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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 30 de junho de 2020

O frio que nos deixa encolhidos, encapotados e mais enclausurados, é o mesmo que nos oferece a beleza das cerejeiras. Não há quem não se renda aos encantos de suas flores delicadas. No Japão, essa majestosa floração é comemorada com festas ao ar livre, na tradição metafórica de suas flores, “efêmeras e transitórias” como a própria vida. O Caderno Z conversou com Hiroji Fujimaki e Patrícia Matsuoka, do sítio Florândia da Serra, em Conquista. O casal contou como as mudas vieram para Nova Friburgo e com a rápida adaptação ao clima serrano, foi fácil a multiplicação dos exemplares.

O Hanami, iniciado aqui há 30 anos, começou com um grupo de amigos e virou tradição como as festas no Japão. Este ano o evento foi suspenso por conta do isolamento social. Contudo, a floração acontece com a exuberância de sempre e o casal espera realizar “festas cada vez melhores” nos próximos anos. As tradições japonesas não param por aí. A Cerimônia do Chá, o Chanoyu, é uma ocasião de muita sensibilidade, que reúne amigos e pode ser realizada ao longo do ano. Além das tradições, há a Lenda de Sakura, que envolve o milagre do amor verdadeiro, traduzido na “flor da cerejeira”. Vale se aprofundar na pesquisa dessa linda história. Dignas de contemplação, as cerejeiras dão um toque de harmonia para Nova Friburgo. E  aprendemos com Wanderson Nogueira que “a finalidade da contemplação é o amor à natureza, às pessoas, à vida...” .

O inverno, para quem gosta de curtir a estação, é bem pitoresco com seus recursos para o aquecimento. Além das sopas, dos caldos, vinhos, chocolates, as lareiras têm grande aceitação e agora, com a lenha ecológica, não é mais um bicho de sete cabeças o sonho de aquecer a casa. E, se aquecer e proteger o meio ambiente é duplamente valorizar a vida e natureza. Depois é só continuar em casa o maior tempo possível.

No último domingo, 28, celebrou-se o Dia Internacional do Orgulho Gay. As manifestações pela passagem da data ficaram todas restritas aos movimentos em redes sociais. Porém, mais do que uma comemoração, é momento para refletirmos sobre o respeito à vida e à diversidade. O ministro Luís Roberto Barroso, na área de direitos humanos, ressalta: “O que vale na vida são os nossos afetos, os valores que escolhemos e os prazeres legítimos. Viver sem fazer mal a ninguém, com alegria, sem culpa.”

Ficamos bem quando recebemos a notícia de que em nossa cidade 194 moradores já se recuperaram da Covid-19. Mesmo sendo um consolo, é um sinal de que precisamos diminuir os índices de contágio. Nos depoimentos de alguns recuperados bem se vê que a coisa é séria e muito preocupante.  Felipe Abraão, de 27 anos, tratado no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, ante a vitória, confessa: “Vi que a doença é de verdade e, diante da realidade, é um misto de susto e choque”.

Para amenizar os efeitos da pandemia, ainda bem que podemos contar com a solidariedade das pessoas e das instituições. Os Rotary Clubes de Nova Friburgo, por exemplo, fizeram doações de equipamentos de proteção individuais para os funcionários do Hospital Raul Sertã, que atuam diretamente na frente de combate da Covid-19. Os kits foram adquiridos por meio de subsídios da Fundação Rotária, sempre engajada no lema “serviço à humanidade no ideal de servir”. Parabéns aos rotarianos!  

Com as experiências da pandemia, pelo visto, ficaremos mais limpos. Fernando Moreira trouxe uma reportagem muito oportuna sobre a higienização de ambientes de trabalho, que serve também para nossas casas e o nosso dia a dia. Além dos distanciamentos, as empresas precisam ser higienizadas a cada duas horas e todos devem usar álcool em gel, água e sabão para os cuidados com as mãos. Os pertences, como carteiras, chaves e celulares entram na mira da limpeza cotidiana intensa. É uma verdadeira cartilha que devemos levar a sério e por muito tempo. Em Massimo, a máxima de Bertolt Brecht nos ajuda a entender a situação: “Que tempos são estes, em que é preciso defender o óbvio?”. Um bom tema para a nossa reflexão semanal. Abraços!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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