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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 16 de junho de 2020

O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.

Mas, sabemos que, como num dominó, uma pedra mexida, e pronto, lá se tomba toda uma estrutura. E o Turismo não ficaria de fora desse tombo. O fato incontestável é que a pandemia abriu caminhos pelo mundo e fechou fronteiras. Como bem disse Júlio Cesar Matos Henrique, presidente/fundador da Associação de Cicerones e Guias de Turismo de Nova Friburgo, “perdemos nossa essência, descobrimos outros atrativos, agora nos falta reinventarmos o potencial que temos”.

Essa reinvenção vale para tudo e para todos nós. Enquanto Sandra Ferro, da agência Flybourg e Ana Claudia Balsa, da Genebra Turismo, aguardam dias melhores para a retomada das atividades turísticas, o jeito é seguir firme, resolvendo as demandas emergenciais. Seguindo Wanderson Nogueira, “o importante é ter o coração perto para acumular no cérebro tudo o que realmente nos alegra e aniquila depressão e ansiedade”.

Se uns setores vão mal, outros reagem e descobrem novos modos de superação. Flávio Stern, proprietário do restaurante Trilhas do Araçari, observa que a quarentena trouxe uma preocupação maior com a alimentação e as pessoas procuram os orgânicos até para reforçar a imunidade. Ana Carolina Ribeiro, agricultora orgânica, alerta: “A natureza é uma forma de inteligência que o homem ainda não compreende”.

O tema ainda ganhou uma página dupla, lindamente colorida, reunindo produtores de orgânicos. Muita sensibilidade para que possamos entender os benefícios da alimentação natural. Marcelo Meirelles, que mudou seu estilo de vida, passou de designer de moda para agricultor, está feliz da vida no sítio da família. Ele e a companheira tiveram o primeiro filho, em agosto de 2019, “ele com 56 e ela com 43 anos”. Marcelo ressalta: “A sociedade se habituou a tomar remédio pra tudo, quando na verdade os remédios sãos os nossos alimentos”. Parece que perdemos o fio condutor da cura natural.

Em “Sociais”, só geminianos queridos aniversariando: Meu primo Juca Berbert, Girlan Guilland, meu amigo que rima com Aldebaran, Adriana Oliveira, musa linda de todos os tempos e Ana Paula, a musa de Fernando Moreira. O time dos natalícios em junho é forte mesmo e parabéns a todos com votos de muitas felicidades.

“Há 50 anos”, a venda do leite em saquinho parecia não ir adiante na cidade, que se tornaria “campo livre” para “qualquer produtor” que quisesse colocar seu produto aqui, desde que houvesse qualidade nos padrões exigidos pelo Governo Federal. As notícias para o ano 2020 serão bem outras: “Nova Friburgo recebe 29 respiradores”, aumento de casos e mortes por Covid-19, flexibilização,  aglomerações “de turistas sem máscaras” em Lumiar. Penso que vamos deixar uma pauta bem pesada. Contudo, também será destaque – “Nova Friburgo tem mais de 40 mil pessoas idosas”. Que beleza!

Em “Massimo”, a máxima de Denis Diderot é um convite para a reflexão: “O que é a virtude? É, seja qual for o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós mesmos”. Atualmente, então, virtude pode ser o sacrifício de seguir as medidas restritivas para conter a pandemia; o sacrifício de usar máscara, de manter distanciamento, de evitar aglomerações, de sair de casa somente quando de extrema urgência. Virtude também pode ser respeitar o momento de tantas perdas humanas e pensar nas famílias com suas dores. Virtude seria também um minuto de silêncio, diário,  pensando na própria vida e na vida do seu semelhante! O “sacrifício” dessas virtudes pode ajudar a conter a pandemia!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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