Brasília, última etapa da viagem

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Nossa estadia, na capital federal, foi muito boa passamos bons momentos com nossos dois filhos que aqui moram e, na última segunda-feira, 8, iniciamos nosso retorno para Nova Friburgo. Seguindo a experiência de muitas pessoas, já nos utilizamos desse estratagema, na Europa, decidimos optar por uma locação pelo AirBnb, em que se aluga um apartamento ou flat, por uma quantia mais em conta que um hotel, ou uma locadora tradicional. Infelizmente, dessa vez, o ditado de meu saudoso avô foi uma realidade. Muitas vezes o barato sai caro.

Entrei no site do AirBnb e escolhi uma locação no hotel flat Saint Moritz, no SHN (setor hoteleiro norte). É bem central e em frente ao shopping Conjunto Nacional, o primeiro estabelecimento desse gênero, em Brasília; aliás, foi modernizado e não fica nada a dever aos bons shoppings do Rio de Janeiro. Mas, infelizmente, o estúdio que aluguei foi um problema sério. Avisei para o proprietário que chegaria entre 11h e meio-dia do dia 30 de outubro; perguntei-lhe se a cozinha estava equipada, se tinha roupa de cama e banho, se tínhamos acesso à garagem e que deixasse a senha da internet, para que pudéssemos nos conectar.

Quando procurei a portaria do hotel fui informado de que a responsável pela limpeza tinha acabado de chegar e que a chave do flat estava com ela, que deveríamos esperar ela acabar. Disseram-me, também, que o proprietário não tinha disponibilizado a garagem. O problema é que ele não me deixou um telefone de contato, como é usual na Europa e só se comunicava comigo pelo e-mail. Sem poder usar o notebook, tive de recorrer ao celular e não há nada pior do que comunicação por e-mail, via telefone.

Fui obrigado a pedir ajuda ao funcionário do hotel, que me deu o telefone de uma outra proprietária acostumada a alugar sua garagem e paguei um aluguel correspondente aos dez dias de minha estadia. Ou seja, paguei por uma coisa a que tinha direito se meu locador tivesse feito, corretamente, o seu dever de casa. Depois de meia hora de espera, conseguimos subir com nossa bagagem para o apartamento 605.

Só que nossos problemas ainda não haviam terminado, pois a meia sola da limpeza foi horrível e tivemos de sair para comprar pano de chão e detergente. O lençol disponibilizado pelo proprietário era curto e não havia outro para cobrir nem uma manta, se a temperatura caísse durante a noite. Como ficaríamos por dez dias, deveria ter sido entregue um jogo de toalhas e lençóis suplementares, ou me avisassem que deveria trazer comigo, o que não teria sido problema, por estarmos de carro. Tive de pedir emprestado à minha nora.

O ar refrigerado, quando posto em funcionamento começou a pingar, o que me obrigou a colocar um recipiente de plástico para coletar a água; quando outro pingo apareceu, o jeito foi usar uma panela. Para terminar, a geladeira estava entupida de gelo, com suco derramado em seu interior. Após desligada, ficou a tarde toda descongelando. Felizmente, não houve dano no motor e após ser limpa, nos serviu a contento.

Na realidade, a conclusão a que cheguei foi que o meu locador delegou a uma companhia de limpeza o trabalho que deveria ser dele, o de supervisionar os serviços de manutenção. O mínimo que se exige de quem se mete nesse tipo de empreendimento, é de estar presente na entrega das chaves ou delegar esse ato a uma pessoa responsável. Outra coisa importante é marcar a entrada do próximo locatário apenas após uma limpeza de fato, ter sido concluída. Se quem me antecedeu saiu às 11h, eu deveria ter sido avisado que só poderia chegar depois das 16h.

Eu e minha esposa ficamos dez dias no apartamento e não vai ser uma limpeza de meia hora que vai resolver o problema, mesmo que sejamos cuidadosos. O próximo locatário que se cuide. Como já disse o local é muito bom, tínhamos a nossa disposição a piscina e a academia de ginástica do hotel; isso sem falar que ficamos bem perto de nossos filhos. Nossa primeira viagem longa, pós-pandemia, foi muito agradável e a apesar de nossa experiência com o AirBnb, em terras tupiniquins, não ter sido um mar de rosas, vale uma segunda tentativa.

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