tem que ver com ter um sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia ou sofrimento pessoal de alguém, acompanhado do desejo de fazer algo para diminuir a dor da pessoa. Quando estamos movidos pela compaixão sentimos motivação para ajudar e apoiar outras pessoas e também a nós mesmos. Compaixão é diferente de empatia, porque empatia significa imaginar o que o outro está sentindo, se colocar no lugar do outro. E compaixão nos move para ajudar a aliviar o sofrimento de alguém, nos move para uma ação. Ter compaixão é não ter indiferença em relação ao sofrimento do outro.

Compaixão tem que ver com ter um sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia ou sofrimento pessoal de alguém, acompanhado do desejo de fazer algo para diminuir a dor da pessoa. Quando estamos movidos pela compaixão sentimos motivação para ajudar e apoiar outras pessoas e também a nós mesmos. Compaixão é diferente de empatia, porque empatia significa imaginar o que o outro está sentindo, se colocar no lugar do outro. E compaixão nos move para ajudar a aliviar o sofrimento de alguém, nos move para uma ação. Ter compaixão é não ter indiferença em relação ao sofrimento do outro. Compaixão é sofrer com, sofrer junto.

Se você quer se tornar uma pessoa compassiva ou quer melhorar seus atos de compaixão, então deixe de julgar as pessoas; procure ser melhor com os outros; valorize o que as pessoas sentem; tenha iniciativa para ajudar gratuitamente alguém em necessidade; deixe de lado a raiva, a agressividade a ironia e faça o melhor para promover um ambiente sereno em casa, no trabalho, na sua comunidade religiosa.

Uma das melhores, se não a melhor maneira de você desenvolver compaixão é meditar no comportamento de Jesus conforme narrado nos quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João. Leia os textos, faça uma imersão naquela narrativa procurando pensar como seria estando ali com Jesus quando ele curava, orientava e educava as pessoas. Pense na compaixão que ele exercia com todos, sejam pessoas religiosas ou não, fanáticos ou liberais. Isto fornece motivação para você agir também com compaixão para com qualquer pessoa que sofre. Inclusive consigo mesmo, porque tem pessoas que sofrem muito porque são muito severas com elas mesmas. Daí elas são beneficiadas quando passam a exercer compaixão por si mesmas, o que não é ter peninha de si, mas passar a tratar a sua pessoa de forma bondosa, quando antes se cobrava demais, se criticava, se rejeitava.

Estudos científicos mostram que atitudes de compaixão ativam os circuitos de prazer no cérebro, estimulam a liberação do hormônio ocitocina que favorece o sentimento de amor. E exercer compaixão contagia as pessoas ao redor que podem reagir também de forma compassiva.

Outros benefícios da compaixão são o sentimento de maior felicidade, maior otimismo, humor mais positivo, diminuição do estresse, se tornar uma pessoa mais agradável e a melhora da capacidade de se relacionar com os outros.

Para praticar a auto-compaixão, o primeiro passo é procurar perceber como você fala consigo mesmo. Se você notar que seus pensamentos geralmente são críticos, negativos ou julgadores, comece a pensar como você pode mudá-los. Imagine falar consigo mesmo como você falaria com alguém que você ama e quer confortar.

Cada dia, no começo do dia, pense em alguma maneira em que você pode exercer compaixão para com alguma pessoa não só de sua família, mas com seus familiares também. Diga para si mesmo coisas como: Farei o possível para ser bondoso, bondosa em minha forma de falar com todas as pessoas hoje. Quando surgir a oportunidade, serei gentil com todos e pelo menos evitarei prejudicar os outros.

Uma coisa que ajuda muito a desenvolvermos a compaixão é pensar que nós seres humanos somos muito semelhantes em muitas coisas. Estamos no mesmo barco quanto a viver e morrer, ter saúde ou adoecer, sofrer um acidente, passar por alguma situação dolorosa. Somos iguais nisso. Quando nos concentramos no que temos em comum, nos sentimos mais próximos um do outro. Assim, a compaixão vem mais facilmente.

Faça um pequeno exercício consigo mesmo dizendo para si estas cinco ideias pensando numa pessoa, especialmente aquela com quem você tem dificuldade de relacionamento ou sente rejeição: 1)“Assim como eu, essa pessoa está buscando felicidade em sua vida.” 2)“Assim como eu, essa pessoa está tentando evitar o sofrimento em sua vida.” 3)“Assim como eu, essa pessoa pode ter conhecido tristeza, solidão e desespero.” 4)“Assim como eu, essa pessoa está procurando preencher suas necessidades.” 5)“Assim como eu, essa pessoa está aprendendo sobre a vida.”

Pratique compaixão um dia de cada vez, um momento de cada vez, imitando Jesus, o compassivo salvador. Isto ajuda a cura mental.

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É possível aprender a ser feliz?

quinta-feira, 05 de agosto de 2021

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Você pode aprender a desenvolver uma visão otimista da vida, não no sentido de fingir que não há problemas, ou ignorar problemas sociais e políticos que nos afetam diretamente. Você pode desenvolver um viver útil, com ações positivas, mesmo que pequenas, no seu círculo social, e isto produz gratificação que gera felicidade, fortalece sua imunidade, causa paz interior. Podemos aprender a viver melhor. E são estas pessoas que desenvolvem uma visão mais otimista da vida e do viver, que adoecem menos, e se adoecem, se recuperam mais rápido, necessitam de menos medicação, menos hospitalização, seu corpo funciona melhor porque sua mente ajuda.

Primeiro de tudo não coloque sua fonte de felicidade em coisas passageiras, como a estética de seu corpo, as emoções, a energia sexual, aquisições materiais, nem coloque-a num outro ser humano. As pessoas que nos amam, não conseguem expressar afeto necessariamente como queremos, da mesma maneira o tempo todo, sentindo igualzinho cada momento. Nem nós conseguimos isto, não é? Amar produz felicidade, mas este amor tem que ser altruísta, não egoísta, se não ele não funciona na produção da felicidade.

Dr. Frederico Demetrio, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), em interessante artigo denominado “A Importância da Felicidade”, diz que as pessoas que têm falta de “felicidade estrutural” podem aprender a buscar a felicidade, e ela não está “aí fora”, mas depende do seu modo de pensar, de lidar com os sentimentos, e de agir, e não na satisfação de desejos, que pode ser algo superficial e fugaz.

Ele descreve virtudes a serem cultivadas sendo componentes da felicidade, como: sabedoria e conhecimento (criatividade, curiosidade, mente aberta); coragem (autenticidade, bravura, persistência, entusiasmo); humanidade (gentileza, amor, inteligência emocional); justiça (imparcialidade, liderança, trabalhar como parte de uma equipe); temperança (modéstia, prudência, equilíbrio); transcendência (gratidão, esperança, humor e crença religiosa).

De uns anos para cá tem surgido ênfase a chamada “Psicologia Positiva” como fator de saúde mental e física. Ela envolve, por exemplo, incentivar o paciente a exercer gratidão, visitando pessoas que o ajudam e falar diretamente a elas. Tem que ver com fazer uma lista de coisas boas que têm ocorrido em sua vida, escrevendo num papel, desde algo simples, até algo mais complexo, e concentrar-se no positivo. Também envolve exercer bondade com qualquer pessoa, evitar criticar as pessoas e a si mesmo, detectando as qualidades e falando delas. Tem que ver com confiar mais em suas capacidades de lidar com situações difíceis e nas que Deus concede.

Assim, quando você se defrontar com situações desafiadoras, evite dizer: “Eu não consigo!”, mas diga “Eu não consigo, ainda!” E não só pense positivo, mas pratique algo positivo. Pensou em ajudar alguém? Ajude! Mesmo que seja com uma palavra. E preste atenção porque todos os dias temos oportunidade de ajudar outra pessoa.

Estas coisas devem ser feitas constantemente para terem efeito sobre nossa saúde e produzir felicidade. É bom que tais atitudes positivas passem a ser algo em nosso estilo de vida e não algo isolado aqui e ali. Uma pessoa feliz de dentro para fora é útil na família, na comunidade e na sociedade. E felicidade tem muito que ver com servir, ajudar, sem conflitos de interesses, mas voluntariamente.

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Paciência e saúde mental

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Você tem sido paciente? Se não, as boas novas é que a paciência pode ser desenvolvida. Ela é uma prática psicológica bem como espiritual. E ajuda a pessoa a ter liberdade emocional, ou seja, a não ficar presa a comportamentos sofridos. É possível aprender a mudar a impaciência em paciência. Podemos aprender a lidar com as situações frustrantes de uma forma paciente. Podemos aprender. Comece a pensar que paciência não quer dizer passividade, não fazer nada, resignação. Paciência é um poder. Uma das características do amadurecimento é conseguir ter paciência.

Você tem sido paciente? Se não, as boas novas é que a paciência pode ser desenvolvida. Ela é uma prática psicológica bem como espiritual. E ajuda a pessoa a ter liberdade emocional, ou seja, a não ficar presa a comportamentos sofridos. É possível aprender a mudar a impaciência em paciência. Podemos aprender a lidar com as situações frustrantes de uma forma paciente. Podemos aprender. Comece a pensar que paciência não quer dizer passividade, não fazer nada, resignação. Paciência é um poder. Uma das características do amadurecimento é conseguir ter paciência.

A paciência é essencial para nossa vida diária se tornar melhor, mais feliz. Ser paciente significa ter melhor saúde mental porque com paciência conseguimos esperar com calma ao enfrentarmos uma frustração ou adversidade. Ao surgir uma situação frustrante, este é o momento para exercer paciência. Você tem a escolha de enfrentar o problema com rebeldia, irritação ou com paciência e calma.

Cultivando paciência você vai ter menos aborrecimento, mais serenidade, menos preocupação e mais tranquilidade. A jovem Kira Newman, gosta de escrever textos sobre felicidade, e comenta sobre quatro razões para cultivarmos paciência. Primeiro, ela cita um trabalho científico de 2007 de Sarah Schnitker professora do Seminário Teológico Fuller e do professor de psicologia Robert Emmons da Universidade da Califórnia em Davis, no qual foi verificado que as pessoas pacientes tendem a experimentar menos depressão e emoções negativas, talvez porque possam lidar melhor com situações perturbadoras ou estressantes. E também se consideram mais atentos e sentem mais gratidão, mais conexão com a humanidade e com o universo, e um maior senso de abundância.

Em segundo lugar, as pessoas pacientes são melhores amigos e vizinhos. A paciência se torna uma forma de gentileza. A pesquisa sugere que as pessoas pacientes tendem a ser mais cooperativas, mais empáticas, mais justas e mais complacentes. A paciência envolve assumir algum desconforto pessoal para aliviar o sofrimento das pessoas ao nosso redor.

Estes autores da pesquisa, Schnitker e Emmons escreveram que “A paciência pode permitir que os indivíduos tolerem as falhas dos outros, exibindo, portanto, mais generosidade, compaixão, misericórdia e perdão”. Um terceiro aspecto que mostra o benefício de exercermos paciência é que ela nos ajuda a alcançar nossos objetivos. Na vida o caminho para a realização profissional, diz a autora Newman, é longo, e aqueles sem paciência - que querem ver resultados imediatamente - podem não estar dispostos a percorrê-lo.

Finalmente, uma quarta razão boa que pode nos animar a exercer paciência é que ela está ligada a uma boa saúde. No estudo de 2007, Schnitker e Emmons descobriram que os pacientes eram menos propensos a relatar problemas de saúde como dores de cabeça, acne, úlceras, diarreia e pneumonia. Outra pesquisa descobriu que pessoas que exibem impaciência e irritabilidade - característica da personalidade Tipo A - tendem a ter mais problemas de saúde e sono pior.

Como cultivar a paciência? Reformule a situação. Se um colega chegar atrasado para uma reunião, você pode se irritar ou ver aqueles 15 minutos extras como uma oportunidade para ler um pouco. A paciência está ligada ao autocontrole. Treine refletir antes de agir. Pense mais em vez de agir de forma impulsiva. A meditação especialmente em temas espirituais, como gratidão, esperança, perdão, meditar nas cenas de amor prático de Jesus que viveu curando, orientando, perdoando, animando pessoas, ajudam a diminuir a impulsividade, a necessidade de querer algo já, imediatamente.

Ao acontecer algo que empurra você para agir com impaciência, respire fundo, perceba seus sentimentos de irritação, pense em atuar com compaixão, adie por uns minutos pelo menos dar uma resposta que pode sair de forma agressiva, impaciente. Respire profundamente. Tente olhar a pessoa sob uma ótica de compreensão do sofrimento dela. Pratique a paciência. É bom para sua saúde mental.

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Você pode desenvolver esperança

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Quando as coisas vão bem, não é difícil ter esperança. Mas como manter esperança em tempos difíceis não é? Ter esperança nos momentos difíceis é o que precisamos. É possível desenvolver isto em nossa vida. 

Quando as coisas vão bem, não é difícil ter esperança. Mas como manter esperança em tempos difíceis não é? Ter esperança nos momentos difíceis é o que precisamos. É possível desenvolver isto em nossa vida. 

Podemos crer que coisas boas em nossa vida devem ocorrer de forma natural, sem qualquer esforço de nossa parte. Mas não é assim na realidade. Sem esforço muitas coisas não acontecem. Você tem feito esforços para pensar de forma mais positiva? Isto é uma tarefa que só você pode fazer por si mesmo. Uma outra pessoa não pode pensar em seu lugar. Quem cuida de seus pensamentos é você. 

Então, verifique se você tem o hábito de ter mais pensamentos negativos, pessimistas e de autodepreciação do que pensamentos positivos, otimistas e de valorização pessoal. É importante refletir sobre isso porque muitas coisas em nossa saúde mental têm que ver com o conteúdo de nossos pensamentos.

Mudar a corrente dos pensamentos pode ser uma tarefa árdua, mas os resultados são muito benéficos para nosso bem estar emocional e nossas relações com os outros. Comece hoje mesmo. Primeiro observe o que surge em seus pensamentos. São ideias positivas ou negativas? Você pode fazer um esforço para trocar uma forma de pensar predominantemente negativa para uma positiva. 

Sempre que surgir um pensamento negativo em sua mente, pare e pense nele. Faça perguntas para você mesmo, tais como: Faz sentido este pensamento? Será bom para mim mantê-lo em minha consciência? Este pensamento me ajuda a estar bem comigo mesmo? Auxilia em meus relacionamentos?

Se você concluir que eles não ajudam em nada, então diga para si mesmo: Não vou permitir ficar pensando nisso. Posso escolher parar de pensar nestas coisas ruins. Posso forçar minha mente a pensar em algo melhor. Agora vamos pensar na esperança. Você tem cultivado pensamentos de esperança ou de desesperança? Pergunte isso para si mesmo. Não é perguntar para julgar a si mesmo, mas para analisar sobre este assunto.

Se você tem percebido que tem mais desesperança do que esperança, é possível ter uma mudança desse estado mental negativo. Aliás, manter pensamentos de desesperança contribui para a depressão. E ao contrário, cultivando pensamentos de esperança é possível melhorar o estado depressivo e melancólico.

Pode ajudar a fortalecer a esperança em sua vida se você começar a pensar no que deu certo ao longo de sua vida. O que funcionou no passado? Quais suas conquistas e realizações? O que Deus já fez para lhe ajudar? Com certeza muitas coisas boas aconteceram em seu passado. Pegue um caderno ou folha de papel e uma caneta e anote as coisas positivas e boas que já ocorreram com você. Faça isto. Escrever pode fazer a diferença no sentido de te ajudar a começar a trocar a desesperança para a esperança, trocar ideias negativas pelas positivas.

Procure lembrar que Deus te ajudou a vencer desafios, a passar por momentos bem doloridos, e você sobreviveu. Mesmo com dificuldades você tem vindo até aqui. Conseguiu estudar? Marque um ponto. Conseguiu trabalhar? Marque outro ponto. Você tem pelo menos um amigo ou uma amiga? Outro ponto. Tem uma casa para morar mesmo sendo de aluguel? Mais um ponto. Tem comida todos os dias? Então, veja quantas coisas básicas e boas ocorrem em sua vida! Valorize isso! 

Faça uma lista de tudo o que já aconteceu com você e que foram coisas boas, foram vitórias suas que Deus lhe concedeu, e agradeça a Ele e dê os parabéns a si mesmo por ter conseguido tudo isto que você colocou na lista! Tenha esperança.

 

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Pensamentos intrusivos

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Pensamentos intrusivos são os que surgem em sua mente sem você decidir pensar neles. Eles aparecem espontaneamente em sua consciência, inundando sua mente com conteúdo ou imagens perturbadoras. Ocorre com todos nós em alguns momentos da vida. Eles surgem meio que do nada. Algumas vezes podem ser ligados a fazermos algo perigoso, ou socialmente impróprio. Podem surgir alguns pensamentos muito estranhos, como beijar um estranho na rua, ou falar um palavrão dentro de uma igreja, ou ainda bater com seu carro no carro da frente parado no semáforo.

Pensamentos intrusivos são os que surgem em sua mente sem você decidir pensar neles. Eles aparecem espontaneamente em sua consciência, inundando sua mente com conteúdo ou imagens perturbadoras. Ocorre com todos nós em alguns momentos da vida. Eles surgem meio que do nada. Algumas vezes podem ser ligados a fazermos algo perigoso, ou socialmente impróprio. Podem surgir alguns pensamentos muito estranhos, como beijar um estranho na rua, ou falar um palavrão dentro de uma igreja, ou ainda bater com seu carro no carro da frente parado no semáforo.

Muitos podem se sentir inferiorizados por terem estes pensamentos intrusivos que geram culpa, vergonha e ansiedade. Eles ficam confusos e se preocupam sobre se são o que estes pensamentos revelam e sentem que se familiares ou amigos souberem o que se passa na cabeça deles ao surgirem estes pensamentos indesejados, eles os rejeitarão.

Nos casos em que as pessoas têm pensamentos intrusos frequentes e duradouros, surge ansiedade e dúvida, porque elas pensam: “Será que isso sou eu mesmo?” Se angustiam, sentem vergonha e podem se isolar socialmente, tendo constrangimento de tocar no assunto.

Não se sabe exatamente o que produz os pensamentos intrusivos. Alguns estudos mostram que parece haver uma menor produção de um neurotransmissor chamado Gaba, ácido gama amino butírico, que ajudam a suprimir pensamentos indesejados.

Se você tem tido pensamentos intrusivos é importante pensar que você não precisa ver cada pensamento intrusivo como um sinal ou aviso de algo. Eles podem ser um defeito de circuitos cerebrais semelhante ao seu computador que começa a apresentar problemas, por exemplo, não funcionando alguma tecla de alguma letra.

Existem transtornos mentais que possuem pensamentos intrusivos no quadro clínico, como o TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). Alguns indivíduos com este sofrimento mental têm a predominância de pensamentos obsessivos, que são os pensamentos intrusivos, ou seja, eles vêm à mente de forma involuntária, tipo “estou com as mãos sujas”, e isto fica repetindo tanto na mente, criando incômodo que a pessoa sente que precisa lavar as mãos várias vezes por causa deste pensamento que continua perturbando. Então, este pensamento obsessivo, “estou com as mãos sujas” parece que só é aliviado quando a pessoa faz o que ele manda. Por isso, ela lava as mãos várias vezes ao dia, de forma exagerada, justamente porque quando faz isso, parece que a ansiedade diminui. Então, a obsessão é o pensamento intrusivo, e a compulsão é o ato repetitivo.

Outras doenças que podem ter pensamentos intrusivos são: ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, fobias, depressão pós-parto, transtorno bipolar, distúrbios alimentares como a anorexia nervosa, entre outros. Uma coisa que ajuda a pessoa com pensamentos intrusivos é pensar que eles não têm valor moral. Por isso, o mais importante para obter alívio não é tentar eliminar estes pensamentos, mas começar a considerar que eles não são a pessoa, não são o que você é, não indicam que você seja uma pessoa má. Então, você pode mudar sua maneira de avaliar como pensa sobre seus pensamentos intrusivos. Ao invés de fugir deles, encare-os e diga para si: “Estes pensamentos não são o que eu sou, não refletem meu comportamento moral, religioso, eles são resultado de circuitos defeituosos em meu cérebro. Portanto, não vou dar bola para eles.” Ter esta atitude mental significa exercer autocompaixão em vez de auto-recriminação.

Mas se ter pensamentos intrusivos tem feito com que você, ou alguém que você conheça, se torne muito ansioso, com muitos sentimentos de culpa e vergonha que leva ao afastamento social, procure ajuda psicológica com um psicólogo e um  psiquiatra, pois eles o ajudarão, com psicoterapia e possivelmente com medicação para uso temporário.

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Desde que você se sinta bem ... está tudo certo!

quinta-feira, 08 de julho de 2021

As filosofias pós-modernas defendem ideias estranhas para a vida útil, saudável, ética e de bom senso. Uma delas afirma que se você faz algo que o faz se sentir bem, então tudo bem, é válido. Mas está tudo bem mesmo? E a saúde? E os relacionamentos importantes que precisam ser preservados? E a conduta honesta? E o bem estar da comunidade? E o respeito pela propriedade privada? E a preservação da família?

As filosofias pós-modernas defendem ideias estranhas para a vida útil, saudável, ética e de bom senso. Uma delas afirma que se você faz algo que o faz se sentir bem, então tudo bem, é válido. Mas está tudo bem mesmo? E a saúde? E os relacionamentos importantes que precisam ser preservados? E a conduta honesta? E o bem estar da comunidade? E o respeito pela propriedade privada? E a preservação da família?

O perigo desta postura na vida, de que é válido fazer tudo aquilo que faça você se sentir bem, é colocar o sentimento como padrão para se medir condutas saudáveis. Se você se sente bem cheirando cocaína, então está tudo certo, não importa se você torra todo o seu dinheiro e se arrebenta com a família. Se você se sente bem tendo uma ou um amante por fora do casamento, então está tudo certo, não tem problema seu cônjuge e filhos sofrerem ao saberem disso. Se você se sente bem recebendo vultuosas propinas em seu cargo político, então está tudo certo, não importa o povo sofrer. Se você se sente bem trabalhando exageradamente para aumentar sua fortuna e isto o priva de estar com sua família, então está tudo certo, mesmo errando com negligência para com seus filhos. Vê o absurdo desta ideologia do prazer baseado só no que uma pessoa sente?

Maturidade não é seguir os sentimentos sem uma avaliação racional do certo e do errado, do honesto e do desonesto, do verdadeiro e do enganoso, do construtivo e do destrutivo. Um fim bom não justifica um meio mau. Não estou dizendo que nunca devemos tomar esta ou aquela conduta baseado no que sentimos. Isto seria caminhar para o outro extremo de exagero.

Parece que está havendo um aumento do número de pessoas, especialmente jovens e adultos jovens seguindo uma vida baseada nos sentimentos e os resultados não são bons. Filhos frustram seus pais com condutas disfuncionais, aumento do alcoolismo e outras dependências químicas, gravidez indesejada, relacionamentos descartáveis, divórcio com suas dores difíceis de enfrentar, filhos sem base espiritual para enfrentarem as ideologias corruptoras de muitas escolas e universidades, aumento da corrupção generalizada, crimes, violência social, superficialidade do sentido da vida, materialismo,  e por aí vai.

Liberdade não é você fazer o que você sente. É fazer o que é saudável para o corpo, para a mente, para o espiritual e para o social. Invadir terras é doença social, assim como enriquecimento ilícito é patologia mental. A liberdade tem seu limite natural. O mar tem liberdade para jogar suas ondas sobre a praia. Mas e se ele sentisse desejo de avançar mais com suas ondas? Lembre o que ocorreu em algumas cidades com os tsunamis.

Há uma luta dentro de todos os seres humanos, que a filosofia séria chama de “angústia existencial”. De onde vem esta angústia? O que ela faz com a gente? O que fazemos com ela? Sören Kierkegaard, um dos filósofos que estudou a angústia humana, diz em seu livro “O Conceito de Angústia” que aquele que aprendeu a lidar corretamente com sua angústia, aprendeu o mais importante na vida. Você acredita nisso?

Muitas pessoas nem sabem o que é angústia. Negam tê-la e vivem praticando atitudes insalubres motivadas pela própria angústia que negam ter. Que loucura! Chamam de liberdade o que, na verdade, em seu comportamento é a tentativa de fugir desta angústia. A gente se torna aquilo que causa menos dor. Mas como isso é geralmente feito de forma inconsciente, podemos cair na ideologia pós-moderna que prega o conceito de “se sinto bem fazendo isso, então está tudo certo”. Quando, na verdade, isso que a pessoa se torna e que a faz se sentir bem, pode ser a doença, ou parte da doença não percebida e/ou não admitida.

Daí se segue um monte de ideologias doentias e seus defensores promovem um protocolo de normalidade do que é doentio. E querem enfiar pela garganta a dentro da sociedade que aquilo que é o sofrimento, passa a ser o normal, que o alterado ou o desviado é o correto e isto gera o que chamam de “orgulho sadio”. Fazem até paradas com milhares de pessoas, equivocadas, não honestas em suas reflexões consigo mesmas, fugitivas da verdade e da liberdade genuínas. Que mundo estamos!

Não será o correto dizer: desde que você se sinta bem e quer praticar o que é saudável do ponto de vista físico, emocional, espiritual e social, então está tudo bem?

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Poliamor: opção de vida ou desvio?

quinta-feira, 01 de julho de 2021

"Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” - (Eclesiastes 7:29). Poliamor é uma teoria psicológica que envolve sexo e ligada a sentimentos entre muitas pessoas ao mesmo tempo. É oposto à monogamia, padrão de relacionamento entre um homem e uma mulher, na visão judaico-cristã. É uma opção ou forma de viver relacionamentos oferecendo aos que o adotam experiências de envolverem-se em relações íntimas que podem ser de longo prazo com várias pessoas ao mesmo tempo, de sexos diferentes.

"Tudo o que aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” - (Eclesiastes 7:29). Poliamor é uma teoria psicológica que envolve sexo e ligada a sentimentos entre muitas pessoas ao mesmo tempo. É oposto à monogamia, padrão de relacionamento entre um homem e uma mulher, na visão judaico-cristã. É uma opção ou forma de viver relacionamentos oferecendo aos que o adotam experiências de envolverem-se em relações íntimas que podem ser de longo prazo com várias pessoas ao mesmo tempo, de sexos diferentes.

As modalidades no poliamor incluem: 1- Primário-plus: um casal, homem e mulher, casados ou coabitantes, decide procurar individualmente outras relações com outras pessoas de qualquer sexo, passando a se relacionar entre si, ou o marido ou a esposa mantém um relacionamento extraconjugal, individual, com aprovação do casal. Outro formato é a 2 - Tríade, que significa três pessoas que se comprometem a manter um relacionamento estável, ou um casal que já vivem juntos aceitam uma terceira pessoa no seu relacionamento.

Outro tipo é o 3 – Individual, com vários primários: uma pessoa sem vínculos sérios com outros, passa a ter um relacionamento forte com parceiros que já eram íntimos. Depois vem o 4 - Casamento de grupo ou polifamília: vários indivíduos fazem um acordo de exclusividade sexual no grupo, podendo ter parceiros fora do grupo desde que seja aceito por todos. Outro formato é 5 - Redes Íntimas: “amigos" eróticos que podem praticar de qualquer tipo de relacionamento íntimo. Em seguida ainda vem o 6 - Polinamoro, que é quando se assume compromissos de namoro com vários parceiros com relacionamento íntimo livre de compromisso entre eles.

O movimento poliamor defende o sentimento de felicidade que a pessoa experimenta ao ver que seu companheiro(a) ama ou é amado(a) por outra pessoa. Defensores do poliamor dizem que a monogamia não é natural ou normal entre humanos e que há evidências biológicas e antropológicas disso, o que é um absurdo sem comprovação científica. Qual é a base teórica que defensores do poliamor usam para determinar que monogamia é anormal e poligamia é normal? Só pode ser o sentimento desvirtuado de gente movida pela emoção e por uma mentalidade pervertida. O fato de que sempre existiu pessoas adúlteras, polígamas, mesmo na cultura judaico-cristã, não faz desta prática uma normalidade. Seria o mesmo que dizer que já que sempre existiram ladrões, então furtar é normal e natural.

As relações de poliamor parecem ser relacionamentos descompromissados com o amor maduro, e se tornam relações movidas pelo sentimento, enquanto que o amor maduro e saudável envolve o sentimento, mas é mais que isto, inclui o uso da razão, da ética, do respeito. Ao amor maduro não é uma emoção, não é o sexo, não é o apego excessivo, não é a paixão. O sentimento flutua, mas o amor verdadeiro não.

Adeptos do poliamor pregam a liberdade. Mas a liberdade genuína não é fazer o que seus sentimentos pedem, porque podemos ter sentimento doentios, egocêntricos, narcisistas, de domínio e perversidade. Liberdade tem que ver com verdade, ética, viver dentro da lei justa. Uma criança criada por pais amorosos para com ela, não pode ter liberdade de fazer o que quer dentro de casa seguindo os sentimentos dela, porque isto faria do lar uma anarquia, já que qualquer criança experimenta sentimentos de egoísmo, de pirraça, por ainda não estar amadurecida. A lei que rege relacionamentos maduros não pode ser o desejo, a emoção, o sentimento, todos isolados.

Não é verdade que a monogamia é uma ditadura, pelo contrário, é neste tipo de relacionamento, entre um homem e uma mulher comprometidos com o amor maduro, que a felicidade conjugal pode surgir. É verdade, como escreveu o psicanalista Erich Fromm, que o amor maduro é por todas as pessoas, mas isto é totalmente diferente da ideologia do poliamor, porque no amor maduro por todos a ênfase é no tratar bem as pessoas, sem intimidade afetiva, a não ser em sua família e sem sexo, a não ser entre os cônjuges. Jesus, ao ordenar amar o próximo como a nós mesmos, não estava falando de amor erótico, sexual, e muito menos de poliamor.

 Pela limitação de espaço nessa coluna, trarei em outro artigo informações sobre os perigos e enganos do poliamor. Esta ideologia serve para destruir famílias e fazem parte de uma agenda de grupos políticos e filosóficos na guerra entre o bem e o mal.

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Cheguei primeiro!

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Há um texto na Bíblia que fala de um comportamento que se todos nós e, especialmente, os líderes de nossa nação adotassem, em breve seríamos um país de primeiro mundo com justiça social. O texto está na carta de Paulo aos Filipenses e diz assim: “Não faça nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando uns aos outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.

Há um texto na Bíblia que fala de um comportamento que se todos nós e, especialmente, os líderes de nossa nação adotassem, em breve seríamos um país de primeiro mundo com justiça social. O texto está na carta de Paulo aos Filipenses e diz assim: “Não faça nada por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando uns aos outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.

Uma maioria dos políticos que dirigem nossa nação parece que tomam decisões mais preocupados e interessados em defender o partido do qual são membros e em garantir benefícios pessoais do que atender às necessidades do povo a quem dizem representar. É como aquele ditado que diz: você quer ser feliz ou ter razão? Uma pessoa pode ficar tão fissurada, cega e obsessiva com uma ideologia que ela perde a noção do direito, do justo, do correto, do útil para todos. Por que agem assim? Por que são tomados cegamente por uma ideia egoísta? Não podem ser pessoas felizes.

O texto de Paulo também recomenda considerar os outros superiores a si mesmo. Isto não tem nada que ver com você se deixar ser passado para trás, ter ingenuidade que prejudica sua vida, tolerar abusos que não devem ser tolerados, e nem se sentir inferior aos outros. Tem que ver com compartilhar, com ajudar, ser útil, não se exaltar como se você fosse um deus.

Mas o que isso tem a ver com o título de hoje – Cheguei primeiro! – com estes assuntos? Vou explicar. Esta frase “Cheguei primeiro!” é muito comum em crianças quando estão juntas e correm num parquinho até um alvo, que pode ser o balanço, o escorrega. Por que elas dizem isso? Porque está impregnado em nossa mente, desde o nascimento, uma motivação egocêntrica. A cultura ocidental, e em grande parte oriental, defende a ideia de fama e fortuna como fonte de felicidade. Prega-se a filosofia individualista, a “cultura do eu”, que nos empurra para a competição, ou seja, cheguei primeiro!

Esta cultura do eu quer nos conduzir a ver e lidar com os outros como sendo objetos, como degraus e até como impedimento para nosso sucesso. Um quer derrubar o outro. Isto é um câncer social, assim como na biologia (oncologia) vemos a célula cancerígena querendo destruir a outra. A solução não é também invadir terras e desapropriar o que pessoas trabalhadoras e que dão duro na vida têm conseguido. Se o que você tem conseguido de bens materiais tem vindo de corrupção, a Justiça tem o direito e deveria confisca-los e dar para causas nobres, após provar os atos dolosos.

Paulo levanta a bandeira da justiça comunitária, do compartilhar, ao usar a expressão “uns aos outros”. A palavra em grego para esta expressão é allelous que aparece no Novo Testamento 54 vezes relacionada com interação fraternal. Imagina se todos, políticos, empresários, religiosos, empregados, patrões, magistrados, pobres, ricos, praticássemos isto! Seria um alívio para nossa vida.

Tem muitas citações no texto bíblico neste contexto. Só para citar alguns: “Não nos julguemos mais uns aos outros”, Romanos 14:13; “Não mintais uns aos outros”, Colossenses 3:9; “Não faleis mal uns dos outros”, Tiago 4:11; “Não vos queixeis uns dos outros”, Tiago 5:9; “Ameis uns aos outros”, João 13:24 e veja também 1 João 4:7 e 11 e “Acolhei-vos uns aos outros”, Romanos 15:7; “Sede, antes, servos uns dos outros” Gálatas 5:13; “Cooperem uns com os outros”, 1 Coríntios 12:25; “Levai as cargas uns dos outros”, Gálatas 6:2.

Será tudo isso utopia, impossível de ser praticado? Não mesmo. Mas concordo que é algo individual. Tem que ver com escolha pessoal. Não temos que chegar primeiro. Temos que chegar, mas não passando por cima dos outros, não movidos por corrupção, desejo de se exaltar, acumular bens como se fossemos viver 200 anos ou muitas vidas. Ajudando uns aos outros temos o prazer de chegar junto com nossos semelhantes, uns ajudando no alívio de dores e lutas dos outros. Saúde mental vem da prática disso.

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Gratidão e saúde mental

quinta-feira, 17 de junho de 2021

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

Vou compartilhar com você, leitor, algumas ideias dele. Expressar gratidão é um fator de recuperação e prevenção de sofrimentos mentais para muita gente. Gratidão tem que ver com um agradecimento que você faz pelo que recebeu, seja algo físico ou não físico. Muitas vezes você recebe bênçãos que vêm de fora de suas capacidades, habilidades e recursos. Assim pode reconhecer que a fonte da bondade está, pelo menos em parte, fora de si mesmo. E isto gera gratidão que pode ser para com alguém humano ou para com um ser superior que podemos chamar de Deus.

Em estudos feitos especialmente pela chamada Psicologia Positiva, a gratidão tem relação com experimentar maior felicidade. A gratidão ajuda você sentir emoções mais positivas, desfrutar boas experiências, melhorar sua saúde, lidar melhor com adversidades e construir relacionamentos fortes. Você pode ser grato pelo passado, recuperando memórias positivas e ser grato por elementos da infância ou bênçãos passadas; pelo presente, com aquilo que tem ocorrido e lhe ajudado, e pelo futuro, mantendo atitude esperançosa e otimista. 

Os psicólogos Robert A. Emmons, da Universidade da Califórnia, em Davis, e Michael E. McCullough, da Universidade de Miami, pesquisaram muito sobre a gratidão. Em um estudo pediram aos participantes que escrevessem frases a cada semana, com tópicos específicos. Um grupo escreveu sobre coisas pelas quais era grato ocorridas na semana. Outro grupo escreveu sobre irritações diárias ou o que os desagradaram, e o terceiro grupo escreveu sobre eventos que os afetaram sem ênfase em serem positivos ou negativos. Após dez semanas os que escreveram sobre gratidão ficaram mais otimistas e se sentiram melhor com suas vidas, e também se exercitaram mais e tiveram menos consultas médicas do que os que se concentraram em assuntos desagradáveis.

Outro pesquisador nesse campo, Martin Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia, testou o impacto de intervenções de psicologia positiva em 411 pessoas, cada uma com uma tarefa de escrever sobre memórias. Quando a tarefa semanal era escrever e entregar pessoalmente uma carta de gratidão a alguém que nunca havia sido agradecido por sua bondade, os participantes logo exibiram grande aumento nas pontuações de felicidade e os benefícios duraram um mês. E estudos mostram que os gerentes ou chefes que se lembram de dizer "obrigado" às pessoas que trabalham sob seu comando descobrem que esses funcionários se sentem motivados a trabalhar mais.

A gratidão é uma forma de você valorizar o que têm, em vez de sempre buscar algo novo na esperança de que isso o faça mais feliz, ou pensando que não pode se sentir satisfeito até que todas as necessidades físicas e materiais sejam atendidas. A gratidão ajuda as pessoas a se concentrarem no que têm em vez de no que lhes falta. E embora possa parecer artificial no início, esse estado mental se fortalece com o uso e a prática.

Você pode cultivar a gratidão assim: 1)Você pode se tornar mais feliz e cultivar seu relacionamento com outra pessoa escrevendo uma carta de agradecimento expressando sua satisfação e apreciação pelo impacto dessa pessoa em sua vida. Envie, ou melhor ainda, entregue e leia pessoalmente, se possível. Crie o hábito de enviar pelo menos uma carta de agradecimento por mês. De vez em quando, escreva uma para si mesmo.

2)Sem tempo para escrever? Pode ajudar apenas pensar em alguém que fez algo de bom por você e agradecer mentalmente a essa pessoa. 3) Crie o hábito de escrever ou compartilhar com um ente querido os pensamentos sobre os benefícios que recebeu todos os dias. 4) Escolha um momento toda semana para sentar e escrever sobre suas bênçãos, refletindo sobre o que deu certo ou do que você é grato. Defina um número, como três a cinco coisas, que você identificará a cada semana. Ao escrever, seja específico e pense sobre as sensações que sentiu quando algo bom aconteceu com você. 5)Use a oração para cultivar a gratidão. 6) Medite em textos religiosos como a Bíblia, imaginando as cenas dos relatos e se colocando nelas como recebendo bênçãos dos personagens do texto. Cultive gratidão e sua saúde mental irá melhorar.

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