Ainda bem que Nova Friburgo tem a voz do AVS!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 26 de maio de 2020

O Caderno Z não perde a oportunidade de nos brindar com temas da mais alta importância. Desta vez, é a hora de louvar a data de 22 de maio – Dia Internacional da Biodiversidade. Uma questão vem nos desafiar: “A Amazônia é o pulmão do mundo?”. Crescemos sabendo disso, mas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Florestas, “são as algas marinhas as responsáveis pela produção de 54% do oxigênio do mundo e os mares atuam como reguladores do clima do planeta”. Caso contrário, a Terra teria temperaturas em torno de 100ºC. Contudo, para um planeta com a nossa riqueza de biodiversidade, tudo leva a crer que cada um de nós tem sua cota de responsabilidade.

A bióloga Nurit Bensuan alerta que o ser humano tem costume de se considerar como “uma espécie à parte e que o meio ambiente é apenas o cenário para a nossa existência”. Esse alerta não é mais do que um chamamento para a reflexão de todos nós.

O desmatamento tem sido causa de doenças infecciosas, como ressalta o texto de Philip Martin Fearnside, porque “facilita a transmissão tanto de novas doenças como de doenças antigas...”. Tudo está interligado com a saúde humana. Por isso mesmo, em tempos da atual pandemia, destaca-se o papel da fisioterapia e sua eficácia junto aos pacientes da Covid-19. O fisioterapeuta Bruno Combat destaca a importância do profissional de fisioterapia “em todos os aspectos de desdobramento da própria condição de infecção do paciente”. Mais do que nunca, tudo se faz urgente: cuidar do planeta, do corpo e da mente. Wanderson Nogueira vem encerrar o parágrafo: “É urgente a mudança de atitude nessa nossa relação com a Terra. Para que ela respire. E nós também”.

Mas que tal um cafezinho? Uma pausa para uma xícara dessa bebida estimulante que tem o dia 24 de maio como o Dia Nacional do Café. Que bom saber que o Estado do Rio de Janeiro garante uma produção com “sabor ainda mais especial” e se destaca como “um dos melhores do país”, com reconhecimento até fora do Brasil”. Falando em cafezinho quente, em “Há 50 Anos”, dá para imaginar a felicidade que deve ter sido, em maio de 1970, o anúncio da chegada dos canais de TV, Globo e Excelsior, que viriam se juntar aos canais de TV Tupi e TV Rio. Que grande avanço para a época!

Difícil definir o sentido de “avanço” no decorrer desses tempos, pois há coisas que parecem se atrasar ou empacar, como é o caso da violência doméstica. A psicóloga Cristiana Baptista disserta sobre o tema, alertando que o isolamento social pode ser um fator de agravamento se não houver diálogo no ambiente do lar, já que as famílias estão mais tempo em casa. E destaca: “uma relação saudável não é aquela em que os conflitos não existam, mas sim, aquela em que há diálogo, respeito e empatia”.

Em qualquer situação, o diálogo é o antidoto para os desentendimentos e suas consequências desastrosas. Não é sem razão que as demandas da quarentena precisam ser ouvidas, estudadas e acertadas. Fala-se em flexibilização responsável, enquanto na outra ponta do iceberg, os números de casos de contaminação pelo coronavírus aumentam a cada semana. Os critérios para flexibilizar o isolamento são bem estruturados, mas, o cumprimento de todas as regras, como diziam os antigos, são outros quinhentos. Parte do povo não colabora. E como será a fiscalização? Haverá estrutura para tanta complexidade? A Prefeitura de Nova Friburgo distribui máscaras, orienta sobre distanciamento e demais providências,  porém, nem todos dão importância aos apelos.

As irregularidades estão às soltas e o Procon tem constatado “preços abusivos em alimentos de primeira necessidade”. Há denúncias de que algumas confecções “descumprem o decreto, fabricando lingerie”. Em Massimo, “há sinais claros”, em termos de Brasil, pois, como diz o colunista, “estamos nos saindo muito mal no enfrentamento ao novo coronavírus, tanto no que se refere aos interesses da saúde pública quanto no campo econômico...”.  O fato indiscutível é que o povo precisa da economia para ter saúde. A economia precisa do povo para não adoecer. E assim segue o impasse.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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