Para 2023...

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Você já planejou organizar as finanças? Começar a investir? Estudar sobre mercado financeiro? Não é fácil tirar planos do papel. Demanda esforço, estudo, organização e muitas outras qualidades indispensáveis para obter o êxito. Concluir seus objetivos requer dedicação, e esta é a única coisa que me foge ao alcance para te ajudar a chegar lá. Mas podemos conversar e encontrar um pequeno direcionamento de como caminhar num ano cheio de metas conquistadas. Pelo menos no que for tangível ao âmbito financeiro, é claro. Portanto, para escolher um caminho a trilhar, é necessário entender onde você se encontra agora.

- Quer viver de renda? Precisa colher bons frutos de uma vida de bons investimentos.

- Pretende investir? Defina bem onde vai alocar seu patrimônio.

- Seu investimento traz riscos? Consolide uma boa reserva de emergências.

- Não tem reservas? Está na hora de organizar seu orçamento.

- O orçamento está comprometido em dívidas? Você precisa de educação financeira.

Costumo dizer por aqui que a educação financeira deveria fazer parte da formação cidadã do indivíduo. É a maneira de buscarmos nossos espaços numa sociedade capitalista; é a ferramenta mais democrática para a redução da desigualdade social. Se é ou não eficaz, talvez o tempo responda. Mas aposto minhas fichas.

Antes de prosseguirmos ao assunto central da coluna desta sexta-feira, entretanto, quero demonstrar minha breve opinião pessoal do mecanismo econômico que nos permeia: o capitalismo já mencionado nesse parágrafo. Fazemos parte de um ecossistema responsável por democratizar o acesso ao capital. Depois de séculos nas mãos de famílias reais e outros títulos de nobreza, o capital pôde encontrar novos participantes na história recente da humanidade e talvez tenha encontrado a possibilidade de novas dinâmicas.

O ambiente ainda muito selvagem, por vezes é até covarde. Não procuro atribuir a salvação social com o atual sistema vigente, mas faz parte de um caminho a ser seguido.

Voltando ao tema – já quase me entregando aos devaneios da escrita –, os caminhos a serem seguidos por você e pela sociedade em busca de um futuro próspero acabam de se encontrar para alcançar o mesmo objetivo: qualidade de vida. Vamos então ao planejamento da sua estratégia financeira para conquistá-la?

1º passo: domine seu orçamento. Anote despesas e receitas minuciosamente para classificá-las em fixas obrigatórias, fixas não obrigatórias, variáveis obrigatórias e variáveis não obrigatórias.

2º passo (para endividados): priorize quitar suas dívidas em ordem decrescente de taxa de juros.

3º passo: com despesas e receitas dominadas, programe sua poupança (o ato de poupar) para executá-la antes de iniciar gastos.

4º passo: direcione suas reservas para ativos seguros e líquidos (se ainda não domina o assunto, busque o tesouro Selic e CDBs diários sem carência).

5º passo: invista naquilo que você ou um profissional de confiança conheçam e dominem. Investir e a habilidade de multiplicar, então não há uma regra. Podem ser ações ou vender picolé, por exemplo. Basta ser potencialmente rentável.

Viver num mundo capitalista faz parte do longo caminho a ser percorrido e vamos direcionando as velas para onde se quer chegar. Remar contra a maré pode ser desgastante e ineficaz.

Lembre-se, você não precisa se tornar multimilionário. Basta satisfazer suas necessidades e ter a liberdade para dar corda aos seus sonhos.

Publicidade
TAGS:

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.