Em tempos de pandemia, conforto espiritual e sensatez dão muito certo!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 02 de junho de 2020

 Com o tema “Espiritualidade – Fé durante a pandemia”, o Caderno Z do último fim de semana foi puro tranquilizante. Bastou abrir suas páginas e uma energia boa se espalhou pelo ar. Faustino Teixeira, doutor em Teologia, destaca que a atual pandemia “nos ajuda a entender nossa limitação e a precariedade de qualquer posição que defenda arrogâncias, excepcionalismos e autossuficiências”. Eliana Polo é mestre em Reiki e nos insita à descoberta de que “cada um de nós é luz e que podemos expandir nossa consciência e viver uma vida plena de felicidade”.  

O pastor da Igreja Luterana, Gerson Acker, lembra que “a paz brota da decisão consciente  de não querer promover ódio...” . Já Dom Paulo De Conto, administrador apostólico da Diocese de Nova Friburgo, nos traz dois extremos: “Enquanto no episódio da Torre de Babel ninguém mais se entende e se afastam uns dos outros, em Pentecostes, o Espírito Santo inicia um movimento inverso, todos falam em uma língua compreendida por todos: A Linguagem do Amor”. Podemos ter a “grande colheita espiritual” como explica o pastor da Igreja Ceifa, Sérgio Paim.

Sobre a meditação, Igor Fonseca ressalta que “meditar é se expor ao exercício da auto-observação, notar os efeitos fisiológicos e psicológicos da inquietude toda...”. O professor Ian Mecler, mestre em Cabala, arremata: “Todos os dias temos a opção de melhorar como ser humano e injetar luz ao mundo. O foco está na prática diária de meditação e na busca espiritual”. Como diz Beto Guedes: “A lição sabemos de cor, só nos resta aprender...”.

31 de maio foi o Dia Mundial Sem Tabaco e o jornalista Guilherme  Alt conversou com dois pneumologistas, André Furtado e Thiago Mafort. Os especialistas destacaram os malefícios que o fumo traz à saúde, não só dos fumantes, mas para aqueles que convivem com eles. No combate ao tabagismo, um incentivo: “O risco de câncer de pulmão cai pela metade após parar de fumar”. O cigarro causa tantos males e o duro é que tem gente que fuma para se acalmar. Força de vontade e desejo de parar são aliados nessa grande batalha.

Ainda sobre saúde, Guilherme Alt conversou com o reumatologista Davi Furtado sobre o uso da cloroquina e da hidroxocloroquina no tratamento dos casos de Covid-19. Entre as considerações, o médico ressaltou a ineficácia dos medicamentos e seus “efeitos adversos”. Entretanto, há esperanças no tratamento com uma nova medicação, que tem apresentado “evidências positivas”, inclusive “nos hospitais Raul Sertã , Albert Einstein e outros”. E encerra: “É preciso menos política e mais ciência”.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin nos acalentou, pois na falta dos tradicionais jogos e campeonatos, os jogos de tabuleiro são uma boa pedida nesta quarentena. Eu me lembrei das partidas de jogos de dama com meu irmão. Contudo, ganhando ou perdendo, todo mundo ganha com um bom jogo em família. E o cérebro é maior vencedor!

Enquanto o Hospital de Campanha em Nova Friburgo tem seu prazo de conclusão adiado mais uma vez, a flexibilização continua em debate tornando-se motivo até de uma ação civil na Defensoria Pública que, por sua vez, é contra o afrouxamento de algumas medidas restritivas. Aí me pergunto se vale a pena flexibilizar e aumentar a taxa de contaminados. Alguns dizem que tendo leitos suficientes, pode folgar as medidas restritivas. E me pergunto: então não teria importância amentar a contaminação? (Mas isso é coisa do meu pensamento).

E mesmo assim, passando de 200 casos de contaminação, tem gente querendo ir para as ruas promover a quebra do isolamento social. Vai entender! Como bem destacou o colunista Massimo: “O momento demanda dados e análises, não truculência ou filosofias baratas”. Verdadeiramente, a situação requer esforço de todos nós e muita responsabilidade.

Amei a conversa de Ana Borges com alguns pais e seus filhos na quarentena. Apesar das dificuldades, todos são partidários da ideia de que está sendo um aprendizado muito intenso, entre desafios e superações. Como bem reconheceu a jornalista Bruna Hess,  “ser dona de casa em tempo integral é o trabalho mais difícil do mundo”. Eu que o diga, pois, do jornalismo já estou voltando para a área do tanque!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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