101 edições, um recomeço!

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

O tempo corre, galopa em meio aos afazeres do cotidiano. Cabe a nós entender o que fazemos e como lidamos com ele. Na última semana, quando me dei conta, estava prestes a completar a expressiva marca de 100 textos publicados nesta coluna em A VOZ DA SERRA. Motivo de muita comemoração! Cheguei a pensar em escrever como forma de agradecimento, mas decidi deixar para depois. O “100” me passou a sensação de encerramento e eu não quero comemorar encerramentos; quero comemorar recomeços.

Hoje somam-se 101 semanas consecutivas – prestes a completar dois anos de publicação da coluna Educação Financeira – juntos, falando sobre dinheiro, analisando o contexto social que permeia nossos estudos e democratizando o acesso às informações financeiras. Por falar em dinheiro, precisamos desmistificá-lo; transformar a forma como é encarado hoje e acabar com abordagens que o transformam em tabu. Dinheiro é ferramenta, e ferramentas dependem de conhecimento para serem utilizadas da maneira correta.

Em 101 semanas, tenho certeza de que muita gente pode ter passado pelo primeiro contato ou lapidado um pouco mais os conhecimentos financeiros. Nesse tempo, já falamos sobre uma grande diversidade de alternativas de investimentos, técnicas sobre gestão de orçamento doméstico, mecanismos de crédito, segurança financeira e até alertamos sobre como organizações criminosas põem em risco o seu dinheiro com investimentos fraudulentos. Há sempre um grande toque contemporâneo que busca conectar o mundo das finanças ao que está acontecendo agora. A propósito, você soubeu que o Copom elevou mais uma vez a taxa Selic na reunião da última quarta-feira, 27, e agora passam a valer juros de 7,75% ao ano?

Quem vem posicionado em títulos pós fixados e atrelados a altas taxas do CDI será premiado por isso; por outro lado, os pré fixados estão se tornando cada vez mais atrativos enquanto a nossa política monetária trava sua batalha com as metas de inflação.

Em todo esse tempo (e espero que o destino ainda nos presenteie com muito mais), não foi nada fácil encontrar novos temas e digitar novos três mil caracteres a cada sete dias. Tem sido um grande desafio, e o que mais me dá forças para seguir é a responsabilidade assumida por mim em levar esse conhecimento adiante. Eu tenho um compromisso com você e nós vamos juntos até o fim – se é que haverá um fim.

Vê como a gente pode, e deve, falar de dinheiro? Dinheiro não é ruim, não é mau e também não é apenas uma ferramenta de troca; é instrumento de políticas sociais. Precisamos nos familiarizar com a ideia de lidar com finanças de forma mais aberta e comunicativa. Em meio a negociações globalizadas e capitalistas, não há como lutar contra o sistema; é preciso entender a dinâmica e debater as regras em prol do que acreditamos.

Afinal, no que você acredita?

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