Blog de gabrielalves_28238

Um degrau abaixo...

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Sim, parece ser chato, entediante, difícil e, até mesmo, impossível para algumas pessoas, mas viver “um degrau abaixo” do limite de seu orçamento pode trazer grandes mudanças para o seu futuro. Não estou pedindo para deixar de aproveitar a vida ou fazer o que gosta, mas você tem uma responsabilidade enorme com o seu futuro. Mais do que as contas do mês, você precisa pagar as contas da vida. Viver "um degrau abaixo” não passa de uma metáfora para representar o ato de se gastar menos do que ganha, adotando um estilo de vida mais frugal e consciente em relação às finanças pessoais.

Sim, parece ser chato, entediante, difícil e, até mesmo, impossível para algumas pessoas, mas viver “um degrau abaixo” do limite de seu orçamento pode trazer grandes mudanças para o seu futuro. Não estou pedindo para deixar de aproveitar a vida ou fazer o que gosta, mas você tem uma responsabilidade enorme com o seu futuro. Mais do que as contas do mês, você precisa pagar as contas da vida. Viver "um degrau abaixo” não passa de uma metáfora para representar o ato de se gastar menos do que ganha, adotando um estilo de vida mais frugal e consciente em relação às finanças pessoais.

Hoje eu não vim pontuar os passos para readaptar seu orçamento, mas identificar algumas conquistas desta prática. Essa abordagem pode proporcionar vantagens importantes no âmbito financeiro. Vou listar algumas delas:

- Economizar e construir reserva financeira: viver abaixo do orçamento permite economizar dinheiro regularmente. Essa prática de poupança cria uma reserva financeira que pode ser utilizada em emergências, para alcançar metas financeiras de longo prazo ou para lidar com imprevistos na vida.

- Reduzir o endividamento: gastar menos do que se ganha ajuda a evitar o acúmulo de dívidas excessivas. A maioria das dívidas é acompanhada por juros, o que aumenta o custo dos produtos ou serviços adquiridos. Ao viver com um orçamento mais ajustado, você pode reduzir suas despesas e evitar a necessidade de recorrer a empréstimos ou financiamentos frequentemente.

- Ter flexibilidade financeira: viver abaixo do orçamento cria flexibilidade financeira e reduz o estresse relacionado a problemas financeiros. Se surgirem desafios inesperados, como perda de emprego ou problemas de saúde, ter um orçamento mais folgado permite enfrentar essas situações de forma mais tranquila, sem depender totalmente de crédito ou de ajuda externa.

- Ter liberdade de escolha: estando “um degrau abaixo”, você tem mais liberdade para tomar decisões financeiras importantes. Optar por trabalhar em empregos mais satisfatórios em vez de buscar apenas altos salários, fazer uma pausa na carreira para buscar novas oportunidades ou dedicar mais tempo a projetos pessoais. A liberdade financeira proporcionada por um orçamento equilibrado permite tomar decisões com base em valores pessoais, em vez de ser forçado a aceitar qualquer oportunidade que ofereça dinheiro suficiente para sobreviver.

- Construir um futuro financeiramente seguro: ao economizar e investir regularmente, é possível acumular patrimônio e planejar uma aposentadoria confortável. Além disso, essa abordagem também permite lidar melhor com imprevistos e reduz a dependência de benefícios governamentais ou de assistência financeira no futuro.

É importante ressaltar que viver abaixo do orçamento não significa privar-se completamente de prazeres ou não desfrutar da vida. Trata-se de adotar uma abordagem equilibrada em relação às finanças, priorizando gastos conscientes, economizando e investindo para alcançar uma maior estabilidade financeira e alcançar metas de longo prazo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Está alavancando suas finanças?

quinta-feira, 06 de julho de 2023

A alavancagem financeira é um conceito fundamental no mundo dos negócios e das finanças referente à prática de utilizar recursos financeiros adicionais para ampliar o potencial de lucro de uma empresa. Em outras palavras, é o uso de dívida ou capital de terceiros para aumentar o retorno sobre o investimento. Ou seja, empreender o dinheiro que você não tem.

A alavancagem financeira é um conceito fundamental no mundo dos negócios e das finanças referente à prática de utilizar recursos financeiros adicionais para ampliar o potencial de lucro de uma empresa. Em outras palavras, é o uso de dívida ou capital de terceiros para aumentar o retorno sobre o investimento. Ou seja, empreender o dinheiro que você não tem.

Para facilitar o entendimento, um exemplo comum é o uso de empréstimos bancários para financiar investimentos. Ao obter um empréstimo, a empresa aumenta sua capacidade de investir em projetos com retornos potencialmente altos. Essa estratégia permite que a empresa aproveite oportunidades de crescimento que, de outra forma, não seriam possíveis apenas com seus próprios recursos.

Existem diferentes tipos de alavancagem financeira, sendo a alavancagem operacional e a alavancagem financeira as mais comuns. A alavancagem operacional envolve o uso de custos fixos, como despesas de produção, para aumentar a rentabilidade. Já a alavancagem financeira diz respeito à utilização de capital de terceiros, como empréstimos e financiamentos, para ampliar os retornos.

A prática, entretanto, costuma apresentar resultados significativos; sejam eles positivos ou negativos. Portanto, é importante se atentar em dobro aos riscos envolvidos. Aproveitar oportunidades de crescimento sem a necessidade de capital próprio, por exemplo, pode gerar maiores retornos ao balanço de uma empresa. Além, é claro, de promover certos benefícios fiscais sobre os pagamentos de juros.

No entanto, quando uma pessoa ou empresa assume dívidas, ela precisa pagar pelo custo desse dinheiro e, eventualmente, reembolsar o capital. Se os negócios não forem bem-sucedidos ou se houver uma queda na demanda do mercado, o tomador pode enfrentar dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras. Isso pode levar a problemas de liquidez, perda de credibilidade e até mesmo à falência.

É importante considerar cuidadosamente os riscos e benefícios antes de adotar a alavancagem financeira. É necessário avaliar a capacidade de pagamento dos empréstimos, analisar sua saúde financeira e planejar estratégias de gerenciamento de risco adequadas.

A alavancagem financeira é uma ferramenta poderosa que pode impulsionar o crescimento e a lucratividade das empresas. No entanto, é essencial usá-la com cautela e sabedoria, levando em consideração todos os parâmetros envolvidos. O equilíbrio entre o uso de capital próprio e de terceiros é fundamental para garantir uma posição financeira saudável e sustentável no longo prazo.

Pensa em se alavancar? Faça suas contas, estude todos os cenários previsíveis e não meça esforços para seguir sua estratégia (mas seja capaz de pivotá-la quando necessário).

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Exchange-Traded Fund

quinta-feira, 29 de junho de 2023

O nome é complexo, mas tenho recebido muitos clientes falando sobre a intenção de realizar investimentos nesta classe de ativos. Apesar da complexidade do termo em inglês, um ETF, sigla em inglês para Exchange-Traded Fund, é um tipo de fundo de investimento negociado em bolsa de valores, assim como uma ação. Ele é projetado para acompanhar índices específicos, como o índice Bovespa no Brasil, o S&P 500 nos Estados Unidos ou o FTSE 100 no Reino Unido, por exemplo.

O nome é complexo, mas tenho recebido muitos clientes falando sobre a intenção de realizar investimentos nesta classe de ativos. Apesar da complexidade do termo em inglês, um ETF, sigla em inglês para Exchange-Traded Fund, é um tipo de fundo de investimento negociado em bolsa de valores, assim como uma ação. Ele é projetado para acompanhar índices específicos, como o índice Bovespa no Brasil, o S&P 500 nos Estados Unidos ou o FTSE 100 no Reino Unido, por exemplo.

Os ETFs oferecem aos investidores uma forma de diversificar sua carteira de investimentos, pois ao comprar cotas de um ETF, o investidor está adquirindo uma cesta de ativos que reflete o desempenho do índice subjacente. Isso permite que os investidores obtenham exposição a uma ampla gama de empresas ou setores, sem precisar comprar individualmente cada um dos ativos.

Estes fundos, portanto, se diferenciam do mercado de fundos de investimentos pela principal característica de negociação. Aqui, os ativos são trabalhados em mercado de bolsa e apresentam marcação do preço de cotas à mercado, como uma ação individual, por exemplo. Logo, são produtos de investimento destinado ao perfil agressivo de investimentos e pode resultar em perda de capital. Contudo, sua negociação em mercado de bolsa nos mostra outro ponto dentro de suas características principais, o prazo de liquidação. Toda movimentação, aqui, vai obedecer ao período de dois dias úteis para liquidação financeira de compra e venda dos papéis.

Vale ressaltar também, o processo de seleção de ativos em um fundo ETF. Lembra quando comentei sobre os ativos se assemelharem de alguma forma? Essa semelhança pode vir pelo setor de atuação, país de origem das empresas, tamanho do capital social etc. Para facilitar a visualização, destaco alguns exemplos de ETFs negociados na bolsa brasileira.

 

• BOVA11 - Busca refletir a performance, do Índice Bovespa (composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);

• ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);

• GOVE11 - Busca refletir a performance do Índice Governança Corporativa Trade (composto por empresas com padrões de governança corporativa diferenciados);

• SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas com menor capitalização na B3);

• IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).

• HASH11 - Busca refletir a performance do índice Nasdaq Crypto (reflete, globalmente, o movimento do mercado de criptoativos).

 

Investir em ETFs promove uma maneira conveniente e eficiente de diversificar suas carteiras de investimento. Ao acompanhar índices específicos, estes fundos permitem que os investidores obtenham exposição a uma ampla gama de ativos, desde ações e setores até renda fixa e commodities. Contudo, lembre-se sempre dos riscos envolvidos e calcule sua exposição para manter uma carteira confortável para sua filosofia de investimentos, pois mantê-la saudável é fundamental para alcançar êxito. E, vale ressaltar, buscar orientação de um profissional qualificado pode proporcionar ainda mais segurança e bons resultados para sua estratégia.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Banco Central pode sinalizar mudanças

quinta-feira, 22 de junho de 2023

A quarta-feira, 21, teve as atenções voltadas para o Copom. Como o esperado, o comitê manteve a meta de taxa de juros no mesmo patamar de outras seis reuniões e a Selic continua em 13,75% ao ano. Contudo, novidades permeiam a nova decisão e, se nenhuma surpresa atingir o contexto econômico do país, há tendência de corte logo na próxima reunião. Dessa vez, diante da melhora nas expectativas de inflação, o mercado projeta – e já precifica – corte de 0,25% em agosto, sinalizando a postura dovish do Banco Central.

A quarta-feira, 21, teve as atenções voltadas para o Copom. Como o esperado, o comitê manteve a meta de taxa de juros no mesmo patamar de outras seis reuniões e a Selic continua em 13,75% ao ano. Contudo, novidades permeiam a nova decisão e, se nenhuma surpresa atingir o contexto econômico do país, há tendência de corte logo na próxima reunião. Dessa vez, diante da melhora nas expectativas de inflação, o mercado projeta – e já precifica – corte de 0,25% em agosto, sinalizando a postura dovish do Banco Central.

Antes de continuarmos, todavia, é preciso refletir sobre o que acontece neste espaço. Aqui não é nenhuma reportagem, então vamos usar o tema para estudar. Aproveitar o cenário atual é uma excelente forma de contextualizar o conhecimento e aprofundar o domínio sobre o assunto econômico. Afinal, aqui falamos de mercados, economia e finanças e numa coluna de Educação Financeira o objetivo é transmitir conhecimento.

Então, afinal, o que é o Copom? Separei algumas palavras do próprio Banco Central do Brasil e faço questão de trazer as aspas: “o Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic”. Seu objetivo é o “de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros”, e para garantir que sejam alcançados de maneira eficiente, “o Banco Central precisa se comunicar de forma clara e transparente.

Além do comunicado e da ata da reunião, o Banco Central publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa a evolução recente e as perspectivas da economia, com ênfase nas perspectivas para a inflação”.

Então se, de maneira extremamente grosseira, o papel do Copom é aumentar ou reduzir juros, como isso reflete no dia a dia da economia de um país? Para representar os possíveis cenários e seus impactos, economistas definiram dois termos técnicos – e um deles eu usei no primeiro parágrafo.

Hawkish: refere-se a uma postura mais restritiva em relação à política monetária. Aqui, a preocupação é com o controle da inflação e a estabilidade de preços. Priorizar a contenção da inflação exige a adoção de medidas mais rígidas, como o aumento das taxas de juros. Somente assim torna-se possível garantir a estabilidade econômica a longo prazo, mesmo que isso possa implicar em baixo crescimento econômico – ou até períodos de recessão.

Dovish: postura mais flexível em relação à política monetária. Os formuladores de políticas dovish estão mais preocupados com o estímulo econômico e a promoção do crescimento. Neste cenário, níveis um pouco mais altos de inflação são aceitos em troca de impulsionar a atividade econômica e aumentar a geração de emprego. Isso pode envolver, entre outras ferramentas, a redução das taxas de juros pelo Banco Central.

Compreender estes cenários vai favorecer sua tomada de decisão. Entender momentos mais adequados para tomada de crédito, investimentos, consumo e tudo mais que envolva a alocação de capital pode ser o grande diferencial para o sucesso de suas estratégias financeiras.

Quanto ao posicionamento do Banco Central, mudanças de postura realmente podem ser sinalizadas e agora o Copom precisa cumprir o prazo para a divulgação de sua ata ao longo da próxima semana. Fique atento!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Fundos imobiliários

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Me abordaram outro dia sobre fundos imobiliários. Essa pergunta é recorrente. Afinal, sou um profissional do mercado financeiro e, como assessor de investimentos, busco encontrar a maneira mais didática de transmitir conhecimento aos clientes e leitores. Contudo, procurar mais informações sobre o que é um Fundo de Investimentos Imobiliários (FII) é resultado da forte cultura de investimentos da população brasileira. Quem nunca teve o objetivo de comprar ou construir uma casinha para receber aluguel?

Me abordaram outro dia sobre fundos imobiliários. Essa pergunta é recorrente. Afinal, sou um profissional do mercado financeiro e, como assessor de investimentos, busco encontrar a maneira mais didática de transmitir conhecimento aos clientes e leitores. Contudo, procurar mais informações sobre o que é um Fundo de Investimentos Imobiliários (FII) é resultado da forte cultura de investimentos da população brasileira. Quem nunca teve o objetivo de comprar ou construir uma casinha para receber aluguel?

Contudo, é claro, comprar, construir e alugar diretamente um imóvel não é a única alternativa para direcionar seu patrimônio. É através das ferramentas de mercado financeiro que novas possibilidades passaram a fazer parte do dia a dia do investidor e foram responsáveis pela democratização do acesso ao mercado imobiliário.

Portanto, para entender do que se trata, vamos analisar alguns pontos técnicos responsáveis por definir um FII.

Participantes (apenas alguns)

 - Cotista: você se torna cotista de um FII quando compra suas cotas que, por sua vez, são uma fração do valor patrimonial do fundo.

- Gestor: de acordo com a política de investimentos definida previamente pelo regulamento do fundo, o gestor é o profissional responsável por decidir quais investimentos vão receber as alocações financeiras do fundo.

- Empreendimentos: seja qual for o segmento do fundo (veremos suas distinções adiante), todo investimento realizado por um FII acabará em empreendimentos imobiliários reais. Ou seja, você – de fato – investe em imóveis muitas vezes de primeira linha ao se tornar um cotista destes fundos.

Segmentos

- Fundos de Tijolo: grandes galpões, shopping centers, agências bancárias, hotéis, edifícios comerciais e residenciais; FIIs deste segmento buscam investimentos em ativos reais, concretos, e seu objetivo principal aqui é gerar renda a partir do aluguel destes imóveis.

- Fundos de Papel: Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), entre outros, são exemplos de investimentos deste segmento. Cada um destes ativos mencionados são títulos de dívida negociados por bancos e financeiras, contudo, com lastro no mercado imobiliário. Um CRI, por exemplo, pode representar um título de dívida emitido por alguma construtora ou incorporadora para a construção de um parque industrial. De toda forma, este não é um segmento com investimento direto em ativos reais.

- Fundos Híbridos: aqui, a explicação vai ser breve. Junte as duas possibilidades acima num único FII e você tem um fundo híbrido de investimentos imobiliários.

Compreender seus investimentos é ponto indispensável para garantir segurança, assertividade e, principalmente, sinergia com sua filosofia de investimentos. Avaliar e identificar boas oportunidades, por outro lado, são habilidades mais complexas e demandam estudo aprofundado. Estou falando de Vacância, Liquidez, Valor Patrimonial, Cap Rate, Dividend Yeld, Portfólio e muitos outros indicadores que vão levar seus investimentos a patamares ainda mais profissionais.

 Mas hoje fico por aqui e na próxima semana voltamos a nos encontrar para mais conteúdos de Educação Financeira. Até lá!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Antecipação do 13º é uma nova oportunidade

sábado, 10 de junho de 2023

Ao longo do mês de maio o governo se preparou para mais uma forte injeção de liquidez na economia. A antecipação do 13º salário para mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas do INSS é um forte movimento de incentivo ao consumo – principalmente em época de baixa temporada para o comércio. Sabemos como a sazonalidade dos gastos de fim de ano representa estímulo significativo para o desenvolvimento da geração de riqueza no país (e o 13º estava lá para promover demanda), mas também sabemos que uma graninha “extra” sempre vem a calhar. Em qualquer época; para qualquer destino.

Ao longo do mês de maio o governo se preparou para mais uma forte injeção de liquidez na economia. A antecipação do 13º salário para mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas do INSS é um forte movimento de incentivo ao consumo – principalmente em época de baixa temporada para o comércio. Sabemos como a sazonalidade dos gastos de fim de ano representa estímulo significativo para o desenvolvimento da geração de riqueza no país (e o 13º estava lá para promover demanda), mas também sabemos que uma graninha “extra” sempre vem a calhar. Em qualquer época; para qualquer destino.

Nos últimos anos a antecipação também ocorreu e talvez você já esteja com seu planejamento alinhado. Em 2021 e 2022, o adiantamento do calendário programou os pagamentos da bonificação para os meses de abril e maio, mas esse ano houve mudança. A primeira parcela do pagamento foi concluída no último dia 7 e a segunda parcela será distribuída entre os dias 26 de junho e 7 de julho.

Amortização ou redução de dívidas: uma das opções mais prudentes para utilizar o 13º salário é quitar ou amortizar dívidas existentes. Priorize o pagamento de dívidas com juros mais altos, como cartões de crédito e empréstimos pessoais.

Criação de uma reserva de emergência: ter uma reserva de emergência é essencial para lidar com imprevistos financeiros. Utilize parte do 13º salário para criar ou aumentar sua reserva. Três a seis meses de despesas básicas em aplicações de renda fixa e fácil resgate vão compor esta reserva. Dessa forma, você estará preparado para enfrentar situações inesperadas, como uma perda de emprego ou despesas médicas.

Investimentos para o futuro: considere destinar uma parte do seu 13º salário para investimentos de longo prazo. Pesquise opções adequadas ao seu perfil e lembre-se de buscar orientação de um profissional qualificado para tomar decisões de investimento conscientes e alinhadas aos seus objetivos financeiros.

Capacitação: investir em conhecimento é sempre uma excelente escolha. Aqui, pouco precisa ser dito para você compreender a valiosa importância deste item.

Realização de projetos de longo prazo: se você já quitou suas dívidas, possui uma reserva de emergência e já investe para o futuro, considere utilizar uma parte do 13º salário para realizar projetos de longo prazo. Pode ser a entrada de um imóvel, uma reforma, a compra de um veículo ou até mesmo a realização de um sonho pessoal.

O 13º salário oferece uma oportunidade valiosa para fortalecer seu orçamento. Planeje-se com inteligência financeira, e o impacto em seu dia a dia pode ser transformador.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Investimentos, uma questão de filosofia

quinta-feira, 01 de junho de 2023

Warren Buffett: conhecido por adotar uma abordagem de "value investing" (investimento em valor), busca identificar ações subvalorizadas e empresas com sólidos fundamentos, focando em investimentos a longo prazo.

George Soros: sua abordagem baseada em análise fundamentalista e teoria da reflexividade procura identificar assimetrias de mercado e aproveitar oportunidades de investimento baseadas em sua visão macroeconômica.

Warren Buffett: conhecido por adotar uma abordagem de "value investing" (investimento em valor), busca identificar ações subvalorizadas e empresas com sólidos fundamentos, focando em investimentos a longo prazo.

George Soros: sua abordagem baseada em análise fundamentalista e teoria da reflexividade procura identificar assimetrias de mercado e aproveitar oportunidades de investimento baseadas em sua visão macroeconômica.

Ray Dalio: enfatiza a diversificação e o gerenciamento de riscos em seus investimentos. Assim, consegue embasamento em princípios econômicos para aproveitar todos os ciclos de mercado; cada um com sua particularidade de alocação.

Peter Lynch: famoso por sua abordagem de investimento em ações de crescimento, ele enfatiza a pesquisa cuidadosa sobre empresas individuais, buscando oportunidades de investimento em setores em que ele possui conhecimento especializado.

Entender a abordagem ou conjunto de princípios responsáveis por orientar a tomada de decisão e administração de seus investimentos, é o que vai definir sua filosofia. Aqui, definir metas, riscos e a escolha de ativos vai ser tarefa fundamental para entender a filosofia de investimentos que vai direcionar seus resultados rumo aos objetivos traçados.

Uma filosofia clara de investimentos proporciona direção e consistência nas decisões tomadas, permitindo que o investidor mantenha seu norte mesmo em meio a flutuações do mercado e incertezas econômicas. É a ferramenta mais assertiva na hora de evitar ações impulsivas ou baseadas em emoções momentâneas. Garantir que as decisões sejam tomadas de forma informada e ponderada só é possível quando um quadro de referências sólidas é utilizado para avaliar oportunidades e riscos.

Faz parte da maturidade do investidor compreender suas vontades, seus pensamentos, objetivos... isso faz parte do processo. Começar uma história e já ter objetivos claros a serem alcançados no final desta jornada seria perfeito, mas todos sabemos de sua inexistência; o perfeito é utópico. Contudo, vale trazer Aristóteles numa coluna de educação financeira (já que o tema da vez é filosofia) e comentar sobre a perfeição de seu ponto de vista: esta, é claro, é uma impossibilidade; a excelência, por sua vez, factível.

Percebe como ainda não ter uma filosofia de investimentos bem definida não é o fim dos tempos? Você ainda pode encontrá-la em seus objetivos conforme estes também vão se moldando.

Não estou cobrando, entretanto, uma definição técnica de sua filosofia como foi exemplificado através dos maiores nomes de mercado financeiro do mundo no início deste texto. Você pode até chegar ao nível deles e eu não duvido nem um pouco disso, mas lembre-se sobre os pensamentos de Aristóteles em busca da excelência, e não da perfeição.

Trazendo o contexto financeiro, comece com o pleno conhecimento de onde você está, defina com clareza aonde quer chegar e escreva a rota pela qual vai trilhar este caminho. Esta será sua filosofia de investimentos!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Crédito privado, como incluir em sua carteira

quinta-feira, 25 de maio de 2023

O produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção bastante popular entre os investidores que desejam obter retornos mais atrativos em comparação aos investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos e bancários. Hoje vamos entender o que é esse produto, como funciona, seus principais tipos e algumas considerações importantes para os investidores interessados.

O produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção bastante popular entre os investidores que desejam obter retornos mais atrativos em comparação aos investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos e bancários. Hoje vamos entender o que é esse produto, como funciona, seus principais tipos e algumas considerações importantes para os investidores interessados.

Em primeiro lugar, é importante compreender o que é renda fixa. Renda fixa é uma categoria de investimentos que se caracteriza por oferecer uma remuneração predefinida ao investidor. Isso significa que o investidor conhece previamente as condições de rentabilidade do seu investimento, como os juros a serem pagos e os prazos envolvidos.

No caso do crédito privado, o investimento é realizado em títulos de dívida emitidos por empresas privadas não financeiras. Esses títulos podem ser de diferentes tipos, como debêntures, certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), entre outros.

Ao adquirir esses títulos, o investidor empresta dinheiro para a empresa emissora, que se compromete a pagar uma remuneração acordada, composta por juros e, em alguns casos, correção monetária. Essa remuneração pode ser prefixada, quando a taxa de juros é determinada previamente, ou pós-fixada, quando está atrelada a algum índice de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Uma das principais características dos investimentos em renda fixa de crédito privado é o seu potencial de oferecer retornos mais elevados em relação a investimentos em renda fixa tradicional, como os títulos públicos. Isso ocorre porque o risco envolvido nesses investimentos é maior, uma vez que as empresas privadas apresentam maior risco de inadimplência do que o governo e seus títulos não contam com a garantia do FGC. Portanto, os investidores demandam uma compensação maior pelo risco assumido.

É importante ressaltar que a rentabilidade dos investimentos em renda fixa de crédito privado está diretamente ligada à capacidade de pagamento da empresa emissora dos títulos. Antes de investir nesses produtos, é fundamental analisar a solidez financeira da empresa, sua capacidade de gerar receitas, seu histórico de pagamento de dívidas e outros indicadores relevantes. Além disso, é recomendado diversificar a carteira, distribuindo o investimento entre diferentes empresas e setores da economia, a fim de mitigar os riscos específicos de cada emissora.

Além disso, algumas modalidades de investimento em renda fixa de crédito privado contam com incentivos fiscais, como é o caso das debêntures incentivadas.

Essas debêntures são emitidas por empresas para financiar projetos de infraestrutura e possuem a vantagem de serem isentas de imposto de renda para pessoas físicas.

Em resumo, o produto de investimento em renda fixa de crédito privado no Brasil é uma opção para os investidores que buscam retornos superiores aos oferecidos pelos investimentos tradicionais em renda fixa, mesmo ciente dos riscos corridos. Portanto, é fundamental realizar uma análise cuidadosa antes de investir e diversificar a carteira para reduzir os riscos específicos de cada emissora.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Cartão de crédito: vilão ou aliado?

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Contudo, é claro, temos em um único objeto, potencial vilão ou aliado. Tudo depende de como você vai se posicionar diante disso. Afinal, estamos falando de crédito! Voltando ao questionamento do título, o cartão de crédito não é necessariamente o vilão das suas finanças pessoais, mas o uso inadequado pode, sim, desencadear sérios problemas financeiros e gastar além das suas possibilidades financeiras é o pior dos problemas. Você já se deu conta das taxas de juros cobradas por essa operação? De acordo com o Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil, a “Taxa média mensal de juros das operações de crédito com recursos livres – Pessoas físicas – Cartão de crédito rotativo” chegou a 14,92% ao mês em março de 2023. É a maior taxa desde março de 2017 e, nestes níveis, uma dívida de R$ 1 mil pode passar dos R$ 5 mil após 12 meses.

Então que tal parcelar a fatura do seu cartão? Nesse caso, aqui a escolha também sai cara: média de 9,34% ao mês em março de 2023. E já que o intuito é provocar um choque de realidade, por que não mostrar os valores anuais? Para o mesmo mês em questão, as taxas médias anuais são de 430% para o rotativo e 192% para o parcelamento do cartão de crédito.

Boas ferramentas, assim como as facas da melhor cutelaria do mundo, também podem ser perigosas. O seu cartão de crédito não foge disso, então se fique com algumas dicas de bom uso.

  • Crie um orçamento: Antes de utilizar o cartão de crédito, tenha um plano financeiro claro para acompanhar seus gastos e garantir que você possa pagar a fatura do cartão integralmente.
  • Reconheça a sua realidade: Evite a tentação de gastar além do que pode pagar.
  • Pague o valor total da fatura: Já falamos sobre as taxas cobradas…
  • Acompanhe seus gastos: Verifique sua fatura mensal para identificar possíveis erros ou transações não autorizadas.
  • Conheça as taxas e os termos: Compreenda os prazos de pagamento, a taxa de juros aplicada em caso de parcelamento e eventuais taxas adicionais. Existem bancos com melhores condições que outros.
  • Evite saques em dinheiro: Evite retirar dinheiro em caixas eletrônicos com o cartão de crédito, pois normalmente são cobradas taxas por esta operação.
  • Utilize os benefícios: Certifique-se de entender e aproveitar benefícios como programas de recompensas de forma inteligente, considerando seu estilo de vida e necessidades.

Para evitar problemas financeiros, é importante estabelecer um orçamento, gastar dentro de suas possibilidades, pagar o valor total da fatura mensalmente para evitar juros e encargos, e usar o cartão de crédito de forma consciente, considerando sua situação financeira atual. Utilizando com responsabilidade, o cartão de crédito pode se tornar ferramenta útil para gerenciar as finanças pessoais, construir histórico de crédito e aproveitar benefícios.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dez termos essenciais para o bom relacionamento financeiro

quinta-feira, 11 de maio de 2023

O mundo das finanças pode parecer complexo e intimidador, repleto de termos técnicos e conceitos aparentemente distantes da nossa vida cotidiana. No entanto, compreender os princípios básicos das finanças é fundamental para tomar decisões financeiras conscientes e alcançar estabilidade econômica.

O mundo das finanças pode parecer complexo e intimidador, repleto de termos técnicos e conceitos aparentemente distantes da nossa vida cotidiana. No entanto, compreender os princípios básicos das finanças é fundamental para tomar decisões financeiras conscientes e alcançar estabilidade econômica.

Hoje – assim como fazemos vez ou outra neste espaço –, exploraremos os dez principais termos técnicos sobre finanças que todo cidadão brasileiro deve conhecer. Este conhecimento é essencial para compreender melhor o funcionamento do sistema financeiro, gerenciar o dinheiro de forma eficaz e tomar decisões de investimento inteligentes.

Orçamento: Refere-se ao plano financeiro que estabelece as receitas e despesas de uma pessoa, família ou empresa durante um determinado período.

Juros: É o custo do dinheiro emprestado ou a remuneração pelo dinheiro investido. Pode ser expresso como uma taxa percentual sobre o valor do empréstimo ou investimento.

Inflação: É o aumento geral dos preços dos bens e serviços ao longo do tempo. A inflação reduz o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo.

Investimento: Consiste em aplicar dinheiro com a expectativa de obter um retorno financeiro no futuro. Pode incluir a compra de ações, títulos, imóveis ou outros ativos financeiros.

Dívida: É o valor que uma pessoa ou entidade deve a outra. Pode ser na forma de empréstimos, financiamentos, faturas de cartão de crédito, entre outros.

Risco: É a possibilidade de perda financeira ou de não alcançar o retorno esperado em um investimento. Diferentes tipos de investimentos apresentam diferentes níveis de risco.

Diversificação: Refere-se a distribuir seus investimentos em diferentes classes de ativos (ações, títulos, imóveis etc.) e setores da economia para reduzir o risco geral da carteira.

Poupança: É a parte da renda que uma pessoa guarda para uso futuro. Pode ser mantida em uma conta poupança, um fundo de investimento ou outros instrumentos financeiros.

Patrimônio líquido: É a diferença entre os ativos (bens e direitos) e os passivos (dívidas e obrigações) de uma pessoa ou empresa. Representa o valor líquido de sua riqueza.

Previdência privada: É um sistema de investimento destinado a proporcionar uma renda futura para a aposentadoria. Pode ser oferecida por instituições financeiras e empresas.

Compreender melhor os conceitos fundamentais em finanças vai te auxiliar na tomada de decisões financeiras. Ao dominar esses termos, você estará mais bem equipado para enfrentar os desafios financeiros do dia a dia, tomar decisões mais racionais e alcançar estabilidade financeira a longo prazo. Pense nisso; informe-se!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.