O tempo corre, galopa em meio aos afazeres do cotidiano. Cabe a nós entender o que fazemos e como lidamos com ele. Na última semana, quando me dei conta, estava prestes a completar a expressiva marca de 100 textos publicados nesta coluna em A VOZ DA SERRA. Motivo de muita comemoração! Cheguei a pensar em escrever como forma de agradecimento, mas decidi deixar para depois. O “100” me passou a sensação de encerramento e eu não quero comemorar encerramentos; quero comemorar recomeços.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Foram inúmeras as possibilidades de investimentos abordadas neste espaço, mas acredita que nunca conversamos sobre títulos de crédito privado? É claro, já citamos a classe (ou, minimamente, o nome dos títulos referentes a ela), mas ainda não dediquei uma coluna inteira ao tema. Chegou o momento!
Esta semana recebi o ilustre convite de Lucas Barros, também colunista de A VOZ DA SERRA, que assina “Além das Montanhas” às quintas-feiras, para contribuir com seu texto sobre inflação; um tema delicado e demasiado importante quando o assunto é saúde financeira. Ter o seu poder de compra corroído ao longo do tempo é um grande problema social que só interessa governos – e enquanto forem detentores da capacidade de inflacionar uma economia, o desrespeito à população existirá.
Para nós, moradores de Nova Friburgo – uma cidade linda e pacata –, é difícil imaginar a realidade de cidadãos das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas os riscos de se tornar alvo de assaltos nestes locais é muito mais expressivo e o desenvolvimento de novas tecnologias têm possibilitado a reinvenção das abordagens criminosas. Já parou para refletir como os sequestros relâmpagos e as “saidinhas de banco” têm sido substituídos por outros tipos de golpes?
Pois é, falar de inflação no Brasil é algo bastante delicado e num tempo ainda pouco distante os números chegavam a 82,39% em apenas um mês (IPCA – mar/1990). Para as gerações abaixo dos 40 anos, a hiperinflação é uma realidade pouco relevante; para os já nascidos após o Plano Real, inimaginável.
Aliás, você sabe o que é inflação?
Você já reconhece a necessidade da proteção patrimonial, entende a importância de rentabilizar seu dinheiro, quer começar a investir e não sabe qual o primeiro passo para atingir esses objetivos. Pois já pode começar a se tranquilizar, porque a ideia deste texto, hoje, é promover o conhecimento do pontapé inicial para seus investimentos financeiros. Aqui, vamos conversar sobre algo de enorme relevância que é desconsiderado por uma boa parcela dos investidores iniciantes: o suitability.
Você conhece o Pix? Usa o serviço? Sabe como funciona o sistema por trás deste meio de pagamento? Já conhece as novidades a serem implementadas ainda neste ano? Hoje eu quero elucidar todos os pontos necessários para você compreender a dinâmica da inovação financeira que está entre as mais relevantes da nossa história econômica recente.
Entender as diferentes possibilidades para transferência de riqueza aos seus herdeiros é ponto fundamental para promover maior tranquilidade aos entes envolvidos no contexto de falecimento. Afinal, se despedir de pessoas queridas por nós já é muito difícil; perder meses e reservas de dinheiro para resolver problemas judiciais pode prejudicar ainda mais o processo de luto dos familiares. Isso é sucessão patrimonial: a estratégia cuja transferência de bens e direitos aos herdeiros é feita dentro de um planejamento a fim de otimizar os processos.
O que devemos fazer é simples e se o texto desta semana se limitasse a isso seriam apenas algumas poucas linhas com dicas práticas de como economizar energia elétrica em casa e no ambiente de trabalho para reduzir os impactos da nova bandeira tarifária emergencial. A propósito, temos vivido meses tão atípicos e assombrosos que já não vejo a hora de cessarem as novas e tantas emergências (é auxílio emergencial, contrato emergencial e agora, em meio a tantos, a nova tarifa emergencial).
Infelizmente o assunto de hoje não é nenhuma novidade. Viver o dia a dia do mercado financeiro – e minha profissão proporciona essa vivência – me permite identificar movimentos historicamente conhecidos: a ganância do indivíduo. Sim, a ganância!