Wanderson Nogueira

Palavreando

Aos sábados, no Caderno Z, o jornalista Wanderson Nogueira explora a sua verve literária na coluna "Palavreando", onde fala de sentimentos e analisa o espírito e o comportamento humano.

27/01/2024

Quando foi que o homem inventou os edifícios? Há dois mil anos ou mais… Primeiro com dois andares, três, depois com cinco, oito, onze. O prédio com mais andares do mundo em 1885 não chega nem perto dos 46 do prédio mais alto da São Paulo de hoje. E o que dizer dos 290 metros de altura do prédio mais alto do Brasil, em Balneário Camboriú? Apenas um terço do Burj Khalifa, em Dubai. 

Arranha-céus. Como ousam cruzar o céu? Cimento e aço materializando loucuras. À estratosfera? Jamais. Talvez, daqui a alguns anos, quem sabe? 

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20/01/2024

Abre a janela desta manhã que amanhece mais cedo. O sol das cinco e meia da manhã brilha sem queimar. Lá fora, dá para ouvir os pássaros acordando em regozijo. O céu rosado manifesta poesias que podem ser lidas sem uma ordem específica. Passa o olho por esses desenhos nada infantis. Percebe. Capta. Boceja a preguiça. Reivindica essa energia.  

A liberdade é mesmo linda. Abre os braços, o peito e a mente. O sol quer fotografar seu rosto. Alma. Deixa essa energia abastecer seus sonhos, sua vivacidade, seus propósitos. O que te move? Escolha o movimento de ser feliz!

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30/12/2023

Nós merecemos mais do que o melhor, fomos destinados à excelência. Se olharmos para trás, que história incrível nos potencializou. Quando foi que nos esquecemos que nascemos para ser grandes como projetaram nossos ancestrais?

Recuperar a nossa trajetória é essencial para recobrar a consciência que apenas enfeites em efemérides não nos bastam. A festa acaba. A música cessa. As visitas vão embora. E quem fica o ano todo? Nem com o essencial é prestigiado.

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23/12/2023

Peito aberto para as lembranças que passeiam, velozmente, por uma avenida repleta de luz. Lembranças de reuniões de família, união de amigos e canções. Não há época em que o ser humano é mais humano que no Natal. A ingenuidade invade e as declarações de amor se revelam em abraços e cartões. 

Não há preocupação com estar mais vulnerável, simplesmente isso não importa. Você está ali para os outros e os outros estão ali para você de peito aberto, coração escancarado para transbordar tudo aquilo que muitas das vezes se sente, mas se oculta.

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16/12/2023

O que eles verão? Deixa ver. Que o mar, apesar de parecer desaguar no infinito, se fantasia de horizonte. Entre o que parece e é, há toda imaginação. É fértil a ilusão e toda pretensão do que cria. Criatividade é uma bondade dos astros conosco. E tudo podemos e nada nos fortalece mais do que a fé na vida.

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09/12/2023

Nem todo dezembro é de graças, como nem todo fevereiro é de carnaval. Toda essa festa e toda essa intenção de fartura escondem muitas das misérias e também das riquezas humanas. Traz saudades imensas, algumas recheadas de dores profundas, outras de vivências que, apesar de impossíveis de se repetirem, são provas de que o amor habitou o peito. 

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02/12/2023

O samba, obra de arte que o preto esculpiu, ritmo oficial da marca Brasil, tem o seu berço na casa de Ciata. De artistas vindos de becos e vielas, de compositores de caixinha de fósforo nas mesas de bar, é de toda a nossa cultura, a música mais popular. 

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25/11/2023

O sobrenatural existe, eu sei. É muito mais do que tudo aquilo que não sabemos explicar. É a sensação de presença que temos. É o sentimento que invade. É o arrepio que dá e sobe pelos braços, abraça o pescoço, dá frio na espinha. Físico, mas quântico. Real, mas estranho. Desconhecido, porém reconhecível. 

Os céticos dirão que são coisas psicológicas. Os religiosos dirão que é fé ou falta dela. Os filósofos insistirão em perguntas para não responder. Os poetas apenas farão rimas, como se rima fosse pouco. Canção é tudo que há e irreversível é o que nos causa. 

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18/11/2023

Coragem? Temos de sobra. Medo? Também. Às vezes, o que não se tem é escolha. Com coragem ou medo é necessário enfrentar suas lutas exclusivas que, por mais que se assemelham às dos outros, é sua e só você pode mergulhar.

Seria fácil apenas dizer: vai! Aqueles tais 30 segundos de insanidade talvez seja o que se precise para ir. Os tais segundos que não pensamos em temor ou consequências, se faz o que precisa ser feito e que mais ninguém pode fazer por você. Resultado? É tudo que vem depois de decidir entrar no jogo. 

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11/11/2023

Quando foi que passamos a nos contentar com a mediocridade? Enxergamos, mas não percebemos. Escutamos, mas não ouvimos. Quem tapa os nossos ouvidos? Temos ou fingimos, (não sei), empatia com os que sofrem… longe. Aos de perto: naturalizamos.

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