Blog de cezarvasconcelos_18844

Faça algo hoje para aliviar a dor de alguém

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Nesta existência não dá para não ter dor. Geralmente o bem estar vem depois da dor e não sem ela. Parece que para todos nós, seres humanos, o prazer vem depois da dor, depois do sofrimento. Mas a dor volta. O que sentimos de bom passa. Mas o que sentimos de ruim, também passa. Mas volta.

Nesta existência não dá para não ter dor. Geralmente o bem estar vem depois da dor e não sem ela. Parece que para todos nós, seres humanos, o prazer vem depois da dor, depois do sofrimento. Mas a dor volta. O que sentimos de bom passa. Mas o que sentimos de ruim, também passa. Mas volta.

Já atendi gente famosa, artistas de TV, músicos, compositores. Eles aparentam para o público só ter felicidade, fama, sucesso, dinheiro, mas a verdade, por detrás dos bastidores, é que eles têm dores difíceis, boa parte com casamentos destruídos, divorciados, um filho para cada canto, alguns são dependentes de drogas. Dor.

Philip Yancey em seu livro “Onde está Deus quando chegar a dor”, na página 52, escreveu: “Se eu gastar a vida procurando a felicidade em drogas, conforto e luxo, terei enganado a mim mesmo. ... A felicidade virá a mim inesperadamente, como subproduto, como surpresa adicional, depois de eu ter investido a vida em alguma coisa de valor. E, provavelmente, esse investimento terá incluído a dor. Sem ela, é difícil imaginar o prazer.”

Investir sua vida em algo de valor. Mas é incrível como que uma boa parte da humanidade mergulhou no materialismo na ilusão de buscar a felicidade com mais uma casa, mais uma filial da empresa, mais um milhão na conta bancária. E para conseguir o crescimento econômico, se apela para tudo, propinas, sociedades secretas, manipulação da notícia, conflito de interesses entre empresários e políticos. Como me disse o esposo de uma cliente que eu atendia se referindo ao mundo corrupto na área dele, ele que era um empresário bem sucedido na área imobiliária de uma grande cidade do Estado de São Paulo: “É tudo uma nojeira!”

Também conheci um ambientalista que me disse que recebia ameaças de morte porque defendia o meio ambiente de regiões onde os megaempresários do ramo de construções queriam destruir para levantar seus empreendimentos imobiliários.

Quanto sofrimento o povo experimenta e que poderia ser eliminado pela liderança política, se fossem pessoas realmente comprometidas com o alívio da dor humana! Yancey comenta: “O sofrimento é uma mensagem geral de advertência a toda a humanidade de que algo está errado com o planeta e de que precisamos de uma intervenção externa radical.” (p.76). A saída não está dentro, está fora da humanidade.

Nem sempre o mal é punido nessa vida, e por isso os corruptos seguem em suas vidas devassas impunes. Só para citar um exemplo: um líder político corrupto se torna membro de uma comissão de ética! Isso é o mesmo que colocar o lobo para tomar conta do galinheiro. Quem pode mudar isso?

A dor continua. A pandemia pode arrefecer, mas virão novos problemas sociais de sofrimento piores. Não se pode acabar com o sofrimento na impunidade, na exaltação de pessoas de caráter no mínimo duvidoso, e a mídia não cansa de fazer isso. Certa vez li que uma boa maneira de você exaltar a si mesmo é exaltar outra pessoa ou instituição que, no fundo, talvez não mereça elogios. A mídia vive exaltando pessoas famosas dúbias, que têm uma vida privada cheia de complicações ligadas a comportamento disfuncional e, pior, violando a lei, dos homens e de Deus. Mas o povo aplaude. Parece que esquece a corrupção de um líder. Depois o reelegem. Como entender isso? Tantos anos de ditadura e agora com tantos anos de democracia com eleições, ainda não aprendemos? Onde está o problema que causa tanta dor na população?

O problema está no caráter das pessoas. Nossa maior luta é contra nós mesmos, conta nosso eu egoísta, orgulhoso, desonesto, que sempre quer levar vantagens para benefícios pessoais. O problema está no coração, e Jesus disse que é dele que procedem tudo o que contamina a vida, as relações sociais, gerando dor e sofrimento.

Você pode fazer sua parte fugindo da corrupção em sua vida pessoal e praticando algo, dia a dia, que produzirá alívio da dor de alguém, não só de sua família, mas de qualquer ser humano. Dê de si mesmo para ajudar outro indivíduo. Isto produzirá bem estar na pessoa que recebe sua ajuda, e em você mesmo. Você pode fazer algo, simples que seja, hoje mesmo para diminuir a dor de alguém. Faça isso, mesmo com alguma dificuldade, e verá que o alívio de seu próprio sofrimento virá em seguida.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

É fácil amar as pessoas fáceis

sexta-feira, 23 de abril de 2021

É fácil amar as pessoas fáceis

É fácil amar as pessoas fáceis

Somos diferentes. Temos temperamentos diferentes uns dos outros. A maneira como nossa personalidade vai se estruturando ocorre num mesmo ambiente familiar para crianças diferentes, mas cada uma terá um desenvolvimento e formação de características do eu (self) de forma distinta. Ou seja, crianças criadas num mesmo ambiente familiar desenvolvem personalidades diferentes. Uma se torna mais dócil, serena, pensativa, com melhor autocontrole emocional, enquanto que seu irmão ou irmã se torna mais agressiva, rebelde, impulsiva. Cada um reage aos fatores ambientais de modo diferente. Um com serenidade e aceitação, outro com irritação e rebeldia. Um tolera a frustração, outro se impacienta demais com a mesma.  

Com que tipo de pessoa você acha mais fácil se relacionar? Com a dócil ou com a rebelde? Com a serena que pensa antes de falar, ou com a impulsiva que só pensa no que disse ou no que fez depois de ter falado e atuado? Que tipo de pessoa é mais fácil amar? A que escuta com paciência o que você está dizendo, ou a que atropela sua fala sem ouvir direito o que você está tentando dizer, geralmente reagindo com impaciência? É fácil amar uma pessoa que vive criticando você e os outros, que sai falando alto porta à fora sobre a zanga dela com você de maneira que vizinhos ouvem aquilo que deveria ser privativo? É fácil amar quem geralmente retruca o que você diz, questiona não de maneira pensada e calma, mas sempre confrontando você como se vivesse sempre em disputa, em guerra que você não quer ter com ela?

Se você fizesse uma pesquisa de opinião pública sobre o que é uma pessoa fácil de se relacionar, pode ser que a maioria dissesse algo assim: É a pessoa que fica calma mesmo quando eu fico nervoso. É aquela que sabe me ouvir quando preciso desabafar. É a que não reage com agressividade verbal quando digo algo que a irrita. É aquela que é honesta comigo, sincera, não manipula, não mente para mim, é compreensiva. Uma pessoa fácil de se relacionar é a que procura entender o que estou sentindo sem me julgar e criticar. É a que aprendeu a se controlar e não me dirige palavras cruéis e irônicas mesmo quando eu fiz isso com ela. Uma pessoa fácil de amar é a que se mostra ser minha amiga e me ajuda quando preciso dela. É alguém que dá vontade de estar junto, conversar com ela, porque ela sabe ouvir, não fica me criticando, não se deixa ser tomada pela emoção e por isso não fica me agredindo pelo frequente descontrole emocional dela.

É fácil amar as pessoas fáceis. Mas como amar as pessoas difíceis, de temperamento explosivo, autoritárias, mandonas, que vivem em negação quanto a ter problemas emocionais, que são muito emocionais de modo que com frequência caem em atitudes histéricas, de descontrole emocional, como se fosse crianças pirracentas, mimadas? Como amar alguém de difícil personalidade, que trouxe marcas de sofrimentos do passado para a vida adulta e ainda não aprendeu a lidar com isso de forma equilibrada, e por esta razão vive provocando tensão e estresse nos relacionamentos?

É fácil amar as pessoas fáceis. No livro de Provérbios, na Bíblia, no capítulo 19 e versículo 19, uma tradução moderna diz: “O homem (ou mulher) de gênio difícil precisa do castigo; se você o poupar, terá que poupá-lo de novo.” Agora veja este texto em outra versão: “Uma pessoa que perde a calma que se irrita violentamente, terá de vir sofrer as consequências da sua atitude. Se os outros vierem a desculpá-la, estão a incitá-la a recomeçar os seus excessos.” Talvez uma pessoa com este tipo de comportamento seja difícil de ser amada e talvez se encaixa naqueles tipos de pessoas sobre as quais Jesus se referiu ao dizer: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão?” Mateus 5:43-46 (NTLH).

Não é fácil amar “inimigos”, não é? Ou será impossível de nós mesmos amá-los, usando nossos recursos psicológicos humanos? Será possível amar inimigos? Você consegue isso de si mesmo? É fácil amar as pessoas fáceis. Mas e as difíceis? Não será possível somente pedindo esta capacitação sobrenatural a quem pode lhe dar, a quem tem este tipo de amor incondicional para dar?

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ciência ou ideologia?

quinta-feira, 15 de abril de 2021

É uma pena que ideologias sem fundamento científico sólido determinem tanta coisa em nossa sociedade, como assuntos apresentados em sala de aula em qualquer nível de ensino, decisões políticas, legislações de conselhos profissionais, entre outros.

É uma pena que ideologias sem fundamento científico sólido determinem tanta coisa em nossa sociedade, como assuntos apresentados em sala de aula em qualquer nível de ensino, decisões políticas, legislações de conselhos profissionais, entre outros.

O que é ideologia? Um dicionário descreve como: “sistema de ideias, valores e princípios que definem uma determinada visão do mundo, fundamentando e orientando a forma de agir de uma pessoa ou de um grupo social (partido ou movimento político, grupo religioso etc.). Pois bem, mas podemos pensar: quem tem a visão do mundo que promove uma ideologia? Esta pessoa ou grupo de pessoas que lança na sociedade uma ideologia, tem valores éticos, de boa conduta moral, de auxílio real para a sociedade, tem cientificidade, ou tem sua ideologia base científica comprovada? Nem sempre. Pessoas famosas no meio cultural, elogiadas na mídia, seja no campo da literatura, das artes, da ciência, da política, que promoveram e promovem ideologias destrutivas, perversas tiveram ou têm uma conduta particular devassa, imoral, às vezes violenta, cheia de disfunções comportamentais. Mas como se tratam de pessoas famosas, e o povo não sabe detalhes de seu caráter doentio, são aplaudidas, copiadas e se defende a ideologia delas.

O que é ciência? Um dicionário a define assim: “corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.” Diante dessa definição, podemos perguntar: A ciência comprovou que o evolucionismo é científico? Não é o evolucionismo ideologia e não ciência, embora tido como oficial para o ensino nas escolas de qualquer nível acadêmico? Quem determinou que o evolucionismo deveria ser ensinado como científico embora a ciência não o tenha comprovado? O evolucionismo é uma teoria sobre a origem do Universo. Vou repetir: é uma teoria.

E o criacionismo? É científico? Existem muitos cientistas criacionistas (não evolucionistas, que falam do Design Inteligente), em muitos países do mundo, em universidades famosas e não famosas, sendo um dos mais famosos o Isaac Newton, (1643-1727) que foi um físico, astrônomo e matemático inglês. Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal. Ele disse: “Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente.” E também: “Considero as escrituras de Deus como sendo a filosofia mais sublime. Eu encontro mais marcas de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana, seja qual for.” Quer ter acesso a um site em Português de cientistas cristãos? Veja www.cristaosnaciencia.org.br 

A ciência não pode comprovar a existência de Deus e, portanto, tanto no estudo do criacionismo quanto do evolucionismo chegamos a um ponto em que se faz necessário exercer fé. Mas volto na pergunta: Por que, quem decidiu que o evolucionismo seria científico e o criacionismo não, sendo ambos teoria? Não foi a ciência. Não terá sido a ideologia de alguns que faz parte da guerra entre o bem e o mal, entre as trevas e a luz?

Comprovou a ciência que alterações da sexualidade, como o homossexualismo, é genético? Não. Autores sérios falam desta conduta como sendo sofrimento, embora muitos gays e lésbicas não a vivem como sofrimento, mas escolha agradável. Pelo menos conscientemente. Veja textos de Joseph Nicolosi, Anthony Storr, uma psiquiatra brasileira que fez um doutorado numa das melhores escolas de psicanálise do mundo nos Estados Unidos, o “The William Alanson Institute of Psychiatry,” a dra. Iracy Doyle com sua tese “Contribuição ao estudo da homossexualidade feminina”, só para citar estes poucos cientistas com profundo conhecimento sobre questões de homossexualidade. Quer ajuda nesta área? Veja por exemplo: www.exodus.org.br , www.amizadesverdadeiras.com.br

Instituições reguladoras de profissionais em psicologia proíbem que psicólogos atendam, escrevam, apresentem palestras, falem sobre a homossexualidade e outros comportamentos de conduta sexual conforme a crença pessoal e a de alguns cientistas como estes citados acima e tantos outros. E pior, mesmo que uma pessoa, gay, lésbica, etc., queira ajuda para seus sofrimentos ligados ao homossexualismo, os psicólogos são proibidos por estas instituições profissionais de oferecer tal ajuda. Isto é ciência ou ideologia? Na verdade é uma ditadura, um desrespeito pela liberdade de consciência, de crença, de visão do sofrimento humano, e uma violação da constituição de nosso país que permite a liberdade de crença inclusive científica. Conflitos de interesse ideológico sem base científica têm, infelizmente, dominado instituições de nossa sociedade, no meio científico, empresarial, e no meio político nem se fala. Mas a verdade vai vencer.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Por que algumas pessoas se automutilam?

quinta-feira, 08 de abril de 2021

Parece epidemia, jovens se automutilando. Automutilação é agredir a si mesmo, sem necessariamente desejar o suicídio. A ideia do automutilador é que ao se ferir obtém alívio da dor emocional a qual ainda não sabe resolver maduramente. É uma troca entre a dor emocional e a dor física. Por que alguém decide machucar seu próprio corpo?

Parece epidemia, jovens se automutilando. Automutilação é agredir a si mesmo, sem necessariamente desejar o suicídio. A ideia do automutilador é que ao se ferir obtém alívio da dor emocional a qual ainda não sabe resolver maduramente. É uma troca entre a dor emocional e a dor física. Por que alguém decide machucar seu próprio corpo?

A dor mental básica no ser humano é a angústia que produz sintomas físicos como aperto no peito, dificuldade para respirar, pressão na nuca, frio na barriga, perda ou aumento do apetite, sensação de dificuldade de engolir, e outros sintomas. Manifestações físicas da angústia ocorrem por ser uma forma de aliviar a mente.

Lidar conscientemente com dores emocionais é um desafio. A dor dói e não queremos pensar nela. Mas a dor da angústia é um sinal, um alarme dizendo que há algo errado que precisa conserto, não necessariamente através de medicação. É como a luz vermelha do painel do carro que ao acender indica um defeito. A angústia não é inimiga. Ela serve como sinal de que existe algo na sua vida que precisa ajuste, mudança, reparo.

Ao se machucar intencionalmente, a dor provocada pela automutilação diminui o sofrimento da angústia porque a pessoa passa a se concentrar na dor da ferida física. Em torno de 20% dos jovens adolescentes se mutilam, sendo 88% do sexo feminino, e mais comum entre os 14 e 16 anos de idade. Em 60% dos casos há um diagnóstico de transtorno do humor e 90% escolhem se cortar ou se arranhar. Muitos fazem isto em locais no corpo que dá para disfarçar com o uso de calça comprida, camisa ou blusa com manga longa, mesmo que esteja no verão.

Alguns automutiladores possuem uma alteração de caráter chamada Transtorno de Personalidade Borderline. Mas nem todos que se automutilam são borderlines. A palavra “borderline” significa “fronteira”, “limite”. Pessoas com características borderline apresentam um comportamento fronteiriço ou no limite entre a normalidade e a loucura. Muitos jovens praticam a automutilação ao estar vivendo sob forte pressão psicológica, possuem sentimentos de auto-depreciação e têm dificuldade de expressar verbalmente o que sentem. Em cima disso, eles têm uma imaturidade do ego, uma fragilidade psicológica que facilita esta atitude doentia.

Geralmente se ferem dando socos em si mesmos, se cortando com gilete, faca, vidro, ou outro objeto cortante, dão chicotadas em si, mordem uma parte do corpo, batem a cabeça na parede, usam agulhas para furar a pele, entre outras formas de se mutilar. A forma mais comum de automutilação é fazer cortes nas pernas, coxas, barriga, braços e pulsos. Dentre os motivos que levam pessoas a se automutilarem estão: punir a si mesmas; diminuir a ansiedade, frustração, raiva, tristeza; tentativa de mostrar o quanto aguentam uma dor física; falta de autocontrole emocional; fugir da sensação dolorida de vazio; querer se vingar de alguém e gerar culpa no outro; e também para evitar o suicídio.

Apesar de que a principal função da autoagressão é provocar dor física para aliviar a dor emocional, atendi uma jovem moça que me disse que se automutilava porque se sentia um nada. Ela havia sido desprezada pelo pai que se separou da mãe e não a procurava como filha, e a mãe havia ido para longe, deixando-a com uma avó grosseira com ela. Ela se sentiu desprezada. Se sentiu não ser uma pessoa. E ao se cortar e sentir a dor, era como se dissesse para si mesma: “Eu sou alguém! Eu sou esta pessoa que sente esta dor!”

A automutilação pode causar complicações como infecções, cicatrizes, lesões permanentes e morte. O tratamento envolve psicoterapia para a pessoa poder desabafar, ser acolhida, entender os traumas que viveu e o que tem feito com eles, aprender a lidar com suas emoções dolorosas de forma consciente e auto-protetora. Em alguns casos pode ser preciso tomar alguma medicação temporária prescrita pelo médico psiquiatra para reduzir a ansiedade excessiva, a alteração do humor ou outro sintoma complicado.

Até que a pessoa aprenda a administrar saudavelmente suas emoções e pensamentos distorcidos, o profissional ensina a diminuir o modo de se machucar. Exemplo, ao invés de se cortar com gilete, a pessoa pode segurar uma pedra de gelo por alguns minutos.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Álcool e gravidez

quinta-feira, 01 de abril de 2021

Quando se estuda o alcoolismo e seus efeitos sobre o corpo humano, nos deparamos com um amplo espectro de doenças ligadas ao consumo do álcool, o TEAF, Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal. Uma delas é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é um conjunto de alterações no bebê durante a gravidez pelo fato da mãe ingerir bebidas alcoólicas.

Quando se estuda o alcoolismo e seus efeitos sobre o corpo humano, nos deparamos com um amplo espectro de doenças ligadas ao consumo do álcool, o TEAF, Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal. Uma delas é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é um conjunto de alterações no bebê durante a gravidez pelo fato da mãe ingerir bebidas alcoólicas.

Cerca de 25%, uma em cada quatro, das crianças com TEAF têm defeitos cardíacos congênitos relacionados com o consumo de álcool pela mãe. Congênito significa que o bebê já nasce com o defeito ou a doença. Mas em 2019 foi realizado um estudo para verificar se a ingestão de álcool pelo pai também poderia estar relacionado com o aumento do risco de defeitos cardíacos congênitos no bebê.

Este estudo científico envolveu uma meta-análise, ou seja, um estudo de dados combinados de pesquisas importantes na China, Europa e Estados Unidos. Analisaram 41.747 alcoólatras e 297.587 consumidores controlados. Este estudo foi publicado no European Journal of Preventive Cardiology (Revista Europeia de Cardiologia Preventiva). Descobriram que o consumo de álcool pelo pai aumenta muito a probabilidade de o recém-nascido apresentar doenças cardíacas congênitas.

Parece que o álcool danifica o DNA e o RNA no esperma do homem. E isto pode ser mais grave se ele consome muita bebida alcoólica. Para que o pai não contribua com a possibilidade do seu filho ter doença cardíaca congênita, ele não deve consumir álcool pelo menos nos três meses antes da concepção.

Bebidas alcoólicas aumentam outras doenças congênitas, favorece o câncer, mata cerca de três milhões de pessoas por ano, e é responsável por 5% das doenças em geral no mundo. O consumo do álcool está ligado a acidentes, afogamentos, crime e violência doméstica.

A Síndrome Alcoólica Fetal atinge cerca de dois bebês em cada mil, sendo a principal causa de retardo mental nos Estados Unidos. “Acredita-se que a SAF e esses outros transtornos afetem cerca de 40 mil crianças por ano em todo o globo, mais do que a síndrome de Down, distrofia muscular e espinha bífida somadas, segundo a organização não-governamental The National Organization on Fetal Alcohol Syndrome”. (http://brasil.babycenter.com/a3500005/s%C3%ADndrome-alco%C3%B3lica-fetal#ixzz38uMfPbVT)

"Há uma estimativa de que um em cada cinco casos de deficiência mental no mundo seja causado pelo álcool ingerido pela gestante”, diz Dartiu Xavier da Silveira, co-fundador e coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo. (http://brasil.babycenter.com/a3500005/s%C3%ADndrome-alco%C3%B3lica-fetal#ixzz38uN7fqQu)

Se uma mulher costuma ingerir bebidas alcoólicas e quer engravidar ou engravidou, ela deve parar o consumo de álcool imediatamente. Se não consegue parar sozinha, deve procurar ajuda. E um alerta é que os bebês com a Síndrome Alcoólica Fetal têm tamanho menor, peso abaixo do normal, nariz e maxilar reduzidos, geralmente possuem olhos e cabeça menores do que o normal, lábio superior bem fino, podem ter defeitos no coração, rins e pulmões, na audição e visão. Ao crescer podem ter problemas de comportamento, dificuldades com memória e aprendizado, sendo o pior problema o retardo mental.

Mesmo quantidades pequenas de álcool podem ser danosas para o bebê na barriga da mãe. Nenhuma quantidade de álcool é segura, assim mulheres grávidas deveriam evitá-lo durante toda a gravidez, seja cerveja, vinho, bebidas destiladas, e os “coolers”. Mesmo não tomando bebidas alcoólicas diariamente, se ela ingere num só dia três ou mais drinques, o nível de álcool no sangue aumenta rapidamente, e ela coloca em risco a vida do bebê.

A melhor maneira de prevenir a Síndrome Alcoólica Fetal é parar de ingerir bebidas alcoólicas assim que a mulher pensar em engravidar, e substituir por água, sucos de frutas e água de coco. O álcool é tóxico para nosso corpo, especialmente para o cérebro. O melhor para a saúde não é beber com moderação, mas evitar bebidas alcoólicas.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Fazer as pazes com nossas limitações

quinta-feira, 25 de março de 2021

Em julho de 2017 a revista “Psychology Today” publicou um artigo escrito pelo doutor em psicologia Leon Seltzer, com o título: “Sim, você não pode! – Por que você deve afirmar suas limitações.” Nos acostumamos, talvez desde que Barack Obama era presidente dos Estados Unidos, a escutar a frase: “Yes, you can!”, “Sim, você pode!”. Mas não podemos? Vamos pensar nisso compartilhando ideias minhas e do dr. Seltzer.

Em julho de 2017 a revista “Psychology Today” publicou um artigo escrito pelo doutor em psicologia Leon Seltzer, com o título: “Sim, você não pode! – Por que você deve afirmar suas limitações.” Nos acostumamos, talvez desde que Barack Obama era presidente dos Estados Unidos, a escutar a frase: “Yes, you can!”, “Sim, você pode!”. Mas não podemos? Vamos pensar nisso compartilhando ideias minhas e do dr. Seltzer.

Muitos livros de autoajuda tratam sobre como se auto-superar, transcender seus limites, vencer barreiras, e se alguém lhe diz que você precisa aceitar suas limitações, ou seja, se diz “você não pode” no sentido de não conseguir, isso pode causar um sentimento de pessimismo, não é mesmo? Mas podemos fazer as pazes com nossas limitações.

Não somos bons em tudo. Nascemos com algumas habilidades e aprendemos outras. Temos alguns talentos e não temos outros. Por mais que você se sinta uma pessoa forte, suas limitações inatas irão influenciar o que você pode e o que não pode fazer na vida.

A mídia exalta jogadores de futebol e os clubes pagam milhões de reais, dólares ou euros para estes que nasceram com habilidade motora nos pés que os fazem hábeis jogadores de futebol, embora muitos sejam maus exemplos de conduta moral. Se você não tem habilidade psicomotora para este esporte, você pode treinar muito, e nunca chegará na performance dos jogadores que nasceram com esta capacidade. É o seu limite natural.

Sim, você deve dar o seu melhor, fazer esforços, se aprimorar com cursos, superar expectativas profissionais e alcançar seus objetivos. O dr. Leon Seltzer afirma que “uma das razões pelas quais esses esforços geralmente valem a pena é que muitas vezes você só consegue reconhecer seus limites imutáveis depois de ter lutado fortemente para superá-los (e às vezes com ajuda externa também).” Damos de cara com nossas limitações após fazer o máximo que foi possível. E agora?

Cuidado para não se estressar, se desapontar repetidamente, conviver com sentimentos de fracasso e adoecer por insistir em algo que está além de suas limitações. Isto não é fracasso, mas limitação natural. Dependendo da situação, pode ser melhor simplesmente dizer a si mesmo: 1 - “Acho que finalmente sei o quanto esse negócio é cruel. Não fui feito para chegar aqui no topo. Não sou agressivo o suficiente, não estou motivado para fazer as conexões que preciso e não tenho vontade ou resistência para isso.”; 2 - ”Preciso enfrentar isso. Ela [ou ele] não está interessado em mim. Fiz tudo o que pude para atraí-lo (a). Não importa o quanto gosto dessa pessoa, tenho que enfrentar o fato de que ele/ela nunca vai retribuir meus sentimentos apaixonados.”; 3 - “Posso amar guitarra, pratiquei muito, e é hora de enfrentar o fato de que nunca serei bom o suficiente para ganhar a vida tocando numa banda. Posso fazer da guitarra uma parte da minha vida recreativa, mas simplesmente não consigo fazer disso minha profissão.”; 4 - “Sei que sou um ‘animal político’ por ficar absorvido no mundo da política. Gostaria de poder influenciar a direção que este país está tomando. Mas nunca vou conseguir bajular as pessoas, beijar bebês durante a campanha ou fazer tudo o que os políticos fazem para ser eleitos. Vou procurar algo pelo menos relacionado à política que me satisfaça.”

Saltzer levanta a pergunta: “Então, isso é sobre desistir de seus sonhos? É sacrificar seus ideais, resignando-se a uma vida de frustração, tédio ou mediocridade?” Ele mesmo responde: “Dificilmente. A vida pode ser cheia de compromissos, mas, para a maioria de nós, também está cheia de escolhas. É raro que apenas uma coisa na vida possa atrair sua atenção ou interesse. Embora seja difícil renunciar a um sonho que você teve talvez desde a infância, é pior apegar-se ferozmente a uma fantasia que a vida já demonstrou que simplesmente excede seu alcance mental, físico ou emocional.”

Nesses casos o que fazer? Primeiro lamente porque sua primeira escolha, seu Plano A, não vai se tornar sua realidade. Mas também não fique obcecado e ruminando sobre essa perda. Lamente por um pouco de tempo e siga em frente. Pergunte a si mesmo o que mais, relacionado à primeira escolha ou não, você gostaria de fazer? E, é claro, essa escolha deve estar dentro do seu nível verificado de competência. Uma parte importante para seu bem estar mental é encontrar um desafio adequado para você, o qual definitivamente está dentro de sua capacidade de realizá-lo. Fazendo as pazes com nossas limitações nós vamos para a frente na vida.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dor física e dor emocional: qual a pior?

quinta-feira, 18 de março de 2021

Algumas pessoas perguntam isso, qual é o pior tipo de dor: física ou emocional? Vários autores cientistas defendem a ideia de que a dor emocional ou mental é a pior. Mas nem sempre. Creio que vai depender de que tipo de dor emocional é, a intensidade que ela atinge a pessoa, quais recursos psicológicos a pessoa sabe usar, entre outros fatores.

Algumas pessoas perguntam isso, qual é o pior tipo de dor: física ou emocional? Vários autores cientistas defendem a ideia de que a dor emocional ou mental é a pior. Mas nem sempre. Creio que vai depender de que tipo de dor emocional é, a intensidade que ela atinge a pessoa, quais recursos psicológicos a pessoa sabe usar, entre outros fatores.

O doutor em psicologia, Guy Winch, publicou um artigo no site Psychology Today em 20 de julho de 2014 no qual ele dá cinco maneiras pelas quais a dor emocional é pior do que a dor física (www.psychologytoday.com/us). Vamos dar uma olhada nisso e colocarei algumas ideias minhas também.

Ele comenta que temos a tendência de monitorar nosso corpo e nossa saúde física mais do que nossa saúde emocional. As pessoas com condições financeiras ou com bom plano de saúde geralmente fazem check-ups ou avaliações clínicas ou físicas a cada ano. Mas o que você acha da ideia de fazer um 'check-up psicológico'? Não parece uma ideia estranha para nós?

Sabemos que se uma pequena lesão física, como um corte, tornar-se mais dolorosa com o tempo, é sinal de infecção mais séria. Mas se não conseguirmos promoção no trabalho isto pode ser emocionalmente doloroso após várias semanas, e talvez não teremos consciência de que começamos a ficar deprimidos por causa desta perda no trabalho.

Ainda Guy afirma que “temos a tendência de reagir à dor física de maneira muito mais proativa do que à dor emocional. No entanto, exceto por lesões ou doenças catastróficas, a dor emocional frequentemente afeta nossa vida muito mais do que a dor física.” E são citadas cinco razões pelas quais a dor emocional é pior do que a dor física:

1. Memórias desencadeiam dor emocional, mas não dor física: relembrar a ocasião em que você quebrou a perna não a fará doer, mas relembrar a ocasião em que você se sentiu rejeitado por quem se sentia apaixonado ou apaixonada no colégio poderá causar dor emocional importante. 

2. Usamos a dor física como distração da dor emocional, não vice-versa. Alguns adolescentes e adultos se automutilam, ou seja, ferem a si mesmos, por exemplo, cortando a pele com uma lâmina, porque a dor física que isso produz os distrai de sua dor emocional, oferecendo-lhes alívio. Mas o mesmo não funciona ao contrário, ou seja, querer usar uma dor emocional para aliviar ou resolver uma dor física.

3. Em geral a dor física atrai mais empatia dos outros do que a dor emocional. Quando vemos um estranho sendo atropelado por um carro, estremecemos, ofegamos ou até gritamos e corremos para ver se ele está bem. Mas quando vemos um empregado numa loja recebendo uma bronca agressiva do seu chefe, coisa que produz dor emocional naquele funcionário, é improvável que façamos qualquer uma dessas coisas. 

4. A dor emocional produz ecos de maneiras que a dor física não faz isso. Se você recebeu uma ligação sobre a morte de seu pai ao estar num almoço romântico com seu marido ou com sua esposa no dia de aniversário de casamento, provavelmente levará alguns anos antes que você possa voltar a desfrutar uma comemoração como esta sem ficar bem triste. Mas se você quebrou o pé jogando futebol com amigos, provavelmente estará de volta ao campo assim que estiver totalmente curado da fratura. 

5. Uma dor emocional, mas não física, pode prejudicar nossa noção de valor pessoal, nossa saúde mental a longo prazo. A dor física deve ser extrema para prejudicar nossa saúde mental, claro, a menos que as circunstâncias também sejam emocionalmente bem traumáticas. Ser reprovado em um exame no vestibular ou Enem pode criar ansiedade e medo do fracasso, ou uma única perda dolorosa pode levar a anos de fugir de relacionamentos causando a consequente solidão.

Embora apliquemos uma pomada antibacteriana em um corte ou arranhão na pele imediatamente, fazemos pouco para proteger nosso respeito pessoal ao nos depreciar. Valorize sua dor emocional não no sentido de fazer propaganda dela por aí nas redes sociais e em diálogos com os outros, mas no sentido de entender o que está machucando sua vida emocional e o que pode e deve fazer para melhorar sua saúde mental.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mulher: uma criação especial

quinta-feira, 11 de março de 2021

Na última segunda-feira, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Esta obra prima do criador, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo. Primeiro a menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar e que nos encanta. Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora.

Na última segunda-feira, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Esta obra prima do criador, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo. Primeiro a menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar e que nos encanta. Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora. Um pé na infância, outro na adolescência, o corpo se molda para o de mulher, interesses se voltam para a estética, a menstruação chega e anuncia a marca endócrina da fêmea, ela cresce. Na adolescência, mais formas femininas, o afeto agora com interesse no sexo oposto, cria amizades, a turbulência das emoções, esta é a graça da filha adolescente.

Início da vida adulta, casamento, estudos, trabalho, aguarda o desenrolar da história que pode levá-la ao seu lar, ser dona de casa, esposa, mãe, lindas possibilidades na existência! Mesmo ficando solteira, a graça feminina, a capacidade profissional, a ajuda humana que pode dar, mostram a importância da vida da mulher adulta.

Que beleza e delicadeza a mulher grávida! Que maravilha do criador ela gerar um bebê e dar à luz um ser! Sublime etapa! Anos adiante, no sofrimento e alegria que todos temos, surge o amadurecimento mais profundo, criando filhos. Depois chega a hora de curtir os netos! Envelhecer é ruim, mas amadurecer é bom. Ela amadurece mais e chega à menopausa, um período normal do ciclo feminino em que não mais precisa procriar. Na terceira idade ela é muito útil aconselhando os mais novos da família, apoiando-os, repreendendo-os. Finalmente, ela necessita ser cuidada por ter as forças, a visão, e a capacidade de trabalho diminuindo. Ajude-a!

Mulher, gostaria de deixar para você alguns conselhos. Talvez lhe ajudará:

1 -  Crie sua filha curtindo a infância com menos coisas artificiais, menos shopping, TV, vídeogame, comida artificial e mais natureza. Evite para seus filhos multi-cursos, como inglês, espanhol, ginástica, música, judô, natação, ufa!!! E o tempo para ser criança e brincar? Evite superproteção por um lado e negligência afetiva por outro. Ofereça carinho combinado com disciplina. Lembre-se que criança não namora.

2 - Crie os filhos sem incentivar o namoro precoce, mas voltado para os estudos. Mantenha o carinho com amor firme e também com limites. Filhos de lares ditatoriais têm problemas parecidos com filhos de lares liberais e eles não se tornam mais felizes quando os pais deixam que façam o que querem ou quando ganham tudo que pedem.

3 - Seus filhos devem sair com quem você conhece e aprova, sabendo aonde eles vão, cumprindo o horário de voltar. Não estimule o uso de roupas sensuais em sua filha. Isto atrai rapazes para o corpo dela. Garotas confundem isto com afeto. Fale sobre a diferença entre amor e atração sexual e doenças sexualmente transmissíveis. Explique que não é “pagar mico” casar virgem, que sexo pré-marital não garante felicidade no casamento, nem afetiva, nem sexualmente, e que o namoro é secundário aos estudos, sendo um tempo de conhecimento da pessoa e não de transar.

4 - Mulher mãe seja um modelo de honestidade, sinceridade, fidelidade, autocontrole emocional, para seus filhos. Não deprecie homens diante deles, ainda que você tenha sofrido com um homem. Não diga: “Homens são todos iguais, não valem nada!”, porque você foi abusada por um homem rude, abusivo. Não é verdade que todos os homens são iguais e que todos não prestam, o mesmo em relação às mulheres. Não jogue sua filha contra o pai dela por você estar aborrecida com ele. Não jogue sua filha contra o marido dela por não ter simpatia pelo genro. Seja a melhor amiga de sua filha. Ela precisa disso mesmo sendo adulta, independente, com sucesso profissional.

5 - Para você mulher que é avó, curta seus netinhos nem que seja por vídeo, celular, internet. Nada como o vovô e a vovó para colocar um pouco de açúcar na vida dos netos, sem violar as regras dos pais deles. Seus netos precisam de sua experiência e de sua flexibilidade. Netos ajudam muito para a alegria da terceira idade.

6 - Você mulher jovem, adulta, idosa, solteira, casada, separada, viúva, não perca a feminilidade sendo “bronca”. Isto destrói a beleza feminina. Seja delicada, mesmo tendo que ser firme. Não diga palavrão, pois isto tira a doçura e é uma deseducação. Você pode ser doce e colocar limites e ser firme. Não “desça o barraco” achando que isto é ser poderosa. É feio. O poder emocional saudável de uma pessoa se mede pelo grau de autocontrole emocional que ela tem. Mantenha sua feminilidade com serenidade.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Como contribuir para a diminuição da violência social?

quinta-feira, 04 de março de 2021

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade.

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade. Você pode ver as recomendações em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/wrvhrecommendations.pdf

Entretanto, o que está ali é algo que para ser praticado a classe política, a polícia, o judiciário, os pais de família, várias instituições sociais, como associação de moradores, escolas, universidades, igrejas, empresários, mídia, entre outros, precisam dar as mãos para unir os esforços no combate e na prevenção da violência social.

A violência tira a vida de mais de 1,5 milhões de pessoas anualmente: pouco mais de 50%, devido ao suicídio, cerca de 35% devido ao homicídio, e pouco mais de 12%, como resultado direto da guerra ou alguma outra forma de conflito. Mas é possível atuar na prevenção da violência se combatermos suas causas como: pobreza concentrada, inadequação quanto ao salário pago para o trabalhador em função do gênero homem e mulher, uso de bebidas alcoólicas de modo prejudicial, falta de relacionamento entre os filhos e seus pais que forneça segurança, estabilidade e nutrição afetiva, e outros fatores.

Há níveis sociais diferentes que tentam explicar as causas da violência, tais como: 1 - Primeiro nível: idade, educação, salário, hereditariedade, lesões cerebrais, transtornos de personalidade, abuso de substância e relatos de história de pessoas que experimentam, testemunham e praticam comportamentos violentos. 2 - Segundo nível: tem que ver com relacionamentos íntimos, com familiares, amigos. Você tem amigos violentos? Há violência no seu casamento? Ocorre abuso contra um idoso que você tenha notícia produzido pelos cuidadores deles? 3 - Terceiro nível: contexto da comunidade, como escolas, locais de trabalho, vizinhança, pontos de venda de drogas, ausência de redes sociais de apoio, pobreza concentrada. 4 - Quarto nível: fatores sociais maiores que criam um clima que encoraja a violência, como corrupção, hipocrisia e instabilidade política, problemas no sistema judiciário incluindo corrupção, normas que regulam os papéis do homem e da mulher na sociedade, ou relações pais-filhos, que envolve injustiça econômica, afetiva; aceitação social da violência, disponibilidade de armas, exposição da violência pela mídia (TV, rádio, jornal, internet, revistas etc.).

A melhor forma de prevenção da violência tem que ver mesmo com a família. O melhor ensinador, para o bem ou para o mal é o exemplo da pessoa. A criança necessita aprender conceitos de boa moral, valores positivos de conduta. Mas para isso seus pais ou cuidadores precisam ser pessoas de boa moral, de boa conduta. Porque o exemplo fala mais alto. Mas se estes pais são eles mesmos agressivos verbal e/ou fisicamente, se nutrem em sua família o consumo de álcool, vivem assistindo programas de TV cheios de sensualidade, mentiras, violência, agressões e péssimos modelos como em algumas novelas, o que é passado para a criança será algo negativo, que poderá contribuir para gerar comportamento violento. Por isso, o mais significativo fator para reduzir a violência na sociedade tem que ver com guiar a criança desde pequena com disciplina equilibrada, exemplo de boa moral, evitando expor a criança à maldade e modelos de conduta muito alterados como aparece na mídia.

É muito difícil educar filhos na sociedade pós-moderna na qual vivemos para prevenção da violência, mas não é impossível. Tudo começa no lar com o relacionamento entre os pais e os filhos. É ali onde a prevenção da violência tem mais poder. Tenha coragem de ensinar seus filhos pequenos a serem honestos, verdadeiros, a se protegerem de crianças agressivas, a saberem dizer “não” para coisas estranhas para elas que outros possam oferecer, a terem valores éticos mesmo rodeados com abundância da falta de ética.

Ensine a criança a se autocontrolar. Coloque limites para ela quanto aos tipos de “lazer” que são violentos como certos videogames, filmes, encorajando-as e vivendo com ela mais perto da natureza, tendo alimento simples e natural, dormindo cedo, monitorando os estudos dela. Você acha que isso é fora de nossa época? Não mesmo. É possível aprendermos a ser verdadeiros, honestos, sinceros, éticos, numa sociedade apodrecida moralmente, sem nos tornarmos bobos e ingênuos, sabendo nos proteger da maldade.

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Violence#cite_note-who.int-2).

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Aceitar a impotência alivia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Não podemos mudar as pessoas. Elas continuarão a ser o que são apesar de nossos esforços para tentar mudá-las. Uma pessoa só muda quando ela quer e decide fazer algo neste sentido. Já é difícil mudar a nós mesmos, não é? Imagine tentar mudar uma outra pessoa! A ideia de que você pode mudar outra pessoa é uma ilusão.

Não podemos mudar as pessoas. Elas continuarão a ser o que são apesar de nossos esforços para tentar mudá-las. Uma pessoa só muda quando ela quer e decide fazer algo neste sentido. Já é difícil mudar a nós mesmos, não é? Imagine tentar mudar uma outra pessoa! A ideia de que você pode mudar outra pessoa é uma ilusão.

Há alguns anos recebi um pedido de ajuda de uma jovem que namorava um rapaz por quem ela se dizia apaixonada. Ela disse que o rapaz era ótimo, mas só tinha um “probleminha”, ele gostava de fumar maconha. Em seguida ela disse que tinha certeza de que o amor dela por ele seria eficaz para mudar o rapaz no sentido dele abandonar o uso desta droga. E me perguntou o que eu achava.

Muita gente boa e inteligente acredita que seu amor é capaz de mudar alguém. Isto é perigoso porque pode chegar à prepotência ou arrogância. Expliquei para a jovem que o que ela chamava de amor pelo rapaz não era suficiente para fazer com que ele deixasse a maconha de lado. Ele só abandonaria a droga se ele quisesse e tomasse uma decisão neste sentido. O sentimento dela por ele não tinha poder para causar esta mudança nele.

Uma das lutas em nossa vida pode ser aceitar nossa impotência diante do comportamento ruim de outra pessoa. Somos impotentes diante do comportamento desagradável de outra pessoa com quem convivemos, diante da corrupção política, e de outras coisas. Pode ser que a pior luta seja em relação a alguém que nos machuca, preocupa, trás problemas, e não quer ajuda. Como ajudar quem não quer ajuda, não é?

Mas pense bem, aceitar nossa impotência sobre o comportamento de outras pessoas pode realmente nos aliviar de fardos pesados. É muito pesado carregar uma responsabilidade de mudar alguém que talvez não queria mudar, ou não quer neste momento da vida. E a dificuldade envolve sentirmos algum tipo de sofrimento porque o outro continua com comportamento ruim, que mesmo que não nos prejudique diretamente, pode nos deixar tristes porque aquela pessoa sofre com sua postura de não mudança e temos uma ligação afetiva com ela.

Se você tem tentado mudar alguém, desista. Estou falando de pessoas adultas e não de comportamentos disfuncionais de crianças sobre as quais, como pai e mãe, temos a tarefa de educar para corrigir possíveis erros comportamentais. Não gaste seu tempo manipulando pessoas. Abra mão do controle. Controlar o outro é uma ilusão.

Para muitos a ideia de abandonar o controle pode assustar, porque para estas pessoas o sentido da vida tem sido tentar controlar o outro, e abandonando esta postura, pensam elas, “o que vai ser da minha vida?”. O sentido de sua vida é tentar controlar uma pessoa? Viver assim é perder a vida. E o controlador, aquele que não aceita a impotência diante da ideia de mudar alguém, acaba não mudando ninguém e ainda gasta tempo precioso de sua vida, que poderia ser usado para outras coisas produtivas, úteis, de valor, eficazes.

Alguns podem se sentir mal diante da ideia de abandonar a tentativa de controlar o outro porque a ideia de controlar pode estar misturada com a sensação de ajudar. Se parar de tentar controlar, isto significará egoísmo? É egoísmo deixar uma pessoa adulta fazer o que ela quer fazer, mesmo que seja algo ruim para ela e que nos atinge de certa forma? Ou é libertação de um jugo pesado que não precisamos carregar?

Li uma frase que dizia assim: deixe de ser responsável pela pessoa e seja responsável para com ela. Parece igual, mas é diferente. Ser responsável pela pessoa significa assumir as consequências dos erros dela, o que é injusto para quem assume. Ser responsável para com a pessoa, é oferecer ajuda e respeitar as decisões dela sobre aceitar ou rejeitar este oferecimento compassivo e deixar que ela assuma as consequências do que decide fazer.

Temos que ter cuidado para não perder a vida que Deus quer que vivamos por causa de querer controlar a vida de pessoas que não querem mudar para melhor. Deixá-las viverem como elas escolhem não é egoísmo. É respeito por elas e por você mesmo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.