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O lado saudável e doentio de nossa personalidade

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O relacionamento entre pessoas com algum grau de intimidade pode não ser fácil quando se esbarra nas diferenças inevitáveis, sejam ligadas ao gênero – masculino e feminino, ou à geração, necessidades pessoais, e devido a problemas pessoais ainda não resolvidos.

Morrer para o eu e ao mesmo tempo manter os aspectos saudáveis da individualidade e da personalidade também é um desafio. Requer anos de experiência prática na vida para adquirirmos o equilíbrio entre estas duas atitudes.

O relacionamento entre pessoas com algum grau de intimidade pode não ser fácil quando se esbarra nas diferenças inevitáveis, sejam ligadas ao gênero – masculino e feminino, ou à geração, necessidades pessoais, e devido a problemas pessoais ainda não resolvidos.

Morrer para o eu e ao mesmo tempo manter os aspectos saudáveis da individualidade e da personalidade também é um desafio. Requer anos de experiência prática na vida para adquirirmos o equilíbrio entre estas duas atitudes.

Cada pessoa possui um lado saudável que é a parte da personalidade que funciona bem. O lado saudável da personalidade é o que tem bom equilíbrio, é razoável (usa a razão), tem ética, respeita limites próprios e dos outros indivíduos, não invade, evita controlar as pessoas, respeita.

Este lado precisa ser considerado tanto pela própria pessoa a fim de que ela não se desvalorize e se deprecie injustamente, assim como pela pessoa com quem ela convive. É possível olharmos para o lado saudável de alguém sem negar que existe também o lado “sombrio”, complicado, limitado, presente em todos nós.

Jesus era uma Pessoa que procurava sempre olhar o lado saudável das pessoas e mesmo quando se tratava de alguém descontrolado, complicado, possesso, promíscuo, ainda assim Ele Se concentrava no que aquele indivíduo viria a ser caso se sujeitasse aos princípios de comportamento saudável que Ele apontava e se aceitasse Seu oferecimento de ajuda pessoal.

Podemos aprender para fazer o mesmo em nossos relacionamentos. Ou seja, quando estivermos lidando com o lado complicado de alguém, quando este lado complicado estiver em ascendência no nosso contato com a pessoa, podemos dar dois passos para trás, evitar brigar e querer que a pessoa se comporte como desejamos, evitar também que ela abuse de nós, e tentar olhar o lado positivo dela.

Pessoas reivindicam coisas certas de maneira equivocada, ou seja, há pessoas que pedem coisas em seus relacionamentos, conjugal (esposo-esposa), filial (pais-filhos), paternal (filhos-pais), empregatício (patrão-empregado), que são boas em si e necessárias para que aquele tipo específico de contato humano ocorra com bem-estar, só que fazem isto de uma maneira que destrói o próprio contato ao invés de construí-lo. E isto pode se tornar um padrão de comportamento não saudável em pessoas que possuem, como todas, o lado saudável, normal.

Há um lema usado em grupos de ajuda, como o AA, Al-Anon, que diz assim: “Que comece por mim.” Isto significa que ainda que a outra pessoa com quem você convive tenha seu lado complicado, como todos temos, procure começar consigo mesmo o processo de melhorar seu comportamento em vez de esperar que ela compreenda seus problemas e mude também. Pode ser que ela vá compreender e aceitar que também tenha problemas e procurar mudar, mas pode ser que não, porque há pessoas bem defensivas que resistem a qualquer mudança.

Manifeste apreciação pelo lado saudável da outra pessoa sempre que tiver oportunidade para isto. Quem sabe assim ela irá, finalmente, admitir que ela também tem o lado complicado, e decidir trabalhar para resolvê-lo. Mas se mesmo assim ela permanecer na negação e auto-engano, isto será um problema dela. Siga sua vida pedindo ao Criador para ampliar os aspectos saudáveis de sua personalidade e eliminar o lado ruim, por causa de uma decisão e pedido seu.

 

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Transtorno de personalidade Borderline

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Transtorno de personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. O Transtorno Borderline também chamado de Limítrofe, atinge a personalidade produzindo desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas.

Transtorno de personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. O Transtorno Borderline também chamado de Limítrofe, atinge a personalidade produzindo desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas.

“Borderline” vem do inglês que significa “limítrofe”, “linha de demarcação de uma fronteira”. Uma pessoa com diagnóstico de Borderline apresenta humor instável, problemas com a identidade, tendência a comportamento briguento, impulsividade sobretudo autodestrutiva, manipulação e chantagem, conduta suicida, sentimentos crônicos de vazio e tédio, age de modo imprevisível sem se preocupar com as consequências.

Isto surge mais no fim da adolescência e se concretiza nos primeiros anos da fase adulta. Cerca de 2% da população tem Transtorno Borderline, 76% em mulheres e em 20% da população carcerária. As causas deste transtorno incluem: infância traumática, diversas formas de abusos, sexuais, emocionais, separação dos pais, predisposição genética. 80% dos Borderlines relatam que o casamento de seus pais foi muito conflituoso. Apesar disto, cerca de 20 a 25% vêm de famílias estruturadas.

Para se dizer que uma pessoa tem o Transtorno de Personalidade Borderline ela precisa apresentar: instabilidade afetiva acentuada, ira inapropriada de difícil controle, sentimentos crônicos de vazio e tédio, repetição de tentativas ou ameaças de suicídio, automutilação, relacionamentos interpessoais instáveis e intensos com extremos amor e ódio, impulsividade em áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa como vida financeira, sexo, uso de substâncias.

Os que sofrem do Transtorno de Personalidade Borderline afastam aqueles de quem mais precisam. Precisam do afeto e da companhia dessas pessoas, mas podem afastá-las de forma cruel e, muitas vezes, assustadora. São exigentes de atenção e excessivamente manipuladoras, embora dificilmente o admitam.

Borderlines são como crianças num corpo de adulto. Imaturos emocionalmente, não sabem esperar, querem sempre recompensas imediatas, não toleram frustrações e tendem a colocar a culpa sempre em outros por suas falhas.

O tratamento deste transtorno envolve medicação, psicoterapia e orientação da família. Se um Borderline se esforçar para analisar sua tendência doentia de pensar, sentir e de se relacionar, será possível flexibilizar a rigidez de sua personalidade. Isto diminuirá o sofrimento para si e com quem ela convive. Ciúmes doentios que geram brigas diminuirão ao ela aprender a controlar impulsos agressivos.

Quando o Borderline decide fazer o possível para melhorar seu comportamento, pode sair deste estado doentio e pouco a pouco se tornar mais agradável, confiável, flexível, menos dramático, menos histérico, menos agressivo e explosivo, menos frio e calculista, passando a ter apenas traços não dominantes do que antes era rígido e muito entranhado em sua personalidade.

O Borderline pode melhorar se: (1) admitir que tem problema de personalidade; (2) procurar e receber ajuda para mudar; (3) entender e perceber que existem formas de pensar distorcidas em sua mente, baseadas em crenças errôneas desenvolvidas na vida; (4) cultivar o conceito de que precisa desidealizar as coisas, aceitando que a perfeição é uma meta que não atingimos plenamente. Aceitando esta limitação, a ansiedade, a agressividade, a explosão emocional, a hostilidade podem diminuir, melhorando o contato agradável com as pessoas; (5) olhar para seus erros cometidos involuntariamente como momentos para aprender em vez de se depreciar e angustiar e (6) aprender a se permitir ter momentos de relax, lazer, desfrutando amizades. O primeiro profissional a ser procurado para iniciar o tratamento borderline é o médico psiquiatra.

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Corrupção e Saúde Mental

quinta-feira, 31 de março de 2022

Dinamarca, Nova Zelândia, Suíça, Finlândia, Singapura, Suécia são alguns poucos países com menos corrupção segundo o site www.transparency.org  Neste site são classificados os países assim: o governo mais limpo e transparente é o número 1, e o menos transparente e corrupto é o de número 180. Entre 180 países o Brasil está na posição 96, os Estados Unidos no 27º. lugar, a Venezuela na posição 177 e a Bolívia está no 128º. lugar, só para citar alguns.

Dinamarca, Nova Zelândia, Suíça, Finlândia, Singapura, Suécia são alguns poucos países com menos corrupção segundo o site www.transparency.org  Neste site são classificados os países assim: o governo mais limpo e transparente é o número 1, e o menos transparente e corrupto é o de número 180. Entre 180 países o Brasil está na posição 96, os Estados Unidos no 27º. lugar, a Venezuela na posição 177 e a Bolívia está no 128º. lugar, só para citar alguns.

No site www.dailymaverick.co.za/article/2022-03-09-the-potential-effects-of-corruption-on-mental-health/ está um artigo com o título: “Os efeitos potenciais da corrupção na saúde mental” publicado no último dia 9 de autoria do jornalista Malibongwe Tyilo. Ele diz que um estudo recente realizado no Vietnã encontrou uma correlação entre a prevalência de corrupção e níveis de saúde mental. Este estudo científico foi publicado no site www.sciencedirect.com em maio de 2021 com o título “Corrupcão e saúde mental: evidência do Vietnã”.

Os cientistas escolheram o Vietnã por ser considerado um dos países menos transparentes e mais corruptos, e em geral a corrupção do governo é maior nos países mais pobres. Participaram da pesquisa 1.344 pessoas de 56 comunidades rurais espalhadas em 22 províncias. Avaliaram a saúde mental deste grupo e a exposição individual e experiências de corrupção no setor público no nível do governo, sobre subornos para obter títulos de terra, emprego no governo, tratamento médico, entre outros atos corruptos.

Apesar de que os cientistas da pesquisa tiveram o cuidado de não ligar definitivamente a causa direta entre corrupção e saúde mental, o estudo verificou que há evidências fortes e consistentes de que a corrupção está ligada ao sofrimento mental. Observou-se que a frequência dos subornos cria ansiedade, especialmente nas famílias mais pobres, as mais afetadas e vulneráveis.

Verificou-se que serviços públicos importantes na área da saúde e educação no Vietnã, estavam mais facilmente disponíveis para os dispostos e capazes de pagar. Além disso, o pagamento de propinas por bens e serviços essenciais, aos quais os mais pobres têm direito legal, produz sentimentos de desamparo e privação de direitos. Assim, a confiança social caiu bastante na população com o aumento da corrupção, e também a crença na capacidade de controlar o destino.

Entretanto, houve alguns movimentos anticorrupção no Vietnã pouco antes da pandemia, como no Brasil, e isto melhorou os níveis de saúde mental nos locais onde os esforços para diminuir as fraudes foram bem sucedidos.

A corrupção é um crime que atrasa o crescimento econômico, prejudica o desenvolvimento e causa desigualdade. Recentemente em nosso país foi feito o programa de redução da corrupção chamado “Lava à Jato”. Figuras sociais, empresariais e políticas foram presas, mas muitas ficaram de fora e continuam em suas atividades corruptas. Felizmente o Governo Federal atual tem agido com honestidade até onde se sabe, e mesmo a pandemia tendo causado tanto estrago financeiro, o Brasil avança com obras em todo o país, importantes para a população, e isso significa que os bilhões que eram roubados pela corrupção, estão agora sendo aplicados devidamente para obras públicas. Evidentemente a mídia que é contra o Governo Federal não mostra estas obras, como levar água a muitos municípios sofridos com a seca no norte e nordeste, construção de rodovias, ferrovias, e tantas outras.

O psicanalista Rollo May anos atrás, ao pensar nas atitudes corruptas, violentas da sociedade, dizia que a população desenvolve um tipo de sofrimento mental chamado de “cinismo social”, que significa ficarmos frios e omissos ao nos defrontarmos com a corrupção sistemática, a violência, e outros males sociais.

Precisamos acordar, não ser levados por informações inverídicas da mídia e dar exemplo sendo cidadãos honestos, que ajudam o país, sua cidade, seu bairro, sua família a funcionar melhor do que depende de você. Perder a esperança produz depressão, mas recuperar a confiança nos governantes que realmente fazem o bem pela pátria, melhora a saúde mental.

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Resolvendo seus conflitos de forma simples

quinta-feira, 24 de março de 2022

Nossa mente tem uma área chamada inconsciente. Para ela são lançadas lembranças, sentimentos, ideias, desejos, positivos e negativos, agradáveis e desagradáveis. Todos os pensamentos e sentimentos que você viveu ao longo de sua infância em sua família de origem ficam armazenados nesse arquivo mental chamado inconsciente.

Nossa mente tem uma área chamada inconsciente. Para ela são lançadas lembranças, sentimentos, ideias, desejos, positivos e negativos, agradáveis e desagradáveis. Todos os pensamentos e sentimentos que você viveu ao longo de sua infância em sua família de origem ficam armazenados nesse arquivo mental chamado inconsciente.

Não temos acesso ao conteúdo do inconsciente quando queremos, mas quando podemos, quando somos capazes de lidar conscientemente com os pensamentos e com os sentimentos que estavam lá quem sabe há tantos anos. Os sonhos são produzidos tanto em função de eventos vividos no dia anterior ou em torno dele, como por causa de histórias geralmente traumáticas de nosso passado. O que precisa sair do inconsciente para vir à consciência, mas que é impedido de chegar num nível consciente mental, pode sair em sonhos, ou através de algum sintoma físico ou emocional.

Muitos possuem sintomas físicos de origem no estresse mental. Chamamos isso de somatização, que é quando uma pessoa apresenta manifestações no corpo sem ter uma doença específica. O corpo sempre atua junto com a mente, um tentando ajudar o outro. Se você tem traumas emocionais importantes do passado ou do presente que realmente feriram, é possível na vida adulta ter sintomas físicos de origem emocional e/ou sintomas psicológicos como vontade de chorar, ansiedade excessiva, medos irracionais, tristeza contínua, entre outros.

Muitas crianças são vítimas de abusos na família de origem. Às vezes é um pai agressivo fisicamente, outras vezes é uma mãe autoritária que deprecia os filhos. Estas feridas emocionais são produzidas na infância e a pessoa pode, na vida adulta, ter alguma desordem emocional, complicações de comportamento, seja, por exemplo, uma timidez excessiva, ou o oposto, agressividade social.

Na vida adulta a pessoa com sofrimentos psicológicos que prejudicam o seu desempenho no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos em geral, pode encontrar alívio quando, primeiro de tudo, procura fazer uma análise pessoal pensando no que sofreu no passado e o que veio fazendo com o sofrimento. Guardou ressentimentos? Não conseguiu ainda perdoar as pessoas que o feriram lá atrás? Repete no presente atitudes que detestava e jurava não praticá-las? Tem dificuldade para chorar? Chora com facilidade meio sem saber a razão? Ficou com alguma fobia? Se sente depressivo a maior parte do tempo? Tem muita ansiedade? Vive brigando com os outros?

Falar de sua dor emocional pode aliviar. Procure pensar no que o incomoda mais em sua mente. Medo? Ansiedade? Tristeza? Irritação? Fale disso para alguém confiável e ético, que não irá tirar proveito de você, e manterá sigilo. Coloque suas dificuldades em oração sincera ao Criador do Universo, usando suas próprias palavras, crendo que Ele ouve seu desabafo, e persevere nisso. Muitas pessoas conseguem alívio e discernimento do seu problema emocional através da oração. Cientistas estão estudando isso.

Ao desabafar com Deus e com alguém capaz de ajudar, que não tem que ser necessariamente um profissional em psicologia, você pode melhorar. Se seus sintomas forem muito limitantes, por exemplo, impedindo de estudar, de trabalhar, de se relacionar bem com a maioria das pessoas, então considere ser avaliado por um profissional.

Mas comece com algo simples, como desabafar. E pense: Preciso pedir perdão a alguém? Peça. Preciso acabar com ressentimentos? Perdoe quem machucou você. Preciso me tratar melhor e parar com pensamentos de autodesvalor, autodepreciação? Faça isso. Estas atitudes vão promovendo a cura que você precisa.

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Consequências psicológicas do trauma e Justiça

quinta-feira, 17 de março de 2022

Sofremos com a guerra Rússia-Ucrânia. Entristece ver a crueldade. Ninguém ganha numa guerra, mesmo tendo um vencedor. Agressores numa guerra podem ser pessoas assustadas, com medo de serem vítimas de ataques e como defesa, atacam. Disfarçam o medo praticando poder cruel.

Sofremos com a guerra Rússia-Ucrânia. Entristece ver a crueldade. Ninguém ganha numa guerra, mesmo tendo um vencedor. Agressores numa guerra podem ser pessoas assustadas, com medo de serem vítimas de ataques e como defesa, atacam. Disfarçam o medo praticando poder cruel.

Vivemos traumas no dia a dia. Notícias de violência social, corrupção generalizada que prejudica a população, enchentes, desabamentos, assaltos, fraudes, maldade, seca destruindo plantações, incêndio florestal, terremotos, ganância material, ideologias de gênero perturbando as crianças, tudo isso e mais causam traumas.

O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) define trauma como uma experiência pessoal direta de um evento que envolve morte real ou lesão grave ou outra ameaça à integridade física de si mesmo ou de uma outra que você testemunha. Ou seja, trauma é algo que você experimenta pessoalmente, vê acontecer ou fica sabendo que ocorreu com alguém que você ama.

A grande maioria das pessoas terá pelo menos uma experiência traumática em sua vida, mas nem todos respondem de igual forma. Estudos tentam entender por que pessoas que vivem o mesmo trauma respondem de maneira diferente.

Muitas vezes um trauma nos leva a mudar a vida drasticamente. O propósito da existência muda, alguns seguem carreiras num serviço filantrópico, passam a educar seus filhos de nova maneira, desenvolvem uma fé, se tornam mais misericordiosos e altruístas.

Por outro lado, pessoas após um trauma desenvolvem o Transtorno de Estresse Pós-Traumático com sintomas variados como já descrevi aqui em outro artigo. Por exemplo, a pandemia da Covid-19 produziu muito deste tipo de estresse nos pacientes afetados pela doença assim como em profissionais lidando com ela.

Em sociedade podemos viver com traumas agudos e crônicos. É bem diferente a repercussão sobre nossa saúde mental viver um episódio traumático ou viver constantemente com trauma crônico. É comum perder-se a esperança vivendo trauma crônico e especialmente na família e na sociedade via a política corrupta.

Quando uma pessoa vive um estado crônico de estresse o corpo dela pode entrar em desconexão, desligamento e depressão, diferente do que ocorre num trauma agudo quando surge ansiedade, pesadelos, lembranças dolorosas, imagens trágicas.

As guerras acabam, mas não significa que o trauma obrigatoriamente acabe. A cura do trauma é uma jornada. Muitas vezes é um processo para toda a vida, num nível pessoal, familiar, comunitário, quanto num aspecto amplo da sociedade.

Pessoas vítimas de traumas precisam de ajuda para aprenderem a desabafar suas dores, medos, tristezas e revolta. Também podem aprender a lidar melhor com seus sentimentos, com sintomas como insônia, ansiedade e a raiva.

Pensa-se que uma forma de tratar traumas sociais é com a justiça. Se alguém matou um parente seu num assalto, e o criminoso foi preso e condenado, isto significa que foi feito justiça? E a vida da pessoa que morreu? Qual a justiça para ela? Que justiça seria justiça plena? Prender um criminoso satisfaz o anseio de justiça? E se o condenado roubou a população anos à fio no seu cargo político e com a corrupção praticada muitas pessoas morreram, por exemplo, porque foi desviado dinheiro que seria usado na construção de hospitais públicos?

O que queremos dizer com justiça? Uma maneira importante de chegar a isso é perguntar às próprias comunidades e indivíduos. O que a justiça significa para eles? O que a construção da paz significa para eles? E para você?

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Valeriana para insônia, ansiedade e hipertensão

quinta-feira, 10 de março de 2022

Medicamentos florais, homeopáticos e fitoterápicos são produzidos de maneira diferente e possuem uma filosofia diferente. Os Florais de Bach foram desenvolvidos pelo médico Edward Bach, que entre os anos 1920 e 1930 classificou 38 essências como tratamento alternativo ou complementar para curar emoções negativas e produzir bem-estar físico. Estudos mostram que florais agem semelhante ao placebo, ou seja, remédio sem componentes químicos.

Medicamentos florais, homeopáticos e fitoterápicos são produzidos de maneira diferente e possuem uma filosofia diferente. Os Florais de Bach foram desenvolvidos pelo médico Edward Bach, que entre os anos 1920 e 1930 classificou 38 essências como tratamento alternativo ou complementar para curar emoções negativas e produzir bem-estar físico. Estudos mostram que florais agem semelhante ao placebo, ou seja, remédio sem componentes químicos.

Homeopatia é uma forma de terapia alternativa com forte filosofia atrelada a ela, criada pelo alemão Samuel Hahnemann em 1796, baseada no princípio em latim “similia similibus curantur”, que significa os semelhantes curam os semelhantes. Ou seja, o tratamento homeopático é feito a partir da diluição e dinamização da substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. Na produção do remédio homeopático se usa uma substância que produz certa doença, dilui várias vezes, sacode várias vezes (dinamização), e atribui-se que ao final deste processo o que fica no produto é uma energia que atuaria na energia vital em nosso corpo.

Fitoterapia é um tratamento de doenças ou sintomas no qual se usa plantas medicinais. Há fitoterápicos em forma de cápsulas, comprimidos, pomadas e chás. Os fitoterápicos possuem efeito farmacológico conhecido cientificamente.

Um bom fitoterápico é a Valeriana (Valeriana Officinalis) que pode ser comprada sem receita, e produz num bom número de pessoas resultados positivos para insônia, ansiedade, redução da pressão arterial e melhora de cólicas menstruais.

A Valeriana usada para insônia tem vantagens quando comparada com medicamentos indutores sintéticos do sono, por ser, em geral, menos tóxica, não causar dependência importante como os sintéticos fazem. Pessoas com insônia rebelde, de longa data, que já usaram medicamentos sintéticos para ansiedade e insônia, podem não ter bons resultados com a Valeriana porque seu corpo ficou viciado nos remédios “tarja preta”. Mas é possível que usando uma dose maior de Valeriana (exemplo, duas cápsulas de 500mg cada), mais o Lúpulo (Humulus lupulus) em cápsulas (uma cápsula de 250mg), e talvez junto disso tomar a Melissa (Melissa officinalis, uma cápsula de 500mg), ajude a dormir melhor. Nos primeiros três meses da gravidez não se deve usar a Valeriana. Após este período, fale com seu ginecologista. É aconselhável tomar a Valeriana duas horas antes de ir deitar.

Para muitos a Valeriana diminui a ansiedade excessiva. Ela parece não apresentar problemas colaterais como os produzidos por tranquilizantes sintéticos tipo Alprazolam, Bromazepam, Clonazepam, Diazepam, Lorazepam, entre outros. Estes calmantes “tarja preta” além de viciar, alguns alteram a memória de curto prazo, entre outros efeitos negativos. Se precisarem ser usados, estes sintéticos devem ser tomados pelo tempo mais curto possível e sob orientação do seu médico.

Alguns tem a ansiedade diminuída ao tomarem Valeriana de dia sem prejudicar seus reflexos e sem produzir sonolência. Isto ocorre com alguns e não com todos, por isso é preciso avaliar como a Valeriana age de dia em certos indivíduos.

Este fitoterápico pode ajudar a diminuir a pressão arterial em alguns indivíduos. Mas isto precisa ser avaliado pelo médico e não substituir medicamentos para hipertensão pela Valeriana por conta própria.

Valeriana em chá e mesmo a erva na cápsula tem um cheiro bem desagradável. Mas o sabor não é ruim como seu odor. Você pode achar em cápsulas de extrato seco ou em pó. A vantagem da forma em extrato seco é que ele contém apenas os princípios ativos da planta, enquanto que no preparo tipo pó a planta toda é moída.

Como expliquei antes, se você quer usar a Valeriana para combater a insônia, é melhor tomar duas horas antes de ir deitar porque ela em geral demora mais a fazer efeito quando comparada com os medicamentos sintéticos para insônia.

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Temos dignidade

quinta-feira, 03 de março de 2022

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Cada ser humano tem uma dignidade, e isto não depende da classe social, status econômico, formação acadêmica, linhagem familiar, religião ou ateísmo. Não importam seus erros, falhas, seu presente ou passado complicado. Cada indivíduo possui sua dignidade.

Dignidade pode ser definida como honestidade, honra, respeitabilidade, autoridade, respeito a si mesmo, amor-próprio, decência. Você pode discordar da ideia de que todos nós temos dignidade, por pensar que um desonesto, um andarilho, mendigo, assassino, ladrão, pode ter dignidade. Mas tem. Dignidade não deve ser vista sob uma análise superficial do comportamento das pessoas. Ela não é construída no caráter humano por aquisição de bens materiais, cultura, nem por títulos recebidos academicamente, ou pelo poder político, judiciário ou eclesiástico. Não se obtém dignidade por decreto de uma autoridade constituída.

Não julgue pelas aparências. Elas podem ser só aparências. Claro, muitas coisas aparentes são reflexos do que vai no coração ou na mente da pessoa. Mas nem sempre. Um olhar abaixo da superfície dos comportamentos humanos pode revelar coisas fantásticas, negativas ou positivas. Nossos comportamentos sociais são resultado de nossas defesas psicológicas. E podemos nos comportar de forma adaptada ou desadaptada, saudável ou doentiamente.

Qualquer pessoa tem dignidade porque ela é uma pessoa. Pronto! É isso! Ela não é um caixote. Não é um trapo. Não é uma coisa. Não é um objeto. É um sujeito. As Escrituras Sagradas narram que um indivíduo que vivia em Israel quando Jesus viveu lá, estava tão possuído pelo mal, que ao abrir a boca para falar, não era ele quem falava, mas o maligno que se manifestava nele. Jesus olhou além da superfície daquele comportamento rejeitado pela sociedade e pelos “santarrões” da época, e acudiu aquele homem porque Cristo viu dignidade nele.

Eu estava na cidade de Recife, Pernambuco, participando de um Congresso de Psiquiatria. Era noite, não tinha atividades no Congresso e fui dar uma volta numa praça perto do hotel, onde havia carrocinhas de pipoca e de guloseimas, pessoas caminhando, outras conversando sentadas em bancos. Vi garotos na praça parecendo ser aparentemente meninos de rua. Puxei conversa com um deles. Dois outros se aproximaram. Ofereci guloseimas de uma barraca e eles aceitaram. Conversamos um pouco mais. Se achegaram ao nosso grupo de conversa mais uns dois garotos de rua, e vendo os amigos comendo, souberam que eu havia dado a eles a comida, e vieram me pedir. Um dos meninos que estava comendo disse para os amigos recém chegados: “Não peça mais nada a este moço não. Ele já nos deu muita coisa! Ele é bom!” Isto é dignidade. A dignidade não foi minha possível bondade, mas a atitude do garoto em me “proteger” do que ele considerou que poderia ser abuso dos amigos.

Aprenda a olhar sob a superfície dos comportamentos humanos e encontrar ali, no “sub-solo”, características positivas. Aprenda a perceber sua própria dignidade como ser humano, mesmo sendo o que somos, pecadores e imperfeitos. Temos valor e dignidade.

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Não podemos perder a liberdade de escolha

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Vivemos momentos difíceis. Guerras ideológicas seguem e invadem áreas da sociedade. A Elma Chips, fabricante de salgadinhos como o Doritos, lançou uma propaganda (creio que no México) na qual apresenta um grupo de pessoas que vão a um cemitério junto com uma senhora viúva. Na tumba do marido dela surge o falecido. Segue um diálogo entre eles falando de saudades, tudo apelando para a emoção, quando ao lado do marido surge outro homem, e o falecido diz de que ele está bem, no além, porque tem um companheiro, dando a ideia de uma relação gay.

Vivemos momentos difíceis. Guerras ideológicas seguem e invadem áreas da sociedade. A Elma Chips, fabricante de salgadinhos como o Doritos, lançou uma propaganda (creio que no México) na qual apresenta um grupo de pessoas que vão a um cemitério junto com uma senhora viúva. Na tumba do marido dela surge o falecido. Segue um diálogo entre eles falando de saudades, tudo apelando para a emoção, quando ao lado do marido surge outro homem, e o falecido diz de que ele está bem, no além, porque tem um companheiro, dando a ideia de uma relação gay.

Na propaganda se veicula duas ideias. Uma sobre a teoria da existência de uma alma ou espírito que sobrevive ao corpo após a morte, e outra é a ideologia gay. Vejam que na guerra ideológica o mais importante para o marketing de certas companhias poderosas, não é mais o produto que elas fabricam, mas crenças filosóficas. Veja o vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=MsiJpAS7QxE

Pouco tempo atrás a rede de lanches rápidos Burger King, lançou uma propaganda também ideológica, envolvendo até crianças na defesa da homossexualidade. Uma maldade contra os pequeninos. De novo a ideologia com mais destaque do que o produto da empresa. Veja em https://www.youtube.com/watch?v=Lofncir9A0Y 

Há projetos de lei para tirar os nomes “pai” e “mãe” de documentos de identidade. Os parlamentares que defendem uma lei assim não têm direito de fazer isso para proteger uma minoria LGBT contra a maioria da população que os elegeu.

Parlamentares que querem justiça e cumprimento da Constituição Brasileira, devem lutar para preservarem o direito e liberdade de crença no país, se posicionando contra grupos radicais, como o dos LGBTs, que não aceitam que pessoas ou instituições tenham opinião diferente da deles sobre a conduta sexual humana.

Alguns do grupo LGBT têm um tipo de “fobia” ou preconceito, que é não aceitarem opiniões diferentes das que eles têm sobre as causas do comportamento não heterossexual. Parece que dolosamente confundem conceito com preconceito. É um preconceito contra o direito das pessoas crerem diferente deles sobre a origem da homossexualidade e de outros comportamentos sexuais. Alguns deste grupo se queixam de ser vítimas de homofobia, quando eles são preconceituosos contra os defensores de uma vida heterossexual, defensores que não os atacam. Claro que é preciso respeito para com quem decide seguir com comportamento gay ou outra modalidade LGBT etc. Mas é preciso respeito dos dois lados.

Outro fato que mostra os tempos difíceis em que vivemos tem que ver com a obsessão pelo poder econômico, um transtorno mental que se alastra no mundo e engloba ditadores de países que, por um lado, defendem a igualdade social, mas por outro lado enviam fortunas para paraísos fiscais para si mesmos. E vivem com conforto totalmente oposto ao da população que vive sob seu regime ditador.

Na fome doentia pelo poder econômico, empresas como a Pfizer, que lucrou bilhões de dólares com as vacinas contra a Covid-19, agora quer vacinar bebês. Não me surpreenderá se esta big pharma pressionar poderes públicos e cientistas que se vendem, com propinas vultuosas, a vacinar animais de estimação (pets) com o possível argumento de que isto protegerá seus donos. Na fome insaciável de ganhar mais e mais dinheiro as pessoas fazem absurdos e seus projetos são aprovados por autoridades que, infelizmente, recebem “doações” milionárias. Não sou contra a vacina. Sou a favor da liberdade da pessoa escolher tomá-la ou não.

O mundo avança na maldade. Numa disputa entre ciência e política, em geral a política ganha. Na pandemia da Covid-19 o Estado interfere na liberdade de consciência da população, porque com a exigência do passaporte sanitário para tantas coisas (trabalho, viagens, ingresso em universidades etc.), fica a pressão para todos serem vacinados, o que fere a constituição brasileira que defende a liberdade de crença que envolve, creio, a liberdade de por em nosso corpo o que cada um crê que deve colocar.

Estamos caminhando a passos largos para a perda de liberdade individual como cidadãos e isto em muitos países, infelizmente. O poder econômico está vencendo devido à ganância de alguns poucos poderosos. Mas, no fundo, isto vai além da ganância, tem ideologia religiosa no meio.

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Boa moral com bom resultado

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

A ministra Damares Alvez, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal, foi acusada de ser moralista por criar um programa de prevenção à erotização precoce de crianças.

A ministra Damares Alvez, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal, foi acusada de ser moralista por criar um programa de prevenção à erotização precoce de crianças. O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, num artigo seu na Folha de São Paulo (www.conjur.com.br/2017-out-24/lewandowski-clara-linha-divisoria-entre-moral-moralismo), afirmou que moral revela um conjunto de valores e princípios que rege a conduta humana, variando no espaço e no tempo. E moralismo, para ele, é um tipo de patologia (doença) da moral por alguns buscarem impor seus padrões morais.

Concordo que há moralistas hipócritas que não praticam o que exigem dos outros, e podem atacar os que discordam deles, caluniando, difamando e agredindo fisicamente. Mas, o ministro Lewandowski não explicou no artigo que a aplicação da boa moral, da ética, cabe numa sociedade e pode ser feito não de forma doentia. Será melhor deixar práticas antissociais correrem soltas para não cair no moralismo se falarmos contra elas e se autoridades tomarem uma posição em defesa do bem estar social?

O programa do atual Governo Federal para evitar erotização precoce é de boa moral e tem produzido resultados positivos para a família brasileira. Propagandas preventivas de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada de governos passados falavam só: use a camisinha. Por que não ensinaram o jovem a usar a cabecinha para pensar antes de transar e ter gravidez indesejada, como agora está sendo feito?

No Brasil ocorrem 68,4 gestações para cada mil garotas entre 15 e 19 anos de idade, sendo a média mundial 46 para cada mil nesta faixa etária. Preocupa ver que em 2020 foram registradas 17.526 meninas entre 10 e 14 anos de idade que engravidaram.

A gravidez em adolescentes menores de 15 anos é de risco em relação à mortalidade materna. Segundo a Organização Mundial da Saúde, filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e mais mortes do que filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos de mães adolescentes têm taxa de mortalidade infantil duas a três  vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

Adolescentes que engravidam têm maior chance de desenvolver síndromes hipertensivas, partos prematuros, anemia, pré-eclâmpsia, desproporção feto-pélvica, restrição do crescimento fetal, e problemas por abortos provocados. Nas jovens de 15 a 19 anos, a chance de morrer por gravidez ou parto é duas vezes maior do que nas mulheres de 20 anos ou mais. Para menores de 15 anos, o risco é cinco vezes maior.

Abortos produzem consequências dolorosas às vezes para o resto da vida da menina. As de classe média e superior abortam em 80% dos casos e as de classe pobre abortam 20%, e 80% levam a gravidez até o fim. De cada 100 garotas que iniciam a prática sexual, 28 engravidam nos primeiros três meses após este início. Em geral os filhos vão para outros cuidarem. Muitas meninas que engravidam param de estudar.

Com o programa da ministra Damares e equipe, houve redução de 18% de gravidez na adolescência desde 2019. No governo anterior, em 2017, foram registradas 22.146 gravidezes em garotas de 10 a 14 anos, e 458.777 entre 15 e 19 anos de idade. Em 2020, com o programa de educação sexual do Governo Federal caiu para 17.526 em meninas entre 10 e 14 anos, e 363.252 entre 15 e 19 anos de idade. Está funcionando.

Canais poderosos de TV irresponsavelmente favorecem o sexo precoce. Compete à família orientar os filhos sobre sexualidade responsável e domínio dos próprios impulsos. A luta das famílias contra o que a má mídia faz de destruição moral é cruel. Cuide de seus filhos e filhas orientando-os. Sexo no conceito cristão bíblico é para ser praticado dentro do casamento entre um homem e uma mulher comprometidos com o amor. Concordo com a ministra Damares que disse: “Tudo tem seu tempo”.

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Masculinidade Tóxica

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Talita Castelão é uma psicóloga doutora em ciências, conhecida minha e publicou um artigo com este título “Masculinidade Tóxica”. Vou compartilhar com você algumas ideias dela e as que tenho também sobre este assunto.

Talita Castelão é uma psicóloga doutora em ciências, conhecida minha e publicou um artigo com este título “Masculinidade Tóxica”. Vou compartilhar com você algumas ideias dela e as que tenho também sobre este assunto.

Quando você pensa em características comportamentais de um homem, o que lhe vem à mente? O mais comum é pensar que homem é forte sempre, nunca chora, não mostra sentimentos, só pensa em sexo, trabalho e futebol. Este perfil masculino não indica a normalidade, e faz parte do conceito de masculinidade tóxica. Em muitas culturas é passada essa ideia de homem para crianças e os meninos podem crescer com estas crenças, e que tem que transar na adolescência, não levar desaforo para casa, tudo uma bobagem sem fundamento científico.

A mídia divulga muitas notícias sobre machismo e seus efeitos negativos, especialmente tendo mulheres como vítimas. Mas vamos pensar no outro lado da questão que é o fato de homens sofrerem também, tanto por serem pressionados a terem um padrão de comportamento macho pré-determinado, quanto pela dificuldade que podem ter de expressar seu sofrimento e receberem apoio por pessoas e entidades que reconhecem os sofrimentos masculinos.

Já comentei em outro artigo que não conheço nenhum lugar onde exista uma Delegacia dos Homens. Você conhece? A verdade é que, mesmo sendo em número muito menor, existem mulheres agressivas que ferem fisicamente, agridem gravemente e matam homens. Afinal, por que existem penitenciárias femininas?

Também é mais comum a mulher buscar ajuda médica para questões clínicas, do que o homem. E é mais fácil a mulher procurar ajuda psicológica para problemas de casamento do que o homem. As causas destas diferenças não estão baseadas no fato de homens não terem sofrimentos, mas porque eles se sentem fracos em admitir que têm dores emocionais porque a cultura criou este conceito de homem forte não chorar, não ter medo, e por aí vai. Isto se torna um peso para o homem e prejudica a busca de ajuda que ele precisa e que está disponível.

Ainda se valoriza a masculinidade baseada na violência, na brutalidade, e a feminilidade na expressão de sentimentos, empatia, sensibilidade. Entretanto, existe violência praticada por mulheres e homens normais, sensíveis afetivamente. É lamentável que homens e mulheres ainda pensem assim, que homem tem que ser bruto e mulher tem que ser frágil.

Homens querendo viver a masculinidade tóxica acabam perdendo a vida porque entram em brigas para provar que são machos, não procuram médicos e acabam tendo câncer de próstata, causam acidentes graves de trânsito por exibição orgulhosa no dirigir, talvez para impressionar as garotas e/ou competir com colegas, entram nas drogas para se enturmarem etc.

O relatório “Masculinidades e saúde na região das Américas”, divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde no fim de 2019, revelou coisas assustadoras como, nas Américas, um em cada cinco homens morre antes dos 50 anos de idade por causas ligadas à masculinidade tóxica. 

Faz parte deste conceito de masculinidade tóxica a ideia de que se o homem divide tarefas domésticas, faz compras de supermercado, ajuda a cuidar do bebê, ele é tido como um bobo e dominado pela esposa, como se fosse algo depreciativo ele praticar estas ajudas em sua família.

A verdade na vida é que homens e mulheres têm pontos fortes e pontos fracos em sua personalidade, ambos precisam de ajuda em alguns momentos de sofrimentos e isto não é fraqueza, é humanidade. Homem também precisa de apoio, acolhimento, suporte emocional. Isto é o normal. Não existem super-homens.

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