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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Como teria sido viver na Chácara do Chalet e ter pertencido a uma aristocracia que frequentava as festas, bailes, concertos e exposições de arte no casarão, o chalet do Barão de Nova Friburgo? Eu imagino o encantamento de se ter, entre os convidados, o imperador D. Pedro II e a imperatriz Thereza Christina. No passar do tempo, o glamour não se perdeu e o Caderno Z traz um tanto de conhecimentos do muito que se tem para saber. Como bem disse o ex presidente do Nova Friburgo Country Clube, Roosevelt Concy, “respire fundo, a história está no ar”. Apesar de todas as dificuldades vividas em 2020, para o atual presidente do clube, Celso de Oliveira Santos, a gestão conseguiu “avançar com o restauro do Chalet” graças ao empenho dos sócios e dos abnegados amigos colaboradores.

“A redescoberta de um bem precioso” traz o relato da historiadora Vanessa Melnixenco e do curador do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Luís Fernando Folly. Desde as paredes de taipa aos trabalhos de decoração, o casarão retrata o bom gosto do Barão Antônio Clemente Pinto. Nas obras de restauração, o cuidado minucioso de manter a criação primeira foi fundamental para o primor do restauro. “Os retoques foram feitos pontualmente de forma a interferir o menos possível no desenho original”.

A pesquisadora, Camila Dias Amaduro, graduada em História, conta-nos que a fortuna do Barão chegou a ser mais volumosa do que a do próprio imperador. Porém, ele era um empreendedor bem sucedido que deu início “a um processo de desenvolvimento e urbanização” não somente em Nova Friburgo, mas em regiões vizinhas. Fascinante também é a histórica colher de pedreiro, a trolha do Chalet, símbolo maçônico do início das obras e que foi oferecida ao imperador D. Pedro II.

Um povo que preserva a sua história tem muitas chances de lançar uma visão mais aguçada para o futuro. Isso porque o passado é um grande livro de experiências, sejam elas positivas ou não, todas nos deixam ensinamentos. Por essa razão, um brinde ao lançamento do livro “Memórias do Legislativo Friburguense, 200 anos de História da Câmara Municipal de Nova Friburgo”. A obra conta com a participação de renomados historiadores, contando ainda com pesquisas em livros de atas e documentos disponíveis na Fundação Dom João VI. Nossa cidade agradece e parabéns a todos os envolvidos.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin nos contempla com mais história e as  expectativas do Nova Friburgo Futebol Clube. Luiz Fernando Bachini e Juca Bravo Berbert (meu primo) esbanjam otimismo para 2021, na estimativa de vencerem as dificuldades impostas neste ano, por conta da pandemia. Sucesso!

O paratleta friburguense, Rodrigo Garcia, está com um sorriso ainda mais intenso, pois, entre os projetos da categoria A da Lei Aldir Blanc, está o documentário “No mar”, que narra a sua relação com a natação. Sua trajetória é mesmo digna de louvor.

A pandemia está aí com bandeira vermelha. O comércio tem autorização para funcionar com horário estendido, como de costume, na época natalina. Espera-se que o povo não forme aglomerações nas lojas e que os lojistas saibam controlar a invasão dos consumidores. O Natal é todo dia e ninguém se afobe, extrapolando as medidas de restrições, porque o melhor presente é ainda a preservação da vida. Falando nisso, mil vivas para o querido Pedro Osmar que se recupera da Covid-19 e já teve alta do Hospital Raul Sertã.

O centenário de Clarice Lispector neste mês de dezembro é uma comemoração importante, pois somos apaixonados pela sua pessoa singular e sua grandiosa obra literária. Há registros na Fundação Dom João VI de que Clarice visitou nossa cidade durante um fim de semana e escreveu, em sua coluna no Jornal do Brasil, alguns elogios: “Friburgo me fascina. Tem casas cor-de-rosa e azul. A natureza fica tranquila quando chove”. Sem tirar o brilho dos elogios de Clarice, se tem uma coisa que tira o sossego dos friburguenses, ultimamente, é quando chove. Ainda mais se for um temporal de verão!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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