Antes de iniciarmos qualquer conteúdo sobre finanças, economias e mercados, pretendo usar esse breve parágrafo para algo indispensável. Portanto, quero desejar um excelente e feliz ano novo!
Antes de iniciarmos qualquer conteúdo sobre finanças, economias e mercados, pretendo usar esse breve parágrafo para algo indispensável. Portanto, quero desejar um excelente e feliz ano novo!
Agora, entretanto, é momento de conversarmos sobre o que interessa. Precisamos entender quais novidades nos aguardam para os próximos 12 meses pela frente e como podemos nos preparar para o que está por vir. Coincidentemente, vamos vivenciar o primeiro ano de um novo governo eleito, mas sobre dinâmica do investidor no mercado brasileiro, a mudança mais considerável para 2023: a marcação a mercado para títulos de Renda Fixa. Logo, precisamos compreender todas as especificidades da nova medida e como elas afetam nossos investimentos. Para isso, vou recorrer ao texto publicado, neste mesmo espaço, no dia 21/10/2022 e destrinchar todos os detalhes do que vem por aí.
A alteração regulatória implementada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a princípio, tem o objetivo de promover maior liquidez aos investimentos e proporcionar novas possibilidades de ganho de capital para investidores. Contudo, é importante esclarecer: mesmo com a marcação a mercado fazendo oscilar o valor do seu capital investido, basta segurar o ativo em carteira até sua data de vencimento para ter direito aos critérios de taxas contratadas no momento da compra do título.
Na prática, como vai funcionar?
Títulos corporativos (Debêntures, CRI e CRA) e públicos (negociados via tesouraria da instituição financeira) passam a estar sujeitos à marcação a mercado a partir do dia 02 de janeiro de 2023 para investidores pessoas físicas.
Nos detalhes, ainda que as instituições – em maioria – sinalizem a execução da marcação diária, a regra, por sua vez, obriga a marcação minimamente mensal. A propósito, por falar em detalhes, investidores qualificados (com patrimônio acima de R$1milhão em aplicações financeiras) poderão – a princípio – escolher a marcação de seus títulos de acordo com sua preferência: a mercado ou na curva.
Mas, então, como aproveitar essa novidade para explorar ganhos mais significativos em Renda Fixa?
Basicamente, a estratégia do investidor precisará contar com as projeções de política monetária, pois agora juros e inflação passam a influenciar ainda mais seus investimentos. Num cenário hawkish (contracionista, com alta nas taxas de juros), títulos tendem a ser negociado com valor reduzido dos papéis; neste cenário, a marcação a mercado tende a fazer com que o valor do seu investimento recue – portanto, uma janela de oportunidades para novas compras. Por outro lado, o contexto dovish (expansionista, com queda nas taxas de juros) pode possibilitar a valorização dos preços dos ativos e proporcionar ganho de capital acima da média e, por consequência, fomentar a liquidez do investimento com a maior negociação dos papéis.
Caso tenha comprado seus títulos (apenas os que estarão reféns da marcação a mercado) em cenário hawkish, talvez seja melhor aguardar o vencimento ou novas oportunidades ao longo do tempo para não realizar nenhuma perda financeira; em cenário dovish, talvez você possa aproveitar as oportunidades que surgirem.
Não por acaso, fiz questão de usar o “talvez” repetidamente para fortalecer a ideia de que, apesar das leituras econômicas dentro de projeções monetárias, o mercado é livre para realizar suas negociações como preferir. Portanto, mantenha-se sempre atento às boas oportunidades.
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