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Os dez termos mais comuns do mercado financeiro

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Quem me acompanha sabe o quanto gosto de promover o vocabulário financeiro a fim de facilitar o entendimento da população geral. Para mim, esta é uma forma simples de viabilizar o acesso ao mercado. Hoje, vamos explorar os dez termos técnicos mais utilizados no mercado financeiro.

 

Ações: as ações representam partes de propriedade em uma empresa. Quando você adquire ações de uma empresa, torna-se acionista e compartilha dos riscos e recompensas associados a essa empresa. As ações são negociadas em bolsas de valores, como a B3, Nyse ou Nasdaq.

 

Quem me acompanha sabe o quanto gosto de promover o vocabulário financeiro a fim de facilitar o entendimento da população geral. Para mim, esta é uma forma simples de viabilizar o acesso ao mercado. Hoje, vamos explorar os dez termos técnicos mais utilizados no mercado financeiro.

 

Ações: as ações representam partes de propriedade em uma empresa. Quando você adquire ações de uma empresa, torna-se acionista e compartilha dos riscos e recompensas associados a essa empresa. As ações são negociadas em bolsas de valores, como a B3, Nyse ou Nasdaq.

 

Títulos: títulos são instrumentos de dívida. Ao comprar títulos, você está emprestando dinheiro a uma entidade, como o governo ou uma corporação, em troca de pagamentos de juros regulares e a devolução do valor principal no vencimento.

 

Índice: um índice é um indicador que rastreia o desempenho de um grupo de ativos, como ações ou títulos. Um exemplo notável é o S&P 500, que monitora o desempenho das 500 maiores empresas dos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa representa o principal índice da nossa bolsa de valores. Os índices são usados para avaliar o mercado como um todo e medir o sucesso de uma estratégia de investimento.

 

Diversificação: a diversificação é uma estratégia fundamental para gerenciar o risco em investimentos. Envolve distribuir seus recursos por diferentes classes de ativos, como ações, títulos, imóveis e commodities. Isso ajuda a reduzir o impacto negativo de flutuações em um único investimento.

 

Volatilidade: a volatilidade é a medida da variação dos preços dos ativos ao longo do tempo. Ativos com alta volatilidade têm preços que oscilam amplamente, enquanto ativos menos voláteis têm flutuações menores. Compreender a volatilidade é crucial para avaliar o risco associado a um investimento.

 

Portfólio: seu portfólio é o conjunto de todos os seus investimentos. Isso pode incluir ações, títulos, fundos mútuos, imóveis e outros ativos. A construção de um portfólio equilibrado é fundamental para alcançar seus objetivos financeiros.

 

Liquidez: a liquidez se refere à facilidade com que um ativo pode ser comprado ou vendido no mercado sem afetar significativamente seu preço. Ações de empresas de grande capitalização geralmente são altamente líquidas, enquanto ativos menos negociados podem ser menos líquidos. Basicamente, a facilidade de transformar ativos em dinheiro, e vice-versa.

 

Derivativos: o mercado de derivativos abrange uma variedade de instrumentos financeiros, como opções e futuros, cujo valor deriva de um ativo subjacente. Esses instrumentos são usados para fins de proteção, especulação e gestão de riscos.

 

Cotação: a cotação é o preço atual pelo qual um ativo está sendo negociado em um mercado específico. Investidores e traders monitoram cotações constantemente para acompanhar o desempenho de seus investimentos e tomar decisões de compra ou venda.

 

Análise fundamentalista: a análise fundamentalista é uma abordagem de avaliação de ativos que se baseia nos fundamentos financeiros de uma empresa. Isso inclui fatores como receita, lucro, balanço patrimonial e perspectivas de crescimento. A análise fundamentalista ajuda os investidores a determinar o valor intrínseco de um ativo e se ele está subvalorizado ou supervalorizado.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Sucessão patrimonial: desafios e possibilidades

sábado, 14 de outubro de 2023

            A sucessão patrimonial é um processo que transcende gerações, desafiando famílias e empresas a equilibrar a continuidade de seu legado com a adaptação às mudanças do mundo em constante evolução. É um tema que vai muito além da simples transição de ativos financeiros e propriedades. Trata-se de assegurar que os valores, visões e conquistas acumulados ao longo dos anos sejam transmitidos de forma eficaz e preservados para as gerações futuras.

            A sucessão patrimonial é um processo que transcende gerações, desafiando famílias e empresas a equilibrar a continuidade de seu legado com a adaptação às mudanças do mundo em constante evolução. É um tema que vai muito além da simples transição de ativos financeiros e propriedades. Trata-se de assegurar que os valores, visões e conquistas acumulados ao longo dos anos sejam transmitidos de forma eficaz e preservados para as gerações futuras.

Não sou advogado, não sou contador, mas como educador financeiro – e assessor de investimentos – tenho a obrigação de tocar no assunto e trazer uma visão básica sobre o tema com algumas possibilidades do que pode ser encarado como alternativas no processo de sucessão patrimonial.

 

            • Doação em Vida - Estratégia para antecipação de herança, a doação em vida contempla – basicamente – duas diferentes possibilidades. A primeira (a doação de fato) permite a transferência de bens para o herdeiro dentro de algumas limitações: o doador precisará manter recursos em seu nome para garantir sua subsistência e deve respeitar a parte da herança que cabe aos herdeiros necessários. A segunda alternativa, por sua vez, é chamada de doação com reserva de uso fruto: permite a doação em vida para os herdeiros, mas somente será exercida após a morte do doador.

 

            • Fundos Imobiliários - Para famílias com histórico de investimentos em imóveis, uma solução para a transferência de recursos pode ser a criação de um Fundo Imobiliário. Este não precisa, necessariamente, ter negociação aberta em bolsa de valores e as cotas são divididas entre os herdeiros a fim de que cada indivíduo tenha sua parcela proporcional a receita gerada pelos imóveis; seja através da venda ou locação destes. Outra forma de o herdeiro angariar recursos é através da venda de suas cotas.

 

            • Seguros de Vida - Os seguros de vida resgatáveis não promovem alta rentabilidade sobre o capital, mas apresentam algumas características imprescindíveis para o planejamento de sucessão. Por serem impenhoráveis, não ficam reféns de bloqueios judiciais; por serem isentos de tributação, não tem custos de IR (Imposto de Renda) e ITCMD (Imposto sobre Transferência Causa Mortis e Doação).

 

            • Previdência Privada - Aqui, a busca por produtos de qualidade deve ser minuciosa; tem muita coisa horrível por aí. Mas você consegue achar bons produtos e que lhe oferecerão algumas boas vantagens: isenção de ITCMD e dispensa de inventários.

 

            • Testamento - Este está entre as formas mais conhecidas de sucessão patrimonial, mas é a estratégia mais custosa. O testamento pode parecer simples pela praticidade em concretizar suas vontades de distribuição de bens, mas entra em processo de inventário, incide ITCMD, honorários advocatícios e custos de cartório.

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Dicionário economês x português

quinta-feira, 05 de outubro de 2023

A alfabetização financeira é parte do desenvolvimento social do indivíduo adulto, já falamos sobre a importância do tema para o exercício da cidadania. Abaixo, as aspas se referem ao Glossário Simplificado de Termos Financeiros, material desenvolvido pelo Banco Central do Brasil em seu Programa Cidadania Financeira. Caso tenha dúvidas em algum termo específico, esse é o momento perfeito para traduzi-lo do economês para o português e ampliar seus conhecimentos.

 

A alfabetização financeira é parte do desenvolvimento social do indivíduo adulto, já falamos sobre a importância do tema para o exercício da cidadania. Abaixo, as aspas se referem ao Glossário Simplificado de Termos Financeiros, material desenvolvido pelo Banco Central do Brasil em seu Programa Cidadania Financeira. Caso tenha dúvidas em algum termo específico, esse é o momento perfeito para traduzi-lo do economês para o português e ampliar seus conhecimentos.

 

Amortização - “Uma dívida normalmente é composta de duas partes: o principal e os juros. Amortização é o pagamento do principal, o que efetivamente reduz a dívida. No valor total de uma prestação, por exemplo, parte é destinada para amortizar (reduzir) a dívida e outra para o pagamento de juros e outros encargos (despesas financeiras).”

 

Beneficiário - “É quem vai receber o valor cobrado em um boleto. Normalmente, é uma empresa onde foi feita uma compra ou que prestou um serviço.”

 

CET - “É uma informação percentual que diz quanto, efetivamente, custa um empréstimo ou financiamento, incluindo não só os juros, mas também tarifas, impostos e outros encargos cobrados do cliente.”

 

Encargo - “É um termo geral, utilizado para nomear os valores que as instituições financeiras cobram dos clientes nas contratações de serviços e operações financeiras, como tarifas, comissões, impostos, seguros etc.”

 

Leasing/arrendamento mercantil - “Leasing e arrendamento mercantil representam o mesmo conceito, que pode ser compreendido como uma forma especial de se comprar um bem a prazo, diferentemente de um financiamento comum. No leasing, o cliente fica com o bem comprado, mas quem tem a propriedade real desse bem é o banco que viabilizou a aquisição. Isto é, o cliente não se torna o dono efetivo do bem enquanto não terminar de pagar as prestações devidas ao banco.”

 

Mutuário - “É quem recebe o bem por um contrato de mútuo, ficando com a obrigação de devolver outro bem de mesma espécie, qualidade e quantidade.”

 

Principal - “É o valor que alguém recebe efetivamente quando toma um empréstimo ou financiamento. Já o valor que será pago pelo tomador do empréstimo, isto é, a soma de todas as prestações ao longo do tempo, é maior que o principal, por causa dos juros e encargos que são cobrados.”

 

Saldo provisionado - “É um valor que o banco informa estar separado na conta corrente para o pagamento, ao fim do dia, de alguma obrigação que tem vencimento naquele dia.”

 

TR – Taxa Referencial - “Significa taxa de juros de referência. É uma taxa calculada pelo Banco Central do Brasil e utilizada para determinar o rendimento de investimentos, como a caderneta de poupança e a correção de financiamentos imobiliários.”

 

É sempre importante aprender um pouco mais!

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Às vezes, o que falta é o básico

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Para investir, você precisa ter domínio do que representa o tripé de liquidez, rentabilidade e segurança.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois trata-se do período entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Para investir, você precisa ter domínio do que representa o tripé de liquidez, rentabilidade e segurança.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois trata-se do período entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não.

Antes de explicar a organização que deve haver por trás da liquidez, vamos analisar alguns termos comuns ao estudar um investimento. D+0; D+1; D+15; D+30: essas notações representam o tempo de resgate de capital em determinados produtos do mercado financeiro. Traduzindo, a letra “D” representa o dia da sua operação e o número posterior representa o tempo de resgate – a partir do dia da operação. Vamos exemplificar: imagine-se escolhendo um fundo de investimentos e em suas especificações conste a notação D+15; se precisar resgatar o capital (integral ou parcial) investido, você emite a ordem de resgate e, a contar do dia seguinte, seu dinheiro estará disponível após 15 dias.

Planeje bem os produtos que estarão em sua carteira para não “ficar na mão”.

Rentabilidade: essa é a parte que enche os olhos – e qualquer desavisado pode acabar considerando este único ponto e tomar uma decisão ruim.

Aqui, uma dica: quanto maior a rentabilidade, maior o risco. Investimentos fraudulentos, por exemplo, sempre prometem rentabilidades exorbitantes.

 Para exemplificar as possibilidades de enxergar rentabilidade, no mercado financeiro você vai encontrar as taxas pré-fixadas (13,48% a.a.), pós-fixadas (120% CDI) e híbridas (IPCA + 7,20% a.a.). Cada possibilidade representando uma determinada estratégia, mas numa carteira balanceada de pessoa física, todas farão parte – em diferentes pesos – do portfólio.

Mas então, como ter uma boa rentabilidade? Vamos falar em segurança primeiro.

Segurança: tudo começa com conhecimento e bom senso, saiba distinguir o que é real do inatingível. Os riscos no mercado financeiro se restringem a administração de bancos e empresas onde estão seus investimentos e a falta de planejamento.

Se buscar uma rentabilidade baixa e/ou mediana, há muitos produtos de risco zero. Sim, risco zero! O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante até R$ 250mil para cada investimento do mesmo CPF em determinados produtos de Renda Fixa, como CDBs por exemplo.

 Agora se você busca investimentos mais arrojados com boa rentabilidade, vai precisar se aventurar no mercado de Renda Variável da Bolsa de Valores. Aqui, o maior risco é a volatilidade! Já viu os gráficos de alguma ação da Bolsa? Caso sim, é provável que tenha reparado nas grandes variações de preço; isso é volatilidade. Por mais que tenha optado por uma boa empresa e esteja alinhado com os parâmetros de administração da instituição, a variação de preço vai existir. E se você não tiver feito a base do seu planejamento, corre o risco de resgatar o capital investido em algum momento de baixa. A Renda Variável concentra alguns riscos, mas o principal erro de um investidor comum é a falta de planejamento.

Entendendo o conceito deste tripé responsável por sustentar a estratégia de suas alocações, certamente você estará mais bem preparado para manter saudável a relação entre você e sua carteira de investimentos.

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Você gasta dinheiro com o que não precisa?

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Em um mundo onde a constante pressão do consumismo nos empurra em direção a um ciclo interminável de compras, acumulação de bens materiais e gastos desnecessários, o minimalismo financeiro surge como uma lufada de ar fresco. Mas o que é o minimalismo financeiro, e como ele pode se encaixar em nossas vidas?

Em um mundo onde a constante pressão do consumismo nos empurra em direção a um ciclo interminável de compras, acumulação de bens materiais e gastos desnecessários, o minimalismo financeiro surge como uma lufada de ar fresco. Mas o que é o minimalismo financeiro, e como ele pode se encaixar em nossas vidas?

Minimalismo, em sua essência, é um movimento que busca simplificar, eliminar o excesso e focar no essencial. Ele se manifesta de várias formas, desde a organização de nossas casas até a gestão de nossos relacionamentos e até mesmo em nossa abordagem à vida financeira. Podendo se manifestar de forma mais leve até abordagens mais radicais, pode ser adaptado para atender às nossas necessidades individuais e valores pessoais.

No nível mais leve, fazemos escolhas conscientes para simplificar nossas vidas, reduzir gastos supérfluos e focar em experiências significativas. No minimalismo essencial, concentramos nossos esforços em identificar e preservar o que é verdadeiramente essencial, reduzindo o consumo e eliminando pertences materiais não essenciais. Já os minimalistas radicais adotam uma abordagem mais extrema, eliminando quase todas as formas de excesso em suas vidas.

No entanto, o minimalismo financeiro não precisa ser radical para ser eficaz e significativo. Muitos de nós relutam em adotar uma abordagem tão extrema, mas isso não significa que não possamos colher os benefícios do minimalismo financeiro de forma mais suave.

Uma das maiores lições que o minimalismo financeiro nos ensina é a consciência de consumo. Quando reduzimos o consumo impulsivo e avaliamos cuidadosamente nossas necessidades, descobrimos uma sensação de liberdade financeira que vai além da simples acumulação de bens.

Ao adotar este estilo de vida em nossa vida cotidiana, podemos nos questionar sobre a verdadeira necessidade de cada aquisição, economizar mais para nossos objetivos de longo prazo e nos livrar do peso do endividamento desnecessário. Isso nos permite direcionar nossos recursos para experiências significativas, como viagens, aprendizado ou momentos preciosos com entes queridos.

Parte de uma jornada pessoal, o minimalismo não é uma competição para ver quem pode viver com menos, mas uma busca pelo equilíbrio que funcione para nós – indivíduos singulares –, simplificando nossas finanças e vivendo uma vida mais consciente e significativa.

Portanto, que tal começar a refletir sobre como o minimalismo financeiro pode se encaixar em sua vida? À medida que nos tornamos mais conscientes de nossos hábitos de consumo e buscamos simplificar nossas finanças, podemos descobrir que a verdadeira riqueza reside não no que possuímos, mas nas escolhas que fazemos.

Numa frase atribuída ao jornalista Robert Quillen, este texto pretende terminar com uma reflexão: “Muitas pessoas gastam dinheiro que não tem para comprar coisas que não precisam para impressionar pessoas que não gostam.”

Pense nisso!

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Independência, um ato de coragem

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Aqui vem um texto que poderia muito bem ser encaixado na coluna da última semana. Afinal, o dia 7 de setembro é marcado pela Independência do Brasil e seria um ótimo gancho para o tema. Contudo, como o assunto aqui é finanças, nada melhor que trazer um objetivo que muitas pessoas almejam em suas vidas: a independência financeira.

Aqui vem um texto que poderia muito bem ser encaixado na coluna da última semana. Afinal, o dia 7 de setembro é marcado pela Independência do Brasil e seria um ótimo gancho para o tema. Contudo, como o assunto aqui é finanças, nada melhor que trazer um objetivo que muitas pessoas almejam em suas vidas: a independência financeira.

Ela representa a capacidade de sustentar seu estilo de vida desejado sem depender inteiramente de uma fonte de renda única, como um emprego. A busca pela independência financeira é impulsionada por um desejo de liberdade, segurança e a capacidade de realizar seus sonhos. Hoje exploraremos o conceito e as formas de você trabalhar para alcançá-la.

A independência financeira é alcançada quando seus ativos, investimentos e negócios geram renda suficiente para cobrir todas as suas despesas e ainda proporcionar um excedente para atender a objetivos de longo prazo. Isso significa que você não está mais vinculado a um trabalho específico para manter seu padrão de vida. Ter independência financeira não significa necessariamente parar de trabalhar, mas sim ter a liberdade de escolher o que fazer com seu tempo e recursos. Mas a pergunta que fica é como alcançar um sonho tão grande. Bom, não é nada fácil e a jornada é longa.

Estabeleça metas financeiras claras: o primeiro passo é se conhecer. Estabeleça quanto dinheiro você precisa para cobrir suas despesas e quais objetivos de longo prazo deseja alcançar, como aposentadoria antecipada, viajar ou investir em educação.

Crie um orçamento sólido: um orçamento bem elaborado é fundamental. Registre todas as suas fontes de renda e despesas para entender para onde seu dinheiro está indo. Isso ajudará a identificar áreas em que você pode economizar e aumentar sua capacidade de investir.

Economize e invista regularmente: comece a economizar uma porção significativa de sua renda e invista essas economias em veículos de investimento adequados aos seus objetivos e perfil de investidor. O poder do tempo e dos juros compostos, à propósito, é fundamental para o crescimento de seu patrimônio líquido. Portanto, quanto antes começar, melhor!

Diversificação de investimentos: evite colocar todos os seus ovos na mesma cesta. Diversificar seus investimentos ajuda a reduzir o risco e aumentar o potencial de retorno.

Aumente sua renda: além de economizar e investir, considere maneiras de aumentar sua renda, como buscar promoções, desenvolver habilidades adicionais ou explorar oportunidades de renda extra. Dê bastante atenção a este ponto, pois é de grande relevância.

Mantenha o planejamento: à medida que seus ativos crescem, mantenha o controle financeiro e evite gastar de maneira imprudente. Evite dívidas desnecessárias e continue a viver dentro de suas possibilidades.

Apesar de um sonho difícil – e talvez muito distante de sua realidade atual – independência financeira não é um objetivo inatingível. Com planejamento, disciplina e investimento consistente ao longo do tempo, você pode alcançar a liberdade financeira e ter a capacidade de viver a vida de acordo com seus próprios termos. O caminho pode ser desafiador, mas – assim como em nosso país – de benefícios inestimáveis.

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Pirâmides financeiras: malícia de quem cria, ou inocência de quem cai?

sábado, 09 de setembro de 2023

No universo financeiro, as pirâmides são como fantasmas que assombram investidores desavisados, prometendo riquezas fáceis e rápidas, mas, no final, deixando um rastro de destruição financeira e emocional. Dia desses um amigo comentou, em tom de brincadeira, sobre querer participar de uma – em suas palavras – “pirâmide no comecinho” e eu percebi a importância de trazer este tema.

No universo financeiro, as pirâmides são como fantasmas que assombram investidores desavisados, prometendo riquezas fáceis e rápidas, mas, no final, deixando um rastro de destruição financeira e emocional. Dia desses um amigo comentou, em tom de brincadeira, sobre querer participar de uma – em suas palavras – “pirâmide no comecinho” e eu percebi a importância de trazer este tema.

As pirâmides financeiras têm suas origens na ambição desenfreada e na esperteza dos indivíduos que as concebem. Esses empreendedores inescrupulosos exploram a cobiça humana, prometendo retornos extraordinários em investimentos aparentemente simples. Eles utilizam táticas persuasivas e uma estratégia de marketing agressiva para atrair participantes, muitas vezes se apresentando como visionários financeiros que descobriram o segredo para a riqueza instantânea. No entanto, essa imagem é apenas uma fachada para encobrir suas verdadeiras intenções.

Uma característica marcante das pirâmides é o constante recrutamento de novos participantes. Cada camada inferior da pirâmide recruta pessoas que, por sua vez, recrutam outras, criando assim uma ilusão de sucesso momentâneo. No entanto, esse modelo insustentável invariavelmente desmorona quando não há mais recrutamentos suficientes para manter o esquema. Os últimos a ingressar são os que mais sofrem, perdendo todo o seu investimento.

A falta de conhecimento dos participantes, portanto, é um componente crítico nesse ciclo de destruição. Muitos indivíduos são atraídos pelas promessas de dinheiro fácil sem entenderem os princípios financeiros subjacentes. A ilusão de lucros garantidos os impede de questionar a legitimidade do esquema. Eles muitas vezes ignoram sinais de alerta e não realizam a devida diligência, deixando-se levar pela esperança de mudar suas vidas financeiras em um piscar de olhos.

É fundamental que a sociedade, os órgãos reguladores e as instituições financeiras continuem a educar o público sobre os perigos das pirâmides financeiras. A prevenção é a melhor defesa contra esses esquemas, e isso começa com o Educação Financeira. É crucial que as pessoas entendam que, no mundo dos investimentos, não existem atalhos para o sucesso financeiro genuíno.

Além disso, é responsabilidade dos reguladores e das autoridades aplicar leis rigorosas e punir aqueles que operam pirâmides financeiras. A transparência e a regulamentação são essenciais para combater esse tipo de fraude.

E você, caro leitor, para evitar cair em tais armadilhas, busque educar-se financeiramente e mantenha um ceticismo saudável em relação a promessas de enriquecimento fácil. Somente através da conscientização e da ação regulatória podemos proteger nossas comunidades contra esses esquemas destrutivos e preservar a integridade do sistema financeiro.

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Investir em renda fixa não é uma “receita de bolo”

sexta-feira, 01 de setembro de 2023

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

            Investir, na verdade, nada mais é do que multiplicar o dinheiro; seja alocando recursos em ideias, negócios, sonhos ou mercado financeiro. Contudo, este, por sua vez, permite uma vasta diversidade de produtos de investimentos e possibilita, ao investidor, a caracterização de seus investimentos de acordo com os seus princípios e necessidades. Um bom investidor busca conhecer e aprender sobre todos os produtos do mercado financeiro e é essa a minha missão de hoje: te ensinar – ou talvez apenas esclarecer – o que é a renda fixa. Já ouviu falar?

            Antes de mais nada, o mercado financeiro pode ser categorizado em apenas duas grandes áreas, a renda fixa e a renda variável. Na renda fixa, não há o investimento, de fato, no setor produtivo, não haverá uma empresa desenvolvendo ideias e soluções sociais, por exemplo. Nesta categoria de investimentos, ao adquirir um produto você está, literalmente, emprestando dinheiro ao emissor em troca de uma rentabilidade e liquidez definida logo no momento da compra – é uma forma de captação de recursos para instituições financeiras.

 

            • Rentabilidade

            Aqui, não tem jeito, precisamos falar de Selic: a taxa básica de juros no Brasil. É a partir daqui que se criam parâmetros de contratação deste mercado. A remuneração do investidor, por sua vez, já é definida previamente no ato da contratação: você sabe exatamente quanto vai receber no final do período.

            Existem, é claro, diferentes possibilidades de taxas; podendo ser atreladas a inflação (IPCA), juros (CDI) ou, simplesmente, prefixadas (taxas nominais). Saiba como escolher o que se encaixa melhor em diferentes cenários.

 

            • Liquidez

            Na renda fixa, liquidez é o tempo de vencimento de um produto. Numa análise simples, quanto maior o tempo de liquidez, maior será a rentabilidade.

            Lembre-se, um produto com liquidez de dois anos só terá sua rentabilidade contratada garantida na data de vencimento. O resgate antecipado pode resultar em perdas.

 

            • Segurança

            Ao escolher o produto mais adequado às suas necessidades, lembre-se que alguns produtos específicos – como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo – contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito, “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras") protegendo até R$ 250mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira emissora, limitando a R$1milhão a cada quatro anos.

Títulos públicos – como o Tesouro Selic – não contam com o FGC, mas têm como instituição garantidora o próprio Tesouro Nacional.

           

            Ao contrário do que muitos pensam, o mercado de renda fixa é complexo e exige boas estratégias. Portanto, estude e aproveite as oportunidades.

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Cartão de crédito: dicas para usar com sabedoria

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Pode parecer um grande desafio, mas viver em sintonia com o seu cartão de crédito é possível; basta encará-lo como uma ferramenta. E assim como toda ferramenta, precisa ser utilizada da forma correta para cumprir sua função: facilitar o uso do dinheiro e o controle de suas despesas.

Pode parecer um grande desafio, mas viver em sintonia com o seu cartão de crédito é possível; basta encará-lo como uma ferramenta. E assim como toda ferramenta, precisa ser utilizada da forma correta para cumprir sua função: facilitar o uso do dinheiro e o controle de suas despesas.

Portanto, pensando em te ajudar a criar um relacionamento saudável entre você e seus cartões, preparei algumas dicas práticas e simples para a boa utilização da ferramenta. Lembrando, é claro, tudo começa com a sua consciência de consumo. Nem o uso mais correto do cartão de crédito é capaz de corrigir a compulsão pelo consumo, então fique atento.

Fique agora com as cinco dicas essenciais para usar o seu cartão com sabedoria.

 

Anuidade

Pode parecer comum para muitos, mas a anuidade traz custos desnecessários capazes de manter uma poupança bastante razoável ao longo do ano. Atualmente, encontrar cartões totalmente isentos desta taxa e de boa qualidade é comum. A competitividade do setor foi responsável pela movimentação de mercado e hoje as possibilidades são muito amplas para nos contentarmos com cartões com cobranças desnecessárias.

 

Débito automático

Esquecer não é uma possibilidade.

Já experimentou pagar seu cartão alguns poucos dias após o vencimento da fatura? É uma decisão nada inteligente e extremamente cara. Apesar de seu uso rotineiro, cartões de crédito fazem parte das linhas de crédito com juros mais altos do mercado financeiro. Com taxa média de 14,53% ao mês, os juros compostos podem levar esse número para 409,26% ao ano. São números divulgados pelo Banco Central do Brasil em dezembro de 2022 e deixam ainda mais evidentes a minha preocupação em não deixar passar sequer um dia da data de vencimento.

Já pensou usar R$ 1 mil com o cartão de crédito e dever R$ 5mil em um ano?

 

Planeje o parcelamento

De suas compras, e não da fatura!

Parcelar suas compras é uma possibilidade inteligente sempre que o pagamento à vista não oferecer nenhum tipo de desconto. Mas cuidado com a bola de neve que pode surgir com a falta de planejamento.

A propósito, como já disse, parcelar a fatura não é uma opção. Mas é mais barato do que ficar no rotativo. Este parcelamento teve taxa de juros média, em dezembro do ano passado, de 182,40% ao ano.

 

Não pague o mínimo

Arcar somente com os custos do valor mínimo é apenas mera formalidade para a inadimplência. Pagar o mínimo, transforma todo o resto da fatura em saldo devedor e os juros incidem sobre o valor pendente.

 

Programas de benefícios

Seu cartão possibilita o cadastro em algum programa de pontos, milhas ou cashback?

Mais um avanço decorrente da competição de mercado, aqui existe uma excelente possibilidade de garantir benefícios por usar seus cartões. Vale conferir quais serviços são oferecidos pelo seu cartão e usá-los a seu favor.

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Ibovespa batendo recorde!

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

Mas um recorde nada bom...

Enquanto escrevo este texto ainda é dia 16 e o principal índice da nossa bolsa brasileira, o Ibovespa, alcança a marca de 12 pregões negativos consecutivos. Segundo o Valor Data, é a maior sequência de quedas desde a criação do índice em 1968. Preocupante, não acha? Mas quais são os porquês deste cenário e como se proteger?

O primeiro ponto para entender diante desta realidade é a influência da política monetária sobre as atividades da economia real. Compreender o custo do dinheiro é fundamental para tomar suas decisões de investimentos. Com juros altos o dinheiro torna-se mais caro – e com dinheiro mais caro, menor incentivo ao fomento de novos negócios (ou, até mesmo, expansão de negócios já existentes). É uma lógica simples de risco e retorno. Já que títulos com alta segurança estão me trazendo boa rentabilidade, qual o sentido de assumir riscos desnecessários?

E voltando ao assunto de política monetária, você pode estar se perguntando o porquê de a bolsa brasileira refletir tão negativamente seu resultado diante do primeiro corte de juros na última reunião do Copom. Bom, aqui temos um detalhe de extrema importância para o contexto global: o banco central brasileiro tem certa relevância, mas ainda pouca diante do peso representado pelo banco central dos Estados Unidos. E por lá, vale ressaltar, tivemos novo aumento de juros e com espaço para juros ainda maiores nas próximas decisões do Fomc (o Copom dos EUA). O resultado, portanto, foi de forte direcionamento de capital para fora do Brasil – e quando nossa bolsa perde liquidez, a tendência natural é queda de preços.

Aproveitar o momento ideal é importante para alcançar resultados extraordinários. Mas nem sempre é possível encontrar o timing perfeito em suas operações e por isso existem ferramentas responsáveis por assegurar preços e proteger quedas.

Apesar da sequência de resultados negativos, por exemplo, recentemente vivemos uma forte alta do índice Ibovespa garantir os lucros seria fundamental para se proteger das quedas que vieram depois. Mas como fazer isso? Quais são essas ferramentas?

Agora entram em cena os derivativos. Aqui, você se compromete com operações futuras de compra e venda. Imagine-se, portanto, numa situação em que você tenha comprado ações da empresa X por R$ 42 e quer garantir o direito de venda a este mesmo preço para se proteger do possível cenário de queda. Basta ter comprado uma put no mesmo preço para, se necessário, exercer a venda do papel sem realizar o prejuízo.

Outras possibilidades, entretanto, também existem. Se você fizer combinações específicas entre call e put, estratégias diferentes podem ser estruturadas e abrem possibilidade, até mesmo, para o ganho dobrado no mercado de ações.

É um conhecimento, de fato, complexo e que exige muito estudo. Não ache que o mercado de derivativos é simples, pois você pode acabar confundindo algum detalhe responsável por atribuir resultado devastador em seu patrimônio. Contudo, é claro, o acompanhamento de um profissional da área pode ampliar seus horizontes e possibilitar boas experiências no mercado, mesmo em tempos de crise.

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