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A VOZ DA SERRA... o jornal da credibilidade, do lazer, da educação

terça-feira, 29 de abril de 2025

         Eu sou do tempo do “garrafeiro”, que passava no bairro da Filó e ia, de casa em casa, recolhendo as garrafas que estivessem aguardando a sua vinda. Não havia muito que descartar. Das latas de produtos em conserva, vovó Mariana fazia vasinhos de plantas. Os livros passavam de irmão para irmão, primos ou vizinhos. Os resíduos de cozinha como as cascas de frutas e verduras, vovó, naturalmente, cuidava para adubar os canteiros. Os eletrodomésticos eram poucos e duráveis.

         Eu sou do tempo do “garrafeiro”, que passava no bairro da Filó e ia, de casa em casa, recolhendo as garrafas que estivessem aguardando a sua vinda. Não havia muito que descartar. Das latas de produtos em conserva, vovó Mariana fazia vasinhos de plantas. Os livros passavam de irmão para irmão, primos ou vizinhos. Os resíduos de cozinha como as cascas de frutas e verduras, vovó, naturalmente, cuidava para adubar os canteiros. Os eletrodomésticos eram poucos e duráveis. Contudo, os tempos mudaram e quando o caminhão coletor de lixo vem e alguém diz – “lá vem o lixeiro!” - eu rebato dizendo: lixeiros somos nós que produzimos o lixo; eles são os coletores.

         O Caderno Z escolheu como tema desse fim de semana, o Dia da Terra ou Dia Mundial do Planeta Terra – 22 de abril, por coincidência, o Dia do Descobrimento do Brasil. O tema escolhido trouxe à tona o dever que nós, habitantes terráqueos, temos diante da preservação dos recursos naturais numa ampla e irrestrita consciência ambiental. A charge de Silvério ilustra o transtorno do Cão Sentado presenciando o descarte ilegal de material tecnológico. Esses materiais são em grande volume já que estão sujeitos a serem logo descartados por outros mais avançados. Há uma intensa rotatividade na indústria com novos e atraentes produtos, o que induz também a criar desejos na “cabeça” do consumidor. Com isso, Ana Borges trouxe-nos um verdadeiro guia de orientações para o descarte correto de nosso lixo.

         Existe ainda um lixo muito perigoso que tem ameaçado a segurança e o bem-estar das crianças e jovens – o lixo tóxico de alguns influenciadores de desafios na internet. Trata-se de internautas submetidos ao desafio de inalar spray e, numa espécie de competição, saber quem consegue ficar maior tempo com o produto na boca. Por sua vez, o produto provoca reações, inclusive até parada cardíaca. É quase impossível conceber que a internet está sendo usada para esse tipo de criminalidade. Mas, é real, com casos ocorridos com crianças o Brasil. Toda vigilância ainda será pouca. Que absurdo! Meu pai contava sobre os riscos do uso de lança-perfume nas ruas e bailes no carnaval e as causas da devida proibição do produto. Hoje, o perigo está dentro de casa, nas redes online.

         Como algumas inovações que foram criadas para o bem-estar humano e depois deturpadas em suas utilidades, a internet entra nesse rol das deturpações – serve para o bem e serve ao mal. Foi até sancionado pela presidência da República um projeto de lei que aumenta a pena para crimes que usem a inteligência artificial (IA). Essa lei, inclusive, abrange o uso de violência contra a mulher, com exploração e deturpação de imagem da vítima e outros crimes, sendo um “aprimoramento” para a Lei Maria da Penha.

         Liz Tamane trouxe um assunto que parecia esquecido, mas que anda na pauta das interrogações, entre elas: “Semana de 4 dias: tendência ou utopia?” – O assunto deu muito o que falar quando foi lançado nos meios de comunicação, pois quem não gostaria de uma semana de trabalho de 4 dias, sem alterações no ganho salarial? Porém não é tão simples assim e o debate continua, mas sem qualquer perspectiva de aprovação, ainda.

         “Quase 1,5 milhão de brasileiros têm transtornos com jogos de apostas” – A estimativa aponta os dados preocupantes no sentido de proteger a saúde mental da população apostadora. A proibição dos jogos de azar efetivada no governo de Eurico Gaspar Dutra, na década de 40, era considerada uma prática nociva para a sociedade. Na verdade, os jogos nunca deixaram de ser praticados e agora entram em evidência, principalmente, com as bets. Seja lá como for, é sempre uma faca de dois gumes.

         Mas que encontro fabuloso o do casal Antônia e Victor Donato com o Papa Francisco, no último dia 12 de fevereiro. Que momento singular na vida de um casamento! A foto, estampada em A VOZ DA SERRA, é toda ternura e inspira os mais nobres sentimentos de amor e paz. Que o casal tenha na lembrança desse encontro, a mensagem de paz e união que Francisco semeou na Terra. Muito céu, Papa Francisco!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é um presente... presente no dia a dia...

quarta-feira, 23 de abril de 2025

         Se o Coelhinho passou de acordo com as expectativas da população chocólatra, em especial, das crianças, não temos como avaliar. No entanto, vale desejar que ele tenha deixado no coração de cada um de nós, a verdadeira mensagem da Páscoa, a Paz de Cristo. O Caderno Z ressaltou: “Tempo de celebração, de estimular a imaginação das crianças e de fortalecer os laços familiares”. Esse tempo pode se estender durante o ano, afinal, os laços familiares são essenciais na formação da personalidade infantil.

         Se o Coelhinho passou de acordo com as expectativas da população chocólatra, em especial, das crianças, não temos como avaliar. No entanto, vale desejar que ele tenha deixado no coração de cada um de nós, a verdadeira mensagem da Páscoa, a Paz de Cristo. O Caderno Z ressaltou: “Tempo de celebração, de estimular a imaginação das crianças e de fortalecer os laços familiares”. Esse tempo pode se estender durante o ano, afinal, os laços familiares são essenciais na formação da personalidade infantil. A tradição cristã acentua a importância do ovo na Páscoa devido ao seu simbolismo de fertilidade mediante o ciclo da vida. A diversidade dos festejos pelo mundo não interfere na cultura geral, pois cada país tem suas histórias, lendas e costumes. O modo não importa e, sim, a ação.

         Seja lá qual for o costume, o Brasil se especializou em produzir ovos de chocolate e quem resiste? O “Z” trouxe até receitas caseiras que dão água na boca. Já pensou em “ovo de colher recheado com pudim”? Apelar para a criatividade é uma forma de fugir da carestia dos ovos. A charge de Silvério ilustra bem a saia justa em que nos metemos na hora de escolher o que comprar. Cada vez está mais reduzido o tamanho dos ovos para presentear. A alta dos preços do cacau tem culpa em grande parte. Mesmo assim, o coelhinho é como bom velhinho no Natal – ninguém fica sem uma surpresa.

         O chocolate sempre foi o pivô de muitas conversas. Quem gosta, adora; quem não gosta, detesta. Conheço pessoas que não consomem chocolate de espécie alguma, o que sempre me intrigou. Até crianças já conheci que não curtem nem caixa de bombom. Os anúncios, as vitrines das confeitarias, tudo onde haja uma tentadora porção de chocolate cria desejos incontroláveis. É como assistir ao filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e não ter chocolate em casa. Ninguém cometa essa imprudência. Não Rola!

         Mas... uma iguaria tão deliciosa assim, será que pode ser prejudicial à saúde?  “Rico em oxidante, o chocolate amargo é o mais indicado, pois ajuda a combater radicais livres, reduzindo o risco de doenças crônicas”. Outra coisa boa: “Melhora o funcionamento do coração, reduzindo a pressão arterial”. E tem mais – melhora o humor porque “estimula a produção de endorfinas e serotonina, combatendo até a depressão”.

         Em contrapartida, ninguém se iluda, pois consumido, exageradamente, sendo um alimento muito calórico pode contribuir para o ganho de peso, principalmente, em idosos. No mais, é usar com moderação, assim como tudo na vida.

         A boa saúde requer vigilância constante. A exemplo, o consumo abusivo de álcool pode trazer sérias consequências. A Universidade de São Paulo fez estudo inédito e revelou “uma ligação preocupante entre o consumo excessivo de álcool e danos cerebrais associados à demência”.  Em sua matéria, Liz Tamane abrange tópicos importantes e ressalta que o álcool ainda é visto com muito romantismo pela sociedade e muitas pessoas não percebem os riscos do uso frequente, “mesmo que em doses consideradas normais”.

         Nossa viagem literária está parecendo um guia para o bem-estar. Também, pudera! A VOZ DA SERRA é detentor de um conteúdo de interesse coletivo e diversificado no que tange à saúde dos leitores. Ana Borges nos trouxe uma reportagem que, provavelmente, é uma novidade para muita gente: “Como o estresse pode ser um aliado no desenvolvimento pessoal”. Será que alguém já pensou nisso? Quem poderia imaginar que uma situação tão rejeitada e combatida até com remédios, pode ser útil na vida da gente? Justo esse lobo mau que consome o equilíbrio e a paz das pessoas!

         Essa novidade veio por intermédio de um estudo do psicólogo americano Mark Travers que descobriu tal fenômeno, pois o estresse é uma força favorável para a nossa motivação, muitas vezes, nos obrigando a agir. Talvez tenhamos feito isso sem consciência de que a força que estava por trás de uma ação efetuada era, justamente, o estresse. O “paradoxo do estresse”, entre ser positivo ou não, depende de nós e precisa ser lembrado quando estivermos tensos. Valeu, Ana Borges, elucidou o assunto! 

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A VOZ DA SERRA é sempre aquela Voz que cruza as fronteiras

terça-feira, 15 de abril de 2025

O Caderno Z trouxe à pauta da viagem literária um tema bem atual que tem tirado o sono de muita gente, ou seja – “O medo de ser demitido”. Nada mais impactante em tempos de tantas inseguranças para somar ainda mais incertezas na vida dos trabalhadores. “Foglo” é o nome que está sendo dado a esse medo, por ser a sigla de “Fear of Getting Laid Off” que em português significa  “o medo de enfrentar a demissão”.

O Caderno Z trouxe à pauta da viagem literária um tema bem atual que tem tirado o sono de muita gente, ou seja – “O medo de ser demitido”. Nada mais impactante em tempos de tantas inseguranças para somar ainda mais incertezas na vida dos trabalhadores. “Foglo” é o nome que está sendo dado a esse medo, por ser a sigla de “Fear of Getting Laid Off” que em português significa  “o medo de enfrentar a demissão”.

É uma sensação que desnorteia imaginar quem será o “próximo da lista” dentro de uma empresa. A decepção alheia reflete nos companheiros e comprova que ninguém está seguro, por mais que seja um excelente funcionário. Para manter a mente em bom estado de equilíbrio, o “Z” dispôs uma lista de dicas, entre as quais, manter o currículo e Linkedin atualizados e, principalmente, “estar aberto para mudança de segmento, área ou nível, já que uma linha ascendente de carreira não é o único caminho”.

Em meio a essa instabilidade, o contrário também acontece, pois as pesquisas indicam que há brasileiros “pedindo de demissão”. Houve em 2024, recorde de pedidos de desligamento de empregos e são atitudes, em grande parte, de jovens com anseios de mudar de carreira ou empreender novos sonhos. Contudo, o que se lamenta, segundo pesquisa, é a perda de talentos nas empresas por falta de oportunidade de crescimento para determinados colaboradores. De qualquer forma, a esperança existe e resiste aos trancos. O “recado do Universo” é promissor.  “Com o fim de Mercúrio retrógrado acabou a fase de atrasos, revisões e mal-entendidos”. Há sempre luz e o período é bom para “assinar contratos, apresentar projetos e ideias, promover conversas, tomar decisões, atualizar documentos e destravar burocracias”. Como bem se vê, tudo converge para boas oportunidades. “Sinal verde dos astros para agir!” - Valeu, Caderno Z!

A viagem literária continua cuidando do bem-estar e Ana Borges trouxe uma verdadeira maratona de aconselhamentos para proteger o cérebro das doenças neurodegenerativas. A prática da musculação com exercícios de força é valiosa para indivíduos na terceira idade. Se antes, a hidroginástica e a dança eram indicadas para os 60+, devido ao equívoco “da fragilidade” dos idosos, agora é preciso e tornou-se capaz de se pegar “mais pesado” com esse grupo. O alerta é também para os “mais de 30”. Postura inadequada, insônia e dor” estão na pauta dos cuidados com o corpo. A matéria abrange desde as características das dores por movimentos repetitivos até a falta de suporte das empresas para atentarem sobre o que pode ser proporcionado aos colaboradores para minimizar tais inconvenientes. Para os gestores de espaços empresariais, é importante criar condições que favorecem o conforto, o bem-estar e a conexão genuína, construindo mais do que um espaço funcional...”.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin anuncia: “Olimpíadas de 2028 terão, pela primeira vez, predomínio de participação feminina”. Isso era mais do que esperado, pois as mulheres, há muito, estão conquistando seus espaços. Não é questão de competir com os homens. É questão de busca, de abrir caminhos para todas as áreas onde queiramos atuar. Já foi o tempo em que uma motorista de ônibus causava impacto.

E falando em poderosas, um grande abraço para Regina Schlupp pelo seu aniversário na próxima quinta-feira, 17. Bonita, inteligente, carismática, participativa na vida friburguense, um deslumbre onde quer que esteja. Isso sem contar seu brilhantismo no inesquecível Colégio Cêfel. Segue o abraço das “surpresas de viagem” desta colunista que sempre se encanta com sua maravilhosa presença nas páginas de A VOZ DA SERRA. E o “Domingo de Ramos” abriu a Semana Santa, em Nova Friburgo. A programação religiosa é, em especial, um convite ao tempo de reflexão sobre a passagem de Jesus no mundo terreno, deixando a mais linda mensagem de amor. Da Ressurreição, renovam-se as esperanças e a Páscoa permaneça no coração da humanidade cristã. Cessem os conflitos! Reine a Paz! A verdadeira “Paz de Cristo!”

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A VOZ DA SERRA é fibra, determinação e coragem

terça-feira, 08 de abril de 2025

         O dia 7 de abril chegou! Peço licença para dedicar-lhe os versos de Vicente de Carvalho que mamãe tanto dedicou a meu pai: “Quando eu nasci raiava o claro mês das garças forasteiras: Abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...”. E o Jornal nasceu forte para ser um farol perante o mundo da informação, da cultura, das artes e de tudo o mais que componha a vida em sua essência humana.

         O dia 7 de abril chegou! Peço licença para dedicar-lhe os versos de Vicente de Carvalho que mamãe tanto dedicou a meu pai: “Quando eu nasci raiava o claro mês das garças forasteiras: Abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...”. E o Jornal nasceu forte para ser um farol perante o mundo da informação, da cultura, das artes e de tudo o mais que componha a vida em sua essência humana.

         É o legado de venturas de Américo Ventura, seguido por seu filho Laercio Ventura e perpetuado, há 12 anos por sua neta, Adriana Ventura que, nas trilhas do pai Laercio, mantém o Jornal em sua tradição de credibilidade, porém, moderno com todas as demandas que a Globalização requer. Por ter em seu DNA “fibra determinação e coragem”, o sonho de Américo jamais esmoreceu. É certo que saiu da oficina de um quintal, numa trajetória gloriosa, para causar as melhores impressões onde quer que seja lido, atravessando fronteiras, sendo a VOZ que rompe as distâncias para ser a nossa voz.

         A edição do fim de semana, que contempla os 80 anos, está repleta de depoimentos e, em todos eles, é unanime a relevância das oito décadas percorridas pela nossa VOZ. O ilustre Roosevelt Concy ressalta: “Em um mundo onde a informação é abundante, mas nem sempre confiável, A VOZ DA SERRA se destaca como fonte segura e indispensável...”. Girlan Guilland lembrou sua apresentação como solista no “Concerto para Máquina de Escrever”, nos 70 anos de AVS, em 2015, evento em que a Banda Euterpe Friburguense fez suas homenagens ao jornal, ainda, septuagenário. Que beleza! Até o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou: “Que o jornal continue sendo a voz da nossa gente, um pilar do jornalismo local e um exemplo de compromisso com a verdade e com o desenvolvimento de nossa cidade.”.

         80 Anos e jovem, no espírito para o qual foi criado: - Ser fiel ao verdadeiro e respeitoso com os acontecimentos. Se está no Jornal A VOZ DA SERRA, os leitores confiam, porque seu poder de apuração dos fatos é, de fato, o inegável poder de sua  responsabilidade. O senhor Enéas Jácome, “o assinante mais antigo e com  mais idade”, com sabedoria em suas palavras, destacou: “Nova Friburgo talvez seja uma das poucas cidades do Basil com uma publicação tão longeva e quase que diária, o que deve nos encher de muito orgulho e admiração”. Do mesmo modo experiente, o Dr. Carlos Pecci declara: “Trata-se de um veículo que nos informa e traz notícias relevantes sobre o dia a dia do nosso município e região. Dessa forma, fico a par dos principais fatos e acontecimentos de interesse geral”. São duas vozes de respeito falando sobre e mesma VOZ.  

         Meu pai, nascido em 1917, não está mais no plano terreno, mas tinha A VOZ DA SERRA no mais alto patamar de confiança, tanto que, quando o jornal passou a ser diário, ele confessou: “Agora, minha filha, não consigo mais sair todos os dias para comprar o jornal. Vou fazer uma assinatura!” – E fez, só que em meu nome, porque, sendo algo tão importante, ele queria deixar para mim essa importância. Hoje sou colunista das “Surpresas de Viagem” e, de onde papai estiver, ele viaja comigo, orgulhoso da filha.

         Sim, o orgulho é meu também de ter tido, desde a infância, a referência de A VOZ DA SERRA, porque, se meus pais liam, apreciavam e confiavam, era algo bom para nossa família. E à noite, muitas vezes, quando papai queria treinar a minha leitura e a do meu irmão, era no jornal que ele propunha que lêssemos. Em janeiro de 2014, quando me tornei colunista, entre especialistas em letras, eu sabia dos meus desafios e na primeira viagem, embarcando no então Caderno Light, me aventurei, sentindo que o ambiente era bom para os meus muitos aprendizados. A viagem literária passou a ser o meu melhor programa de domingo, onde posso percorrer o mundo, conhecer lugares, saber dos fatos, dos feitos, das artes, das culturas, da saúde, do passado, do presente e até do futuro.  Se papai estivesse aqui, me vendo nas páginas de A VOZ DA SERRA, ele diria: - “Minha filha, você está que tá!” – Era assim que ele aplaudia o meu sucesso. Parabéns, 80 Anos!

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A VOZ DA SERRA tem poesia em seu trabalho feito com amor e dedicação

terça-feira, 01 de abril de 2025

         Embarcar no Caderno Z é a garantia de uma viagem de surpresas. Na bagagem, apenas o Jornal A VOZ DA SERRA e o prazer de caçar elementos para minha coluna das terças-feiras. No tema “Poesia”, lá vou eu remando versos e autores, onde, por gentilezas do convite recebido, estou inserida entre grandes nomes. Não sou poeta, mas dizem que minha prosa é poética e assim me sirvo das palavras para compartilhar minhas vivências e só posso resumir que na infância, “lá em casa a poesia não dormia”.

         Embarcar no Caderno Z é a garantia de uma viagem de surpresas. Na bagagem, apenas o Jornal A VOZ DA SERRA e o prazer de caçar elementos para minha coluna das terças-feiras. No tema “Poesia”, lá vou eu remando versos e autores, onde, por gentilezas do convite recebido, estou inserida entre grandes nomes. Não sou poeta, mas dizem que minha prosa é poética e assim me sirvo das palavras para compartilhar minhas vivências e só posso resumir que na infância, “lá em casa a poesia não dormia”. E, já que “eu cresci com hábitos de beber poesia em goles exagerados”, aprecio aqueles que não deixam a poesia dormir, como tem feito Álvaro Ottoni. A sua “Árvore que fugiu do quintal” fez muito bem de fugir para contar ao mundo literário que despontaria um escritor e dos bons.  Parabéns, Companhia Arteira por nos trazer Ottoni, nosso ícone literário, sempre amado.

         A poesia como forma de arte é um veículo que alcança distancias inimagináveis, quer sejam no tempo ou no espaço. Nela cabem todos os formatos e circunstâncias. A diferença entre os estilos não interfere na poética dos enunciados, pois tudo acaba em encantamentos e sutilezas. O haicai, por exemplo, em sua síntese, torna-se um instantâneo, um clique na rapidez de um acontecimento. Em sua definição na origem japonesa, é passageiro como tudo no mundo, buscando exibir uma relação com a natureza. Entretanto, sua estrutura ganhou liberdade e há poetas que se utilizam de sua brevidade para traduzir as mais variadas ocorrências. Guilherme de Almeida, “o poeta das pazes de meus pais”, também se dedicou ao haicai e lembrou a infância: Um gosto de amora / comida com Sol. A vida / chamava-se ‘Agora’!

         Nossos primeiros habitantes foram os indígenas. E poderia haver coisa alguma mais poética do que adorar o Sol, a Lua, as águas, as matas e tudo o mais ao redor, tendo com eles uma relação de amor e respeito? “A poesia estava ali, só faltava ser escrita...”. Contudo, nem se concebe mais a poesia apenas em sua forma escrita. A poesia está em toda a parte. No céu azul, nas noites estreladas, nas flores, no sorriso da criança, na planta que vence o concreto, na ave que voa e vem beijar a flor; na luz, na escuridão, na alegria, nas dores, em todas as antíteses, nos extremos, em tudo o que se possa imaginar e até na inexistência das coisas. Sua presença marca inícios e finais, chegadas e partidas, é presença constante no grito e no silêncio... Na vida, no além. A diversidade do verso é tanta que o Universo é pequeno para tantas vertentes poéticas. Tudo o que nos rodeia tem ao menos uma gota de poesia e, como uma vacina, é aquela gotinha que salva.

         Depois do banho de poesia que o Caderno Z nos proporcionou estamos mais leves, mais sensíveis, mais prontos para apreciar até mesmo o quintal da nossa casa. E a nossa apreciação não pode ser impedida de visitar a mostra de artes visuais do Projeto Resistência Artística – “Nativa”. A exposição na Usina Cultural Energisa fica em cartaz até 24 de maio, trazendo ao público “uma imersão em ambientes temáticos com obras em diversas abordagens, proporcionando a experiência em instalações artísticas, lúdicas e questionadoras”. É estar num mundo além da imaginação em pleno centro da cidade.

         A Usina Cultural Energisa no projeto Usina Viva promoverá o curso gratuito de teatro com inscrições até a próxima quinta-feira, 03 de abril. O curso será ministrado pelo professor, ator e diretor Tomás Braune e terá aulas às terças e quartas-feiras, das 19h às 21h, na sede da própria Usina Cultural, na Praça Getúlio Vargas, 65. O estudo terá dois eixos: dimensão psicofísica e composição de cenas. Vamos descobrir novos dons!

         “Cansaço ou fadiga?” – Sabemos identificar as diferenças entre essas duas ocorrências?  Em resumo – o cansaço passa com boa alimentação, descanso e hidratação. A fadiga insiste, interfere em nosso humor e no bem-estar geral. Precisa de cuidados. E vamos que vamos festejar o mês de abril. Agora é reta de chegada. Faltam 06 dias para o esperado 07 de Abril. Na próxima terça-feira, A VOZ DA SERRA estará com seus 80 anos, mais jovem, mais atual e, cada vez mais, a Voz de Nova Friburgo para o mundo!

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A VOZ DA SERRA é a Voz amiga de todos os dias

terça-feira, 25 de março de 2025

         Quando se fala em “coração partido’, pensa-se logo em amor desfeito, o que não deixa de ser aquela ‘dor que desatina” como bem descreveu Camões em seu poema. Entretanto, “síndrome do coração partido”, é o tema que o Caderno Z nos oferece para que possamos entender melhor o que ocorre com o sistema do músculo cardíaco, sujeito a ser afetado pelas crises de estresse. É uma “disfunção súbita, mas transitória do ventrículo esquerdo” diante de um acontecimento impactante como a perda de um ente querido, perda de emprego e de situações semelhantes.

         Quando se fala em “coração partido’, pensa-se logo em amor desfeito, o que não deixa de ser aquela ‘dor que desatina” como bem descreveu Camões em seu poema. Entretanto, “síndrome do coração partido”, é o tema que o Caderno Z nos oferece para que possamos entender melhor o que ocorre com o sistema do músculo cardíaco, sujeito a ser afetado pelas crises de estresse. É uma “disfunção súbita, mas transitória do ventrículo esquerdo” diante de um acontecimento impactante como a perda de um ente querido, perda de emprego e de situações semelhantes. “As mulheres entre 35 e 65 anos são as mais vulneráveis a essa síndrome caracterizada como de origem psicológica”.

         “É bom ficar entediado?” – Temos incapacidade de lidar com os momentos de apatia e desinteresse. Queremos, a todo custo, uma ocupação, algo que nos forneça nem que seja um entretenimento. As redes sociais estão no topo para ocupar os espaços vazios. Porém, mal sabemos que esses vazios são benéficos porque trazem boas energias e até inspiração para algum projeto engavetado. Jean Piaget disse acertadamente que “a inteligência é o que você faz quando não sabe o que fazer”. Dar tempo para “o fazer nada” é dar uma chance ao cérebro até para pensar em alguma coisa produtiva, coisa que não acontece quando estamos focados em afazeres mil. Certa vez eu disse: hoje vou ficar à toa. Vou me esparramar no sofá da sala de leitura e deixar a preguiça me levar. Em pouco tempo, eu olhei para o sofá e percebi o quanto o seu tecido estava feio. De pronto, na maior animação, resolvi pegar uma cortina antiga e reformei o sofá! Ficou lindo!

         A felicidade que surge quando fazemos algo de bom que resulta de um momento de ócio, é indescritível. Aliás, felicidade é algo muito pessoal. A não ser na Finlândia que é classificada em 1º lugar, pelo Ranking da Felicidade da ONU, como o país mais feliz do mundo. Lá, sim, pelos conhecimentos passados por Liz Tamane, do PIB aos demais quesitos, o país mantém a liderança pela oitava vez. O Brasil ficou em 36º lugar.

         A charge de Silvério realça e alerta sobre o Dia Mundial da Água, 22 de março. Criado pela ONU em 1993, a data é um chamativo para os cuidados e preservação desse líquido precioso, indispensável ao nosso planeta. Entre os direitos da água e de seu uso, destaco: “A utilização da água implica respeito à lei”. “Sabendo usar não vai faltar”.

         Em “Sociais”, felicidade é a cara do nosso cantor e compositor, Valcir Ferreira, que fez bonito na quinta-feira, 20, no programa do Ratinho, no SBT. No quadro “Vem quem quer”, Valcir cantou e sambou na apresentação da sua marchinha em homenagem ao inesquecível  Silvio Santos. “Ah, ra, ra, quem quer dinheiro aí, Ah, ra, ra, o aviãzinho vai subir”. A pedido de Ratinho, Valcir ensinou o auditório a cantar. Foi um sucesso.

         Outro sucesso na coluna Sociais, é o querido Braulio Rezende, aniversariante da próxima quinta-feira, 27. Empresário dos mais qualificados em nossa cidade, aplaudido e bem-vindo com sua presença marcante, experiente e de bem com a vida. Seja na CDL, no Sincomércio ou, simplesmente, em suas aparições na vida social friburguense, Braulio é sinônimo de amizade, de carisma, de receptividade ao bem comunitário. Parabéns!

         Há muito o quê celebrar com os 83 anos do Colégio Estadual Padre Madureira, situado em Debossan, no distrito de Mury. Aos professores, funcionários, alunos, famílias e toda a comunidade local, os votos de muita prosperidade no trabalho educacional. Que a emoção do dia 24 de março seja uma constante no calendário escolar.

         Maravilhosa a ideia da criação do Dia Municipal de Astronomia para homenagear o inesquecível professor e cientista Reinaldo Ivanicska Júnior. Se ainda estiver em debate a data, sugiro o dia do nascimento desse astrônomo que tanto fez pelos conhecimentos do céu de Nova Friburgo. Sua estrela brilha intensamente entre nós.

E contando os dias, vamos, cada vez mais, nos aproximando do 07 de abril. Agora faltam apenas 13 dias para os 80 anos de A VOZ DA SERRA. Viva essa VOZ credenciada que fala por nós! A Voz do povo, a Voz amiga de todos os dias...

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A VOZ DA SERRA vai além dos oceanos

terça-feira, 18 de março de 2025

Iniciando a viagem literária na plataforma do Caderno Z, vamos com Liz Tamane percorrer os anseios apontados pela pesquisa realizada pelo Instituto ThinkOlga, em parceria com o movimento “Sonhe como uma garota”. A enquete entrevistou 1.080 mulheres, entre os meses de janeiro e fevereiro, sendo que, agora, “o principal sonho da mulher não é mais nem se casar ou formar família, mas, sim, viajar e conhecer lugares”. A constatação unânime na pesquisa foi até motivo para Tamane bem lembrar da música do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em que ele afirmava: “Ela só quer, só pensa em namorar...”.

Iniciando a viagem literária na plataforma do Caderno Z, vamos com Liz Tamane percorrer os anseios apontados pela pesquisa realizada pelo Instituto ThinkOlga, em parceria com o movimento “Sonhe como uma garota”. A enquete entrevistou 1.080 mulheres, entre os meses de janeiro e fevereiro, sendo que, agora, “o principal sonho da mulher não é mais nem se casar ou formar família, mas, sim, viajar e conhecer lugares”. A constatação unânime na pesquisa foi até motivo para Tamane bem lembrar da música do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, em que ele afirmava: “Ela só quer, só pensa em namorar...”. Já que os tempos mudaram, mudam-se os versos na paródia, pois “ela só quer, só pensa em viajar”. Meu pai, nascido em 1917, era mestre em afirmar que a melhor maneira de se investir o dinheiro é viajando. Louco por viagens, papai aplaudiria, de pé, essas entrevistadas, casa estivesse aqui para encabeçar a lista de benefícios das viagens.

A sensação de liberdade, o conhecimento, a fuga de uma rotina exaustiva, sair um pouco das imposições sociais e familiares, aprender sobre culturas e modos de  viver, além de saborear diferentes culinárias estão no topo das conquistas femininas. Entretanto, a pesquisa também ouviu de muitas mulheres que o bem-estar físico é um ponto importante sobre os anseios. Outro fator relevante é a estabilidade financeira, pois, sem essa, todo os demais ficam prejudicados. E quem é que pode enveredar por uma deliciosa viagem, caso a grana esteja curta? Há quem parcele em dez ou mais vezes, mas, de qualquer forma, é dívida assumida. Afinal, felicidade também tem o seu preço.

A pesquisa seguiu trazendo dados interessantes e a maternidade não é mais vista com tanta prioridade. Antigamente, o sonho dos pais era casar suas filhas. Era como um dever cumprido, vê-las casadas, constituindo uma prole apreciável. Contudo, as filhas já não pensam assim. A vida profissional tem sido uma busca incessante por melhores colocações no mercado de trabalho e realização pessoal. Hoje, o desafio é conciliar todos os sonhos. Por isso mesmo, a mulher está no auge de seu empoderamento.

São muitos desafios a transpor e não somente para as mulheres. Estamos todos no mesmo barco no mar revolto da vida, procurando o nosso lugar ao sol. O dia 4 de março é dedicado ao Dia Mundial da Obesidade. Este ano, a data coincidiu justamente com a terça-feira “gorda”, de carnaval. Dizem as pesquisas que “a alimentação do brasileiro piora ano a ano – cada vez se come menos arroz e feijão – consumindo mais alimentos processados”. Boa alimentação e exercícios físicos são algumas das recomendações para combater o excesso de peso. Salve a  combinação perfeita de arroz com feijão!

O Dia do Consumidor, festejado em 15 de março, mais do que uma celebração, é uma oportunidade para conhecermos um pouco mais sobre os direitos e deveres que nos dizem respeito. Entre eles, estão o direito de troca do produto, de proteção contra  a propaganda enganosa e até o direito de arrependimento. Tanto quem vende quanto quem compra, ambas as partes estão protegidas por leis. Falando em consumo, os ovos de Páscoa, pelo andar do coelhinho, estarão bem mais salgados. Silvério, aniversariante do dia 15 de março, anteviu a situação e mandou na charge o recado do dragão. Abraços, meu amigo, pelo seu aniversário, por tudo de bom que você nos propicia pela sua pessoa amiga. Felicitações também ao querido Vitor José, da gráfica de A VOZ DA SERRA por mais um ciclo que se abriu em sua vida, na última quinta-feira, 13. Felicidades!

O Friburguense Atlético Clube também está em festa com seus 45 anos. Fundado em 16 de março de 1980, mas com uma história fundamentada em outro tempos, é tradição e amor em nossa cidade. O tricolor da serra merece todas as homenagens. Parabéns! E em se tratando de passagem do tempo, de história, de legado, agora são 20 dias para o “7 de Abril” de 2025  - o marco triunfante dos 80 anos de A VOZ DA SERRA. A VOZ que sintoniza as nossas emoções e expectativas. Nos versos  da canção de Milton Nascimento, resumo:  “É bom assim, ser a VOZ que alcança alguém além do Oceano...”. 

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A VOZ DA SERRA percorre o mundo nas asas da credibilidade

terça-feira, 11 de março de 2025

            O ano mal começou e chegamos em março. O terceiro mês se abriu com o Carnaval, mas quem disse que a folia foi embora? Não é costume o Brasil se despedir dos festejos de Momo, porque o ano inteiro tem samba no pé e batuque no coração. Na  verdade, nas terras de Tupiniquim, é um evento atrás do outro. Agora, estamos sob os auspícios do Dia Internacional de Mulher, festejado em 8 de março, sendo que é um festejo diário louvar essa criatura emblemática que tanto faz a diferença no mundo.

            O ano mal começou e chegamos em março. O terceiro mês se abriu com o Carnaval, mas quem disse que a folia foi embora? Não é costume o Brasil se despedir dos festejos de Momo, porque o ano inteiro tem samba no pé e batuque no coração. Na  verdade, nas terras de Tupiniquim, é um evento atrás do outro. Agora, estamos sob os auspícios do Dia Internacional de Mulher, festejado em 8 de março, sendo que é um festejo diário louvar essa criatura emblemática que tanto faz a diferença no mundo.

            O Caderno Z ressaltou: “Para todas as Mulheres e Meninas, direitos, igualdade e empoderamento”. O tema para este ano chama para o debate que a cada ano ganha mais força e fluidez nos ambientes existenciais. Dos debates o que se espera é uma ação conjunta e ampla que possa reconhecer a efetiva participação feminina na edificação de um mundo melhor, mais humano e abrangente.

            Neste ano de 2025 comemora-se o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, sendo a celebração “um chamado à mobilização em três áreas: “Promover direitos; promover a igualdade de gênero; fomentar o empoderamento”. Os tópicos da plataforma também deram destaque aos itens: “proteção legal, acesso a serviços, engajamento juvenil, mudanças de normas sociais e mulheres na paz”. São 112 países com olhos voltados para as mulheres, a paz e a segurança. Apesar de todo esse aparato de garantias e proteção, as mulheres ainda enfrentam situações que depreciam os seus dons, saberes e valores. De qualquer forma, se os tempos mudaram, as formas de conduzir seus anseios e expectativas foram ampliadas e - “o que elas querem”-  pode ser muita coisa, inclusive, a liberdade de serem como desejarem ser.

            A mulher tem sido a inspiração de filmes, livros, canções, obras de arte, poemas, trovas e uma gama de estudos e pesquisas que nem sempre dão conta de revelar todas as suas características. No exercício da maternidade consegue ser pediatra quando apenas com um beijinho sara o “dodói” da criança. É nutricionista quando escolhe as melhores iguarias para alimentar a família e sempre tem algo mais a fazer que sua percepção alcança. No exercício profissional vai muito além de qualquer contrato de trabalho, porque é do seu jeito ser expansiva, abrangente, destemida e, ao mesmo tempo, sensível.

            A charge de Silvério, sempre atualizada com os assuntos da hora, não deixou passar em brancas nuvens que os boletos do IPTU, a partir de agora, começam a vencer todo dia 10, até dezembro. Faz parte do show da vida, pois como diz uma canção, “Quem ama quer casa, quem quer casa”, agora quer boleto. Em “Sociais”, festejando idade nova, no último domingo, 2, o estimado Comte Bittencourt é todo carisma e amizade por Nova Friburgo. Atuante, ele exerce a cidadania de forma ampla e irrestrita, dando sempre a sua contribuição de experiente conhecedor da máquina pública e o seu funcionamento para o bem comunitário.

            Aproveito aqui a oportunidade para agradecer o seu empenho na Alerj, em parceria com o querido Wanderson Nogueira, criando  o projeto de lei de 2020 que deu origem ao título – “Jogos Florais de Nova Friburgo - Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro”. A UBT-Seção Nova Friburgo reconhece, agradecida.

            O jovem friburguense Kaio Cabral, aos 20 anos, já tem um currículo admirável. Fotógrafo, estudante de Gestão Pública na UFRJ, já apresentou mostra de seus trabalhos até no Carrousel do Louvre, em Paris. E mais do que justa e merecida a homenagem que o jovem recebeu no Santuário do Cristo Redentor, em cerimônia de ação de graças.

            Outro feito importante é a conquista da “Casa do Basquete Brasileiro” que funcionará no Ginásio Frederico Sichel, do Sesi, no Jardim Ouro Preto. O espaço, após a reforma prevista, terá multiuso, “tanto pelo Sesi em projetos sociais de escolinha de basquete como também por atividades da Confederação Brasileira de Basquete”. E Cada vez mais próximo o dia 7 de abril, agora são 27 dias para os 80 Anos de A VOZ DA SERRA. A friburguense VOZ que percorre o mundo nas asas da credibilidade!

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A VOZ DA SERRA está em todas as ocasiões quando se quer credibilidade

terça-feira, 04 de março de 2025

   Finalmente, estamos no oásis do Carnaval, porém, já receosos das saudades que virão desses dias de encantamento e descontração. As quartas de cinzas não se parecem mais com as de antigamente, quando o toque de recolher silenciava os tamborins que só voltariam a ecoar no sábado de aleluia. Atualmente, não temos mais como calar os tambores. Os ritmos que embalam o Brasil levam sempre aos caminhos de uma boa folia, regada por suas tradições regionais. Um país tão imenso, de tantas culturas e heranças históricas, tem, por suas raízes, o samba no pé e a alegria na mente.

   Finalmente, estamos no oásis do Carnaval, porém, já receosos das saudades que virão desses dias de encantamento e descontração. As quartas de cinzas não se parecem mais com as de antigamente, quando o toque de recolher silenciava os tamborins que só voltariam a ecoar no sábado de aleluia. Atualmente, não temos mais como calar os tambores. Os ritmos que embalam o Brasil levam sempre aos caminhos de uma boa folia, regada por suas tradições regionais. Um país tão imenso, de tantas culturas e heranças históricas, tem, por suas raízes, o samba no pé e a alegria na mente. Como diz o enredo da Sementes do Samba: “A gente nem sente o tempo passar / riscando o chão com felicidade / para dançar, não tem idade...”. E a Unidos da Saudade garante essa empolgação, pois “na Festa pro Divino / o boi gira até de manhã...”.

    A Vilage, verdejando a passarela, crê na magia que libera as boas energias: “O amanhã há de trazer um lindo dia / pra iluminar e reluzir na imensidão / os astros em perfeita harmonia / vão vestir a fantasia pra viver a emoção...”. O otimismo segue e nos leva até Maricá com a Alunos do Samba, onde “o cenário é deslumbrante / tão lindo é ver o céu beijar o mar / no litoral um bom lugar pra se viver / curtir e se apaixonar...”. Não importando a crença, a Imperatriz, num “ato de força, coragem e fé, desvenda os mistérios da luz: “descobrir de onde vem a força que me guia / e a mente entender qual credo escolher / quem vai nos defender e amparar...”.

    “Mirra, incenso e ouro” enfeitam a passarela, brindando o Reisado, Santos Reis e as Folias do Brasil. É a festa do Unidos do Imperador: “Chama o palhaço pra rimar num verso só! / Com a visita de Gaspar, Baltazar e Belchior / e no som da viola, acordeão, caixa e tambor / salve a Folia de Reis e o Reisado do Imperador...”. Para festejar a natureza, o Bola Branca não mediu esforços para exaltar o Majestoso e soberano Sol: “Oh mãe natureza, /sua beleza em comunhão /quanta riqueza e divindade  / linda no inverno e no verão / no amanhecer de um novo dia / sagrada é a luz que ilumina a vida / regendo as quatro estações / aquecendo as multidões ...”.

    Eis que surge um “Raio de Luar” invadindo os corações: “É crença, mistérios, saber popular / A cura dos males, Raio de Luar / O milagre se repete nesse Carnaval / a fé que nos move te faz imortal!” . Mas “você tem medo de quê?” – quem pergunta é o Globo de Ouro que, de forma muito criativa, trouxe à luz um questionamento sobre os nossos medos. “Mas para espantar o medo não tem segredo / é só purificar / vem cantar, sambar, sorrir / sem medo de quem possa criticar...”.

    Uma festa em que o Rei Momo impera tem que ter também os reis e as rainhas de bateria. Ana Borges, nossa “rainha da informação”, entrevistou as personalidades que têm a responsabilidade de apresentar a bateria na passarela. Além das celebridades  citadas nas entrevistas, a inspiração provém muito da própria comunidade, dos ambientes de socialização nas quadras e das famílias envolvidas, principalmente, das mães.

  O Carnaval é a apoteose da felicidade. Ele cria memórias afetivas e não há quem não tenha uma foto da infância com aquela fantasia feita em casa, com os recursos mais inusitados. Do antigo cordão de isolamento aos requintes das atuais passarelas, muita coisa mudou. As agremiações passaram a ser verdadeiras fábricas de cultura, oferecendo ao público espetáculos de encenações incríveis. Os enredos contam fatos históricos, difundem questões sociais, abrem alas para a diversidade e para os valores ampliados e atualizados.  A nostalgia que reina nos corações saudosos de antigos carnavais, com seus pierrôs, arlequins, colombinas e as céleres marchinhas, é confrontada com os novos modelos dos ritmos do “pagodão baiano”, do funk, do axé e tudo o mais que possa fazer as multidões se juntarem, sem que haja até espaço para sambar.  Ninguém deve fazer comparação. Cada carnaval tem suas manhas e suas manhãs das noites mal dormidas, de seus dias quentes, às vezes, chuvosos, porém cheios de confete e serpentina!

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

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A VOZ DA SERRA aguça a nossa sede de conhecimentos

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

        Estamos em ritmo de Carnaval e a pergunta na capa do Caderno Z – “Como será o futuro?” – me lembrou o samba da União da Ilha – “como será o amanhã, responda quem souber...”. Por mais que seja previsível, mamãe dizia: “O futuro guarda uma esperança”. E o “Z” nos lança uma questão: “Como será o Planeta no futuro?”. A resposta mais óbvia tem sido aquela com a qual nos confrontamos: — depende de como cuidaremos dele. Entretanto, tem muito mais para se desvendar do que pensamos não saber.

        Estamos em ritmo de Carnaval e a pergunta na capa do Caderno Z – “Como será o futuro?” – me lembrou o samba da União da Ilha – “como será o amanhã, responda quem souber...”. Por mais que seja previsível, mamãe dizia: “O futuro guarda uma esperança”. E o “Z” nos lança uma questão: “Como será o Planeta no futuro?”. A resposta mais óbvia tem sido aquela com a qual nos confrontamos: — depende de como cuidaremos dele. Entretanto, tem muito mais para se desvendar do que pensamos não saber.

        A pergunta da criança – “Por que a luz do Sol não ilumina o espaço?” requer um pequeno entendimento de comparação: “Basta acender uma lâmpada em um local aberto e outra em uma sala pintada de branco. No espaço aberto, a lâmpada tem pouco alcance, enquanto, no ambiente fechado, ela ilumina todo o cômodo”. Em resumo: “O espaço, na maior parte sem atmosfera, não espalha luz onde só existe o vazio...”.

        Aprendemos desde a mais tenra infância que a Terra se movimenta em torno de si e do Sol, nos movimentos de rotação e translação. Coisa alguma está inerte, engessada no Universo. Porém, não estamos familiarizados com a ideia de Pangeia, “um supercontinente que se fragmentou há 230 milhões de anos e deu origem aos atuais continentes”. Se parece difícil entendermos essa fragmentação, imagina pensar que a “próxima Pangeia ocorrerá em 250 milhões de anos”. E tem mais: o movimento das placas tectônicas, assim como no passado longínquo, poderá promover outras mudanças continentais. Mesmo que sejam ainda especulações, tudo pode acontecer além milhões de anos.  Mamãe costumava dizer que as mudanças no Universo só ocorrem em milhões de anos e, mesmo que não estejamos mais aqui no plano terreno, que possamos presenciar esses espetáculos onde quer que estejam os nossos espíritos. Parabéns pelo tema do “Z”!

        O Sol que nos tem fatigado nessa temporada de altas temperaturas, é o mesmo que procuramos no inverno. É o mesmo gigante que está mais próximo de nós, daí a sua luz intensa.  E o “Z” ressalta: “Cada ser vivo neste mundo deve sua existência a essa anã amarela, com seus respeitáveis 4,6 bilhões de anos de idade...”.  Chega a ser poético e místico saber que somos regidos por esse astro-rei, na medida exata de sua luz e calor. Com um pouquinho mais, torraríamos; por um pouco menos, congelaríamos. São precisões fenomenais para a nossa contemplação, enquanto, muitas vezes, andamos atrás de um trevo de quatro folhas para sentir que temos sorte. Mas sorte é isso, um Universo repleto de belezas, de auroras (Boreal e Austral) ou, simplesmente, auroras de cada dia que nos conduzem aos mais lindos entardeceres.

        E Nova Friburgo merece ser amada e contemplada com as melhores intenções para ser não somente uma cidade turística, mas, acima de tudo, uma cidade abrangente para o seu povo. A ideia do pórtico na altura do bairro Theodoro, é louvável e abre caminho para mais desenvolvimento e sucesso. Outro mérito que a nossa cidade faz jus é ser a “Capital do Basquete Brasileiro”. Falando nisso, o querido Tony Ventura festeja mais uma “cesta” em sua gloriosa existência, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro. Empresário de sucesso que, desde menino, tem paixão pelo basquete. Além de ter sido atleta, hoje é incentivador dos esportes. Seus 82 anos confirmam a sua jovialidade!      

        O carnaval promete! Haja cerveja, água mineral, serpentina e confete! Mas, coisa linda o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mirim Sementes do Samba Friburguense! A escola lança no chão fértil de nossa cidade, um projeto criativo e ousado, abrindo possibilidades para as crianças e jovens crescerem no ambiente de socialização que se forma em torno do carnaval. E diz o samba enredo: “A vida é um baile que não pode parar / vem de mãos dadas, vem cirandar / de corpo e alma, comigo sonhar...”.  É com essa alegria que as sementes germinam, criando as novas gerações carnavalescas. Salve quem semeia o bem! Salve A VOZ DA SERRA que semeia saberes! Agora faltam 41 dias para o “7 de Abril” – a data essencial que virou “substantivo próprio e concreto”.

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