A ideia para a semana era outra, meu planejamento contava com um texto sobre as novas medidas relacionadas ao teto de gastos e a Lei Orçamentária. A intenção era te mostrar como algumas medidas econômicas podem influenciar suas finanças pessoais e a relação com seus investimentos. Contudo, decidi deixar o tema para a próxima semana. Hoje, vamos falar um pouco sobre renda fixa e inflação. A propósito, há tempos não abordo a renda fixa por aqui e esta foi uma boa oportunidade.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Quando você põe suas finanças em dia e começa a pensar em investimentos, poucas coisas são tão importantes quanto identificar e respeitar o seu perfil. No mercado financeiro, chamamos esse processo de suitability. Todo investidor passa pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos ao abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores: responder um questionário a fim de reconhecer e determinar as características do cliente. Este processo é fundamental para que você, como investidor, possa desfrutar de boas experiências no mercado financeiro.
Parte 2
O texto da última semana ficou sem conclusão, pois era muito assunto para poucas linhas e ainda ficaram algumas perguntas a serem respondidas. Portanto, se você não acompanhou o desenvolvimento desta ideia na última sexta-feira, 9, sugiro acessar o site do jornal e – na página dedicada aos colunistas – buscar a introdução ao tema. Valerá a pena.
Já parou para pensar na potencial promoção da qualidade de vida em uma família que todos têm direito ao recebimento da Renda Básica Universal. Imagine se todo cidadão, apenas por sê-lo e de maneira incondicional, tivesse direito a uma renda mínima para garantir o seu direito à subsistência e – principalmente – dignidade humana. Parece utópico e distante, mas estamos falando de transferência de renda e isto já é realizado no Brasil. Contudo, o momento de crise nos permitiu ensaiar movimentos complexos e capazes de se tornarem, com muito estudo aplicado, realidade intermitente.
Temos prioridades diferente, projetos de vidas diferentes, sonhos diferentes; portanto, somos, cada um de nós, diferentes entre si. E por isso venho repensar as estruturas de consumo nesta coluna. Apesar de termos nossas peculiaridades específicas – e muitas vezes únicas –, consumir torna-se atividade comum e, por isso, importante repensá-la.
O primeiro texto desta coluna foi publicado em novembro de 2019. Na época, o Copom (Comitê de Política Monetária) – órgão responsável pela manutenção de política monetária do Banco Central do Brasil – cortava 0,5 ponto percentual e a Selic acabara de bater a marca de 5,00% ao ano, batendo mais um recorde de menor taxa de juros até então. Mas as reduções não pararam até que, em agosto de 2020, a taxa alcançava seu maior recorde (ou menor) ao ser estabelecida em 2,0% ao ano.
A morte pode ainda parecer um tabu, mas todos vamos encontrá-la. Por mais que seja estranho começar assim um texto sobre finanças, precisamos conversar mais sobre o assunto. Afinal, a sucessão patrimonial também faz parte do seu planejamento financeiro.
A propósito, você sabe ao que se refere este termo? Antes de mais nada, sucessão patrimonial é a estratégia cuja transferência de bens e direitos aos herdeiros são feitas dentro de um planejamento a fim de otimizar os processos. Possibilitando maior agilidade, segurança e, até mesmo, reduzir os custos sobre a transferência.
É claro, quando se fala de rotina social em contexto pandêmico deve haver muita cautela e determinados protocolos para manter a segurança da população. Estamos começando um novo ano letivo, mas tudo segue dentro das normas estabelecidas em 2020; que, a propósito, quanta irresponsabilidade. Estou ciente dos riscos, tanto os relacionados ao coronavírus quanto aos impactos sociais causados pelo isolamento social.
De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor.
Muitos amigos e clientes esperam de mim um toque sobrenatural capaz de realizar previsões sobre o futuro da economia e dos investimentos. Costumo levar na brincadeira e a resposta é simples: “a única previsão ao meu alcance é que em algum momento haverá desespero: as ações vão cair e as dificuldades financeiras surgirão.” Há sempre muito espanto ao ouvirem minha resposta, mas – de fato – é a única previsibilidade ao alcance de quem (ainda) não possui superpoderes.