Que seja o outono a estação das esperanças frutificadas!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 23 de março de 2021

  “O outono chegou em sua plenitude”... E o tema do Caderno Z não poderia ser

outro para brindar mais um ciclo da natureza. Eu começo pelas mãos de Ana Borges que nos convida a descobrir “nosso lado sombra para então descobrir o que mudar”. Seu texto é a mais pura filosofia, com lições de vida em metáforas que brotam de sua sensibilidade. Ana ressalta que o outono é o tempo ideal para o renascimento, pois, assim como as folhas caem, “nossa vida precisa de tempos de esvaziamentos e de recomeços...”. O tempo é o senhor de todas as estações, de todas as mudanças, e cada um de nós é de um jeito, tem suas preferências e se molda no passar da existência.

Wanderson Nogueira, em  “Palavreando”, se define: “Considero-me um ser noturno, ainda que concorde que as manhãs são lindas e o amanhecer talvez seja a parte mais bonita do dia”. Cada ciclo tem o seu encanto, mas, no outono, além de tantas frutas, é vez dos caquis, super vitaminados. Na verdade, com tantas frutas, o outono é um verdadeiro festival de cores e sabores. Contudo, a previsão é a de que tenhamos um outono mais úmido e uma primavera seca no Brasil, com quedas de temperaturas constantes e ocorrência de nevoeiros e geadas. Preparemos os agasalhos, minha gente!...

 Quando a viagem literária chega no terceiro parágrafo é hora de nos despedir do Caderno Z, mas, não sem antes agradecer o convite que me foi feito para participar da edição de boas-vindas ao outono. É muito carinho comigo, meus queridos de A VOZ DA SERRA! Estou embevecida, lisonjeada com a publicação de meu texto, em página dupla, com fotos do meu Jardim da Lis, de onde destaco: “As alamandas douram o jardim com suas amarelices e eu amo amarelo! Elas brotam nos recônditos mais esquecidos do jardim...”. Sejamos assim, espalhando as energias outonais, florescendo, imitando as alamandas, onde estiverem fincados os nossos pés!

 Na primeira etapa do Campeonato Carioca de Enduro, Nova Friburgo marcou presença bonita no pódio com dois representantes da nossa cidade. Na área musical, ganhamos mais uma banda, o grupo Fire In The Park. Desde 2016, a banda vem trabalhando e tem como lema “desperte a sua revolução interior”. O grupo possui repertório próprio e vai colocar “fogo no parquinho” quando a pandemia passar. E falando nela, voltamos para a bandeira laranja. Sem muitos comentários, porque a verdade dói: 320 óbitos e o número de casos confirmados de Covid 19 passando da marca de 11 mil. Que triste cenário sem perspectiva de solução. Mesmo assim, com toda essa desolação, as pesquisas mostram que “os brasileiros são os que mais engordaram na pandemia”.

Mas, como não é para todo mundo que o mundo dentro de casa é confortável, há muita gente passando necessidade e privações, principalmente, aquelas pessoas que já viviam em condições de risco social, à margem da sociedade.

Em “Há 50 Anos”, estava autorizado por decreto presidencial, o funcionamento da nossa Faculdade de Odontologia, contrariando “as forças políticas contrárias”. Em “Sociais”, um aniversariante querido, André Gomes, um dos encarregados da varrição da Avenida Alberto Braune. Vai uma trova, André: “Deixa a rua tão limpinha, de modo extraordinário que, se a rua fosse minha, eu dobrava o seu salário!”. Parabéns!

 O outono também nos trouxe a boa notícia da reforma e restauração dos afrescos do Chalet do Barão, no Country Clube. Construída em 1860, a obra foi executada com “o que havia de mais sofisticado em termos de material de construção, mobiliários e peças para decoração”. O presidente do clube, Celso de Oliveira Santos, explicou que a equipe de restauro concluiu uma das etapas mais significativas com a restauração do afresco central do forro, uma reprodução da obra “A Aurora” de Guido Reni. A notícia é de real importância pela preservação do patrimônio e pela capacidade profissional do grupo de restauro, para nos devolver a beleza de uma preciosidade da nossa história. Parabéns a todos os idealizadores da obra, pois, Nova Friburgo merece o belo presente!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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