Minimalismo e Consciência de Consumo

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Não há outra alternativa; ganhando muito ou pouco, você precisa poupar para haver prosperidade financeira. Se você gasta o que ganha, talvez aumentar as receitas não seja a solução para a estabilidade: você precisa rever seus hábitos de consumo. A propósito, já ouviu falar sobre minimalismo? É uma palavra ampla, é claro. Minimalismo pode retratar diferentes contextos, mas é sobre estilo de vida e hábitos de consumo o qual me refiro.

Minimalismo é um estilo de vida; e como tudo, basta achar o seu ponto de equilíbrio. Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia ou barzinho no final de semana, pode acabar te trazendo outras oportunidades e você passará a viver com mais investimento em educação, viagens, saúde, bem estar e o que mais você considere parte da sua essência. É claro que cada pessoa tem suas prioridades e isso é natural. O importante é entender a ideia de que menos pode ser mais!

Agora, como uma forma de intrigá-lo e talvez até causar certa reflexão: você realmente precisa de tudo o que tem?

O consumismo não é natural, é algo inserido na nossa sociedade; por isso a crítica a favor da consciência de consumo. Em contrapartida ao minimalismo, o American Way of Life (o estilo de vida americano) surgiu no século passado como uma alternativa para os Estados Unidos superarem suas crises financeiras e foi difundido ao redor do mundo, inclusive países emergentes. Isso nos trouxe o consumismo desenfreado que, aliado à precária educação financeira, fez do trabalhador e consumidor um refém de suas próprias dívidas.

Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes, principalmente em tempos como os atuais.

Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano.

Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.

Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre! Cuidado com as técnicas de vendas.

Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.

Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novos consumos e você não merece viver para pagar boletos.

Educação Financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos, é a rotina de todos que usam dinheiro como ferramenta de consumo.

Por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? Só você tem o controle de como gastar seu dinheiro e alocar suas finanças pessoais.

Dessarte, tome boas decisões. Pense nisso!

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Gabriel Alves

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