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Ciúme doentio

quarta-feira, 01 de fevereiro de 2023

Ciúme envolve sentimentos que surgem na pessoa quando ela sente que existe uma ameaça à estabilidade e qualidade de um relacionamento importante para ela. Quando falamos de ciúme patológico ou doentio, significa que existem no ciumento muitos sentimentos perturbadores, fora de proporção e absurdos. Estes sentimentos doentios conduzem para comportamentos que vão desde estranhos, até criminosos. Ciúme doentio tem que ver com desconfiança excessiva e sem fundamento, que prejudica o relacionamento com a pessoa que o ciumento diz que ama.

Ciúme envolve sentimentos que surgem na pessoa quando ela sente que existe uma ameaça à estabilidade e qualidade de um relacionamento importante para ela. Quando falamos de ciúme patológico ou doentio, significa que existem no ciumento muitos sentimentos perturbadores, fora de proporção e absurdos. Estes sentimentos doentios conduzem para comportamentos que vão desde estranhos, até criminosos. Ciúme doentio tem que ver com desconfiança excessiva e sem fundamento, que prejudica o relacionamento com a pessoa que o ciumento diz que ama.

Quando ideias de ciúme invadem a mente do indivíduo e ele reage exageradamente, e o resultado é surgir uma compulsão para ver onde a pessoa está, se está mesmo com quem disse que estaria, mexe nas bolsas, carteiras, abre envelopes em nome do outro, fica atento aos telefonemas, verifica as roupas íntimas da pessoa de quem sente ciúme, às vezes fica tão perturbado que contrata detetives, ou ela mesma segue a pessoa na rua. A pessoa com ciúme doentio vive à busca de provas, confissões, evidências que possam confirmar suas suspeitas. O clima no relacionamento dela com a outra pessoa é tenso.

Quando analisamos psicologicamente a pessoa com ciúme exagerado, encontramos que o principal sentimento nela não é amor pelo outro, por quem ela sente ciúme. O sentimento principal é o egocentrismo devido ao medo de perder a pessoa que é o objeto de seu ciúme. O ciumento exagerado quer a pessoa em sua vida como se fosse um objeto pessoal sobre o qual exerce total controle.

Ciúme patológico ou doentio pode surgir em pessoas com enfermidades mentais, como Transtornos de Personalidade, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Alcoolismo. O ciúme normal é temporário, transitório e tem um fundamento real por ser ligado à fatos verdadeiros, realistas. No ciúme normal a preocupação tem que ver com a preservação do relacionamento, enquanto que no ciúme doentio a preocupação é o ego do ciumento.

A pessoa com ciúme doentio pode sentir raiva, vergonha, ansiedade, depressão, insegurança, culpa, desejo de vingança. Ela em geral tem uma desvalorização de si mesma, assim se sente insegura o que favorece o ciúme. Pesquisadores têm verificado que a maioria dos crimes de morte seguidos de suicídio ocorrem em função de uma paixão numa pessoa cheia de ideias delirantes de ciúme doentio. A maioria é cometida por homens com sérios problemas emocionais, podendo ser um transtorno de personalidade, dependência de álcool e outras drogas, estado depressivo, transtornos obsessivos e até esquizofrenia. Nas pessoas com diagnóstico de Transtorno Paranoide o ciúme doentio surge em cerca de 16% delas.

Para solucionar o ciúme excessivo, é preciso acreditar no afeto existente. Uma mulher ou homem muito ciumento, precisa valorizar o que o outro realmente sente por ela, por ele e parar de se preocupar com perdas e com algo idealizado, confiando que os ganhos são reais, existem porque a pessoa tem amor genuíno, outras pessoas também gostam dela, e ela pode gostar mais de si a ponto de não esperar demais dos outros para ter uma recompensa afetiva. Pense bem, ninguém controla ninguém. O amor da pessoa por você não depende do quanto você a controla, mas do que ela pode sentir e fazer por você. E isto é com ela.

Ciúme exagerado é posse e posse é abuso. Como comentei antes, geralmente produz agressividade e até violência. Um ciumento sente que é dono da pessoa para quem o ciúme é dirigido. Quer o outro como seu escravo. Mas o amor é contrário à escravidão. Cada ciumento deve lutar para ser dono de si mesmo, de suas emoções, aprendendo a controlá-las para sua saúde em vez de se deixar levar por elas, gerando, por exemplo, ciúme exagerado. Saúde mental tem que ver com ter as emoções, sem deixar que as emoções tenham você. Se você não consegue dominar e acabar com seu ciúme que pode ser doentio, procure ajuda com um conselheiro capaz, ou um psicólogo.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Como evitar abuso de tranquilizantes?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

As pessoas estão ficando muito medicalizadas, vivendo sob a influência de remédios sintéticos. A prescrição de ansiolíticos no mundo, por exemplo, que são medicamentos para diminuir a ansiedade excessiva, é assustador. O que pode ajudar para evitar o abuso destes medicamentos nas pessoas com ansiedade alta?

As pessoas estão ficando muito medicalizadas, vivendo sob a influência de remédios sintéticos. A prescrição de ansiolíticos no mundo, por exemplo, que são medicamentos para diminuir a ansiedade excessiva, é assustador. O que pode ajudar para evitar o abuso destes medicamentos nas pessoas com ansiedade alta?

Primeiro é importante aceitar que pode existir algo na sua vida que produz a ansiedade excessiva e entender que aceitar não é concordar, mas admitir a realidade. Ansiedade excessiva pode ser a “luz vermelha” indicando que pode existir alguma situação em sua maneira de funcionar como pessoa que necessita mudança, ajuste, reparação. Também pode ser que você seja uma pessoa com um perfil ansioso em sua estrutura de personalidade.

Em segundo lugar, é importante olhar para fora de si mesmo em vez de se concentrar na sensação de ansiedade que você experimenta. Procure pensar que você não é a ansiedade, mas ela é algo em sua mente. Você consegue pensar nela, consegue usar o lado saudável da mente para aprender a lidar com ela.

Também pense que todas as pessoas possuem ansiedade, portanto, o alvo não é eliminá-la, mas ver como ela pode diminuir, caso esteja exagerada. Se existe, por exemplo, uma tensão em algum relacionamento, o que você pode fazer para resolver isso?

A ansiedade exagerada pode ser explícita, ou seja, surgir como inquietude, sensação de vazio, aperto no peito, ou pode surgir através de outro transtorno, como a fobia (medo exagerado), transtorno obsessivo-compulsivo (pensamentos obsessivos que levam a atos compulsivos os quais atrapalham o bom funcionamento da pessoa), crises de pânico, etc.

Outra coisa que ajuda é em vez de ficar parado e assustado com a ansiedade ou angústia exagerada, tome uma atitude, que pode ser diminuir o ritmo do trabalho, não se desesperar, realizar suas tarefas mais devagar, dentro do possível, sem se cobrar para ter que ter o mesmo desempenho que tinha antes do sofrimento ansioso.

A respiração pode ajudar. Pessoas muito ansiosas podem respirar mal. Por isso, ao longo do dia, algumas vezes, respire profunda e lentamente cinco ou seis vezes em seguida, puxando o ar pelo nariz e soltando-o pela boca bem devagar.

Verifique como está sua dieta. Bebidas com cafeína, por exemplo, podem piorar a ansiedade. Portanto, elimine-os ou reduza ao máximo o seu consumo. Também contribui para o alívio da ansiedade excessiva a prática de atividade física especialmente ao ar livre, como caminhadas de preferência em meio à natureza.

Finalmente, examine seus pensamentos. Uma pessoa com ansiedade excessiva geralmente exagera as coisas e tende a se concentrar em problemas que não ocorreram e que provavelmente poderão nunca acontecer. Então, não antecipe fatos trágicos que possivelmente não acontecerão. Verifique se seus pensamentos mais frequentes e que aumentam a ansiedade tem uma base real. São razoáveis? São baseados numa verdade ou numa suposição? Tem provas concretas de que eles são verdadeiros? Ou são produzidos apenas por uma mente ansiosa que imagina coisas?

Procure o desenvolvimento de sua vida espiritual. Estudos científicos mostram que a oração, a meditação, ajudar os outros gratuitamente, auxiliam a pessoa para ela se tornar mais serena.

Atitudes assim, praticadas com perseverança, paciência, humildade, e determinação, ajudarão a diminuir a ansiedade e, talvez, a pessoa não necessitará do uso de medicação sintética, ou se necessitar, poderá usar menos tempo e possivelmente sem necessitar doses altas.

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Dr. Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com.br

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O sintoma e seu significado

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Sintoma é aquilo que alguém diz estar ocorrendo e que não podemos ver, como uma dor, um mal-estar, uma tonteira, ou sensação de má digestão. Sinal é o que podemos ver, como uma inchação externa (edema), uma mancha na pele, perda de peso acentuada e tantos outros.

Sintoma é aquilo que alguém diz estar ocorrendo e que não podemos ver, como uma dor, um mal-estar, uma tonteira, ou sensação de má digestão. Sinal é o que podemos ver, como uma inchação externa (edema), uma mancha na pele, perda de peso acentuada e tantos outros.

Sintomas são manifestações de dor em nosso organismo. Podem ser físicos, mentais, sociais ou espirituais. Sintomas físicos são, por exemplo, dores físicas, vômito, diarreia, fratura de um osso, mancha na pele. Sintomas mentais são, por exemplo, tristeza profunda, timidez exagerada, pânico, ansiedade excessiva, fobia, desorientação no tempo e no espaço. Sintomas sociais podem ser corrupção, abuso moral numa empresa, e sintomas espirituais, por exemplo, são falta de fé, desesperança, materialismo, desprezo pela vida, maldade, orgulho, egoísmo.

Todo sintoma é uma manifestação de que algum tipo de dor ou problema está em processo na pessoa. O mau funcionamento de um sistema em nosso corpo é demonstrado pela dor. A palavra “dor” aqui não quer dizer dor sensorial, ou seja, não é necessariamente sentir dor física quando, por exemplo, levamos uma pancada no corpo, ou quando queimamos nossa pele e há dor. Estes e outros tipos de dor são manifestações de que algo está errado.

Dor, então, além da dor física pode ser dor emocional (tristeza, medo, angústia), dor social (tensão nos relacionamentos) e dor espiritual (perda de fé, desespero, falta de sentido para a vida). A dor nos diz que transgredimos as leis naturais e estamos pagando o preço pela transgressão.

O corpo tenta resolver a dor ou o problema através do sintoma. Exemplo: se você comeu um pão integral que estava mofado, com fungos, pode ocorrer a diarreia, a qual é, por um lado, a defesa e por outro lado a manifestação do problema. Quando uma pessoa pratica em seu estilo de vida algo não saudável, seu corpo procura dar um jeito para evitar complicar o risco de morte.

Veja o exemplo do câncer, o qual resulta de uma combinação de fatores. Há o fator hereditário (transmite-se de pais para filhos a probabilidade de ter a doença se ambos ou um dos pais também a tiveram), o emocional (qualidade ruim das relações afetivas na família de origem e na vida adulta), a sensibilidade da pessoa (os mais sensíveis absorvem mais problemas), fatores tóxicos do ambiente (agrotóxicos, exposição inapropriada ao sol, poluição do ar). Tudo isto combina para o desenvolvimento de um câncer.

Mas quando nosso corpo percebe que as células estão ficando cancerígenas, um grupo delas decide parar as funções do corpo pelo chamado “suicídio celular inteligente” ou “apoptose”, também chamada de “morte celular programada” que é diferente da “necrose” que é a morte de uma parte de nosso corpo de forma agressiva, como ocorre num enfarto do coração.

Quando um câncer começa a desenvolver-se, há os genes P53 que atuam para tentar vencê-lo. Se a pessoa continua com estilo de vida não saudável, o câncer avança e os genes NM23 entram em ação para evitar as metástases ou a difusão da doença. E se nada muda para melhor no estilo de vida da pessoa, as células sadias decidem pela apoptose, ou seja, decidem “desligar” a vida para evitar que a doença progrida de forma ruim para o indivíduo.

O sintoma é a manifestação da dor para que tendo a dor você possa parar, refletir, e ter a chance de ver o que precisa ser mudado em sua vida física, mental e espiritual. A vida dá muitas chances antes que a morte chegue. Mas há uma hora em que ela diz que não dá mais. Daí vem a doença e a morte.

Assim, diante de uma dor não corra para buscar algo para anestesiá-la e esquecer o assunto. Procure entendê-la e mudar aquilo que a vida está lhe dizendo para mudar. Assim, a saúde prosseguirá. E você tem a escolha. Milhões de pessoas morrem precocemente porque fazem escolhas erradas quanto à saúde. A grande maioria das doenças têm que ver com estilo de vida.

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Receita de uma pessoa e sociedade melhor

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Muitas vezes sofremos emocionalmente porque repetimos os mesmos comportamentos ruins ano após ano. E, junto disso, pode ser que convivamos com alguém difícil na família, no trabalho, na comunidade em geral. E esta convivência pode realmente produzir tensão e estresse.

Muitas vezes sofremos emocionalmente porque repetimos os mesmos comportamentos ruins ano após ano. E, junto disso, pode ser que convivamos com alguém difícil na família, no trabalho, na comunidade em geral. E esta convivência pode realmente produzir tensão e estresse.

Nem sempre conseguimos nos afastar das pessoas difíceis de nossos relacionamentos por várias razões. Mas é possível aprendermos a desenvolver uma atitude diferente diante da situação estressante e desagradável na qual vivemos talvez diariamente. Isso significa lutar para mudar algo dentro de nós, em nosso comportamento, o que nos proporcionará, pelo menos, mais satisfação interna e paz mesmo continuando a ter uma convivência difícil.

Pense em você mesmo agindo sem maldade, com uma mente pura como uma criança mas evidentemente com a responsabilidade de um adulto maduro, controlando bem seu apetite, administrando seus desejos desenfreados para qualquer coisa no sentido de não ser dominado por eles, vencendo a avareza, não se deixando levar pela ira, não agindo com maldade e malícia, sem usar palavras obscenas ou palavrões, deixando de lado ou abrindo mão de ressentimentos, da amargura, das gritarias em família ou em qualquer outro lugar, não mais mentindo, e a partir de agora usando de misericórdia para com todos, se tornando uma pessoa bondosa, afável, generosa.

Imagine você se tornando uma pessoa que abandona a cobiça, a lascívia, qualquer forma de idolatria, deixando de ser uma pessoa briguenta, parando de ter prazer em ficar competindo com os outros para tentar mostrar que é melhor que eles. Pense em ter um comportamento que abandona qualquer tipo de crime, agressividade emocional ou física, corrupção, deixa de crer e difundir ideologias destrutivas da pureza especialmente das crianças como a ideologia de gênero que não tem base científica séria e comprovada.

Comece a pensar profundamente em como será ao você a partir de agora lutar consigo para desenvolver melhor a capacidade de amar as pessoas, especialmente as difíceis de serem amadas, ou pelo menos tratá-las bem, cultivar alegria em vez da melancolia, promover paz entre as pessoas na família e no trabalho pelo menos do que depender de sua pessoa, atuar com paciência, agir sempre com mansidão que é uma atitude de poder pessoal, porque significa que você está conseguindo ter bom autocontrole emocional em vez de buscar isso através de medicamentos psiquiátricos. Imagine você sempre agindo com uma mentalidade de ajudar as pessoas. Sempre pensando (sem colocar nas redes sociais): O que posso fazer para ajudar este indivíduo? E isso não só no sentido de ajudar familiares, mas qualquer pessoa.

Já pensou como funcionaria a sociedade com pessoas com comportamento assim? Será isto uma utopia, algo inalcançável? Creio que não. As pessoas sábias que usam a sabedoria para o bem, as que vão amadurecendo na bondade, no entendimento de que, como disse Jesus Cristo, é melhor dar do que receber, as que lutam contra o egoísmo inato, as que não se deixam vencer pelo orgulho e desejo de exaltação própria (narcisismo), as que conscientemente buscam e praticam a verdade e tentam sempre acertar quanto a construírem justiça, podem produzir uma sociedade melhor.

Uma pergunta sobre isso é: Quantos querem isso? Quantos se empenham em desenvolver um caráter assim? Quantos se interessam por este tipo de amadurecimento emocional e espiritual? Não se importe se é a minoria, como, infelizmente parece ser. Escolha e lute para fazer parte dessa minoria e verá como sua vida atingirá, gradativamente, uma melhor qualidade física, emocional, social e espiritual.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Um remédio muito bom para a saúde mental

quarta-feira, 04 de janeiro de 2023

Não é fácil olhar a nós mesmos para entender nosso comportamento. Não é agradável aceitar algum comentário de uma pessoa que nos conhece e nos aponta falhas em nosso jeito de ser como pessoa, mesmo que isto seja feito com respeito e desejo de ajudar.

Não é fácil olhar a nós mesmos para entender nosso comportamento. Não é agradável aceitar algum comentário de uma pessoa que nos conhece e nos aponta falhas em nosso jeito de ser como pessoa, mesmo que isto seja feito com respeito e desejo de ajudar.

A gente se torna aquilo que nos causa menos dor. Pense nessa frase. Vou repeti-la: A gente se torna aquilo que nos causa menos dor. Isso significa que este jeito de ser que você e eu somos nesse momento da vida é o melhor que conseguimos fazer com a gente mesmo para ser o que somos agora. É importante admitir que nesse jeito de ser que somos até agora podem existir defeitos de caráter, formas rudes, agressivas de falar e se comportar, bem como um jeito passivo carente de atitudes positivas.

É muito comum pai e mãe levarem seu filho ou filha num psicólogo porque a criança apresenta alguma alteração no comportamento, por exemplo, um jeito agressivo e desrespeitoso de falar com eles e com outros parentes, e este pai ou esta mãe, ou ambos, não perceberem a relação que existe entre a atitude agressiva do filho e a própria atitude que também pode ser um tanto abusiva do pai ou da mãe, ou de ambos. A criança copia e se rebela contra o jeito agressivo ou impaciente do genitor. Então, eles desejam que o psicólogo “conserte” o filho ou a filha que apresenta uma conduta negativa em parte causada pelo temperamento da criança e em parte por reação ao jeito do pai ou da mãe, ou de ambos, lidarem com ela.

Parece um paradoxo o que vou dizer, mas para as pessoas que estão mais saudáveis mentalmente, a autopercepção de seus erros de comportamento é algo doloroso e estas não querem fugir disso, pelo contrário, querem entender melhor as falhas em suas atitudes para corrigi-las. Elas têm mente aberta e boa disposição para aprenderem sobre si mesmas, pois desejam se tornar pessoas melhores, de mais fácil relacionamento.

Podemos passar muitos anos funcionando sempre de um mesmo jeito complicado que produz dificuldades em nossos relacionamentos justamente pela dificuldade de olhar a nós mesmos e aceitar que existem áreas de nosso comportamento que precisam mudança. Geralmente temos tendência de justificar nosso comportamento disfuncional em vez de aceitar que temos uma falha. Nossa tendência humana é olhar os problemas de personalidade dos outros em vez de ver os nossos.

Certa vez, vi um pensamento que dizia assim: “Primeiro de tudo, olhe-se a si mesmo. Depois... olhe-se de novo.” Jesus recomendou que deveríamos olhar o palito em nosso olho em vez de ficar observando o cisco no olho da outra pessoa. Não porque a outra pessoa é perfeita e nós somos imperfeitos. Mas porque nosso bem estar tem mais que ver com olhar a nós mesmos e procurar corrigir nossos erros de conduta, do que ficarmos focados nos erros das pessoas.

Ver a nós mesmos pode doer quando nesta olhada nos defrontamos com falhas em nossa conduta. Falhas em nossa conduta podem incluir um jeito agressivo de falar, mentir, falar demais sem ouvir as pessoas, hipocrisia, se sentir facilmente melindrado ou magoado, falta de sinceridade, infidelidade nas relações familiares e com amigos, dizer “sim” quando seria melhor dizer “não”, e outros comportamentos.

Olhe o que você já sabe e já entendeu sobre alguma falha em seu comportamento e comece a trabalhar agora mesmo para vencer isso, um dia de cada vez. Ao ir obtendo vitórias sobre este defeito em sua personalidade pelo esforço dedicado a isto, a verdade lhe indicará outro defeito a ser trabalhado. Assim, pouco a pouco, você vai se tornando uma pessoa mais agradável, mais confiável, mais leve de se relacionar, mais fácil das pessoas amarem você. Se irão amá-lo mais, não sei, mas você se sentirá melhor consigo mesmo e isso é mais importante para sua saúde mental e social.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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THINK

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Think em inglês significa “pensar”. Esta palavra usada como acrônimo ou sigla, pode ser assim: T vem de “true” que traduzido significa “verdade”. H vem de “helpful” que significa “útil”. I vem de “inspiring” que significa “inspirador”. N vem de “necessary” que traduzido significa “necessário”. E finalmente a letra K vem de “kind” que significa “amável”, “dócil”.

Think em inglês significa “pensar”. Esta palavra usada como acrônimo ou sigla, pode ser assim: T vem de “true” que traduzido significa “verdade”. H vem de “helpful” que significa “útil”. I vem de “inspiring” que significa “inspirador”. N vem de “necessary” que traduzido significa “necessário”. E finalmente a letra K vem de “kind” que significa “amável”, “dócil”.

Desejo que em cada dia não necessariamente do Novo Ano, mas a partir de agora, de hoje mesmo você pense nestes significados. Sempre que for conversar com as pessoas pense (think) se o que você irá dizer é verdade. Se não for, para que falar uma mentira? Mentir faz mal para a saúde mental de quem mente.

Também reflita e veja se sua fala será útil. Vai ajudar alguém? Ou o que você vai dizer é só besteira? Vai construir ou destruir? Será fofoca que poderá ferir a dignidade de outra pessoa? Ou um elogio sincero que edifica?

Outro ponto é: o que você pretende dizer é inspirador? Ou é algo raso, fútil? Melhor ficar calado do que transmitir coisas bobas, fúteis.

Além da verdade, da utilidade e de algo inspirador, pense se o que você vai dizer é mesmo necessário. Existe uma diferença entre você dizer o que quer, o que deseja, e dizer o que é preciso. Escolha falar o necessário. Isto poupa muita tensão nos relacionamentos.

E finalmente, cada dia use seu cérebro para pensar se o modo como você fala com as pessoas é gentil, amável ou se é grosseiro, rude, agressivo. Ninguém gosta de conviver com pessoas que têm um jeito duro, rude de falar.

Se em cada dia no Ano Novo você se dispuser a pensar nestas coisas, antes de soltar as palavras em suas falas com os outros, creio que seus relacionamentos se tornarão melhores, mais honestos, produtivos, amáveis. As pessoas irão gostar de estar com você. A não ser que sejam pessoas fúteis, pois estas preferem a superficialidade, o diálogo inútil, do qual não sobra nada de construtivo.

Certa vez li uma frase que dizia assim: “Diga o que você quer dizer; dê sentido ao que você diz, mas não diga de forma agressiva.” Interessante, porque às vezes estamos conversando com alguém e ao terminar o diálogo pensamos: “Puxa! Deixei de falar algo que seria importante!” Então, ao ir conversar com alguém, pense no que você quer dizer e diga o que quer dizer.

Outro ponto é dar sentido ao que você diz. Isto significa ser claro, objetivo na sua ideia a ser transmitida ao outro. Uma boa maneira de saber se a pessoa entendeu o que você disse a ela é perguntar: “O que você entendeu do que eu disse?” Isto lhe dá a chance de verificar se ela realmente entendeu ou se você não deu um bom sentido ao que disse. Daí pode corrigir e falar com mais clareza e entendimento.

E finalmente, é importante dizer, mesmo algo difícil de ser dito, de uma forma gentil. Podemos ser gentis em nossa forma de falar e dizer o que precisa ser dito.

Então, pense (think) um dia de cada vez no Novo Ano no que você vai dizer, sendo algo sempre verdadeiro, útil, inspirador, necessário e dizendo de forma gentil. Bom Ano Novo!

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Cesar Vasconcellos de Souza

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Natal e sua saúde mental

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Certa vez dei um jornal sobre saúde para um desconhecido que ao ler a primeira página do mesmo viu a referência a um artigo sobre saúde espiritual, e disse em voz alta: “Saúde espiritual! Interessante! Nunca havia pensado nisso!”

O ser humano é uma combinação das dimensões física, mental, social e espiritual. Saúde envolve estas áreas de nossa vida. A espiritualidade tem que ver com o sentido que damos para nossa vida. Envolve o transcendente. A saúde mental envolve o espiritual, que é diferente de religiosidade.

Certa vez dei um jornal sobre saúde para um desconhecido que ao ler a primeira página do mesmo viu a referência a um artigo sobre saúde espiritual, e disse em voz alta: “Saúde espiritual! Interessante! Nunca havia pensado nisso!”

O ser humano é uma combinação das dimensões física, mental, social e espiritual. Saúde envolve estas áreas de nossa vida. A espiritualidade tem que ver com o sentido que damos para nossa vida. Envolve o transcendente. A saúde mental envolve o espiritual, que é diferente de religiosidade.

Natal é uma festa espiritual cristã, que comemora o nascimento do Líder do Cristianismo, Jesus Cristo. Vamos dar uma rápida olhada em alguns procedimentos que podem cooperar com sua saúde mental considerando o Natal e seu significado.

Algumas pessoas ficam mais estressadas no Natal por causa de compras, preparo de alimento, reunião de família, convidados, uso do décimo terceiro, entre outros fatores. Há indivíduos que não gostam da época do Natal porque lembra para eles momentos tristes. Algumas pessoas se deprimem no Natal. O que fazer, então, para cuidar de sua saúde nessa época do ano?

1) Mantenha sua rotina de atividades pedindo ajuda para tarefas em vez de assumir tudo sozinho. Pegue leve consigo. Delegue tarefas. Não se preocupe em ter que dar presentes para todo mundo. Talvez você possa comprar um só presente que sirva para as pessoas de uma família querida, em vez de correr atrás de um presente para cada membro dessa família. Isto economiza tempo, estresse e dinheiro.

2) Divida bem seu tempo para descanso pessoal e atividades sociais. Isto significa evitar os extremos de se isolar ficando em solidão, ou ficar numa corrida frenética tentando agradar a todos. Aproveite os relacionamentos familiares e com amigos nesse Natal. Evite ficar correndo o tempo todo, sente e converse.

3) Um dos melhores remédios para sofrimentos mentais é nos envolvermos na ajuda a alguém de forma voluntária, não só pessoas da família, mas na comunidade, no seu grupo religioso, em alguma creche ou lar de idosos ou outra instituição de cuidados dos menos favorecidos. Jesus Se deu, e nos dando a alguém, oferecendo nosso tempo, nossos talentos, nosso dinheiro, isso nos faz sentir bem. Melhora até nossa neuroquímica, com liberação de hormônios cerebrais como a serotonina, a dopamina, a endorfina que produzem bem estar.

4) Pratique a autocompaixão. Isto não é ter pena de si. É cuidar bem de sua pessoa, ser gentil consigo mesmo, não se depreciar, não se rejeitar, e se respeitar. Dê um bom presente para você mesmo nesse Natal.

5) Não deixe de lado o tempo necessário para dormir. Uma média de 8 horas por noite é suficiente. Um bom sono favorece bom funcionamento cerebral e melhores funções gerais de nosso organismo.

6) Não fique comparando em sua mente o que você pode fazer nesse Natal em termos de compras, comida, viagens, com o que outras pessoas podem. Fique feliz com o que você pode fazer, comprar, compartilhar. A inveja adoece o invejoso. Fuja dela e se contente com o que você tem e com o que pode dar.

7) Enfeite sua casa com decoração de Natal, com coisas simples como um pinheiro enfeitado, lâmpadas pisca-pisca e incentivando as crianças de sua família a darem alguma coisa para alguém. Você pode prover pequenas lembranças para seus filhos darem a outros, ensinando-as que dar é melhor do que receber.

8) Tenha seus momentos de meditação e oração a sós. Problemas de saúde mental não desaparecem no Natal. E, como comentei antes, o Natal pode até ser um fator gatilho para alguns se sentirem mal. Mas você pode dar apoio, ser empático para com a dor do outro. E se é você que se sente mal no Natal, faça uma força em sua mente para não ficar focado na sua dor. Se aproxime das pessoas, mesmo tendo que fazer força para isso. Será melhor assim. A dor pode diminuir, seja angústia ou tristeza depois de você estar com as pessoas, não antes. Lembre-se de que o Natal é um símbolo de vitória do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas, da justiça sobre a injustiça, da verdade sobre a mentira, operada pelo Mestre Jesus Cristo, Deus dos cristãos e de quem O quer como Deus de sua vida. Bom Natal!

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.youtube.com./claramentent

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Pessoas contundentes x Pessoas reflexivas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Um bom número de pessoas se torna contundente desde criança. E talvez seu irmão ou irmã, no mesmo ambiente familiar, age de forma diferente, com serenidade. O que faz esta diferença?

Um bom número de pessoas se torna contundente desde criança. E talvez seu irmão ou irmã, no mesmo ambiente familiar, age de forma diferente, com serenidade. O que faz esta diferença?

Por alguma razão algumas crianças reagem desde pequenas com atitude confrontadora, questionadora, opositora. Parece algo meio automático, tipo, pisou, levou. Em parte, isso é aprendido porque o pai ou a mãe podem ser assim e a criança copia este modelo confrontador. Mas é mais do que uma cópia. Isto porque nem todos os filhos daquela família copiam o mesmo comportamento dos pais e se tornam irmãos com atitudes semelhantes. Pelo contrário, irmãos criados num mesmo ambiente infantil podem ser bem diferentes em termos de personalidade.

As causas que explicam por que algumas crianças se tornam contundentes são variadas. Por contundente me refiro à tendência de questionar, confrontar os outros e, às vezes, até agir com agressão física, como a criança que bate em outras, morde, chuta. Pais nervosos, impacientes, contundentes passam esta postura para seus filhos e os que geneticamente possuem uma propensão para a agressividade, acabam desenvolvendo a atitude contundente que levam para a vida adulta.

Diante de um mesmo fator estressante em casa, uma criança de, vamos dizer, uns 5, 7 ou 9 anos de idade pode enfrentar os pais como se fosse um adulto, enquanto que seu irmão mais velho ou mais novo, pode ficar calado, e submisso. Mas não é necessariamente uma submissão passiva, doentia, e sim porque parece que aquela criança tem mais calma interna, mais serenidade, melhor controle emocional.

Não é fácil pai e mãe verem que o comportamento que seu filho ou filha possuem, bom ou mal, tem que ver com o comportamento deles, só do pai, só da mãe ou de ambos. Nestes casos é comum pegarem a criança chamada de “criança problema” e levá-la ao psicólogo, como se o “problema” da criança fosse algo que caiu do céu sobre ela e os pais não têm nada que ver com isso. Na verdade, eles têm sim porque podem possuir um jeito de ser disfuncional, difícil, contundente, impulsivo, que a criança copiou e repete. Por isso é importante que a família inteira receba orientação profissional em terapia e não só aquele membro dela que em psicologia chamamos de “paciente escolhido”.

A doença psicológica da criança é a doença psicológica da família como um todo. Então, é a família que precisa ser tratada nesta questão de ter uma criança contundente. Isto não quer dizer que os pais são culpados. Não é uma questão de quem é o culpado, mas que modelo os pais passam para um filho que provavelmente pela genética nasceu com propensão para ser uma criança rebelde, ou questionadora. Nestes casos junta-se a fome com a vontade de comer. Ou seja, os pais, um só ou ambos, dão péssimo exemplo de descontrole emocional, de contundência, de impulsividade nas respostas que saem irrefletidamente na maioria das vezes, e a criança absorve isso com força porque ela nasceu com a propensão de ser questionadora, impulsiva.

Parece que as pessoas contundentes gostam de ser assim. Conheço várias delas e percebo que muitas quando falam de seu jeito de ser questionador, esboçam um ar de superioridade. Não é errado questionar. Especialmente se você está sendo vítima de pessoas abusivas, sejam chefes abusivos, cônjuges abusivos ou em outros tipos de relacionamento. Questionar a maneira abusiva da pessoa agir com você é importante. O problema que gera relacionamentos desagradáveis é a pessoa ser predominantemente questionadora. Você nem terminou a frase e ela já está questionando. Isto é o contrário de uma pessoa reflexiva, que pensa antes de falar, pensa no que vai falar e pensa se vale à pena falar.

Parece que pessoas contundentes vivem estressadas e criam estresse nos seus relacionamentos. Parecem britadeiras. Para mudar para melhor o primeiro passo para elas é encarar que são assim. O segundo é desejar mudar. O terceiro é fazer algo para agir de forma diferente, com reflexão, lembrando que as pessoas não são um bloco de cimento que precisa ser quebrado por atitudes contundentes como a britadeira quebra o concreto.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Quer ter mente forte?

quarta-feira, 07 de dezembro de 2022

É importante entender que força mental não é o mesmo que saúde mental. Existem pessoas bem sucedidas profissional e economicamente que lutam com depressão, transtornos de ansiedade e outros problemas de saúde mental. A força mental de uma pessoa tem muito que ver com escolhas feitas diariamente. Depende de bons hábitos como praticar gratidão e manter relacionamentos saudáveis. Pessoas mentalmente fortes em geral evitam hábitos que diminuem a força mental, como não sentirem pena de si mesmas, não fugir de mudanças, não desistirem quando surge um fracasso.

É importante entender que força mental não é o mesmo que saúde mental. Existem pessoas bem sucedidas profissional e economicamente que lutam com depressão, transtornos de ansiedade e outros problemas de saúde mental. A força mental de uma pessoa tem muito que ver com escolhas feitas diariamente. Depende de bons hábitos como praticar gratidão e manter relacionamentos saudáveis. Pessoas mentalmente fortes em geral evitam hábitos que diminuem a força mental, como não sentirem pena de si mesmas, não fugir de mudanças, não desistirem quando surge um fracasso. Certamente bons hábitos físicos promovem superioridade mental, mas parece que é preciso algo mais do que boa alimentação, prática de exercícios físicos, entre outros hábitos saudáveis para alguém se tornar forte emocionalmente.

Se você pesquisar a vida infantil de muitos homens e mulheres de sucesso, vai encontrar que eles tiveram privações, frustrações ou situações bem dolorosas lá no passado. E estas experiências de dor, angústia, tristeza gerou nelas uma ambição para vencer e venceram. Mas você pode perguntar: por que outras pessoas, nas mesmas situações, não conseguiram vencer, talvez tendo uma vida ordinária mas não extraordinária? Não sei responder a esta pergunta. E também não acho justo pessoas de sucesso profissional e financeiro dizerem que basta fazer força para vencer. Para elas parece que foi mais fácil. Elas tiveram o que eu chamo de “aquilo” que as fizeram obter sucesso, pelo menos no mundo material.

Por que algumas pessoas sentem pena de si mesmas ao enfrentarem dificuldades, enquanto outras até agradecem porque as dificuldades as levaram a se superar? Alguns psicólogos acreditam que a diferença está no que chamamos em psicologia de “crenças centrais”, não no sentido religioso, mas psicológico. Podemos desenvolver crenças psicológicas saudáveis ou doentias. Por exemplo, você pode ter crenças não saudáveis sobre si mesmo, pensando que é um perdedor ou que nunca será bom em alguma área da vida. Pode crer que o mundo está contra você ou que é impossível prosperar nessa vida.

As boas novas é que é possível mudar e adquirir alguma força mental maior em sua vida. Não é fácil eliminar crenças centrais negativas porque uma pessoa as cultiva por muitas décadas ou anos. Mas é possível lutar em sua mente para desistir de hábitos não saudáveis e começar a diminuir tais crenças. Por exemplo, você pode escolher parar de sentir pena de si. Ao fazer isso, com o tempo seu cérebro vai reconhecer você de forma melhor. Outro exemplo, se você tentar fazer algo sem desistir só porque não deu certo a primeira vez, seu cérebro vai criar conexões que fortalecerão sua mente a perseverar e conseguir o objetivo.

Então, comece a perceber quais são suas crenças centrais psicológicas. Você tem uma visão negativa de si? Vive se depreciando? Rejeita a si mesma? Então, comece a mudar este pensamento. Passe a respeitar a si mesmo. Se sempre vem à sua mente o pensamento “Nunca vou conseguir isso”, troque por “Se eu trabalhar firme é possível conseguir”. Pratique hábitos físicos saudáveis, como exercícios físicos e alimentação saudável.

Faça pelo menos uma coisa difícil ou que não dá prazer todos os dias. Por exemplo, vamos supor que você detesta arrumar seu guarda-roupas, que está uma bagunça e ele tem dez gavetas. Comece arrumando duas gavetas por dia, em vez de se cobrar que tem que arrumar tudo num mesmo dia. Vá arrumar mesmo sem vontade.

Quando sentir angústia ou tristeza, tolere isso um pouco. Tolerar emoções desconfortáveis ajuda a ganhar a confiança necessária para vencer e isso fortalece a mente. Procure equilibrar razão com emoção, lógica com prazer. Você não desenvolverá força mental da noite para o dia. Leva tempo para ficar mais forte e melhorar. Mas com exercícios consistentes, você pode construir a força mental de que precisa para alcançar seus objetivos e viver uma vida mais produtiva.

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O mundo quer a justiça?

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Não é incrível como que nossos problemas principais na vida têm que ver com pessoas? O que aconteceu com os seres humanos que produziram problemas para os seres humanos? Por que perdemos o respeito uns pelos outros? Por que agredimos nossos semelhantes seja numa guerra, corrupção, assassinato, violência? Por que temos que colocar trancas nas portas de nossa casa? Não é por causa de bichos selvagens. É por causa de pessoas.

Não é incrível como que nossos problemas principais na vida têm que ver com pessoas? O que aconteceu com os seres humanos que produziram problemas para os seres humanos? Por que perdemos o respeito uns pelos outros? Por que agredimos nossos semelhantes seja numa guerra, corrupção, assassinato, violência? Por que temos que colocar trancas nas portas de nossa casa? Não é por causa de bichos selvagens. É por causa de pessoas.

Estamos na época da Copa do Mundo de Futebol. Pensemos por um momento sobre o futebol e a justiça. Um jogador chuta a bola e ela bate inevitavelmente na mão ou no braço do adversário e, segundo a regra, isto é uma falta. Uma coisa é um jogador, sem ser o goleiro, colocar a mão na bola propositadamente, e outra é alguém chutar a bola em cima dele atingindo sua mão ou seu braço. No primeiro caso, tendo a intenção de colocar a mão na bola para impedir uma jogada, é justo marcar a falta. Mas quando a bola atinge a mão ou o braço do jogador sem nenhuma intenção dele de interferir na jogada usando este membro do corpo, onde está a justiça ao juiz aplicar a falta?

Ainda sobre o futebol, uma forma de fazer justiça quanto ao tempo do jogo, seria cronometrar a partida. Talvez pudesse ter 30 minutos de bola corrida. Isto impediria outro tipo de injustiça que acontece quando um time faz muita “catimba” ou “cera”, ou quando há muitas interrupções porque jogadores foram machucados ou fingem que se machucaram, e ao final o juiz (ou sei lá quem) dá um acréscimo de tempo inferior ao que seria justo devido às interrupções.

Mais um tipo de regra no futebol, o impedimento, favorece a injustiça. Qual o problema de um time ter um jogador lá na frente do ataque, tendo somente o goleiro do time adversário à sua frente? O outro time poderia fazer o mesmo, mantendo um atacante lá na frente. Quantos impedimentos são marcados por juízes quando não aconteceram!

Outro ponto: quando um jogador se machuca e cai em campo, seria fazer justiça ele ser imediatamente tirado do campo, para ser atendido pelo médico do lado de fora, e a partida prosseguir. Mas quem quer a aplicação destas justiças no futebol? Quem disse que cronometrando uma partida de futebol poderia tirar a vibração do jogo? Veja o basquete, que é cronometrado. Quantas partidas de basquete são empolgantes mesmo sendo cronometradas!

O mundo quer a justiça? Quem quer a justiça mas não só da boca para fora? Assisti hoje um vídeo de uma entrevista com um juiz da Suprema Corte do Brasil falando sobre os roubos que a operação Lava à Jato descobriu. Ele afirmou que foi roubo mesmo o que descobriram contra várias empresas do governo, e hoje, poucos anos depois, este magistrado fala diferente, em função de ter conflitos de interesses. Estou falando de um juiz da Suprema Corte, o qual, supostamente, deveria promover justiça de verdade.

O mundo quer a justiça? É triste, mas parece que não. Comentei com um vereador que se tornou deputado estadual sobre estes assuntos ligados ao futebol, explicando o que está acima. Ele sorriu e disse que é melhor continuar assim. E fiquei pensando: se um líder do governo num nível estadual me afirma que as injustiças nas regras do futebol não têm problema, como será que ele vê e toma atitudes em seu papel como parlamentar quanto a outros assuntos realmente muito mais importantes para a sociedade?

O mundo quer a justiça? Acho que posso mudar a pergunta e colocar assim: você quer a justiça em sua vida pessoal, particular? O que tem feito para ela existir do que depende de sua pessoa? A justiça social e a corrupção começam na decisão pessoal, especialmente naquelas coisas que só você sabe porque estão em seus pensamentos. O estado de corrupção, violência, queda vertiginosa dos bons padrões éticos e de boa moral denunciam que a maioria não quer a justiça. E isto tem um preço, aliás, muito caro para o bem estar da humanidade.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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