Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Achou cara a sua ceia de Natal?
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Há sempre uma única justificativa responsável por aumentar ou diminuir preços: as Leis de Oferta e Demanda. O ponto de encontro das duas curvas (as de oferta e de demanda) é o que determina o preço de equilíbrio de comercialização entre vendedor e comprador. Portanto, períodos sazonais de consumo tendem ao aumento natural de preços de equilíbrio ao que é ofertado. Logo, assimetrias de oferta também podem provocar esse ajuste de preços; como ocorre com insumos produzidos por países em guerra ou vítimas de desastres naturais, por exemplo. Até a oferta e demanda monetária (sim, dinheiro em circulação) influencia no equilíbrio de preços. Há quem diga que, no final do dia, a única análise responsável por influenciar positiva ou negativamente a inflação sejam, exclusivamente, as relações de oferta e demanda monetárias.
Considerando choques monetários no durante/pós-pandemia e de produção em tempos de guerra entre Rússia e Ucrânia, o mundo ainda está ajustando suas estratégias de política monetária para superar este desafio que assombra, principalmente, os mais pobres. A situação, no entanto, torna-se ainda mais crítica quando o consumo básico tende a ser ainda mais inflacionário. No Brasil, ao longo deste ano de 2022, o setor de Alimentação e Bebidas foi o segundo mais atingindo pelo aumento de preços, chegando a 10,43% de janeiro a novembro. Ficando atrás, apenas, de Vestuário com 15,17% no mesmo período.
Inflação, apesar de demandar esforços de países desenvolvidos para que exista, quando está fora de controle pode trazer graves efeitos prejudiciais à população.
Contudo, vamos nos manter no tema natalino. A Fundação Getúlio Vargas realizou um estudo com base no Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) e mostrou a inflação dos últimos 12 meses sobre produtos consumidos no Natal em 11,03% ante 4,53% com mercadorias e serviços gerais. De acordo com a Fundação, o item mais inflacionado do período foi a cebola, que já sofreu ajuste de 160,62%, seguido por frutas com 38,82% e farinha de trigo com 30,00%.
Imagino que a essa altura, visto que já estamos no dia 23 de dezembro, você já tenha ido às compras para a sua ceia de Natal. Talvez até já tenha se espantado com o aumento de preços. Mas caso contrário, fique atento a algumas dicas que podem te ajudar a diminuir o peso de uma ceia inflacionada.
Natal, pela simples existência, já é motivo para colaboração. Na sua ceia, não faça diferente: promova uma confraternização colaborativa. É comum se deparar com anfitriões arcando com os custos da noite de Natal ao receberem seus convidados. Portanto, dividir as atribuições e custos do buffet pode reduzir a carga sobre um único indivíduo. Assim, cada participante pode se responsabilizar por um item do cardápio e a preocupação financeira pode dar espaço ao que realmente importa: estar, por inteiro, com as pessoas que você ama.
Desejo-lhe excelentes momentos nesse final de ano.
Boas festas!
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário