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Ainda bem que aos 75 anos, A VOZ DA SERRA pode circular sem restrições!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Para quem já tem costume de viajar sem sair de casa, como eu, ao ler a edição de cada fim de semana de A VOZ DA SERRA, as viagens são super interessantes,  porque vamos até de pijama. Não é bem o caso de ficar em casa por uma determinação no atual momento de tensão com o vírus, pois, no fundo, no fundo, não estamos tranquilos. Contudo, o Caderno Z nos trouxe um tema cheinho de dicas para que possamos transpor o isolamento sem nos sentirmos presos. E a internet está em todas, com passeios variados: Louvre e Museu do Vaticano são inesquecíveis.

Para quem já tem costume de viajar sem sair de casa, como eu, ao ler a edição de cada fim de semana de A VOZ DA SERRA, as viagens são super interessantes,  porque vamos até de pijama. Não é bem o caso de ficar em casa por uma determinação no atual momento de tensão com o vírus, pois, no fundo, no fundo, não estamos tranquilos. Contudo, o Caderno Z nos trouxe um tema cheinho de dicas para que possamos transpor o isolamento sem nos sentirmos presos. E a internet está em todas, com passeios variados: Louvre e Museu do Vaticano são inesquecíveis. A Pinacoteca, de São Paulo, tem mais de nove mil obras de arte. O Metropolitan, o Masp e a Galeria Uffizi estão também entre as dicas para visitação durante a quarentena.

 E tem muito mais. Filmes na Netflix e em outras plataformas. Livros para baixar gratuitamente, podendo até escolher “entre literatura clássica até dissertações de mestrado e doutorado”. Muita coisa boa recomendada e uma infinidade de jogos. Mas, para quem se cansou de tudo, que tal ir para a cozinha preparar delícias para a família? O “Z” trouxe umas receitas fáceis, nada sofisticadas, com ingredientes que a gente costuma ter no estoque culinário. É só meter a mão na massa e partir para o aplauso. Nós saímos do Caderno Z conduzidos por Wanderson Nogueira que nos deu de presente um “Poeminha sobre esses dias de pandemia...” e... “Depois desses dias que vigore a alegria e o comprometimento de nos amarmos mais.”. E o momento pede: Fique em casa!

Em tempos de coelhinho, Vinicius Gastin nos contou uma historinha interessante sobre o chocolate. A expressão usada no futebol “tomar um chocolate”, para mexer com o adversário que estivesse levando uma goleada, teria surgido em função de uma revanche do Vasco, uma espécie de vingança pela derrota da final do Brasileirão em 1979. O Apolinho, da Rádio Nacional, começou a cantar a música El Bodeguero: “Toma chocolate / Paga lo que debes...”. A expressão logo pegou. Lembra, primo Juca Bravo Berbert?

O chocolate veio bem a calhar nos relatos de Vinicius Gastin e até com humor é bom que as pessoas se lembrem dessa expressão. Mas o “chocolate amargo” que Massimo nos serviu, esse foi mesmo de amargar. O colunista presenciou filas enormes em vários pontos da cidade, inclusive, em Olaria, tudo para a compra de chocolates. É chocante!

Seria muito bom que o coelhinho pudesse atender as demandas dos pequenos, médios e grandes chocólatras. A não ser que ele, o coelhinho, acatasse as recomendações de Silvério, na charge. Há um enorme distanciamento entre compreender a gravidade da crise e colaborar para não aumentar o seu alcance. Aliás, há divergências demais entre os que creem na enormidade do problema e os que acreditam na “blindagem” do brasileiro. Entretanto, não é o que os dados atuais comprovam no Brasil.

E Nova Friburgo, sendo uma cidade de povo ordeiro e educado, bem que podia dar bons exemplos para as demais cidades, fazendo a diferença ante a crise. Lamentável. A situação é confusa. Os decretos municipais ajudam: prorrogação de IPTU e outros tributos. O que pode e o que não pode funcionar. Filas com distanciamento entre as pessoas e restrições à circulação dos idosos.  E me fica uma interrogação: geralmente os idosos moram com pessoas mais novas que podem circular pela cidade. E esses “mais novos”, abaixo dos 60 anos, não estão sujeitos a transportarem o vírus para as suas casas?

Ainda bem que completando 75 anos o jornal pode circular sem restrições! Pelo menos uma coisa boa, pois, essa semana, A VOZ DA SERRA festejou seu Jubileu de Brilhante. Nossa diretora, Adriana Ventura, comentou na rede social: “Teríamos uma linda festa”. Eu respondi: A festa de nossa Voz é no dia a dia, com edições confiáveis e imparciais. Mais adiante, ao comentar sobre a matéria em que Adriana disse que “os filhos herdam a loucura dos pais”, eu fiz uma trova:  “Se os filhos herdam loucura / desde os tempos de criança, / seja a loucura mais pura / essa loucura de herança!”.  E ainda arrematei: A VOZ DA SERRA eu bendigo / a tua fidelidade,  / pois, na verdade, és o amigo / o defensor da cidade!” Parabéns Adriana Ventura e equipe. Feliz jornal para todos nós!

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Semana Santa diferente: dentro de casa e no coração

terça-feira, 07 de abril de 2020

O Caderno Z voltou e o nosso embarque é por meio de uma plataforma nunca experimentada, ou seja - “Páscoa em tempos de isolamento”. A Semana Santa já começou e se aproxima e o sonhado “feriadão” que, para alguns, era uma combinação de passeios, encontros e comemorações. Ele ficou meio perdido entre as tensões da atual pandemia. Para os religiosos, apesar dos distanciamentos das igrejas, a semana seguirá mais no recôndito dos corações. Contudo, o isolamento social pode ser compensando com a tecnologia da comunicação virtual.

O Caderno Z voltou e o nosso embarque é por meio de uma plataforma nunca experimentada, ou seja - “Páscoa em tempos de isolamento”. A Semana Santa já começou e se aproxima e o sonhado “feriadão” que, para alguns, era uma combinação de passeios, encontros e comemorações. Ele ficou meio perdido entre as tensões da atual pandemia. Para os religiosos, apesar dos distanciamentos das igrejas, a semana seguirá mais no recôndito dos corações. Contudo, o isolamento social pode ser compensando com a tecnologia da comunicação virtual. As sugestões para uma “alternativa segura e viável” são muitas e, por meio de aplicativos, familiares e amigos podem se reunir para conversas online.

O suplemento de fim de semana do jornal trouxe entrevistas com alguns religiosos e todos eles destacaram em seus pronunciamentos que, por mais que seja um momento doloroso, o tempo é de transformação humana. A pastora Ana Maria Rangel ressaltou: “Esse momento é de afastamento físico, mas não afetivo. É momento de estreitarmos os relacionamentos, especialmente em casa”. O pastor Gerson Acker disse bem: “Sábias são as pessoas que aproveitam a quarentena para nutrir sua espiritualidade”. Entretanto, para as crianças que sonham com o Coelhinho da Páscoa, há uma variedade de dicas de pequenos produtores trabalhando as guloseimas para entregas em vários pontos da cidade.

Wanderson Nogueira, em Palavreando, nos convidou a escolher uma música para o dia da vitória, dos abraços, para cantar “bonito e forte”. Eu já escolhi uma canção: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita...”. Nos esportes, o cenário é de incertezas. Como demonstra Vinicius Gastin, para o Friburguense, já se sabe que o time “não disputará qualquer competição profissional em 2020”. Em entrevista ao jornal, o gerente de futebol do Tricolor da Serra, José Siqueira, explicou que ainda é cedo para se fazer previsões: “A prioridade do momento é a questão da saúde para depois se pensar num calendário esportivo”. E arrematou, brilhantemente: “Cada um se coloque no lugar do outro e ver o que é melhor para todos”.

Os contribuintes do Imposto de Renda terão agora até 30 de junho para entregarem a declaração de imposto de Pessoa Física. A prorrogação do prazo visa facilitar a organização de contribuintes confinados em casa, o que dificulta a aquisição dos documentos que possam estar retidos em empresas, escritórios ou clínicas.

Enquanto a gente fica em casa, há aqueles que permanecem no trabalho para atender as demandas do isolamento. A Associação Comercial, por exemplo, está se esforçando para manter seus canais de comunicação com os associados e o povo em geral. Em sua pesquisa sobre a pandemia, “demonstrando a conscientização da população, da importância do isolamento social”, 75,8% dos entrevistados responderam que somente irão às ruas “em caso de necessidade, mesmo com o comércio aberto”.

Em plena Semana Santa, para os católicos a orientação é a de que fiquem em casa e participem dos ritos pelas transmissões da internet. Tudo em função do isolamento social, quando cada um de nós deve agir com responsabilidade em prol do todo. No município vizinho de Duas Barras, a prefeitura instalou pias, com água e sabão, na Praça Governador Portela e em outros pontos, visando facilitar a higienização das mãos dos moradores que necessitarem ir às farmácias ou a outras demandas indispensáveis. Toda nossa vida está mudada.

Depois de adultos, tivemos que aprender a lavar as mãos corretamente e, mais do que isso, cada vez mais, aprendemos a usar nossas mãos a serviço do próximo. No fim das contas, estaremos mais puros e confirmaremos o pensamento que nos trouxe Massimo: “Sem pureza na ação a verdadeira natureza do Ser não pode ser reconhecida”. O prefeito Renato Bravo anunciou que a quarentena será prorrogada, confirmando: “Neste momento isso é fundamental, essencial para preservar vidas...”. Bravo! Liderança com sensatez é tudo no momento. Nossa riqueza humana em primeiro lugar. Que seja uma Semana Santa de muita reflexão dentro de casa e no coração.

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A hora e a vez do abraço virtual!

terça-feira, 31 de março de 2020

A plataforma de embarque, o Caderno Z, está muito bem representada na página 7, trazendo-nos a entrevista com a psicogeriatra, doutora Thatiana Erthal, O tema “confinamento e solidão” é a tônica do momento e em se tratando dos idosos, as sensações de angústia podem vir à tona. A recomendação de isolamento requer que os idosos permaneçam em casa. Mas como mantê-los resguardados sem que isso lhes cause transtornos de humor ou afetem o ânimo de vida?

A plataforma de embarque, o Caderno Z, está muito bem representada na página 7, trazendo-nos a entrevista com a psicogeriatra, doutora Thatiana Erthal, O tema “confinamento e solidão” é a tônica do momento e em se tratando dos idosos, as sensações de angústia podem vir à tona. A recomendação de isolamento requer que os idosos permaneçam em casa. Mas como mantê-los resguardados sem que isso lhes cause transtornos de humor ou afetem o ânimo de vida? A doutora ressalta que o perfil do idoso hoje é formado, em geral, de pessoas “que se cuidam, passeiam, viajam, dançam e movimentam com destreza as tecnologias”. Justamente por essa interação, Thatiana observa que, “por conta do confinamento”, há o “idoso angustiado e ansioso”.

Também não é para menos, pois o coronavírus é mesmo de assustar. Contudo, a psicogeriatra dá algumas dicas para os idosos: Não deixem de tomar suas medicações habituais, façam exercícios físicos em casa, coloquem coisas em ordem etc. Uma dica importante da doutora é para que “ocupem a mente com atividades prazerosas e produtivas”. Eu vou citar a quarentena de minha tia Maria Luiza (leitora assídua de A VOZ DA SERRA). Exausta com a TV ligada dia e noite nos noticiários, ela passou a fazer contas, equações e exercícios de livros de matemática. Já até encomendou que alguém lhe traga um novo caderno. E não é que ela está bem mais calma!

Se uma casa com um ou dois idosos é um caso à parte, imaginemos uma casa de repouso como o Lar Abrigo Amor a Jesus e a Casa São Vicente de Paula? As duas instituições também estão com medidas restritivas para evitar qualquer perigo de contaminação em seus ambientes. Eventos com o público estão suspensos e há restrição de visitas com sintomas virais. Até o famoso Yakisoba Solidário do Laje foi cancelado. Contudo, coisa alguma será em vão para manter a salubridade das casas e dos internos.

A Secretaria Municipal de Educação, sabiamente, suspendeu as aulas até 15 de abril e não haverá expediente nas unidades públicas escolares. A proposta do governo estadual é a de disponibilizar aulas no formato online, de acordo com o convênio firmado na plataforma Google Classrom. A Prefeitura de Nova Friburgo vai oferecer também conteúdo de entretenimento educativo para que os pais possam colocar em prática com os filhos os conteúdos pedagógicos, amenizando um pouco a falta do ensino escolar presencial. O Sesc, por exemplo, disponibiliza videoaulas gratuitas em seu canal do Youtube, como aulas de vários ritmos e até lições sobre cultivo de horta e frutas.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio deste ano foram cancelados e a realização do evento está prevista para 2021. Porém, está mantido o nome dos jogos – “Tóquio 2020”. A Copa Rio foi suspensa, assim com outras atividades esportivas. Tudo fica para depois, acertadamente, já que o “pico da pandemia” no Brasil ainda vai começar. Que horror!

As medidas de solidariedade e assistência social estão a todo vapor. O governador Wilson Witzel fez um apelo aos empresários e a sociedade em geral para arrecadar doações de cestas básicas e a previsão é de que seja feita a distribuição de um milhão de cestas. A Câmara de Deputados aprovou projeto de lei que prevê também a distribuição de alimentos da merenda escolar para as famílias dos estudantes da rede pública. Com a medida, pretende-se manter a renda do trabalhador do campo, enquanto a crise do coronavírus não for superada.

A Câmara Federal aprovou ainda o auxílio de R$ 600 por mês para os trabalhadores informais. Evidentemente, há uma série de requisitos para o cadastro. Ideias vão surgindo, assim como a sugestão de André Montechiari, de inserir Nova Friburgo como polo de fabricação de máscaras. Tudo ainda em estudos.

Em Massimo, as máximas do Papa Francisco indicam o caminho: “Estamos todos no mesmo barco. Todos. Ninguém se salva sozinho!” Esta, sim, é a nossa oportunidade de intensificar nossa visão do todo e entendermos que o que acontece no outro lado do mundo tem a ver com a nossa existência em terras brasileiras. Força para todos nós!

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Ninguém perde por esperar e a economia se refaz!

terça-feira, 24 de março de 2020

O Caderno Z não perde a oportunidade de criar temas para festejar as datas. Em 21 de março, em pleno desabrochar do outono, não vamos falar das folhas secas caindo ao chão nem da brisa fresca que permeia a natureza. Vamos falar de uma quinta estação que ainda não foi oficializada – a estação do amor. Aquela que tem todas as primaveras e todo o calor humano para cuidar dos pequenos com Síndrome de Down. Quem nos guia neste roteiro é Camila Emerick, mãe de Bento.

O Caderno Z não perde a oportunidade de criar temas para festejar as datas. Em 21 de março, em pleno desabrochar do outono, não vamos falar das folhas secas caindo ao chão nem da brisa fresca que permeia a natureza. Vamos falar de uma quinta estação que ainda não foi oficializada – a estação do amor. Aquela que tem todas as primaveras e todo o calor humano para cuidar dos pequenos com Síndrome de Down. Quem nos guia neste roteiro é Camila Emerick, mãe de Bento. Ela faz relatos de que não foi fácil receber a notícia, principalmente da forma como lhe foi passada pela médica no parto: “Olha, seu filho tem prega palmar única e orelhas menores; ele é Down, tá?”. Não foi sem razão que Camila teve vontade de “sair correndo” e “sumir daquele lugar”, de momento assustador.

Bento já nasceu bento pelo amor de sua família. A sociedade, muitas vezes, deixa a desejar, quando tropeça em preconceitos ainda enrustidos, mas coisa alguma tem o poder de interferir no amor que se desenvolve entre a criança e os seus familiares. Tirando o primeiro “susto”, tudo depois é muito natural. É amor para além das medidas, milhões de anos-luz além. E Camila não economiza emoção: “Meu filho mudou a minha vida e a vida de minha família inteira para melhor. Ele é a luz na minha caminhada. Cada conquista é comemorada...”. Pelo que se vê, nos exemplos de tantos casos semelhantes, cuidar de uma criança com o Down não é cuidar de uma criança diferente, mas, sim, cuidar de quem “faz a diferença”. A mensagem de Camila é estimulante: “Quando o susto acabar, você verá que tem um filho maravilhoso ao seu lado...”.

A fonoaudióloga Cláudia Mayne Novaes deixa considerações importantes sobre o tema, numa visão profissional, alertando para o fato de que as crianças com Down precisam ser preparadas para serem livres e felizes, pois, assim como qualquer pessoa, essas crianças “têm seu próprio ritmo de aprendizagem, suas  peculiaridades e desejos: também brigam, choram, teimam, irritam-se.”. O tema é apaixonante e pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, vamos repensar nosso comportamento.

Repensar a forma de agir precisa ser uma constante. Mais do nunca, é preciso avaliar como nos comportamos diante das crises. Saímos delas mais fortes ou permanecemos engessados, com as mesmas idiossincrasias? A edição do último fim de semana nos mostra um cenário diferente de tudo o que já vimos. Comércio fechando suas portas, indústrias parando suas atividades, restaurantes atendendo por telefone, ônibus atuando com redução de frota e uma infinidade de recomendações.

A Unimed, por exemplo, usou uma página inteira do jornal para anunciar suas medidas diante dos perigos do coronavírus. A concessionária Águas de Nova Friburgo reduziu seu horário de atendimento presencial, dando prioridade aos serviços on-line. A Acianf suspendeu os trabalhos em sua sede, que ficará fechada até 13 de abril e comunica o atendimento pelos canais de comunicação, por telefone ou internet. Não é férias, gente!

A Prefeitura de Nova Friburgo fez uma publicação no Diário Oficial, na sexta, 20, dando conhecimento ao decreto 515, que estabelece e atualiza novas medidas para o “enfrentamento” do novo coronavírus. A partir desta segunda e por mais cinco dias ficam suspensas várias atividades administrativas e outras tantas que se estendem a tudo o que possa aglomerar pessoas. Atrativos turísticos, culturais, parques, bares, restaurantes, casas de show, salões de festas. Com ressalvas para farmácias, supermercados e serviços de saúde. Pode parecer uma tortura tantas  medidas radicais para manter o isolamento social. Porém, coisa alguma pode ser considerada exagero quando se trata de preservar a vida das pessoas. Em “Massimo”, a máxima de Antoine de Sant-Exupéry vem em boa hora: “É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade”. Que possamos encontrar esta serenidade dentro de nós e transmiti-la aos que nos rodeiam. Força e boa vontade para que se cumpram as quarentenas. Como eu ouvia na infância: Ninguém perde por esperar. E a economia se recupera e com novos valores!

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Não existe mais eu, tu, ele: somos todos nós!

terça-feira, 17 de março de 2020

Diz  a máxima: “O poeta não morre”. E não morre mesmo, pois, como exemplo, festejamos o dia 14 de março em homenagem ao poeta Castro Alves, nascido em 1847. Independente de ser ou não oficialmente o Dia da Poesia, o que mais nós precisamos para comprovar que ele, Castro Alves, ainda vive? Sua poesia é a sua permanência entre nós. Assim também tantos outros deixam sua estrada de luz poética e o Caderno Z nos brinda com alguns desses expoentes.

Diz  a máxima: “O poeta não morre”. E não morre mesmo, pois, como exemplo, festejamos o dia 14 de março em homenagem ao poeta Castro Alves, nascido em 1847. Independente de ser ou não oficialmente o Dia da Poesia, o que mais nós precisamos para comprovar que ele, Castro Alves, ainda vive? Sua poesia é a sua permanência entre nós. Assim também tantos outros deixam sua estrada de luz poética e o Caderno Z nos brinda com alguns desses expoentes.

 Ana Borges nos trouxe uma página repleta de estrelas que cintilam no céu azul de nossa lembrança. Cecília Meireles, Cora Coralina, Clarice Lispector, Hilda Hilst, e Adélia Prado são joias valiosas da literatura brasileira. Cora Coralina nasceu em 1889 e está poeticamente atual. Clarice Lispector, de 1920, é festejada pelo seu centenário este ano e está em todas as rodas de cantorias poéticas, marcando “A Hora da Estrela”. Cecília Meireles é uma voz viva, falando a língua da gente. Hilda, que nos deixou em 2004, além de poeta, foi dramaturga e ficcionista, publicando mais de 40 obras. Já Adélia Prado está, no auge de seus 84 anos, não só produzindo, mas recebendo títulos, como o Jabuti, entre outros. A poesia é um recurso de  expressões variadas, também em prol das lutas sociais, como tem sido a bandeira de Elisa Lucinda, poeta, ativista, atriz e até cantora. Aliás, nossa folha A4 é pequena para descrevê-la. Parabéns às mulheres poetas do Brasil!

O ser poeta é uma infinidade de seres e muita gente nem se dá conta de que é poeta. Wanderson Nogueira, por exemplo, em “Palavreando”, esbanja poesia, quando diz: “Já quis ser super-herói. Mas esse querer sempre ficou restrito à minha imaginação infantil. Em realidade, nunca me importei em não ter superpoderes, mas sempre quis vencer o sono, virar madrugadas e vencer o tempo...”. Que coisa mais poética!

Boas falas com Vinicius Gastin: “São Pedro volta a vencer e assume a ponta do Campeonato da Cidade”. A liderança veio de um “tropeço do Corujão diante do São Luiz”. Pelas análises de quem entende do riscado, “com 100% de aproveitamento, a equipe do São Pedro mostra solidez na busca pelo bicampeonato”. Quem também está em festa é o Friburguense, celebrando 40 anos de fundação. Garra, competência, força de vontade são alguns dos quesitos,  nos quais o clube se agiganta para o sucesso. Parabéns!

O bairro Tingly carece de alguns reparos. No raio x feito por conta dos moradores, falta muita coisa: a estrada tem “calçadas mal conservadas, buracos, falta de iluminação e de capina”. Apesar de tudo, é um bairro lindo. A subida,  a partir do final da Rua Monsenhor Miranda,  é um deslumbre, um frescor que não tem tamanho. Enquanto isso, já está contratada a empresa para finalizar a construção do Centro de Educação Integrada de Nova Friburgo, no São Jorge. Lembrando que essa obra é uma “novela” se arrastando desde 2019. Se toda novela tem final feliz, então, não vamos desanimar.

De repente, foi uma confusão com o assunto das passagens de ônibus. A polêmica se deu pela divulgação de que, em até 90 dias, os passageiros só poderiam pagar por meio de cartões eletrônicos. Mas, não demorou para que o assunto fosse mais esclarecido.  O novo decreto garantirá passagens pagas até com cartões de débito e crédito.

Outro assunto que está causando insegurança é a expansão do coronavírus. Não é para menos. Agora não existe mais eu, tu, ele... Agora somos todos nós. Toda a atenção será pouca. Como bem disse o Massimo: “Entre as trincheiras do descaso e da histeria existe grande espaço para uma abordagem madura do contexto...”.

Justamente, essa “abordagem madura” é também não dar créditos aos “boatos”, evitando passar adiante a “desinformação”. Neste momento conturbado, a confiança na informação há de ser uma medida importante para que se possa manter a lucidez. E confiança é com A VOZ DA SERRA, que caminha para os gloriosos 75 anos. O mês de abril não tarda e a contagem regressiva já começou. Linda semana e feliz jornal para todos nós. Apesar de nebuloso, o mau tempo pode ainda nos trazer melhor discernimento.

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Uma data que se multiplica todos os dias do ano

terça-feira, 10 de março de 2020

É assim que o Caderno Z festeja a data mais badalada do calendário feminino – O Dia Internacional da Mulher  - “Oito de março - a luta continua...”. Não é para menos, pois este é o ser que reúne vários seres numa só pessoa. Sem exagero, uma mulher, mesmo sem formações acadêmicas, consegue dominar as mais distintas áreas de atuações. Ela pode ser pediatra, quando beija o dodói de sua criança e o choro se acalma num piscar dos olhos. Ela domina a psicologia, quando abranda as inquietações dos filhos. É uma boa financista ao administrar os gastos familiares.

É assim que o Caderno Z festeja a data mais badalada do calendário feminino – O Dia Internacional da Mulher  - “Oito de março - a luta continua...”. Não é para menos, pois este é o ser que reúne vários seres numa só pessoa. Sem exagero, uma mulher, mesmo sem formações acadêmicas, consegue dominar as mais distintas áreas de atuações. Ela pode ser pediatra, quando beija o dodói de sua criança e o choro se acalma num piscar dos olhos. Ela domina a psicologia, quando abranda as inquietações dos filhos. É uma boa financista ao administrar os gastos familiares. É uma corajosa desbravadora das intempéries, das chuvas, do frio, do sol escaldante, quando tem que sair para as lutas do dia a dia. Enfim, é sem limites a sua jornada de envolvimentos. São as guerreiras da paz!

E tudo começou por conta daquele incêndio na fábrica têxtil de Nova York, em 1911, quando 130 operárias morreram carbonizadas. A tragédia acendeu a chama das lutas pelos direitos de igualdade das mulheres. A trajetória dessas lutas tem atravessado o mundo e as épocas, às vezes, em passos lentos, mas sempre em busca das conquistas feministas. Mesmo que ainda os dados estatísticos mostrem uma deficiência, quando comparadas com os direitos masculinos, as vitórias têm sido otimistas. Mulheres que se destacam em projetos mundiais, que estão no topo dos empreendimentos, que aparecem bonitas nas fotos, nos eventos, são as mesmas que estão no anonimato, desempenhando seus papéis com a desenvoltura de quem nasceu para bem servir a humanidade.

Seja uma cientista na descoberta do “genoma viral” na expansão do coronavírus, seja no mercado da moda ou no mercado das frutas, procurando preços baixos, a mulher é a guardiã da sensatez e deve fazer uso de sua competência para a composição de uma sociedade melhor. Como bem disse Wanderson Nogueira: “ Mulher! Aceita teu destino de amazona. Impede o assédio moral e físico e denuncia sem dó ou piedade... Mergulha na intenção da igualdade e luta cotidianamente por esse lugar teu...”.

Seja como uma Clarice Lispector, festejada pelo seu centenário, neste mundo “ligeiramente chato”, a mulher precisa estar em todas, “porque o importante é estar junto de quem se gosta”. Seja num “musical infantil”, discutindo questões de gênero, em “Gabriel só quer ser ele mesmo”, a mulher tem voz ativa. Seja no cinema, comemorando o centenário de Fellini ou atuando nas trilhas, a mulher sabe dar o recado. Seja nas exposições, como em “Da Memória ao Cosmos”, em mostra coletiva, usando seu talento para encantar os espíritos. Seja na Real Banda Euterpe, abrindo as comemorações dos 157 anos da agremiação musical, dominando as partituras ou levando o legado adiante, a mulher é peça chave, porque abre as portas para as possiblidades de todos.

Seja na Associação de Amigos e Moradores de Amparo, lutando pelas melhorias do distrito, a mulher observa o cotidiano e sabe bem onde o “calo” dos moradores dói. Seja contornando as dificuldades das linhas de ônibus, com percursos alterados em virtude de lama e buracos, ou até mesmo assumindo a condução dos coletivos, a mulher é uma excelente condutora da situação humana. Seja no Cordoeira, denunciando o abandono da Unidade Básica de Saúde; seja nos “Dias D” de vacinação, levando os filhos ou atuando nos atendimentos, a mulher confere à saúde uma importância vigilante.

Seja nos esportes, dando pautas para Vinicius Gastin, pois, quantas e quantas vezes as mulheres estão nas manchetes! Maratonas, nados, vôlei, basquete, nas mais variadas modalidades, a mulher tem sempre um pódio à sua espera. Seja à frente das instituições, como Rosângela Cassano, presidindo o Rotary Clube Nova Friburgo: - uma mulher dando honras e suporte a tantas outras. Na política, na educação, na justiça, nas igrejas, em tudo o que demandar bom senso, há sempre a inteligência feminina guiando as estratégias. Seja como em A VOZ DA SERRA, a começar pela nossa diretora, Adriana Ventura, há sempre o zelo e a parceria da boa conduta feminina – ousada, cuidadosa, acolhedora e, por demais, eficiente. Parabéns Mulheres. Nosso dia é todo dia!

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Da vacinação à Campanha da Fraternidade, há muito amor ao semelhante!

terça-feira, 03 de março de 2020

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Tudo isso sempre me impressionou e me fazia pensar na inteligência humana de descobrir tantas coisas, em tempos ainda remotos, sem os instrumentos astronômicos avançados, de hoje. A civilização Maia, “que viveu há três mil anos”, sabia dessas coisas e considerava o dia extra, como “dia fora do tempo”. Plagiando Robério Canto, eu chamaria esse dia de “um lugar muito lá”. Deveríamos, sim, dar mais atenção ao 29 de fevereiro, festejando-o com um dia para ser feliz, para fazer coisas boas. Vamos trabalhar essa ideia para 2024, quando a data cairá numa quinta-feira.

“Coragem, 2020 começou!”. Muita gente diz que o ano só começa, de verdade, depois do Carnaval. Há culturas que festejam a mudança de ano em outras épocas. A Ordem Rosacruz-Amorc festeja o ano novo em 21 de março, por exemplo. Aliás, podemos ter um novo ciclo diário, em cada amanhecer. Por isso mesmo, uma dieta que combata o cansaço e promova energia é ideal para os desafios do dia a dia.

Ana Borges trouxe as dicas de alimentação, destacando iguarias como abacate, maça, grãos germinados, macadâmia, mirtilos, macarrão shirataki e couve. A maçã, inclusive, é tida como embelezadora, bastando uma por dia para o embelezamento. Mas, demora, viu, gente. Minha filha diz que eu como maçã todo dia e não se vê bom resultado.

Vinicius Gastin tem sempre uma página de atrativos em “Esportes”. Conversando com o gerente de futebol do Friburguense, José Siqueira, o Siqueirinha, percebemos que as dificuldades financeiras estão em campo, marcando “faltas” em todas as áreas. Siqueira desabafa sobre as dívidas e as dúvidas, explicando que se o time avançasse até haveria “bastante pretensão de empresários que iriam ajudar”. Leiga no assunto, eu penso que para o time avançar, precisa, antes, de incentivos. Claro que é uma visão quase poética.

Estamos em pleno Festival Gastronômico Quatro Estações desde o dia 10 de fevereiro. Quem ainda não se deliciou com as ofertas promovidas por vários restaurantes da cidade, ainda dá tempo até a próxima terça-feira, 10. São “pratos vegetarianos, massas, hamburgueres, saladas, doces, comida japonesa, carnes, drinks e muito mais”.

O início do ano traz em sua bagagem muitos encargos e agora no mês de março é a vez do IPTU. Quem quiser pagar em cota única, estando em dia com os tributos anteriores, pode efetuar o pagamento, com desconto, até 10 de março. Imóvel foreiro pode obter desconto até 31 de março, sendo que o vencimento em preço normal, é até 31 de dezembro. Quem tiver uma graninha sobrando pode pagar à vista e ganhar tempo.

A “informatização da saúde deve sair do papel”, pois no dia 31 de março, a prefeitura realizará uma licitação para contratar a empresa que fará a implantação do sistema em toda a rede municipal de saúde. Falando nisso, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada para a partir de 23 de março. Lembrando que essa vacina não “apresenta eficácia contra o coronavírus”.

Sobre a situação preocupante por conta da Covid-19, o Procon tem dicas para quem quiser desistir de viagens programadas para áreas de risco. Companhias e consumidores podem cancelar voos para destinos suspeitos.

Em se tratando de campanha, a mais bonita de todas é a Campanha da Fraternidade, abrindo o mês de março. O tema – “Fraternidade e vida: dom e compromisso” segue o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. O tema é inspirado na mais “nova santa brasileira” – Santa Dulce dos Pobres, que teve uma vida dedicada aos necessitados. Que possamos, em seu exemplo, desenvolver a compaixão pelo sofrimento alheio, num “sentimento de bem querer em relação ao próximo”.

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Muda o tempo, muda a alegoria e o Carnaval continua nas paradas!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Na viagem de hoje nós vamos no cordão de Ana Borges: “É tempo de viver como se não houvesse amanhã, se divertir e ser feliz”, E o Caderno Z é o primeiro a puxar o cordão da felicidade, mostrando que, “através dos tempos”, a história do Carnaval passou por várias transformações, mas não perdeu o seu caráter brincalhão, crítico e satírico. De Dioniso (Baco) ao expresso 2020, o que era festa não deixou de ser, pois as comidas, as bebidas, as danças, as fantasias, os confetes e as serpentinas continuam no centro das atenções carnavalescas.

Na viagem de hoje nós vamos no cordão de Ana Borges: “É tempo de viver como se não houvesse amanhã, se divertir e ser feliz”, E o Caderno Z é o primeiro a puxar o cordão da felicidade, mostrando que, “através dos tempos”, a história do Carnaval passou por várias transformações, mas não perdeu o seu caráter brincalhão, crítico e satírico. De Dioniso (Baco) ao expresso 2020, o que era festa não deixou de ser, pois as comidas, as bebidas, as danças, as fantasias, os confetes e as serpentinas continuam no centro das atenções carnavalescas.

É certo que a exuberância do carnaval ganhou ainda mais glamour com as inovações de produtos para compor e decorar as fantasias. A friburguense Lais Jaccoud, que deixou a arquitetura para ser DJ, é a personificação do glitter. A “Glitterada”, como é chamada, nasceu no berço da folia, pois sua avó materna é uma das fundadoras do bloco Otávio e Carolina, do distrito de Amparo. Daí se vê seu DNA.

O Carnaval é também uma festa de cuidados com a saúde. Os médicos alertam sobre os perigos de se contrair doenças como herpes, mononucleose e outras mais. Para quem desconhece, a mononucleose é a doença do beijo. Mas nada que um bom repouso, boa alimentação, líquidos em quantidade e paciência não curem. As dicas das “rebordosas” são muito úteis também. A quarta-feira de cinzas é ótima para o acerto de contas com o organismo. Eu até sugiro que a página 14 do “Z” fique em local de destaque para ser consultada o ano inteiro, porque todo dia pode ser um dia de festa e de exageros.

A cultura universal tomou conta do reinado momesco. Basta observar os enredos das escolas de samba e se deliciar com aulas incríveis. A capacidade criativa humana consegue percorrer os meandros de culturas variadas, levando ao público espetáculos de primeira grandeza. O trabalho das escolas é fantástico e merece muita reverência.  Wanderson Nogueira resume tudo: “Celebro escola de samba como escola da vida. Dando seu banho de cultura, com verdadeira aula, palestra, seja qual for o enredo que traga”. Totalmente, partilho dessa ideia. Amo essa essência que anima o povo brasileiro.

E o futebol, como se compara ao carnaval? Eu penso que os dois começam no pé, seja na bola rolando ou no batuque do samba. Em  Nova Friburgo já temos uma gama de foliões que se divide entre o  Máquina Tricolor , o Urubu da Serra, o Gigantes da Serra e o mais recente, Alvinegros da Serra. É isso aí, comer e sambar é só começar!

Em “Mulheres Símbolos do Carnaval”, a simbologia friburguense está muito bem representada. Marly Pinel é presença hors-concurs em nossa cidade. Aliás, costuma-se dizer que o espaço entre uma agremiação e outra é uma pausa necessária para dar tempo de Marly Pinel trocar a fantasia. Lucimar Corrêa é outra que tem o samba na alma e quando se trata da “Alunão” , ela confessa: “A Alunos do Samba é a minha casa”.

Rosângela Cassano também é um ícone dos mais brilhantes e, recordando momentos marcantes e felizes, não perde as origens, pois começou na folia quando era “muito pequenina e fofuxa”. Saudosa de sua mãe, Eda Cassano, de quem segue os passos, Rosângela este ano é a “Rainha Elisabeth”, na Vilage no Samba, sua outra paixão.

Festejar aniversário no carnaval deve ser uma sensação mil vezes mais feliz. Essa experiência está na agenda dos aniversariantes Tony Ventura, Margô Emerick e do nosso colega Fernando Moreira, de quem tive o prazer de conhecer a mãe outro dia (minha conterrânea da Filó). Contudo, emoção maior está nos 103 anos do senhor Abdo Carim. Que beleza permear a quarta-feira de cinzas com as luzes do querido Abdinho.

Um viva para Silvério que acerta sempre em cheio, desta vez fazendo selfie  nas águas da saudade de todo nós. “Fantasia: Véu da Noiva” – Longe de ser impossível, a fantasia é sonhar com o véu jorrando água novamente. Porém, como diz um antigo samba-enredo, “sonhar não custa nada”. Dizem que o sonho é meia felicidade e a outra metade está na ação destemida. Linda semana e feliz jornal para todos nós. Um abraço especial aos leitores que amam a nossa viagem e me param nas ruas para os elogios carinhosos.

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Da educação emocional às 10 mil edições, pura emoção!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Fiquei surpresa na última semana, quando, num coletivo, sentei-me ao lado de uma jovem com uma criança ao colo. O menino mexia no celular da mãe com uma habilidade adulta até admirável. Com dois aninhos de idade, em momento algum do trajeto, ele desviou a atenção da tela. A mãe, volta e meia cochilava e ele ali, duro na queda. Agora vejo o Caderno Z com a temática – “Educação emocional: preparando para um futuro melhor”.

Fiquei surpresa na última semana, quando, num coletivo, sentei-me ao lado de uma jovem com uma criança ao colo. O menino mexia no celular da mãe com uma habilidade adulta até admirável. Com dois aninhos de idade, em momento algum do trajeto, ele desviou a atenção da tela. A mãe, volta e meia cochilava e ele ali, duro na queda. Agora vejo o Caderno Z com a temática – “Educação emocional: preparando para um futuro melhor”.

Logo de início, no “acolhimento inovador” do Colégio Pensi, sua diretora Andréa Braune ressalta: “Para a Educação Infantil do Pensi, brincar é coisa séria. É a partir de um ano de idade que as crianças passam a ser estimuladas a desenvolver ao máximo suas habilidades cognitivas e motoras com interações e brincadeiras seja nas aulas de psicomotricidade, iniciação ao xadrez, música, educação financeira e até  educação alimentar”. Na foto do pátio, de forma inevitável, senti saudades do Externato Santa Ignez. Bons tempos aqueles. Contudo, o espaço está em boas mãos.

É muito saudável também conhecer o posicionamento do Centro Educacional Conselheiro nas palavras de sua diretora, Adriane Fernandes: “Ver adolescentes deixando de lado os celulares para conversar, se divertir, interagir e promover grupos de estudos virou uma realidade em nossa escola”. Com atitudes assim, “o futuro melhor” se constrói no hoje mais seguro e feliz. Para reforçar ainda mais os propósitos da educação emocional, Igor Fonseca, instrutor de yoga destaca: “Através do yoga, as crianças exercitarão sua respiração e aprenderão a relaxar, para enfrentar o estresse, as situações de conflito e a falta de concentração, problemas tão evidentes na sociedade atual. Em entrevista ao jornal, as professoras Rosane Almeida e Lilian Chaves partilham: “Crianças precisam ser crianças e a sociedade moderna vem estimulando-as a pularem fases importantes de suas vidas”. Rosane e Lilian são guias no Samsara Estúdio de Yoga.

Em “Palavreando”, Wanderson Nogueira, na passarela das letras, exemplifica um “carnaval o ano inteiro”, e garante:  “renovar a mesmice requer mais entrega do que talento, mais vontade do que disposição”. E a folia de Momo está aí, prometendo dias de alegria. A escola de samba mirim, Sementes do Samba, vai abrir os desfiles no sábado. No enredo, a escola homenageará os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sucesso para as sementes.

A Estrada Serramar continua em obras e o Jardim California receberá contenção de encostas na altura das ruas Alcindo Alves dos Reis e Júlio Alves de Amorim. Em compensação, em matéria de página dupla, Fernando Moreira nos traz informações sobre as pendências de algumas obras que foram previstas pela prefeitura. Três delas estão em andamento, outras três nem saíram do papel e uma já foi descartada. A cobertura na lateral da Estação Livre sentido norte, foi concluída. Ficou bonito, mais funcional e aguarda-se para abril a conclusão do outro lado. A ciclovia compartilhada, para bem funcionar, como já falei, falta adequar as bicicletas para que tenham campainha. No Hospital Raul Sertã, a saúde da obra está ainda comprometida. A Avenida Brasil está ainda mais distante do que a da capital. Na Praça do Suspiro eu deixo o meu recado: que tal uma arena para eventos no terreno, para livrar a Fonte do Suspiro dos palcos.

Boas falas para a Praça 1º de Maio, em Olaria. Tem tudo o que uma praça precisa: bancos,  “em perfeito estado”,  jardins, flores, lixeiras e muita limpeza. No parquinho também se vê os brinquedos bem cuidados, areias limpas e muita segurança para os pequenos. Uma bonita iniciativa partiu do comerciante Arivelto Martins que pediu a 20 integrantes do comércio local a doação de uma quantia e encomendou 100 lixeiras, instaladas em pontos da área central de Olaria. Com essa atitude, o bairro está mais limpo e muito mais agradável. Que beleza! Parabéns a todos que participaram desse ato de cidadania e desprendimento. Quanto a Praça Getúlio Vargas, no centro, um capricho nos jardins e melhor iluminação já estariam de bom tamanho.

A coluna Massimo entra em um curto período de férias e já podemos sentir saudades. Porém seu querido editor nos deixa com duas máximas que nos valerão até a sua volta. Está em tramitação no gabinete do vereador Joelson do Pote a iniciativa de nomear o Centro de Turismo em homenagem ao querido e saudoso radialista Edmo Zarife. Outra maravilha foi a aprovação, em sessão ordinária da última quinta-feira, 13, também por iniciativa de Joelson do Pote, de “atribuir ao Centro de Arte o nome de Júlio Cezar Seabra Cavalcanti”, nosso inesquecível Jaburu. Realmente as duas notícias estão no agrado do coração friburguense. Fica, desde já, o agradecimento ao vereador Joelson e aos demais pela sensibilidade das iniciativas. Para encerrar a nossa viagem, em “Para refletir”, o pensamento de Jean de la Bruyere cai bem como uma luva: “Não há no mundo exagero mais belo do que a gratidão”. Linda semana para todos nós.

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Quem lê A VOZ DA SERRA tem melhor visão de mundo!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

O Caderno Z nos fez uma surpresa e vamos festejar os 16 anos de nascimento do Facebook, a rede social mais famosa do mundo, com mais de dois bilhões de usuários. De acordo com a intenção de seu criador, Mark Elliot Zuckerberg, “o objetivo é conectar pessoas e ajudar a criar um mundo mais transparente”. Sem perder o trocadilho, além de transparente, é “traz parente”, pois muita gente já reencontrou familiares distantes por intermédio do Facebook. O perfil de Elliot é algo interessante. Alguém poderia dizer que ele nasceu “virado para a lua”.

O Caderno Z nos fez uma surpresa e vamos festejar os 16 anos de nascimento do Facebook, a rede social mais famosa do mundo, com mais de dois bilhões de usuários. De acordo com a intenção de seu criador, Mark Elliot Zuckerberg, “o objetivo é conectar pessoas e ajudar a criar um mundo mais transparente”. Sem perder o trocadilho, além de transparente, é “traz parente”, pois muita gente já reencontrou familiares distantes por intermédio do Facebook. O perfil de Elliot é algo interessante. Alguém poderia dizer que ele nasceu “virado para a lua”. Contudo, parece que as coisas para ele não caíram do céu, já que se tornou um poliglota, fluente em francês, hebraico, latim, grego e mandarim.

Com toda a fortuna que tem, no auge dos seus 36 anos, Elliot demonstra ser uma pessoa consciente, reconhecendo o “fracasso” em “evitar que a plataforma fosse usada para fins negativos, para fake news...” e outras mazelas. Podemos isentá-lo de culpas, porque tem sido assim na história da espécie humana, ou seja, violar a utilidade das invenções. Basta lembrar Santos Dumont e os aviões. O Brasil também produz gênios, como Michel Krieger, nascido em São Paulo, em 1986, que aos 18 anos mudou-se para a Califórnia a fim de estudar Ciência da Computação e faz parte da criação do Instagram, uma rede de compartilhamento de fotos e vídeos, interagindo os seus usuários.

As redes sociais não surgiram do nada e muito menos as suas denominações. O próprio Facebook assim é chamado por sua origem como “The Face Book” – o livro de rostos. Seja lá qual for a rede, o importante é se comunicar. Eu, que peguei a novidade do Orkut em 2004, observo as transformações e me pergunto – o que virá ainda mais útil para descartar o WhatsApp? Vamos nessa onda de interação, atravessando os mares e as marés, pois como lembra Wanderson Nogueira: “As fronteiras devem ser apenas linhas imaginárias para o estudo da geografia”. Viva a alegria da comunicação!

Atravessar fronteiras é bom, mas e a nossa convivência na ciclovia compartilhada? A invasão de espaços, creio que seja pela faixa pintada na cor vermelha, pois quem não quer ter a sensação de pisar no “tapete vermelho”? Brincadeiras de lado, para ficar mais seguro para todos, só falta uma campainha nas bicicletas. Vamos tentar? Com Guilherme Alt acompanhamos a situação de precário funcionamento da saúde na cidade, com deficiências no Raul Sertã, Maternidade e UPA. Que tudo se resolva para o bem de todos.

Uma boa iniciativa foi a colocação do sinal de trânsito na Rua Sete de Setembro. No local havia uma faixa, onde os motoristas sensíveis davam vez aos pedestres. Agora, com a sinalização, é a vez de os pedestres respeitarem os motoristas. Outra boa nova é o anúncio sobre as obras na Estrada Serramar, que deverão ser concluídas em meados de maio deste ano. Conforme ressaltou o presidente do DER, Uruan Cintra de Andrade  – “O desenvolvimento do Estado do Rio também passa pela melhoria das nossas estradas”.

 “O Pré-carnaval agita a Praça Dermeval...”. As folias de Momo, aos poucos, tomam conta da cidade. Eu fico observando a foto de Henrique Pinheiro, com a montagem do palco para eventos. Isso é lindo e maravilhoso. Mas eu penso: não poderia ser o palco montado do outro lado da praça, para não encobrir a Catedral de São João Batista? Um patrimônio cultural e religioso de 150 anos deveria ficar livre para ser contemplado, cultuado e fotografado. Sugestão: o palco não poderia ser montado do outro lado da praça, de costas para o banco Santander? A pergunta vou deixar no ar para que as autoridades ou os agentes de direito revejam o espaço para a montagem de palco.

Uma cidade funciona bem com a observação de seus transeuntes atentos e quem ama Nova Friburgo e circula por suas ruas, a pé, tem chance de contribuir de forma positiva e construtiva, com boas ideias ou nobres ações. Afinal, a cidadania requer pessoas envolvidas não somente com seus direitos, mas, acima de tudo, com os seus deveres, visando o bem comum. Em Massimo, o pensador Sir Hob nos ajuda a refletir: “Não se deve fazer da irresponsabilidade uma arte”. Linda semana para todos nós!

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