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Importância da família

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

A família continua sendo importante para nossa vida e construção da sociedade. Segundo a filosofia judaico-cristã, ela foi idealizada por Deus, o Criador do Universo. Segundo o relato bíblico da Criação, duas instituições divinas permaneceram após a queda de Adão e Eva: o sábado como dia especial comemorativo da Criação que identifica o Deus Criador, e o casamento (família). Um detalhe: muitos líderes religiosos afirmam em suas pregações que o sábado como dia separado para adoração, é para os judeus. Mas ele foi instituído como dia especial muito tempo antes de ter surgido o povo judeu.

A família continua sendo importante para nossa vida e construção da sociedade. Segundo a filosofia judaico-cristã, ela foi idealizada por Deus, o Criador do Universo. Segundo o relato bíblico da Criação, duas instituições divinas permaneceram após a queda de Adão e Eva: o sábado como dia especial comemorativo da Criação que identifica o Deus Criador, e o casamento (família). Um detalhe: muitos líderes religiosos afirmam em suas pregações que o sábado como dia separado para adoração, é para os judeus. Mas ele foi instituído como dia especial muito tempo antes de ter surgido o povo judeu. Portanto, não faz sentido histórico e teológico dizer que o sétimo dia, o sábado, é coisa de judeus.

Deus criou o homem e a mulher e, apesar dos esforços de ideologias e políticas que ousadamente atacam os princípios judaico-cristãos bíblicos (Antigo e Novo Testamentos), que fazem de tudo para destruir o conceito divino de casamento entre um homem e uma mulher, que querem acabar com a constituição da família, ela, a família, resiste a este bombardeio obsessivo, ideológico pernicioso.

O primeiro relacionamento da criança é com seu pai, mãe e irmãos. Ela necessita desta estrutura familiar para desenvolver-se física, mental, social e espiritualmente. Diante de situações traumáticas na vida, quando surgem necessidades de apoio, ajuda financeira, encorajamento e afeto, achamos isso na família. Em momentos agradáveis ou desagradáveis, as famílias podem fornecer o carinho e a força que uma pessoa precisa para seguir adiante. Nem sempre temos um amigo para nos ajudar, mas com uma família forte, podemos encontrar o amor e o apoio que precisamos. Por outro lado, se uma pessoa não receber amor e apoio na estrutura familiar, ela se sentirá sozinha, deprimida e sem esperança.

A família promove o senso de pertencimento. Ao crescer numa família, a criança sente que ela pertence a um grupo, onde é aceita, amada, orientada. Ela sente ser uma pessoa por pertencer àquele conjunto de pessoas familiares. Estudos observaram que as pessoas que crescem numa família com boa união, podem ter melhores relacionamentos na vida adulta. Em 2016 a revista Ciência Psicológica publicou um estudo que analisou os relacionamentos dos homens, e observaram que os que cresceram em famílias carinhosas desenvolveram relacionamentos mais fortes do que os homens que não tinham famílias assim, e conseguiram lidar bem com suas emoções, mantendo uma conexão mais próxima com suas companheiras no casamento. (www.psychologicalscience.org/news/women-and-men-still-look-for-the-same-things-in-a-partner-30-years-later.html)

Muitos estudos têm mostrado a importância do tempo em família, especificamente na hora do jantar. Eles revelam que embora as famílias possam ser saudáveis mesmo não jantando juntas todas as noites, existe uma correlação entre esse tempo juntos e o bem-estar da criança ou jovem. Uma das pesquisas revelou que as crianças que tomavam refeições juntas com suas famílias regularmente eram menos propensas a apresentar sintomas de depressão. E as com relacionamentos familiares negativos desencadeavam ou pioravam problemas de saúde mental.

A família é o primeiro lugar onde as crianças aprendem a administrar suas emoções, interagir com os outros e se comunicar. É também o primeiro ambiente onde aprendem sobre consequências, positivas ou negativas. Os pais são responsáveis por orientar seus filhos, fornecendo lições de vida que serão lembradas nos anos adiante. Essas lições formam uma grande parte da visão de mundo de uma pessoa e de como ela acredita que o mundo funciona.

 Junto com as lições de vida, aprendemos um sistema de valores dentro da estrutura familiar e o que é importante para a comunidade. Isto contribui para a formação da identidade da pessoa. Os valores afetam como um indivíduo trata os outros, como ele se vê e o que vê como seu propósito na vida.

Quando as famílias são fortes, as comunidades são fortes. Isso naturalmente leva a uma sociedade forte. Se as famílias não estiverem indo bem, toda a sociedade terá prejuízos. Se as famílias estão felizes e saudáveis, a nação se beneficia. A guerra contra a família no mundo político e ideológico de certos grupos, no fundo, faz parte da batalha contra o Criador dela.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

 

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Dificuldades conjugais e o perdão

quinta-feira, 01 de setembro de 2022

O perdão tem ganhos e perdas. Quando você perdoa não dá para não ter uma perda. A traição conjugal é ao mesmo tempo um sintoma de problemas sérios no casamento, revela talvez que a vítima não conseguia suprir algo que o infiel precisava, como também revela a fraqueza moral do traidor. E o indivíduo não conseguia suprir tanto por limitações pessoais, temporárias ou não, como pelo fato de o traidor poder não ter oferecido espaço para receber o que queria e que acabou buscando fora.


O perdão tem ganhos e perdas. Quando você perdoa não dá para não ter uma perda. A traição conjugal é ao mesmo tempo um sintoma de problemas sérios no casamento, revela talvez que a vítima não conseguia suprir algo que o infiel precisava, como também revela a fraqueza moral do traidor. E o indivíduo não conseguia suprir tanto por limitações pessoais, temporárias ou não, como pelo fato de o traidor poder não ter oferecido espaço para receber o que queria e que acabou buscando fora.


Mas a perda é imensa, e para todos. Mesmo que o infiel tente se reconciliar, admitindo o erro, houve uma perda. Há um preço. O perdão não será de graça. Nada é como antes. A ferida talvez precisará de muito tempo para ser curada, se for curada. E talvez deixe cicatrizes que não desaparecerão. Este é um preço do perdão. Há outros.

Há ofensores que têm imensa dificuldade de pedir perdão mesmo reconhecendo seu erro. Isto é comum em pessoas coléricas, autoritárias, agressivas verbalmente. Elas tendem a minimizar a dor do ofendido, classificando-o como sensível demais. Talvez alguns ofendidos sejam sensíveis demais mesmo, mas isto não anula o fato de que o autoritário tenha usado e costume usar palavras e jeito de falar agressivos, ríspidos, grosseiros. Uma coisa não elimina a outra.

Há casais que vivem dez, 20, 30 ou mais anos juntos e o que não é colérico ou “pavio curto” sabe que o explosivo raríssimas vezes pediu perdão por suas faltas. A tendência, na verdade, destas pessoas agressivas é de dar sempre justificações pelas suas explosões temperamentais.

Um teólogo cita o caso de um homem empresário que abandonou a cidade onde vivia e mudou-se para outro lugar para começar tudo do zero porque sua esposa super ciumenta, num certo dia, tomada por ira, golpeou-se no banheiro a si mesma, batendo a cabeça na parede até sangrar. Depois foi na delegacia e denunciou o marido por violência doméstica. A polícia o prendeu e depois de ter sido provado que ele era inocente, graças ao testemunho de um dos filhos que viu a cena escondido num ambiente da casa, foi absolvido no julgamento. Ele sente que ela destruiu a vida dele e quando lhe perguntaram sobre perdoá-la, ele disse: “Creio no perdão, mas é difícil superar a raiva que tenho dela. Ela me acusou falsamente. Perdi amigos, clientes e até a confiança da minha família. Como posso perdoar?

O que é o perdão? Ele não é uma varinha mágica que pode solucionar todos os problemas rapidinho. Não é um pó do qual você faz uma bebida instantânea e tudo está ótimo em seguida. A Bíblia fala sobre não deixar o sol se por sobre sua ira. Mas eu costumo pensar que este dia pode não ser necessariamente de 24 horas literais. Imagine se você na hora de dormir tem um atrito grave com seu marido ou com sua esposa. As emoções sobem e surge o emburramento, palavras agressivas, e muita chateação. Dá para resolver tudo antes de dormirem? Terão que fazer as pazes rapidinho para “cumprir a lei”? Ou cada um terá necessidade de um tempo para reconciliar?

O perdão é necessário em qualquer relacionamento. Sem perdoar não se soluciona um monte de conflitos humanos, seja num nível familiar, entre amigos e colegas de trabalho, seja na administração de um país. Mas ele tem um preço que nem sempre é barato e exige muitas vezes humildade misturada com firmeza, autoproteção e afastamento. Cada pessoa tem um tempo próprio para processar o perdão. Um bom passo para melhorar sua saúde mental tem que ver, muitas vezes, com perdoar primeiro a si mesmo.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com 

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Cura mental e visão de si mesmo

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Não é fácil olhar a nós mesmos e entender nossos defeitos de comportamento, de caráter. Mas não tem como melhorar como pessoa se não conseguirmos ter a visão de nosso próprio comportamento. A vida sempre permite surgir alguma luz sobre nós mesmos em nossa consciência. Podemos aceitá-la ou rejeitá-la. Se aceitamos a visão pessoal, o que somos em áreas anteriormente encobertas para nós mesmos, e encaramos esta dor, podemos evoluir para virmos a ser feitos melhores pessoas.

Não é fácil olhar a nós mesmos e entender nossos defeitos de comportamento, de caráter. Mas não tem como melhorar como pessoa se não conseguirmos ter a visão de nosso próprio comportamento. A vida sempre permite surgir alguma luz sobre nós mesmos em nossa consciência. Podemos aceitá-la ou rejeitá-la. Se aceitamos a visão pessoal, o que somos em áreas anteriormente encobertas para nós mesmos, e encaramos esta dor, podemos evoluir para virmos a ser feitos melhores pessoas.

Ver nossos defeitos de caráter pode ser doloroso, especialmente quando em nossa mente havia a ideia de ser melhores que os outros. Mas esta dor só surgirá se houver desejo de mudar para melhor. Isto porque uma pessoa pode ter um vislumbre de percepção de defeitos de comportamento, e fugir para a negação, tentando justificar seus erros. Neste caso ela foge da dor, e segue na vida fugindo de si mesmo. 

Perceber nossos pensamentos, sentimentos e atitudes disfuncionais, imaturas, hipócritas, mesquinhas, egocêntricas, orgulhosas, vaidosas, é fundamentalmente necessário para nosso crescimento interior. Mas nossa tendência é olhar para os erros dos outros e criticá-los, falando ou só pensando. A verdade, porém, é que não somos melhores que as outras pessoas no sentido de que nós somos perfeitos e elas são imperfeitas.

Todos os seres humanos possuem virtudes e defeitos. As pessoas que você pode pensar que são as piores da sociedade, possuem boas características, talvez escondidas por debaixo dos comportamentos ruins que predominam nelas. Muitas vezes a continuada prática do mal, da corrupção, da violência de qualquer tipo, não só física, cauteriza a mente das pessoas que praticam estas coisas de tal maneira que realmente o que é bom nestes indivíduos vai sendo destruído e o que sobra de bom é nada. A prática do mal destrói a própria pessoa que a pratica. E, infelizmente, perturba quem está ao redor, na família, na sociedade.

Levante as mãos ao céu ao perceber algum defeito de caráter seu. Não fuja desta percepção. Não desanime. Este é um momento precioso em que a luz chega para você indicando o que precisa ser mudado em seu jeito de ser. Não chega luz para nós mesmos sem vir junto a força para mudar para melhor.

Observe o que a luz mostra. Pense nisso. Se arrependa dos erros que você praticou na vida e que agora ficam mais claros para você. Esta percepção, repito, é uma imensa oportunidade de adquirir saúde mental. E ela vem gratuitamente, sem precisar pagar consulta ao psicólogo ou ao psiquiatra. E sem precisar tomar medicamentos controlados para obter a cura.

A cura virá, gradativamente, na medida em que você, não rejeitando esta luz sobre seus defeitos de caráter, decidir lutar contra eles, parando de fazer os mesmos erros, e fazendo força para agir de melhor maneira, de modo saudável, com verdade. A vida é terapêutica. Ela nos proporciona sempre oportunidades de crescimento pessoal e vitórias sobre nós mesmos. Assim, não só nossa própria pessoa se sentirá melhor ao praticar novos hábitos de comportamento saudável, como também as com quem convivemos, e a própria sociedade, serão beneficiadas.

Pare de ficar olhando os defeitos das pessoas, pratique o que a luz te mostrou sobre o que você precisa fazer para melhorar seus próprios defeitos. Este é o caminho da serenidade, da utilidade, da força e do significado para viver.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Conhece os sete vícios principais?

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Já ouviu falar nos sete pecados capitais? Também foram chamados de pecados mortais. São eles: orgulho ou soberba, inveja, ira, indolência ou preguiça, ganância ou avareza, concupiscência ou luxúria e gula. Estes sete pecados ou vícios descrevem a condição humana e foram elaborados por movimentos monásticos orientais e depois incorporados pelo Catolicismo com a finalidade de educar os membros desta igreja a compreenderem e controlar estes instintos básicos e, assim, se aproximarem de Deus. Para cada um destes vícios existe uma virtude oposta.

Já ouviu falar nos sete pecados capitais? Também foram chamados de pecados mortais. São eles: orgulho ou soberba, inveja, ira, indolência ou preguiça, ganância ou avareza, concupiscência ou luxúria e gula. Estes sete pecados ou vícios descrevem a condição humana e foram elaborados por movimentos monásticos orientais e depois incorporados pelo Catolicismo com a finalidade de educar os membros desta igreja a compreenderem e controlar estes instintos básicos e, assim, se aproximarem de Deus. Para cada um destes vícios existe uma virtude oposta. E quando pensamos em sofrimentos psicológicos que atingem os seres humanos, não podemos deixar de ver a conexão deles com a dimensão espiritual, porque está tudo muito junto, muito entrelaçado.

Foram chamados de pecados mortais por serem, na visão dos indivíduos que elaboraram esta lista, os erros básicos de conduta dos quais derivam todos os outros vícios e comportamentos disfuncionais. A gula tem que ver com desejo exagerado por comida e bebida, chamado de intemperança. O oposto da gula é a temperança, que significa usar com equilíbrio o que é saudável e evitar alimentos e bebidas não saudáveis. Podemos ampliar o conceito de temperança e incluir a ideia de que ela se relaciona também com o equilíbrio no lidar com pensamentos e sentimentos, além de outras coisas na vida em que é saudável ter equilíbrio em vez de extremos.

A avareza produz a ganância, e significa apego excessivo e descontrolado aos bens materiais. Popularmente se chama de avarento a pessoa “pão-dura”. Dominado pela ganância a pessoa pode fazer qualquer coisa para conseguir o que deseja, sejam atitudes boas ou ruins. Da ganância vem o roubo, a corrupção, a idolatria, a falta de escrúpulos e a traição. O oposto de avareza é a generosidade.

A luxúria, concupiscência ou lascívia, é um desejo passional, carnal e egoísta por prazer sensual e material. É o apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes, sexualidade exagerada, sensualidade. A virtude oposta a luxúria é a castidade. A ira ou cólera, é um sentimento que expressa a raiva e o ódio por alguma coisa ou pessoa. Tem que ver com forte desejo de prejudicar alguém. A ira leva à violência, ao assassinato, crueldade e vingança. O contrário de ira é a paciência.

A inveja tem que ver com falta de misericórdia para com os outros, exagerado desejo por posses, status, habilidades e tudo que uma outra pessoa tem e consegue. O invejoso ignora as bênçãos que recebe e o que possui e cobiça o que é do próximo. A virtude oposta é a caridade. A preguiça gera rancor, covardia, desespero, é característica de uma pessoa com falta de capricho, não se esforça, é desleixada, lenta, não empreendedora. O oposto de preguiça é a diligência. 

O orgulho se conecta com soberba, arrogância, ideia de ser melhor que todos, hipocrisia. Para alguns teólogos este é o pior pecado ou estado do ego, vindo dele a vaidade, narcisismo, exaltação própria. O oposto de orgulho é a humildade.

Praticando estes vícios não só a própria pessoa se prejudica, mesmo tendo vantagens materiais e prazeres carnais passageiros, como os que dependem de alguma forma dela, também sofrem. Exemplo, políticos corruptos sofrem, mesmo negando isso, e fazem a população sofrer. Por outro lado, vencendo um dia de cada vez estes defeitos de caráter, todos se beneficiam individualmente, na família e na sociedade.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Suas emoções e sua saúde física

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

A revista Newsweek, de 3 de outubro de 2005, publicou uma matéria de capa abordando o tema: doenças cardíacas e emoções. Mostrou que dieta e exercícios não são o segredo único e completo para a saúde cardiovascular. Muitas evidências em estudos científicos sugerem que o aspecto psicológico exerce influência importante nesta questão.

A revista Newsweek, de 3 de outubro de 2005, publicou uma matéria de capa abordando o tema: doenças cardíacas e emoções. Mostrou que dieta e exercícios não são o segredo único e completo para a saúde cardiovascular. Muitas evidências em estudos científicos sugerem que o aspecto psicológico exerce influência importante nesta questão.

Em janeiro de 1994, às 16h30 houve um terremoto perto de Los Angeles. Dentro de uma hora, após o terremoto, e pelo resto daquele dia, o pessoal médico procurou ajudar pessoas aglomeradas ou bloqueadas dentro de edifícios que estavam assustadíssimas. Também houve uma onda de ataques cardíacos dentre as pessoas que haviam sobrevivido ilesas ao tremor.

Nos meses seguintes ao terremoto, pesquisas em duas universidades examinaram relatórios médicos do Condado de Los Angeles, encontrando incrível aumento de mortes cardíacas que pularam de 15.6 (média diária), para 51 no dia do terremoto!

A maioria destas pessoas que tiveram o ataque cardíaco tinha história de doença coronária ou fatores de risco tais como alta pressão arterial. Mas os que morreram não estiveram envolvidos em esforços de resgate e nem haviam estado sob escombros. Por que eles morreram? Um artigo na revista científica The New England Journal of Medicine explica que “o estresse emocional pode precipitar eventos cardíacos nas pessoas que são predispostas para os mesmos.” (Newsweek, p.50, Oct 3, 2005). Aquelas pessoas estavam extremamente assustadas!

Edward Suarez, professor associado de psiquiatria e comportamento humano da Duke University encontrou que 50% das pessoas que têm ataque cardíaco não têm alto colesterol. O risco de fatores sociais e psicológicos são tão grandes como a obesidade, o tabagismo e a hipertensão arterial para produzir ataques cardíacos. Pessoas com alto escore de testes que medem níveis de raiva, hostilidade ou depressão têm níveis duas vezes mais alto de proteína-C-Reativa, que é um marcador inflamatório correlacionado com risco cardiovascular.

Debra Moser, professora de enfermagem da University of Kentucky em Lexington apresentou no Congresso da Associação Americana de Cardiologia em 2004 o resultado de uma pesquisa envolvendo 536 pacientes que tiveram ataques cardíacos. Ela mediu níveis de ansiedade com teste psicológico de múltipla-escolha, verificando se as pessoas tinham ou não posteriores complicações como um segundo ataque cardíaco enquanto estavam no hospital. As que tiveram o mais alto nível de ansiedade medido nos testes foram quatro vezes mais propensas a sofrer complicações do que as com níveis baixos. 

Por outro lado, emoções positivas têm um papel importante para nossa saúde. Karen Matthews, da University of Pittsburgh, observou 209 mulheres com pós-menopausa saudável durante três anos. Ela encontrou que as mais otimistas tinham menos espessamento em suas artérias carótidas (que levam sangue para o cérebro). O resultado foi de 1% nas otimistas para 6.5% nas pessimistas.   

Dr. Dean Ornish, da California University em São Francisco, recomenda que as pessoas melhorem o relacionamento afetivo com os outros, busquem ser mais abertas, evitem solidão e isolamento social, manifestem compaixão, perdoem, exerçam altruísmo, serviço voluntário para a comunidade, procurem um grupo de apoio emocional se necessário, desenvolvam sua espiritualidade. Pessoas após um ataque cardíaco têm risco de morrer dentro de seis meses quatro vezes mais se permanecerem sozinhas e deprimidas, segundo Ornish. Na Yale University homens e mulheres que se sentiam mais amados e apoiados tiveram menos bloqueio em suas artérias coronárias._______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Pensar na sua morte?

quinta-feira, 04 de agosto de 2022

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

O livro de Eclesiastes relata como as vantagens de Salomão em ser sábio e rico falharam para prover verdadeira e duradoura felicidade. No capítulo 7 de Eclesiastes e no versículo 2 Salomão recomenda aos seres humanos a preferirem ir numa casa onde está havendo um luto pela morte de alguém, do que numa casa com uma festa, porque dessa forma podemos refletir sobre a brevidade da vida, sobre nossa mortalidade e finitude, e com isso podemos ter a chance de reavaliar nossa forma de viver, checar se o significado que estamos dando para nossa vida é valioso e meditar em tantas outras coisas.

Em geral fugimos de pensar na nossa morte. Já reparou o que acontece em muitos funerais? Os parentes se encontram para velar o morto e cumprimentar o familiar do falecido, e depois de abraços de condolências e lágrimas, surge um grupinho aqui e outro ali dos parentes e amigos do falecido e a conversa vai longe e até com assuntos que produzem risadas. Risadas num funeral?

Será isso uma defesa meio que coletiva que usamos para não pensar na morte, mesmo estando diante dela num funeral? Por que fugimos de pensar na morte, na nossa morte? A resposta é porque assusta pensar nisso, porque causa angústia, e pode aumentar o medo de morrer em alguns talvez mais do que em outros.

O texto de Salomão não é pessimista. É realista. Não sei tudo o que ele pensou ao escrever esta parte do livro de Eclesiastes, mas o que ele deixa claro neste versículo se relaciona com reflexão sobre a morte inevitável para todos nós. Esta é uma realidade inegável nessa vida. Estamos caminhando para a morte. Somos um ser para a morte. Isto causa angústia, e não é nada agradável sentir angústia, especialmente ligada à ideia de morte, de nossa morte, angústia por pensarmos que vamos morrer.

Mas é possível pensar na morte sem aumentar a angústia. Vai depender do significado que damos para a vida e do que cremos sobre o que existe no pós-morte. A Bíblia diz que a morte é um sono, que nela não há consciência. O próprio Salomão escreveu sobre isso conforme está em Eclesiastes 9:10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” E Jesus mesmo comparou a morte com um sono. Veja o que Ele disse: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. ... Jesus dizia isto da morte de Lázaro; eles [Seus discípulos], porém, achavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” João 11:11,13,14. A hora de pensar sobre sua vida é agora porque a morte se aproxima. Não é pensar para ter medo, mas para ver se é necessário mudar algo em sua forma de viver, em seus conceitos sobre coisas como felicidade, riqueza, relacionamentos, entre outros temas.

Pare assim que puder, e faça uma reflexão sobre sua morte. Considerando que você está caminhando para morrer, e que não sabe quando isso ocorrerá, será preciso mudar algo em sua forma de viver, mudar o sentido da vida para sua pessoa e seu estilo de vida, abandonar a postura materialista, competitiva, e passar a se preocupar mais em compartilhar, ajudar a aliviar o sofrimento dos outros, desenvolver sua espiritualidade, perdoar, ser compassivo? Salomão que recomendou este tipo de reflexão, é considerado um dos homens mais sábios que já existiu. Pensar em nossa morte pode nos levar a mudar a tempo muitas coisas importantes na vida, para o bem.

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Parar de culpar o outro por nosso sofrimento

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Desde a “queda” no Jardim do Éden surgiu no íntimo do ser humano a tendência de culpar outra pessoa pelos nossos sofrimentos. Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. A serpente culpou Deus. E Deus procura ensinar que cada um precisa assumir sua responsabilidade no comportamento porque isto é o que pode produzir crescimento pessoal e boas relações humanas.

Desde a “queda” no Jardim do Éden surgiu no íntimo do ser humano a tendência de culpar outra pessoa pelos nossos sofrimentos. Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. A serpente culpou Deus. E Deus procura ensinar que cada um precisa assumir sua responsabilidade no comportamento porque isto é o que pode produzir crescimento pessoal e boas relações humanas.

Hoje é comum pais culparem seus filhos de serem rebeldes, preguiçosos, irresponsáveis, enquanto que, por outro lado, filhos culpam os pais de terem sido demasiado gratificadores dos desejos dos filhos e por isso não colocaram limites que os teriam ajudado a aprender a enfrentar as dificuldades da vida de maneira melhor, ou os que os culpam dizendo que seus pais foram muito rígidos na sua educação.

Entre casais, o marido culpa a esposa de várias coisas, como de ser “romântica” demais, muito geniosa ou passiva ao extremo. Enquanto que uma esposa pode culpar o marido de ser frio afetivamente, muito racional, dedicado demais ao trabalho e esquecendo da família, ou muito mulherengo, explosivo. Empregados culpam os patrões alegando que eles não pagam um bom salário, que exigem demais, enquanto que patrões reclamam de empregados porque eles não produzem, faltam ao trabalho, não têm iniciativa.

Culpar outros é comum em todos os tipos de relações humanas. E é verdade que muitas destas queixas procedem, podendo ter um fundamento. Porém, isto não elimina também a verdade de que a pessoa que faz a queixa pode ter problemas pessoais, independentes da situação exterior atual da qual ela se queixa e a qual crê ser a origem única de seus sofrimentos.

Maturidade envolve assumir que erramos, cometemos falhas, em vez de ficar apontando o dedo para os outros como se os erros deles fossem a explicação de todo o nosso sofrimento. Negação é o processo mental pelo qual fugimos da verdade, não necessariamente porque queremos enganar conscientemente a nós e a todos. Negamos enquanto não suportamos a verdade. Fugimos da verdade porque pode ser mais confortável fazer isso.

Parece ser difícil para muitos de nós dizer: “Desculpe, eu errei.”, ou “Você tem razão.” Alguns até falam isto só que colocam imediatamente um “Errei, mas...”. Seria construtivo e animador para vários tipos de relacionamentos se a pessoa apenas disse: “Desculpe, eu errei.” e ponto, assumindo sua falha sem argumentos para amenizá-la ou desculpá-la.

Quando estamos prontos para mudar para melhor, paramos de negar e culpar as pessoas por nossa infelicidade. Admitimos nossa parte no problema. E nos voltamos para dar uma olhada em nós mesmos para ver o que há de errado e o que precisa ser consertado em nossa pessoa.

Certa vez vi num quadro de uma sala de um grupo que trabalha com os Doze Passos uma frase que dizia assim: “Primeiro olhe-se a si mesmo... Depois... olhe-se de novo.” Existe maior gratificação quando assumimos que erramos, em vez de ficar culpando os outros, porque desta maneira olhamos a nós mesmos com coragem, humildade, honestidade e o sincero desejo de mudar para melhor, independentemente se a outra pessoa muda ou não. Felicidade verdadeira é uma questão pessoal. Depende se estamos dispostos a assumir nossa verdade, boa e ruim, e mudar o que está ruim em nós.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O que você faz com o sofrimento?

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Existe o perigo de medicar sentimentos desagradáveis em vez de pensar no significado deles para nossa existência e entender de onde eles vêm. Uma boa parte da população está muito medicada com remédios psiquiátricos. Falta a elaboração consciente do sofrimento. Não é que nunca se deve usar medicamentos psiquiátricos. Porém, muitos querem funcionar bem na vida, no trabalho, na família, e lançam mão de comprimidos, priorizando a busca de melhora emocional neles, porque precisam tocar a vida para a frente e não sabem ainda como fazer isso através de um trabalho de psicoeducação, o qual significa aprender a lidar com suas emoções, especialmente as dolorosas, desagradáveis, que causam dor.

Se você prestar a atenção, verá que provações surgem em sua vida, algumas com o fim de destruir sua pessoa, mas que podem ser encaradas como fonte de amadurecimento. Ajudará muito a mudar o rumo da maneira de lidar com situações dolorosas na sua vida, se você mudar a pergunta: “Por que isso está acontecendo comigo”, para: “O que posso aprender com esta situação dolorosa?”

Experiências traumáticas, um acidente de trânsito, perda financeira, divórcio, conflitos conjugais, morte de pessoa querida, decepção, infidelidade conjugal, perda do emprego, perseguição no trabalho, podem ser usadas por nós para nos fortalecer. Depende do olhar que teremos para com estes traumas, da rede de apoio para lidar com eles, e da intenção consciente de aprender com o sofrimento.

Provações, decepções, vêm sobre todos nós em momentos diferentes da vida, algumas mais devastadoras, outras menos, mas em todas podemos ver que surgem forças para enfrentá-las, mesmo tendo que passar temporariamente por uma depressão ou ansiedade excessiva em qualquer modalidade clínica.

A vida não é fácil. As religiões que prometem vida fácil, cheia de prosperidade material e ausência de sofrimento, nisto pregam falsidade. O Chefe do Cristianismo, Jesus Cristo, disse aos que O seguiriam que eles teriam aflições nessa vida, mas que isto não os deveria desanimar. (João 16:33). Não é justo nem verdadeiro afirmar que seguir Jesus garante sucesso financeiro e ausência de problemas. Não há respostas fáceis para o problema do sofrimento na humanidade, tema estudado por pensadores, filósofos e psicólogos. Sabemos que existe um conflito entre o bem e o mal que afeta todas as dimensões da sociedade e de nossa pessoa. Assim, existe sofrimento mesmo nos mais consagrados e praticantes de boa espiritualidade.

Os sofrimentos de hoje podem servir para nos preparar, nos fortalecer para os que virão mais adiante, e eles virão. Independente e apesar disso, é possível ter serenidade, paz e até alegria pessoal, interior. Depende de onde você colocará sua esperança, depende do seu conceito de significado dessa existência e boa compreensão sobre a guerra espiritual entre o bem e o mal, depende do que você faz com sua dor ou do que você permite que ela faça com você, depende dos recursos psicológicos e espirituais pessoais, além do apoio familiar e social de que você dispõe, e depende de fé de que há um Criador bondoso que está atento aos seus sofrimentos e fazendo o melhor para preservar sua sanidade mental e espiritual e sua vida física.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Perdoar: esquecer ou lembrar?

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

Uma pessoa muito dependente quando ferida pelos outros, pode fingir que está tudo bem porque sente que não pode viver sem a aprovação alheia. Então, ela pode dizer que perdoou, quando mantém a mágoa em seu interior. Joga em baixo do tapete da consciência a percepção da verdade emocional pessoal que diz: “Ainda sinto raiva do que aquela pessoa fez comigo.” Então, para perdoar, ela precisará lembrar primeiro. Lembrar o quê? Do que houve, da dor, da tristeza pelo que ocorreu ao ter sido ferida. E lembrar pode doer e muito. Mas é preciso sentir a dor original para que ela possa ir embora.

Então, quem perdoa, lembra. Lembra, vive a dor, expressa adequadamente seu pesar, chora, dorme mal algumas noites talvez, perde o apetite ou come demais por um tempo, se entristece. Isto é normal e depois passa se ela realmente perdoa.

Um extremo de conduta é ficar focado nas próprias falhas e não viver a dor causada por erros dos outros. É como atacar a si mesmo o tempo todo dizendo: “Por que não pensei antes?”, ou “Por que fui confiar tanto?”, ou “Por que não coloquei limites?”. Outro extremo é focar demais nas formas como tem sido maltratado e usá-las como desculpa para manter um comportamento ruim. Ambos extremos de conduta devido a abusos sofridos, prejudicam a recuperação emocional pessoal. O que ajuda?

“Ser perdoado pelos erros que temos cometido contra outros não nos desculpa de nossas ações nem faz nossas ações corretas. Quando perdoamos outros pelos erros que eles têm cometido contra nós, não os desculpamos pelo que eles têm feito. Simplesmente reconhecemos que temos sido feridos injustamente e entregamos o assunto a Deus.” (The Life Recovery Bible, Tyndale, p.1121).

No processo de perdão genuíno não devemos dizer à pessoa que nos feriu: “Tudo bem!  Não foi nada! Não me importo! Deixa prá lá!”. A verdade é que não está tudo bem, foi algo que machucou, importa sim, doeu. Você pode e deve falar como doeu ou ainda dói para a pessoa, se isto couber, e deixe o fazer justiça nas mãos de Deus.

Viva a dor. Fale dela com alguém confiável. E deixe-a ir embora. Daí você poderá estar pronto para perdoar. Porque ao perdoar você se livrará do fardo da ira, do ressentimento, da mágoa. Estará livre. Readquirirá a serenidade. O resto é com a pessoa e com Deus. Se você perdoar, será também perdoado. Uma vez que não somos perfeitos, todos precisamos de perdão. Será que você merece perder a paz interior por causa dos erros dos outros? Lute para perdoar e esquecer a ofensa.

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Como lidar com pessoa implicante?

sexta-feira, 08 de julho de 2022

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

O que faz uma pessoa se tornar implicante? São vários fatores. Um deles pode ter relação com problemas com sono. Alguns falam com orgulho que só necessitam de 4 a 5 horas de sono por noite. Não entendem que a pouca quantidade de sono pode produzir irritação. Ao dormirmos nosso do corpo-mente restaura a saúde e recarrega as energias. Sem a devida reparação do bem-estar pela privação do sono, especialmente reparação do sistema nervoso central, pessoas podem se tornar irritáveis e agressivas. Nesses casos a solução é dormir mais tempo.

Outras pessoas ficam implicantes porque podem estar com excesso de cafeína no sangue, originada no café ou em bebidas tipo “cola”. Neste caso faz bem para a saúde reduzir ou eliminar as fontes de ingestão de cafeína. Mulheres na fase da TPM ou SPM (Tensão ou Síndrome Pré-Menstrual) apresentam aumento da irritabilidade podendo se tornar implicantes naqueles dias. A suplementação com ácidos graxos ômega-3 ajuda a reduzir os sintomas da TPM, também o uso do óleo de prímula, praticar atividades físicas ao ar livre e bom sono.

Indivíduos deprimidos e bipolares podem ter fases de irritabilidade. Necessitam orientação do médico psiquiatra para corrigir sintomas destas doenças como a irritabilidade. Outros impertinentes são assim em parte porque copiaram este comportamento do pai ou da mãe e repetem na vida adulta. Nestes casos precisam ser honestas consigo mesmas, admitir que estão repetindo este papel imaturo que aprenderam e lutar para evitar isso. Cada um escolhe seu comportamento.

 Têm indivíduos que são impertinentes não porque quem está ao seu redor é alguém desagradável, mas porque eles não estão bem com eles mesmos e não sabendo lidar com isto, perturbam os outros. Às vezes são impulsivas, só pensam no que fazem depois de fazer, ou nem pensam no seu comportamento implicante e no que ele produz nos seus relacionamentos. São pessoas que querem ser amadas, querem que todos estejam bem com elas, mas elas não ligam o “desconfiômetro” para perceberem que estão sendo impertinentes e que isso afasta os outros delas.

Como lidar com impertinentes? Primeiro, esteja atento aos gatilhos deles. O que dispara neles reações implicantes? Barulho? Muita gente perto? Falar demais? Falar de menos? Evite o que você sabe que favorece o comportamento implicante nelas, pelos menos do que depende de você.

Segundo, não deixe que a implicância dos outros perturbe você. Não traga como algo pessoal contra você. Muitos implicantes são assim porque não estão bem com elas mesmas, e não por falhas suas. Se você responder às implicâncias delas com irritação ou implicância também, as coisas só irão piorar.

 Em terceiro lugar, use bom humor. Responda à implicância com algo engraçado, não para debochar, mas para quebrar a tensão do momento. Se o implicante relaxar com sua brincadeira, todos ganham, se ficar mais irritado, fique calado.

Um bebê ou criança pequenina podem parar com a irritação quando a tocamos ou damos colo. Uma quarta estratégia ao lidar com implicante adulto é tocar a pessoa com carinho, oferecer um abraço. Isto pode desmontar a implicância dela.

Em quinto lugar, talvez o implicante queira conversar, e se você tiver tempo, puder e quiser, puxe um diálogo e deixe que ela fale do que a irrita. Oferecer seu ouvido ao implicante pode cooperar para ele relaxar e parar com a impertinência.

Finalmente, uma sexta atitude ao lidar com o implicante é pensar que algumas destas pessoas continuarão a implicar mesmo que você as trate bem e seja legal com elas. Nestes casos o melhor é se desligar, não entrar em discussão com elas, e ir fazer o que precisa e deixando-as de lado, sem desprezo, mas entendendo que você não precisa perder sua serenidade por causa de alguém que parece não estar interessada em querer cultivar boa amizade e não merece tirar sua paz mental.

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